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P o r : A b y a P o v o a s @ a b y a p o v o a s CITOLOGIA ONCÓTICA Pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais capacitados. Esse exame é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e fazer o diagnóstico da doença bem no início, antes que a mulher tenha sintomas. É fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o que é e qual a importância do exame preventivo, pois sua realização periódica permite que o diagnóstico seja feito cedo e reduza a mortalidade por câncer do colo do útero. O exame preventivo é indolor, simples e rápido. Pode no máximo causar um pequeno desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa técnica e de forma delicada. Indicações: Citologia Oncótica O exame citopatológico também conhecido como esfregaço cervicovaginal, colpocitologia oncótica cervical, preventivo ou Papanicolau é um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero. Esse exame é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e fazer o diagnóstico da doença bem antes que a mulher tenha sintomas. Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 e 59 anos. Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente. Após dois exames seguidos (com um intervalo de um ano) apresentando resultado normal, o preventivo pode passar a ser feito a cada três anos. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê. Nas 48 horas antes da coleta deve-se evitar utilizar lubrificantes, espermicidas ou medicamentos intravaginais e ultrassonografia transvaginal. A mulher não deve ter relações sexuais mesmo com camisinhas ou fazer uso de duchas. Não deve ser feito no período menstrual pois a presença de sangue pode prejudicar o diagnóstico do exame citopatólogico. Recomendações prévias: Espéculos de tamanhos variados, preferencialmente descartáveis; Lâmina de vidro com extremidade fosca; Espátula de Ayre; Escova endocervical; Luvas de procedimento; Frasco porta lâmina para o transporte contendo álcool a 96%, em quantidade suficiente que cubra toda a lâmina; Formulário de requisição do exame Lápis n.º 2 (para identificação da lâmina) Fixador citológico Lençol para cobrir a paciente Avental Técnica e Materiais O exame papanicolau consiste na raspagem das células endocervicais e ectocervicais. Esse procedimento é realizado por meio de três dispositivos de coleta: um espéculo (“bico de pato”), espátula de Ayres e uma pequena escova. Algumas vezes há a necessidade de usar o espéculo grande ou n° 3, indicado em mulheres obesas em que a adiposidade da vulva prolonga o canal vaginal impedindo a visão completa do colo uterino. Lembrando que o espéculo maior pode causar mais desconfortos e sua introdução deverá ser ainda mais cuidadosa. A introdução deve ser feita com o espéculo fechado na posição longitudinal ou levemente obliqua para proteger a uretra vai introduzindo e girando delicadamente até ficar na posição transversa em relação a região vaginal, procurando deixar o espéculo em uma posição onde possa se ter a completa visão do colo uterino, das paredes vaginais e do conteúdo vaginal. Não utilizar lubrificantes oleosos como vaselina, pois prejudica a preparação do material para o exame. não há impedimento para utilizar água ou soro fisiológico. Em mulheres após menopausa podem apresentar atrofia, a introdução do espéculo mesmo que pequeno pode ser traumática causando lesões vulvares e vaginais que além de dolorosas podem causar sangramentos e inutilizar o espécime obtido. O aspecto do colo das paredes vaginais e de seu conteúdo já podem indicar sua natureza, se normal ou patológico, sugestivo de uma colpite ou de uma vaginose bacteriana. Escolha do espéculo Mulheres jovens ou nuliparas podem oferecer alguma resistência na introdução do espéculo apesar de terem boa elasticidade e lubrificação vaginal, isso pode acontecer por medo, desconfortos ou mesmo vaginismo. Nesses casos e em mulheres na menopausa é recomendado o espéculo número 01. Mulheres em idade fértil e que ja tenham tido parto vaginais, multiparas tendem a receber bem o de tamanho médio ou espéculo n°2 Introdução do Espéculo Fazer um minucioso exame da vulva e região perianal buscando lesões macroscópicas, úlceras, pintas, aréas vermelhas e verrugas. a presença de alguma dessas alterações deve motivar o encaminhamento para o ginecologista, e deve ser realizado também o exame físico das mamas. Exame físico Explicar para a paciente o que esta sendo feito! O processo ocorre da seguinte maneira 4. Realize o esfregaço na lâmina ja identificada com o lápis preto de maneira a distribuir uniformemente o material em camada fina. Da espátula encostar o material obtido próximo da área fosca da lâmina e repetir procedimento caso julgar material desnecessário. E girar a escova em uma única passada rolando a seda no restante da lâmina. 