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Aula 3 – Sistema Locomotor Isabelle L. 4 meses Masculino Sem história de trauma QD: “Não mexe o braço esquerdo” “Chora muito ao tocar braço esquerdo” Avaliação inicial Hipótese diagnóstica: osteomielite, maus tratos Sobre maus tratos: anamnese, avaliar o corpo, história estranha. Procurar lesões em locais escondidos, como orelhas, região genital, pés, axilas. Para confirmar diagnóstico: exame de imagem. Fratura oblíqua: torção → principal forma mecânica da fratura oblíqua (braço torcido) Espessamento de cortical A remodelação dos ossos demora 8 meses para acontecer. Objetivo: observar os sinais possíveis de maus tratos “Shaking baby” → chacoalhar o bebê É qualquer ato ou omissão por parte de um dos pais ou responsável que resulta em morte, dano físico ou emocional grave, abuso ou exploração sexual, ou de ato ou omissão que apresenta um risco iminente de dano grave Inclui todos os tipos de abuso em crianças < 18 anos. A incidência anual de maus tratos é de 15 a 40 casos por 1000 crianças. Um milhão de crianças são vítimas a cada ano e mais 1200 são mortas em decorrência dos maus-tratos. No Brasil a cada 100 crianças 10 são vítimas de maus tratos e que dessas 2% a 3% morrem. Se não for reconhecido: 25% nova lesão e 5% risco de morte Fratura é a segunda apresentação mais comum (1ª é a de pele) Abusadores 70-81% por um dos pais Mãe: 43% (Lovell); pai = 45% (Rockwood) → depende do autor Pai: 33% Aula 3 – Sistema Locomotor Isabelle L. Pai e mãe: 10% Demais: 14% (padrasto, babá, tios, avós, etc). Maior incidência: < 3 anos de idade Sem diferença entre sexos Feminino: 51,5% Masculino: 48% Negligência (60%): mais frequente Físico (20%): maior taxa de mortalidade Sexual (10%): 25-83% ocorre em crianças com deficiência Emocional (7%) Mecânica: o Mais comum o Síndrome do bebe espancado o Socos/pancadas/jogar bebê no chão Térmica: o Água quente o Ferro quente Sexual Química: o Bebidas alcoólicas e drogas o Cuidar ao tomar bebida alcoólica com crianças no colo Anamnese História vaga e contraditória Atraso na procura de atendimento História compatível com as lesões Tendência e recorrência Deformidades esqueléticas Lesão cerebral Morte (queda de baixa altura - investigar com perícia) Ortopedista: só deve dar-se por satisfeito quando toda lesão for explicável Pais Uso de drogas Separação conjugal Baixo padrão socioeconômico, frustração econômica Namorados/padrasto Mães jovens não-casadas (maior risco morte infantil) Distúrbios comportamentais (doenças psiquiátricas, vítimas de abuso quando crianças, estresse). Criança Idade (<3 anos) Prematuros Primogênitos Adotados Enteados Deficientes Filhos não planejados Crianças frequentam creches Síndrome de Munchausen → o pai cria uma doença que não existe para poder mascarar o que realmente está acontecendo. Risco alto Fx metáfisaria clássica, Arcos costais porção posterior Escápulas, Processo espinhos Esterno Diagnóstico diferencial Trauma acidental Aula 3 – Sistema Locomotor Isabelle L. Escorbuto Sífilis Osteogênese imperfeita - deficiência do colágeno (ossos de vidro) Artrite séptica Osteomielite Tumores Raquitismo Fraturas por estresse Osteoporose Leucemia Hipofosfatemia Doença neuromuscular Osteopetrose (osso fica mais rígido) Obrigatório notificar na suspeita Comunicação exigida por lei Sem risco de violação do sigilo Estatuto da criança e do adolescente o Artigo 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus- tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. Prevenção: reconhecer a situação Fise: parte do crescimento → entre a epífise e a metáfise Metáfise: largura da articulação e vira para o lado → quadrado de Henn (não pega epífise, termina a fise até o final da metáfise Aula 3 – Sistema Locomotor Isabelle L. Infecção Tumor Vascular Stress repetido Trauma A classificação de Salter-Harris é utilizada para classificar fraturas ósseas que afetam a cartilagem de crescimento do osso. Após o crescimento completo do osso essa classificação não será mais utilizada. Existem cinco tipos de fraturas, segundo a classificação: o Tipo I: fratura transversa através da placa de crescimento (ou “physis”); o Tipo II: fratura através da placa de crescimento e metáfise, poupando epífise; o Tipo III: fratura através da placa do crescimento e epífise, poupando metáfise; o Tipo IV: fratura atravessa todos os três elementos do osso (placa de crescimento, metáfise e epífise); o Tipo V: fratura compressiva da placa de crescimento (que resulta em uma diminuição na percepção do espaço entre a epífise e diáfise em raios- X); Tratamento similar às fraturas que não atingem fise Levar em consideração: localização e idade da criança Salter Harris I e II o Cuidado para não usar força excessiva na redução Salter Harris III e IV o Necessitam redução anatômica Complicação: distúrbios do crescimento Endocondral Intramembranácea Aposicional
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