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DOENÇAS DO TRATO RESPIRATÓRIO + PDA

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SISTEMA RESPIRATÓRIO SUPERIOR 
Narinas, seios nasais e dentro dele há conchas (turbinados), que são responsáveis pela filtração e o aquecimento do ar. Depois disso passa 
dorsal ao palato mole, entra na traqueia com o fechamento do esôfago pelo palato mole. 
Os cães braquiocefálicos possuem os seios nasais achatados, obstruindo a passagem de ar, dificultando a respiração desses animais! 
SÍNDROME DO BRAQUIOCEFÁLICO 
 
- Cães: Bull Dog Inglês e Francês 
- Puggie 
- Boston Terrier 
- Boxer 
- Gatos: Persa 
- Exótico 
- Himalaia. 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
(Mesma sintomatologia de todas as afecções de trato respiratório) 
- Roncar, Ruídos 
- Dificuldade para trocar calor, pois os cães fazem isto através da respiração, tendem à ter hipertermia (heat stroke) no calor, degradação 
das proteínas, apresenta hematúria, hematoquesia, perda de consciência. 
- Ofegação 
- Estresse 
- Intolerante ao exercício 
- Dispnéia Inspiratória (de puxar o ar) 
- Cianose (depende do grau de comprometimento) 
- Síncope (raro, mas pode ter). 
 O cão somente terá a síndrome se apresentar de forma associada as afecções abaixo: 
ESTENOSE DE NARINA 
 
Identificação fácil através da inspeção, o focinho estará fechado, pois há o fechamento das aletas nasais dificultando a respiração, ao 
inspirar, observa-se muito esforço para puxar ar. 
Afecção Congênita, em Shitzu é comum, mas de forma isolada. Em gatos Persa, Exótico e Himalaia também. 
A correção precoce da estenose das narinas pode influenciar o crescimento dos turbinados 
TRATAMENTO CIRÚRGICO (CORREÇÃO DE ESTENOSE DE NARINA): 
 
1° Abrir a passagem das narinas, retira-se uma “cunha” ( 2, 3mm) ventral, dorsal e, ou lateral, varia de acordo com o animal. 
OBS.: Cirurgia com muito sangramento (para isso, dilui-se adrenalina com soro (passa-se com o uso de um cotonete), molha o local incisado 
para vasoconstrição), dificulta visualização das estruturas e deve-se ter cuidado com a estética. 
Por fim utiliza-se para sutura fio absorvível. 
PÓS-OPERATÓRIO: Analgésico (Dipirona por 2 dias) e Antibiótico Básico. 
OBS.: Pode sangrar, ou espirrar coágulos, normal. 
 
 
 
 
PROLONGAMENTO DE PALATO 
 
Hiperplasia de Palato, há um aumento de seu comprimento e espessamento da extremidade final. O animal tem dificuldade ao respirar porque 
o palato “cai” dentro da laringe e obstrui, criando uma bomba de vácuo, força as vias aéreas inferiores, assim, pode haver colapso de 
brônquio, ou um edema pulmonar secundário por esforço, vai inflamando toda via aérea e pode proporcionar eversão de sacos laríngeos 
(duas estruturas para fora da luz da laringe que everte e obstrui mais ainda a passagem de ar). 
DIAGNÓSTICO: Anestesia, faz-se Endoscopia, se o proprietário autorizar já faz a correção cirúrgica no mesmo momento. 
Radiografia Torácica para visualizar APENAS possíveis consequências secundárias. 
TRATAMENTO CIRÚRGICO (ESTÁFILECTOMIA): 
Retira o prolongamento de palato (cuidado com falsa via ao retirar muito), faz-se o acesso pela boca com o cão em decúbito ventral. 
1° Com a pinça Allis, pega-se a ponta final do palato, puxa para frente, mensura na altura das tonsilas faz-se a ressecção. 
2° Incisa e sutura com fio absorvível, vycril, simples contínuo em todo procedimento. Cuidado com edema!!! Pode ser feito corticoide intravenoso, pós 
intubação (dexametasona), assim como pode-se usar gelo. 
PÓS-OPERATÓRIO: Dieta seca em pouca quantidade, primeiras 24h na internação, acompanhar se fez falsa via. AINE’s + ATB profilático (amoxicicilina). 
Traqueostomia temporária pode ser necessária! 
ANOMALIAS BRONQUIAIS, LARINGEAS E TRAQUEAIS: 
HIPOPLASIA DE TRAQUÉIA 
Mesmo comprimento, porém diminuição de lúmen traqueal, congênito. 
DIAGNÓSTICO: Radiografia, Traqueoscopia. 
Não há tratamento, somente acompanhamento deve ser feito. 
 
