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O uso do BIM aplicado na produção e no Gerenciamento de Projetos

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UNIÃO BRASILEIRA DE FACULDADES – UNIBF 
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMILA TASCA LEITÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DO BIM NA PRODUÇÃO E NO GERENCIAMENTO DE 
PROJETOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO, AGOSTO DE 2021 
 
 
CAMILA TASCA LEITÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O USO DO BIM NA PRODUÇÃO E NO GERENCIAMENTO DE 
PROJETOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado 
para obtenção de certificado no Curso de 
Especialização – Latu Sensu em Engenharia de 
Produção da União Brasileira de Faculdades, 
UNIBF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO, AGOSTO DE 2021 
 
RESUMO 
 
O Planejamento e Controle de Produção (PCP) consiste em um processo que 
auxilia o gerenciamento das atividades de produção. É por meio dele que todos os 
recursos operacionais serão definidos. O PCP envolve funções de planejamento: o 
que será produzido e com que recursos, programação: descrição de recursos e 
sequência entre os fluxos, e controle: monitoramento e correção de desvios. A 
Modelagem da Informação da Construção (BIM) mostra-se no panorama atual como 
uma nova forma de se projetar, a qual requer uma mudança de comportamento de 
todos os agentes envolvidos no projeto desde a concepção à finalização. Este estudo 
aborda a forma com que esse novo processo pode trazer benefícios ao ser aplicado no 
planejamento de uma obra em comparação com os métodos convencionais. Portanto, 
o grande objetivo é verificar a facilitação das práticas de planejamento e 
padronização de produtos para criar um fluxo de trabalho visando obter melhores 
resultados. Dessa forma, com a implementação de um planejamento bem estruturado, 
a tendência é aumentar a eficiência, reduzir desperdícios e diminuir os gargalos da 
produção utilizando as ferramentas da tecnologia BIM. 
 
Palavras-chave: BIM, Gerenciamento de Projetos, Produção, Planejamento e 
Controle. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5 
1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 5 
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................. 6 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 7 
2.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO ................................ 9 
2.1.1 Previsão de Demanda .......................................................................................... 11 
2.1.2 Previsão de Capacidade de Produção ................................................................ 11 
2.1.3 Previsão de Agregado de Produção ................................................................... 12 
2.1.4 Previsão Mestre da Produção ............................................................................. 13 
2.1.5 Previsão Detalhada da Produção ....................................................................... 13 
2.2 BIM ............................................................................................................. 14 
2.2.1 Inovações ....................................................................................................... 15 
2.2.2 Modelagem Paramétrica ..................................................................................... 15 
2.2.3 Interoperabiladade .............................................................................................. 17 
2.3 METODOLOGIA ........................................................................................... 17 
2.3.1 Métodos Convencionais de Planejamento e Controle ............................... 18 
2.3.1.1 Kanban .......................................................................................................... 18 
2.3.1.2 Six Sigma ....................................................................................................... 20 
2.3.1.3 Kaizen ............................................................................................................ 21 
2.3.2 Plataforma BIM Aplicadas ao Planejamento ............................................ 21 
2.3.2.1 Softwares BIM .............................................................................................. 23 
2.3.2.2 Revit ............................................................................................................... 25 
2.3.2.3 Navisworks .................................................................................................... 26 
2.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................. 29 
2.4.1 Comparação entre as Técnicas Convencionais de Planejamento e o 
Planejamento Usando BIM ......................................................................................... 29 
2.4.1.1 Ferramentas de visualização ....................................................................... 30 
2.4.1.2 Ferramentas de Integração.............................................................................. 32 
2.4.1.2 Ferramentas de Análise ............................................................................... 34 
2.4.1.3 Ferramentas de Gestão ................................................................................ 35 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 36 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 38 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A indústria da construção civil se apresenta como um setor no qual a 
informalidade está muito presente. Desta forma, surge a necessidade de um 
planejamento adequado e consequentemente um controle mais centralizado, visto 
que planejar e controlar são atividades complementares: uma não existe sem a outra. 
(PARIZI et. al, 2016). Em uma obra que o projeto que não tenha processos 
organizados, definidos e justificados certamente não atingem os resultados desejados. 
A fim de resolver estes problemas surgem as ferramentas dimensionais. Os 
recursos de modelagem 3D representam o modelo tridimensional, 4D integra o 
cronograma e planejamento, 5D implementa a orçamentação do projeto, 6D 
sustentabilidade, 7D é dedicada à operação e manutenção de instalações construídas 
e bens manufaturados, 8D visa a segurança e saúde durante o projeto, trabalho e fase 
de manutenção, 9D gestão lean no setor da construção, chamada de Construção 
Enxuta e 10D, voltada para industrialização e almeja tornar o setor da construção 
civil mais produtivo, integrando as novas tecnologias por meio de sua digitalização. 
O BIM traz inúmeras vantagens no setor da Engenharia Civil e Engenharia de 
Produção. De acordo com Eastman et al. (2013), a coordenação entre os projetistas e 
empreiteiros participantes é aperfeiçoada e os erros de omissão são 
significativamente reduzidos. Isso torna mais rápido o processo de construção, reduz 
os custos, minimiza a probabilidade de ocorrência de erros de projeto e proporciona 
um processo mais eficiente para toda a equipe do empreendimento. 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
Na prática continua-se trabalhando de forma convencional, o que torna a fase 
de execução do projeto um trabalho árduo no que se refere ao planejamento, controle 
da obra, levantamento dos quantitativos de material, orçamento, entre outros. De 
acordo com Formoso (2001), as deficiências no planejamento e controle estão entre 
as principais causas da baixa produtividade do setor, das suas elevadas perdas e da 
baixa qualidade de seus produtos. 
 
