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Samara Pires- MED25 Anatomi� Anatomia do sistema urinário 1. Morfologia e localização dos rins ● Órgão retroperitoneal; ● Veia voltada para anterior, artéria intermédia e pelve posterior; ● Cápsula fibrosa: formada por tecido fibroso → envolve todo o rim, adentra o seio através do hilo; ● Cápsula adiposa (corpo adiposo perirrenal): fornece proteção aos rins e fixação para o pedículo. Além disso, fixa os rins nas outras estruturas da região mediana, ● Fáscia renal: projeta-se e fixa-se nas estruturas da região mediana e posterior do abdome. Ela descende e volta todo o ureter, proporcionando fixação e proteção. Samara Pires- MED25 ● Correlação clínica: indivíduos em situação de anorexia podem apresentar consumo da gordura peri e pararrenal, o que gera ptose renal ou nefroptose. Com isso, há uma torção do ureter e o indivíduo apresenta quadros de hidronefrose (acúmulo de urina nos rins). 2. Partes dos rins ● Córtex: adentra as pirâmides renais (lembrar da analogia do sorvete se derramando sobre a casquinha em diversas reentrâncias); ● Medula: apresenta as pirâmides renais; ● Pelve renal: apresenta a placa cribiforme, por onde a urina passa para ser coletada pelos cálices menor e maior. Samara Pires- MED25 Obs.: o segmento posterior dos rins é aquele voltado para a bancada. Obs.2: o rim forma um sistema porta → a arteríola eferente está entre um capilar glomerular e um capilar peritubular (arteríola entre dois capilares). Obs.2: as artérias segmentares acompanham os nomes dos segmentos renais, no entanto não existem veias segmentares! ● Tipos de pelve renal - Tipo dendrítico (1º na imagem): cálices renais maiores (divididos em superior, médio e inferior) e cálices renais menores; - Tipo ampular (2º na imagem): somente cálices renais menores. 3. Suprimento sanguíneo (rins) ● As artérias renais são ramos da parte abdominal da aorta; - O ramo anterior da artéria renal dá origem a 4 artérias segmentares; Samara Pires- MED25 - O ramo posterior da artéria renal dá origem a 1 artéria segmentar. ● Artérias interlobares: são ramos da artéria renal, a qual é ramo da artéria aorta (parte abdominal). Depois, as artérias interlobares são chamadas artérias arqueadas; ● Artérias interlobulares: ramos das artérias arqueadas vão do córtex à cápsula. Ramificam-se em arteríolas aferentes (uma para cada glomérulo). As arteríolas aferentes originam os capilares que formam o glomérulo → capilares glomerulares (isso nos glomérulos corticais); Samara Pires- MED25 ● Capilares glomerulares → arteríola eferente → capilares peritubulares corticais → veias interlobulares → veias arqueadas → veias interlobares → veia renal; ● A rede vascular medular drena para as veias arqueadas. ● A veia renal esquerda é maior que a direita → cirurgiões preferem transplante de rim esquerdo por isso. Samara Pires- MED25 - Síndrome de compressão de veia renal esquerda/síndrome de quebra-nozes: compressão dessa veia pela aorta e artéria mesentérica superior; - Compressão do duodeno que passa posteriormente à artéria mesentérica superior; Obs.: as veias renais tributam para a veia cava inferior. 4. Suprimento nervoso (rins) ● O plexo renal deriva principalmente da divisão simpática com neurotransmissores adrenérgicos; ● A presença de um cálculo renal no ureter gera cólica ureteral (e não renal) devido aos movimentos peristálticos → envio de sinais aferentes percebidos em dermátomos da região lombar, inguinal e anterior de abdome; ● Nervo genitofemoral (L1, L2): carrega sensibilidade da face medial da coxa e região genital (testículos ou lábios maiores), por isso a cólica ureteral pode ser percebida nessa região, que tem origem nervosa lombar. ● Efeitos - A constrição das arteríolas aferentes dos glomérulos diminui a taxa de filtração e a produção de urina; - A constrição das arteríolas eferentes dos glomérulos aumenta a taxa de filtração e a produção de urina; - A perda da inervação simpática leva ao aumento do débito urinário. Obs.: a inervação extrínseca não é necessária para a função renal. Os rins transplantados funcionam normalmente mesmo com a secção das fibras nervosas. 5. Ureter ● Todo o trajeto é retroperitoneal ● Parte abdominal (terço superior) Samara Pires- MED25 ● Parte pélvica (terço médio): quando cruza os vasos ilíacos comuns; ● Parte intramural (terço inferior): quando adentra na bexiga → músculo liso. ● Correlação clínica - Parte abdominal do ureter: o trajeto das artérias é de medial para lateral - Parte pélvica do ureter (ramos da artéria retal média, artéria vesical superior, artéria vaginal etc): o trajeto das artérias é de lateral para medial; - A manipulação do ureter em cirurgias geralmente segue esse padrão. Por isso, ele é tracionado delicadamente lateralmente nas cirurgias da parte abdominal e medialmente nas cirurgias da parte pélvica. 6. Locais de represamento de um cálculo renal ● Transição pelve renal → ureter; ● Quando o ureter cruza os vasos ilíacos comuns ● Quando vasos gonadais (artéria/veia testicular/ovárica) cruzam anteriormente o ureter; ● Parte intramural do ureter que percorre o trajeto de musculatura lisa da bexiga antes de se abrir nela. 7. Bexiga ● Ligamento umbilical mediano: porção mais proximal muscular, porção mais distal fibrosa. Fixa-se na parte posterior do umbigo; - Extraperitoneal; - Estrutura embriológica originada do úraco. Em alguns casos, o ligamento umbilical mediano apresenta uma ligação tão íntima com a bexiga que possui Samara Pires- MED25 um lúmen, por isso o indivíduo perde urina pelo umbigo devido a essa malformação de origem embrionária. ● Ápice da bexiga urinária → corpo da bexiga urinária → fundo da bexiga urinária. Samara Pires- MED25 ● Vascularização da bexiga - Artéria ilíaca comum → artéria ilíaca interna e artéria ilíaca externa. ● Inervação simpática da bexiga: nervos esplâncnicos maior, menor e imo → originados de T10 a L1; ● Inervação parassimpática: origem de S2-S4; ● Linha de dor pélvica (em verde na imagem): vísceras abaixo dela percorrem nervos esplâncnicos parassimpáticos para a sensibilidade à dor; vísceras acima dela percorrem no sentido retrógrado os nervos esplâncnicos do sistema nervoso simpático. 8. Uretra feminina - 3 a 4 cm; Samara Pires- MED25 - Óstio interno: músculo liso (involuntário); - Óstio externo: músculo esquelético (voluntário) → abertura para o vestíbulo da vagina; - Correlação clínica: infecção quando um agente patogênico adentra pelo ducto das glândulas parauretrais. 9. Uretra masculina - Utrículo prostático/pequeno útero/vagina masculina: pode inflamar, pois as aberturas dos ductos ejaculatórios podem se abrir no interior do utrículo, sendo depositados alguns resíduos; - Seio prostático: local onde se abrem os dúctulos prostáticos; Samara Pires- MED25 - Parte esponjosa da uretra: apresenta uma dilatação intrabulbar (no bulbo do pênis) e outra anterior (fossa navicular).
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