EVERSÃO DE SACOS LARINGEOS 
Devido ao esforço os sacos laríngeos evertem, devido à pressão negativa. Pode haver alteração ou ausência de latido (o animal pode ficar 
afônico). 
DIAGNÓSTICO: Anestesia + Laringoscopia e Radiografia Torácica (para alterações secundárias). 
TRATAMENTO CONSERVADOR: Quando o grau de eversão não é tão grande, com leve inflamação. Faz-se uso de corticoides, se houver 
contraindicação, usa-se AINE’s. 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: Consiste na excisão dos sacos laríngeos, não há necessidade de suturar. Prognóstico bom, porém depende das 
consequências secundárias associadas. 
 
OBS.: TURBINADOS NASAIS ABERRANTES: Rinoscopia retrógrada (para diagnóstico). 
Tratamento: Corticóide, e cirúrgico pode-se realizar rinotomia (principalmente em casos de neoplasias), ou fazer a Turbinectomia assistida 
por laser A turbinectomia assistida por laser (LATE), reportada por Oechtering (2007) é uma abordagem efetiva à obstrução intranasal. 
Trata-se da utilização de um laser de díodo guiado por endoscopia usado para remover turbinados obstrutivos na cavidade nasal. 
 
OBS: DISTÚRBIO GASTROESOFÁGICO associado é uma consequência da síndrome do braquiocefálicos, pois o animal faz tanto esforço para 
conseguir respirar, que terá refluxo gastroesofágico e isto causará uma esofagite, logo terá vômito, anorexia, disfagia, regurgitação etc. 
TRATAMENTO: 1° Tratar causa de base + 2° Sucralfato + Ranitidina. 
 
 
 