O BIM permite um processo de construção com menos dificuldades e mais 
bem planejado, economizando, assim, tempo e dinheiro, e reduzindo a possibilidade 
de erros e conflitos. 
Por se tratar de uma tendência no setor,o que é evidenciado pelo incentivo do 
Governo Federal com o decreto n °10.306 de 2020 que estabelece a utilização do 
BIM na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizada pelos 
órgãos e pelas entidades da administração pública federal, sendo umas das estratégias 
de disseminação da tecnologia no país, esse projeto final é importante para analisar a 
diferença entre o planejamento de obras utilizando BIM e o método convencional, 
assim como destacar vantagens e desafios na implantação do planejamento de obra a 
partir da modelagem dimensional. 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
O objetivo principal do presente trabalho é analisar as diferenças entre o 
planejamento e gerenciamento de projetos realizados por métodos convencionais e 
desenvolvido a partir da plataforma BIM. 
Os objetivos específicos são: 
 
• Analisar os princípios de aplicação das ferramentas de planejamento 
convencionais; 
• Conhecer os princípios de aplicação das ferramentas de modelagem da 
informação da construção; 
• Analisar os benefícios da plataforma BIM aplicada ao planejamento e ao 
gerenciamento de projetos; 
 
 
 
 
 
 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
De acordo com Limmer (1996), um projeto pode ser definido como 
empreendimento singular, com objetivos bem definidos, a serem materializados 
segundo um plano preestabelecido e dentro de condições de prazo, custo, qualidade e 
risco previamente definidas. 
 
 
Figura 1: Fases do processo de gerenciamento 
Fonte: Limmer, 1996. 
 
Segundo Limmer (1996), o controle do projeto constitui-se do 
acompanhamento do progresso e a respectiva análise de desempenho. Através de 
informações, o desempenho é comparado com os planos e as programações, podendo 
motivar, caso haja desvio significativo, a revisão dos planos, das programações, dos 
orçamentos e dos recursos alocados para a implementação do projeto, motivando 
novo planejamento. 
Na construção civil essa gestão de projetos não é uma tarefa fácil, pois há uma 
série de variáveis e indefinições que podem prejudicar a eficiência e resultar na 
distorção dos objetivos pré-estabelecidos. Para obter melhores resultados grande 
parte das empresas do setor, nos últimos anos, utilizam uma outra metodologia que 
possui muita sinergia com as premissas e filosofia do Gerenciamento de Projetos: o 
 
BIM (Building Information Modeling), traduzido como Modelagem da Informação 
da Construção, conceitualmente é uma metodologia que reúne Pessoas, Processos e 
Tecnologias que, de forma colaborativa, permite maior controle e exatidão em 
projetar, construir e operar edifícios. Abaixo é possível observar na Figura 2 o ciclo 
de vida de um projeto. 
 
 
Figura 2: Ciclo de vida BIM 
Fonte: Project Management Knowledge Base, 2021. 
 