1. Identifique as inicias da paciente e a data do nascimento no lado fosco da lâmina utilizando lápis preto; 2. Introduza o espéculo, gire e abra- o lentamente e com delicadeza; 3. Colete a amostra do orifício externo do útero com a parte mais longa da espátula de Ayre, girando 360° e a amostra endocervical girando a escova de três a cinco giros em toda extensão do canal. 5. Fixe imediatamente o material na lâmina com distância de 10 cm e, colocar no frasco contendo álcool a 96%. Após a coleta deve-se tracionar delicadamente o espéculo e proceder seu fechamento. Retirar o espéculo somente quando estiver completamente fechado. A amostra será considerada insatisfatória quando há: • Ausência de identificação na lâmina ou na requisição; • Lâmina quebrada. • Células escamosas bem preservadas cobrindo menos de 10% de superfície da lâmina; • Obscurecimento por sangue, inflamação, áreas espessas, má fixação, dessecamento etc.., que Impeçam a interpretação de mais de 75% das células epiteliais. A coleta endocervical em gestantes não é contraindicada, porém deve ser realizada de maneira cuidadosa e com uma correta explicação do procedimento e do pequeno sangramento que pode ocorrer após o procedimento. É de extrema importância que no pedido médico contenha o histórico clínico da paciente e dos achados clínicos no momento da coleta. Descreva no prontuário a existência de lesões, secreções ou verrugas. A realização exclusiva da coleta ectocervical é a mais indicada em gestantes, pois garante um esfregaço satisfatório para análise laboratorial. Casos insatisfatórios A amostra colhida, ao ser examinada no laboratório, será classificada como: Importante amostra insatisfatória;X amostra satisfatória O útero é formado por vários tipos de células, região interna ou endocérvice formada por células endometriais tecido epitelial colunar é revestido por um epitélio colunar simples formado por uma única camada de células, , e pela região externa ou ectocérvice formada por células escamosas e tecido epitelial estratificado. O ponto que divide ambos os tecidos é chamado de junção escamocolunar (JEC) que se encontra entre a endocérvice e a ectocérvice que é uma linha que pode estar tanto na ecto como na endocérvice, dependendo da situação hormonal da mulher. A endocérvice é formada por várias camadas de células estratificadas: BASAIS PARABASAIS INTERMÉDIARIAS SUPERFICIAIS Quando as células superficiais e as intermediarias estão em transformação são classificadas em LSIL, lesão intraepitelial de baixo grau. e quando as células parabasais e basias estão em transformação são classificadas em HSIL, Lesão Intraepitelial escamosa de alto grau. ASC-US e ASC-H significam que as células estão alteradas, mas são dúvidas uma atipia de significado. Quando resultado for ASC-US e LSIL é recomendado refazer o exame em seis meses para verificar se a lesão avançou ou regrediu, uma vez que o sistema imunológico consegue identificar uma célula queestá em transformação e destrui-la. Quando resultado for ASC-H ou HSIL não se deve esperar, encaminhar para consulta especializada para realização de colposcopia mais histologia. E quando as células cancerígenas consegue romper e invadir a membrana basal denomina-se CARCINOMA, no qual passa ser indicado para a paciente o tratamento especializado. Interpretação dos resultados da citologia oncótica Resultados: NORMAL ASC-US LSIL ASC-H HSIL CARCINOMA Os resultados ainda podem ser encontrados como: Classe I: Normalidade O resultado é negativo. As células estão completamente normais. Classe II: Células modificadas O resultado é negativo. Isto significa que as células que apresentam modificação citoplasmática ou nuclear não possuem suspeita de malignidade, embora não sejam completamente normais. Estas alterações são benignas e podem aparecer como resultado de inflamação, infecção viral ou devido à regeneração ou processos metaplásicos, infecção leve pelo HPV e anormalidade de grau leve. Classe III: Células suspeitas O resultado é limítrofe com amostra duvidosa ou suspeita. Significa que há leve suspeita de malignidade. A ocorrência de atipias epiteliais pré-malignas (displasia leve ou moderada) geralmente é enquadrada na classe III, ou seja, os resultados detectaram células suspeitas que possuem algumas - mas não todas - características pertencentes a células cancerígenas. Classe IV: Células malignas O resultado é positivo. Significa que a amostra contém células com alta suspeita de malignidade, displasia grave ou carcinoma. Isto significa que as células têm características francamente malignas. Classe V: Células malignas O resultado é positivo como na classificação acima, mas com um maior número de células atípicas. Isto significa que existe uma alta probabilidade de a mulher estar com câncer cervical. Interpretação dos resultados da citologia oncótica
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