PARALISIA DE LARINGE 
- Déficit Neuromuscular de diferentes gradientes e gravidade clínica variável, seja agudo ou não. 
- Acomete inervação, principalmente as cartilagens Laringeana, logo haverá alteração nos processos abaixo: 
 Inspiração: Haverá lateralização das aritenóides. 
 Expiração: Fechamento das aritenóides. 
 Deglutição: Fechamento da laringe 
- Compromete principalmente o tônus das aritenóides e cordas vocais. 
- Causa distúrbios de deglutição e complicações pulmonares secundárias. 
RAÇAS: Golden, Labrador, Rott Weiller (99% macho de meia idade, 7-8 anos), raramente gatos. 
ETIOLOGIA 
- Congênita: Raro. Raças susceptíveis (Rusky, Dálmatas...) 
- Adquirida: Idiopática, secundária a polineurite (doença degenerativa de todos os nervos, fazer exame neurológico), hipotireoidismo (fazer 
exames complementares, bioquímico etc), traumas (mordedura no pescoço, enforcador), traumas iatrogênicos (cirurgias cervicais, 
traqueostomia...), infecção locorregional, neoplasias. 
DIAGNÓSTICO: Inspeção direta (Som de serrote e aritenóides se movimentando). Inspeção indireta = Laringoscopia (exame de eleição). 
SINTOMAS: Distúrbios ventilatório e inspiratório depende do grau de paralisia, mudança comportamental, tosse, intolerância ao exercício, 
distrição eventual, síncope, asfixia grave, edema por esforço. 
TRATAMENTO: Cirúrgico (Cricoaritenoidepexia) + suporte (emergências) 
1° AIE (Corticoide) 
2° Quebrar o ciclo de estresse com Sedação 
3° Combate ao edema pulmonar 
4° Oxigenioterapia 
OBS.: Em casos graves de hipóxia sistêmica e agonia respiratória: 
1° Sedação, Oxigenioterapia 
2° Anestesia Geral 
3° Intubação 
4° Ventilação Mecânica 
5° Traqueostomia de retorno. 
CRICOARITENOIDEPEXIA: 
- Lateralização da aritenóide + pexia, sempre unilateral, fio não absorvível (nylon 2.0). 
- Acesso lateral, cirurgia da palpação unilateral. Passa o fio na aritenóide e posteriormente na cricóide, mesmo o quanto fechar e suturar 
muito bem. 
PROGNÓSTICO: Cuidado com Falsa Via, Pneumonia aspirativa ruim. Neuropatias – Eutanásia. 
PÓS-OPERATÓRIO: Internação - Observar expiração (edema, se precisar tratar) e deglutição (dieta com pellets grandes, pequenas 
quantidades, várias vezes). 
DISFONIA OU AFONIA 
Alteração em timbre do latido, impede o tensionamento das pregas vocais. 
- Pode causar: Traqueíte ou Traqueobronquite por tosse. Pneumonia Aspirativa, principalmente em animais com regurgitação por 
megaesôfago. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Síndrome do Braquiocefálico, colapso traqueal, neoplasias de orofaríngeo e laríngeo, pneumonias, bronquites, 
pneumocardiopatias, edema pulmonar. 
 
DIAGNÓSTICO: Laringoscopia,sedar o animal em plano artificial para ainda ter reflexo de proteção laríngeo. Observar outros segmentos de 
via. 
Processos fisiológicos, normais e ideais, quando há 
paralisia, por exemplo na inspiração não haverá 
lateralização das aritenóides. 
RESUMINDO OS RUÍDOS 
 
- Prolongamento de Palato: 
 Ruído de Bomba de Vácuo 
- Hipoplasia de Traquéia: 
 Sem barulho, apenas Dificuldade ao Respirar. 
- Colapso de Traquéia: 
 Estridor = Respiração Ruidosa. 
 
COLAPSO DE TRAQUÉIA 
Degeneração progressiva da cartilagem traqueal (condromalácia) associada à frouxidão do músculo traqueal dorsal, resultando em 
achatamento dorsoventral da traquéia. 
PRÉ-DISPOSTOS: York e Spitz, raças pequenas. 
ETIOLOGIA: Desconhecida, acredita-se em fatores genéticos. 
Grau 1: 25% do lúmen da traquéia comprometida. 
Grau 2: 50% do lúmen da traquéia comprometida. 
Grau 3: 75% do lúmen da traquéia comprometida. 
Grau 4: 90% do lúmen da traquéia comprometida. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
- Tosse intermitente, devido a traquéia estar colabada, há o reflexo de tosse. 
- Respiração ruidosa, normalmente na inspiração. 
- Em casos mais graves síncopes e sinais de obstrução. 
EXAME FÍSICO: 
- Apresentam-se sistemicamente saudáveis 
- Obesos são mais frequentes 
- Auscultação pode haver respiração ruidosa, até mesmo estridor. 
- Intolerância ao exercício 
- Pode haver cianose em casos mais graves. 
EXAME COMPLEMENTAR: 
- Raio-x cervical e torácico, PORÉM pode haver falso-positivo 
- Endoscopia, neste caso Traqueoscopia (Vê-se frouxidão do músculo traqueal e, ou abertura do anel traqueal devido a frouxidão), exame de 
eleição 
TRATAMENTO: 
CONSERVATIVO 
- Apenas Grau 1 e 2. 
- É importante focar no Emagrecimento do animal (Dieta), uso de Corticóides (somente em crises, durante 2,3 dias, NÃO se faz uso contínuo), 
Antitussígenos (ex: Codeína) e Antibióticos SOMENTE se houver infecção secundárias. 
Na tentativa de retardar a degeneração, pode-se tentar o uso de Condroitina. 
CIRÚRGICO 
- Prótese Extraluminal, SOMENTE EM TRAQUÉIA CERVICAL. 
- Pode lesionar o Nervo Laringeo-Recorrente e gerar paralisia de laringe, Além disto, pode comprimir mais ainda a Traquéia, garrotear, 
causar lesão isquêmica. 
* Custo mais baixo que o Stent, cerca de R$800,00 à 1000,00. 
 