Ao analisar as duas figuras acima, observa-se como a metodologia BIM 
engloba o gerenciamento de forma única, na mesma direção caminhando de maneira 
simultânea das atividades, diferentemente do faseamento descrito por Limmer. Entre 
as atividades do gerenciamento de um projeto destaca-se a atividade de 
planejamento, essa evolução no controle da produção e planejamento será abordada 
neste trabalho. 
 
 
 
 
2.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO 
 
PCP é a sigla para Plano de Controle de Produção. Esse sistema de 
gerenciamento de produção tem como objetivo prever, controlar e otimizar a 
utilização de recursos, tempo e habilidade dos colaboradores para tornar mais ágil a 
gestão de todas as etapas do trabalho. As indústrias que aderem a esse sistema têm 
como principal vantagem a maior autonomia sobre seus processos. 
Ter uma gestão que saiba fazer um bom planejamento é importante para 
qualquer empresa. Seja para realizar um novo projeto, para comprar matéria-prima, 
na administração do estoque ou em produções em larga escala, ter organização é 
fundamental para prever os investimentos e recursos que serão necessários. Tudo 
isso ajuda a reduzir custos e desperdícios, aumentando os lucros da companhia. 
Para que isso seja possível, foram criados alguns métodos que facilitam o 
trabalho da gestão e trazem inúmeros benefícios, como o aumento da produtividade e 
da qualidade da produção. Nesse contexto, uma das ferramentas que se destaca é o 
PCP, ou planejamento e controle da produção. 
 
 
Figura 3: Sistema de Produção 
Fonte: Planejamento e Controle da Produção Dos Fundamentos ao Essencial, 2010. 
 
 
 
Atualmente, o desafio da implantação nesse tipo de processo está muito mais 
na gestão do projeto, dos processos e das pessoas para retirar o máximo benefício 
dessas ferramentas e conceitos e alinhá-las à estratégia da empresa. 
Situação diferente de quando saímos desse ambiente e vamos para uma empresa 
ENGINEER-TO-ORDER (ETO: Engenheiro ao Pedido). Nela cada produto é único e 
 
para um cliente específico. As ferramentas e conceitos raramente funcionam sem 
adaptações nesses casos, logo é preciso desenvolver as soluções. 
Para desenvolver essas soluções é preciso é criar um fluxo contínuo para 
garantir a produção puxada. Se analisarmos do ponto de vista do cliente, toda a 
fábrica ETO já é quase uma puxada, afinal ela só produz o que o cliente quer, na 
quantidade que ele quer. Mas, normalmente, a falha está no último critério: quando o 
cliente quer. Em empresas ETO, os desperdícios surgem quase sempre por causa da 
falta de sincronismo entre os departamentos. É a engenharia que não libera os 
desenhos que a área de processos necessita, é o departamento de compras que adianta 
o que não é necessário e atrasa o que se precisa, são áreas fabris trabalhando fora de 
sincronia umas com as outras e gerando material parado na fábrica. 
Os processos travam, os produtos param e as equipes de execução adiantam 
aquilo que é possível para ser feito. Ou seja, empurram a produção, não puxam. 
A chave do problema está em um planejamento bem-feito, que sincronize os 
diferentes departamentos, setores que participam da execução do processo. Esse 
planejamento deve considerar a alocação dos recursos a serem utilizados, os tempos 
necessários para execução de cada tarefa e, sem dúvidas, tempos pulmão para a 
proteção de eventuais atrasos. 
Na execução, o acompanhamento deve ser próximo e feito em uma frequência 
que permita a empresa um tempo de reação para resolver problemas. Essa frequência 
varia de processo para processo, em algumas empresas podem ser diárias, outras por 
turno, outras por hora; o importante é acompanhar os processos e resolver os 
problemas. Esse acompanhamento deve ser feito através da Gestão Visual, para que 
fique claro a todos onde estão os problemas e quais são eles, onde tem atrasos e onde 
tem excesso de recursos. 
Assim, pode-se tomar ações de maneira sistemática para melhorar o 
desempenho dos departamentos para uma execução mais enxuta: sempre visando o 
fluxo de informação e produtos. E aqui vale o uso de outras ferramentas e conceitos 
Lean como 5S, Setup Rápido, TPM, Trabalho Padrão etc. 
 
Portanto, é recomendado evitar a cópia de soluções, procurar a melhor maneira 
de sincronizar os departamentos e setores e como controlá-los. Tendo sempre em 
mente: processos enxutos são aqueles contínuos e que atendem os clientes. 
 
 
Figura 4: Ambiente de Produção: Engenharia 
Fonte: Planejamento e Controle da Produção Dos Fundamentos ao Essencial, 2010. 
 
 
2.1.1 Previsão de Demanda 
 
Os métodos estatísticos e subjetivos de previsão de demanda auxiliam os 
gerentes de produção no dimensionamento da produção e dos recursos materiais e 
humanos necessários. A previsão de demanda assume um papel ainda mais 
importante quando a empresa adota uma estratégia de produção para estoque. 
Estrategicamente deve-se trabalhar com uma previsão irrestrita. 
Os objetivos da previsão devem ser traçados de acordo com a demanda a longo 
ou a curto prazo, podendo considerar vários ou um segmento de mercado específico. 
Por meio dela, consegue-se prevererros e, assim, evitarem que a empresa tenha 
baixa lucratividade e risco de desperdícios. 
 
 
2.1.2 Previsão de Capacidade de Produção 
 
A partir da previsão de demanda de médio e longo prazo e da análise da 
capacidade instalada, determina-se a necessidade de adequação (aumento ou 
redução) da capacidade de produção para melhor atender a demanda no médio e 
longo prazo. 
O equilíbrio entre capacidade e demanda é necessário para garantir que as 
operações produtivas consigam atender aos pedidos dos clientes, em relação a 
requisitos de quantidade e qualidade, para o fornecimento de produtos. O equilíbrio 
 
entre capacidade e demanda é necessário para garantir que as operações produtivas 
consigam atender aos pedidos dos clientes, em relação a requisitos de quantidade e 
qualidade, para o fornecimento de produtos. 
 
2.1.3 Previsão de Agregado de Produção 
 
No plano agregado, estão as decisões de volumes de produção e estoque 
mensais, contratação (ou demissão) de pessoas, uso de horas-extras e subcontratação, 
contratos de fornecimento e serviços logísticos. Neste nível de planejamento, as 
informações de demanda e capacidades são agregadas para viabilizar a análise e 
tomada de decisão. 
São necessários planos de produção agregados para explorar as oportunidades 
da força de trabalho e representar uma parte crucial do gerenciamento de operações. 
Planos de produção agregados facilitam a correspondência entre oferta e demanda e, 
ao mesmo tempo, reduzem custos. O processo de planejamento de produção 
agregado aplica as previsões de nível superior ao planejamento de nível de produção 
inferior e é mais bem-sucedido quando aplicado a períodos de 2 a 18 meses no 
futuro. 
Os planos geralmente “perseguem” a demanda, ajustando a força de trabalho 
de acordo, ou os planos “nivelados”, o que significa que o trabalho é 
comparativamente constante, com as flutuações na demanda sendo atendidas por 
estoques e pedidos pendentes. 
Conceito de planejamento de produção agregado consiste no processo de 
determinação das quantidades gerais de produtos a serem fabricados ou produzidos 
em uma planta ou outra instalação de fabricação durante um período de planejamento 
de médio prazo, como um mês ou um trimestre. Os outputs deste plano 
compreendem as quantidades totais de cada produto ou grupo de produtos a serem 
fabricados no período planejado, detalhando a programação de diferentes atividades 
de fabricação necessárias para atingir os níveis de produção planejados. 
 
 
2.1.4 Previsão Mestre da Produção 
 
Essa etapa trata-se da operacionalização dos planos de produção no curto 
prazo. No programa mestre são analisados e direcionados os recursos (máquinas, 
pessoas, matérias-primas) no tempo certo para produzir a quantidade necessária para 
suprir a demanda de determinado período. 
Um cronograma mestre de produção (MPS) é um cronograma de construção 
antecipado para a fabricação de produtos finais ou opções de produtos. É um 
componente importante dos sistemas de planejamento de produção, como os sistemas 
de planejamento de requisitos de material (MRP). É uma declaração de produção, 
não uma declaração de demanda do mercado. Ou seja, o MPS não é uma previsão. 
No entanto, a previsão de vendas é uma entrada crítica no processo usado para 
determinar o MPS. 
Portanto, representa o que a empresa planeja produzir em termos de modelos, 
quantidades e datas. Ele leva em consideração a previsão de demanda, o plano de 
produção agregado, a lista pendente, a disponibilidade de material e a capacidade. 
Com os muitos recursos pertencentes a esse software, o software faz dele o 
principal objetivo de planejamento, inventário e outros aspectos do controle da 
produção. Este sistema foi extremamente benéfico para as operações de fabricação e 
pode oferecer uma visão completa de sua operação. Antes de implementar o 
software, é essencial entender os objetivos do sistema. Sem mais delongas, eis as 
funções do planejamento mestre de produção (MPS). 
 