- Stent Traqueal = Intraluminal 
- É sugerido fazer a colocação com o fluoroscopio (raio-x em movimento). Pode começar no primeiro anel e terminar no último, antes disto, é 
preciso fazer a medição. 
* Valor total do procedimento R$18 à 20mil reais. 
 
COMPLICAÇÕES: 
- Pode haver migração do stent. Pode haver formação de tecido fibroso devido ao seu englobamento. Isto pode gerar uma reação 
inflamatória, formando granuloma, podendo estenosar a traquéia. Pode haver fratura de stent, se isto acontecer, pode ser feito uma nova 
colocação. 
PÓS-OPERATÓRIO: 
- Corticoide, Analgésico e Antitussígeno. 
 
 SISTEMA RESPIRATÓRIO INFERIOR 
CAVIDADE TORÁCICA 
- Pressão Negativa, vácuo 
- Expansão da cavidade torácica no movimento respiratório 
- Auscultação clara 
- Percussão som claro 
- Bulhas Cardíacas Normofonéticas 
 
TRAUMAS: 
- Contuso = Atropelamento, chute, queda... 
- Perfurante = Mordedura, briga, queda em lanças de aço, espeto... 
 
CONTUSÕES: 
- Cardíacas = Alteração de condução, Tamponamento cardíaco 
- Pulmonares 
- Ruptura diafragmática 
- Ruptura de traquéia 
- Hemotórax 
- Fratura de costelas 
* FLAIL- CHEST (EMERGÊNCIA): 
- Mais de 2 costelas fraturadas e dois ou mais pontos de fratura em cada um. 
- Respiração Paradoxal, não há movimento sincronizado com a parede. 
- Estabilização das fraturas (fio de aço e Cerclagem). 
PNEUMOTÓRAX 
- Acúmulo de ar no tórax, fica entre as pleuras visceral e parietal. O ar faz com que o pulmão colabe. 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA: 
- Dispnéia/ Taquipnéia 
- Taquicardia 
- Mucosas Cianóticas 
- Som timpânico à percussão 
- Enfisema subcutâneo pode estar presente 
- Auscultação: Ausência de sons respiratórios, devido ao abafamento. 
- Bulhas Cardíacos Hipofonética, pois o ar do tórax está abafando este som. 
PNEUMOTÓRAX ABERTO: 
Lesões perfurantes, há comunicação com o meio externo, ocorre quando o ar entra do meio externo para a cavidade torácica. 
PNEUMOTÓRAX FECHADO/HIPERTENSIVO: 
Não há lesão externa, somente interna, é a mais grave pois o ar vai se acumulando, colaba o pulmão, devido ao escape de ar da via aérea para 
o espaço pleural. 
 
TRAUMÁTICO: Atropelamento, brigas... 
IATROGÊNICO: Barotrauma, intubação traqueal, perfuração de lobo em toracocentese. 
ESPONTÂNEO: Neoplasias, cistos, abscessos, granulomas... 
 