2.1.5 Previsão Detalhada da Produção 
 
É a operacionalização propriamente dita no “chão da fábrica”. Define como a 
fábrica irá operar no seu dia a dia. As atividades que envolvem a programação da 
produção são: administração de materiais, sequenciamento das ordens de produção, 
emissão e liberação de ordens. 
 
 
 
2.1.6 Controle de Produção 
 
É a última etapa do PCP e consiste no acompanhamento dos processos 
produtivos a fim de verificar o andamento da produção conforme o planejado, ou 
seja, verificar se o que foi decidido no plano agregado, programa mestre e 
programação detalhada estão sendo realizados. A partir do apontamento da produção 
, tempos e rendimentos do processo, assim o PCP acumula dados atualizados dos 
processos para utilização nas decisões futuras. 
O controle de produção procura utilizar diferentes tipos de técnicas de controle 
para obter um desempenho ideal fora do sistema de produção, de modo a atingir as 
metas gerais de planejamento de produção. Portanto, os objetivos do controle de 
produção são regular o gerenciamento de estoque, organizar os cronogramas de 
produção e utilização ótima de recursos e processo de produção. 
Com isso as vantagens do controle de produção robusto englobam a garantia de 
um fluxo suave de todos os processos de produção e da economia nos custos de 
produção, melhorando assim o resultado final, bem como o controle o desperdício de 
recursos e a segurança do padrão de qualidade através do ciclo de vida da produção. 
O controle de produção não pode ser o mesmo em toda a organização, ele 
depende dos seguintes fatores: 
 
▪ Natureza da produção 
▪ Natureza da operação 
▪ Tamanho da operação 
 
 
2.2 BIM 
 
A BIM (Modelagem de Informação da Construção) é o processo holístico de 
criação e gerenciamento de informações para um recurso construído. Com base em 
um modelo inteligente e habilitada por uma plataforma na nuvem, a BIM integra 
dados estruturados e multidisciplinares para produzir uma representação digital de 
 
um recurso em todo seu ciclo de vida, desde o planejamento e o projeto até a 
construção e as operações. 
 
2.2.1 Inovações 
 
Para Coelho e Novaes (2008), os sistemas baseados na tecnologia BIM podem 
ser considerados uma nova evolução dos sistemas CAD (Computer Aided Design), 
pois gerenciam a informação no ciclo de vida completo de um empreendimento de 
construção, através de um banco de informações inerentes a um projeto, integrado à 
modelagem em três dimensões. 
No entanto, essa evolução é muito mais que apenas mudar a forma com que um 
projeto é desenhado. No CAD, que é a forma de desenho mais comum nos projetos 
atualmente, o modelo é gerado a partir de vetorizações dos componentes, ou seja, 
conjuntos simples de linhas e curvas formando uma forma complexa, inclusive em 
três dimensões. No BIM, a abordagem é diferente, pois lidamos com objetos, não 
com linhas (MÜLLER, 2015).16 
A alteração de um projeto desenvolvido em CAD (2D e 3D) implica em 
diversas modificações manuais dos objetos representados. Já os sistemas BIM 
adotam modelos paramétricos dos elementos construtivos de uma edificação e 
permitem o desenvolvimento de alterações dinâmicas no modelo gráfico, que 
refletem em todas as pranchas de desenho associadas, bem como nas tabelas de 
orçamento e especificações (COELHO, 2008). 
Duas das principais inovações dos sistemas BIM em relação ao CAD são 
abordadas a seguir: Modelagem 3D Paramétrica e Interoperabilidade. 
 