DIAGNÓSTICO: 
1° Sempre que houver suspeita de pneumotórax, é preciso estabilizar o paciente 
2° Posteriormente fazemos o exame físico = Auscultação + Percussão + Semiologia: Evolução, histórico, sintomatologia etc 
3° Toracocentese 
 
 
TORACOCENTESE: 
Se houver tempo, fazer bloqueio paracostal, manter animal em decúbito eternal 
1°. Luva Estéril, Tricotomia e Antissepsia 
Entre o 7 e o 9° EIC 
2°. Colocação de cateter calibroso, equipo, torneira de 3 vias. 
OBS: Dói puncionar várias vezes, logo, pode-se ser colocado dreno torácico. 
DRENO TORÁCICO: 
1°. Incisão de pele, inserção de dreno próximo à 11° EIC e aprofundando-o no 7°EIC. 
2°. Fixar dreno na pele e o deixa junto com a torneira de 3 vias. 
3°. Só abrir a torneira quando for necessário drenar. 
OUTRAS OPÇÕES: 
- É a Válvula de Hemlich, substitui a torneira de 3 vias e a seringa. 
- Selo D’água acopla no animal e não precisa ficar drenando. 
- T-Fast (Ultrassom Rápido) 
- Radiografias e Tomografia Computadorizada (Torácicas): 
1° ESTABILIZAR, fazer somente quando ESTIVER EM CONDIÇÕES. 
 
TORACOTOMIA EXPLORATÓRIA. 
1°. Sedação/ Analgesia 
2°. Estabilização do paciente com toracocentese/ dreno torácico 
3°. Reconstrução cirúrgica da parede torácica se houver demanda. 
4°. Toracotomia exploratória corretiva (+ comum a paracostal). 
OBS: Importante identificar sondas e drenos. 
5°. Teste do Borracheiro: 
Preenche a cavidade com soro fisiológico aquecido, para procurar bolhas, objetivando encontrar lesão pulmonar. 
6°. Pós-Operatório: 
- Curativo, enfaixar para conforto, colocar roupinha e não deixar proprietárix tirar. 
- Faz-se para aliviar a dor a colocação de uma sonda no subcutâneo para infundir anestésicos localmente, a cada 3h +/-. 
- Medicação: Analgesia (Opióides Tramal, Dipirona), AIE (Prednisona), Antibiótico. 
- Prescrição: Repouso, restringir espaço, alimentação normal. Retorno médico. 
PDA: PERSISTÊNCIA DO DUTO ARTERIOSO 
- A Persistência do Ducto Arterioso (PDA) é uma das anomalias cardiovasculares congênitas mais comuns em cães. A permanência do ducto 
por mais de alguns dias após o nascimento caracteriza a PDA. 
 
* Na PDA com fluxo da aorta para a artéria pulmonar ocorre um desvio de sangue de forma contínua da esquerda para a direita, resultando 
em sobrecarga de volume e dilatação do átrio e ventrículo esquerdos, levando à insuficiência cardíaca congestiva esquerda, o que pode 
resultar em hipertensão pulmonar capaz de reverter a direção do fluxo sanguíneo através do ducto, causando a PDA com fluxo da artéria 
pulmonar para a aorta. 
- O tratamento medicamentoso não é curativo e a correção cirúrgica é recomendada em todos os casos de PDA com desvio da esquerda para 
a direita em animais com menos de 2 anos de idade ou com mínimos riscos anestésicos. Em animais com PDA com desvio da direita para a 
esquerda, o tratamento cirúrgico é contraindicado, pois o ducto funciona como uma valva de escape para as altas pressões encontradas no 
lado direito. 
 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA: 
- Síncopes, fraqueza dos membros pélvicos durante o exercício, incoordenação e convulsões, tosse ou dispnéia, porém maior parte 
assintomática. Possivelmente pela hiperviscosidade do sangue devido à policitemia. Pulso arterial hipercinético (pulso emmartelo d´água) é 
característico da pda e é devido à rápida saída de sangue da aorta para a artéria pulmonar, ocasionando a diminuição da pressão aórtica em 
diástole para níveis mais baixos que os normais (pressão sistólica menos diastólica baixa). 
PREDISPOSIÇÃO: Cadelas, puras, Maltês, Yorkshire e Spitz. 
PROGNÓSTICO: Em casos de PDA com desvio da aorta para a artéria pulmonar a tendência é a evolução para um quadro de insuficiência 
cardíaca congestiva esquerda, edema pulmonar e hipertensão pulmonar. Em animais jovens sem insuficiência cardíaca congestiva, o 
prognóstico é bom, sendo a mortalidade de aproximadamente 5%, enquanto 70% dos animais afetados possam vir a óbito devido à ICC 
esquerda nos primeiros 18 meses. 
Já o prognóstico para cães com PDA com desvio da direita para a esquerda é ruim e estes animais são debilitados devido à hipóxia, além de 
alto risco de morte súbita em decorrência da formação de trombo arterial ou arritmias cardíacas. O período de sobrevivência médio varia de 
dois a cinco anos, dependendo de características individuais. 
 
EXAMES FÍSICOS: 
- Auscultação Cardíaca: Sopro, Som de maquinário ( murmúrio de Gibson). 
- Frêmitos palpáveis no tórax. 
- Auscultação Pulmonar: Pode haver crepitação – edema. 
- Pulso hipercinético (pulso em martelo d’água) - rápida saída de sangue da aorta, queda da pressão em diástole a níveis mais baixos que os 
normais 
- Cianose ”diferencial”- cianose presente em em mucosas caudais, com as mucosas craniais normais. 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
- Eletrocardiograma: Ondas R altas por causa de uma ampla pressão de pulso. 
- Ecocardiograma: Detecta a presença do duto patente, aumento de átrio, dilatação ventricular, dilatação de artéria pulmonar, aumento da 
velocidade de ejeção aórtica, doppler turbulento reverso característico na artéria pulmonar. 
- Radiografia torácica: Cardiomegalia, dilatação de átrio e ventrículo esquerdo, pulmões hipervascularizados ou com sinais de edema. 
- Policitemia: Resposta medular com aumento de eritropoetina devido à hipoxemia crônica. 
TRATAMENTO: 
1° O tratamento da ICC é instituído com o objetivo de diminuir o edema pulmonar, melhorar a oxigenação e a função cardíaca. Deve ser 
instituída oxigenioterapia em animais com quadro de dispneia, assim como rápida diurese até que o quadro de edema seja diminuído. A 
administração de vasodilatadores diminui a resistência arterial, reduzindo a pós-carga e aumentando o débito cardíaco. Nos casos de 
disfunção sistólica e arritmias, deve-se monitorar a atividade cardíaca, sendo indicada a administração de agentes inotrópicos positivos, 
como o pimobendan. 
CIRÚRGICO: 
* Toracotomia com posterior ligadura do ducto (DUAS). Fazer em animais jovens. Se for um PDA Reverso NÃO faz-se a ligadura, pois com 
desvio da artéria pulmonar para a aorta, não há tratamento efetivo, já que a oclusão do ducto é contraindicada, pois este funciona como uma 
valva de escape para as altas pressões encontradas no lado direito. Caso a ligadura seja realizada, pode ocorrer ICC direita aguda pós-
operatória precoce ou operatória tardia e consequente óbito. 
* Um método alternativo e menos invasivo é a embolização espiralada da PDA, realizada por meio da oclusão percutânea do ducto utilizando-
se um dispositivo trombogênico: 
- Coil: Os coils são dispositivos constituídos de fibras trombogênicas que induzem a trombose do ducto. 
- Amplatzer: São dispositivos auto-expansíveis feitos de malha de arame Nitinol (níquel e titânio) com formato de cogumelo e incorporando 
estruturas de poliéster para estimular a trombogênese dentro do dispositivo. São usados para fechar ductos grandes com mais de 5 mm.

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