2.2.2 Modelagem Paramétrica 
 
Parametrização pode ser definida como sendo a geração de modelos virtuais 
que representam fielmente objetos reais. Desta forma, o projeto deixa de ser 
representado apenas geometricamente através de linhas para se tornar um modelo 
 
representado também por dados que caracterizam cada objeto que o compõem 
(SIVIERO, 2010). 
De acordo com Eastman et al. (2014), os objetos paramétricos são a ideiacentral do conceito BIM que se diferencia da representação 2D tradicional. A 
modelagem paramétrica define regras que representam a geometria e também outros 
aspectos não geométricos, o que permite que os objetos se adaptem dependendo do 
contexto em que é inserido. 
Em um sistema paramétrico, os dados utilizados nas operações de modelagem 
são parâmetros, e podem ser alterados posteriormente editando-se o modelo. Caso 
uma edição realizada implique em alterações em outros pontos da geometria do 
objeto, elas serão processadas automaticamente pelo sistema. Isso permite que as 
empresas criem suas bibliotecas e também a representação de objetos que antes não 
era viável. 
Os sistemas BIM se utilizam de uma variante ainda mais moderna da 
modelagem paramétrica, denominada “variacional”. Com esse recurso, é possível 
atribuir-se não só valores fixos aos parâmetros, mas equações também. Nessas 
equações, os valores de outros parâmetros podem ser referenciados como se fossem 
variáveis. Assim, pode-se estabelecer desde relações simples como “a largura desta 
janela deverá ser sempre igual ao dobro de sua altura”, até outras mais complexas, 
envolvendo diversos parâmetros e condições, permitindo, por exemplo, fazer com 
que a área envidraçada da janela seja proporcional à área da sala em que se encontra 
(SANTOS, 2012). 
Ainda segundo Santos (2012), outra importante característica da modelagem 
paramétrica nos sistemas BIM é a modelagem baseada em restrições ou vínculos 
(constraintbased modeling). Esse sistema permite o estabelecimento de relações 
geométricas entre os objetos, tais como perpendicularismo, paralelismo, adjacência, 
ângulos, e etc. Uma aplicação prática deste conceito é que as paredes sejam 
adjacentes às lajes. Assim, para garantir o vínculo estabelecido, alterações nas 
posições da laje alteram automaticamente a altura das paredes adjacentes. 
 
 
2.2.3 Interoperabiladade 
 
O conceito de interoperabilidade, de acordo com Campestrini et al. (2015), 
vem da necessidade de tornar os diferentes modelos (arquitetura, estrutura, 
planejamento, etc.) compatíveis entre si gerando um único modelo integrado 
independente do software de escolha do projetista. Para que seja possível esta 
integração é preciso que todos sigam uma linguagem padrão que é representada pela 
chamada Industry Foundation Classes (IFC). 
O IFC foi criado para representar dados consistentes da construção e realizar a 
troca entre os aplicativos utilizados no projeto. Essa linguagem é focada em fornecer 
definições gerais dos modelos de forma que trata mais de informações sobre a 
construção e o ciclo de vida (EASTMAN et al., 2014). 
A falta de interoperabilidade foi identificada pelo NIST (National Institute of 
Standards and Technology), em um estudo de 2004 (GALLAHER, 2004), como 
causa de gastos de quase 16 bilhões de dólares por ano pela indústria da construção 
americana. Isso ocorre devido à necessidade de reentrada de dados, duplicação de 
tarefas e dependência de sistemas baseados em papel, com fortes implicações em 
custo, tempo e qualidade em todas as etapas de um empreendimento de construção. 
Dessa forma, é essencial garantir a interoperabilidade entre quaisquer pares de 
aplicativos que supostamente devem compartilhar dados entre si num 
empreendimento, o que num sistema BIM é assegurado pelo IFC. 
 
 
2.3 METODOLOGIA 
A metodologia de trabalho tem a natureza básica e consiste em uma abordagem 
qualitativa de dados com a finalidade exploratória com base na revisão bibliográfica 
utilizada. 
Como forma de coleta de dados foram utilizados artigos, periódicos, trabalhos 
de conclusão de curso, dissertações, teses bem como sites e informativos 
reconhecidos que abordam informações importantes relevantes ao tema. 
 
 
 
2.3.1 Métodos Convencionais de Planejamento e Controle 
 
Gehbauer (2002) define a função do planejamento prévio como a de planejar os 
trabalhos da obra antes do seu início, de tal forma que sejam escolhidos os métodos 
construtivos e os meios de produção mais adequados e estes sejam coordenados entre 
si, considerando-se todo o quadro de condicionantes internos e externos à empresa. O 
objetivo deste planejamento é obter o maior rendimento possível com os menores 
custos de execução possíveis. 
Gehbauer (2002) ainda subdivide o planejamento prévio em diversas áreas que, 
embora diferenciadas, possuem uma estreita relação entre si. Tais áreas são: 
 
• Planejamento do canteiro de obras; 
• Planejamento dos recursos operacionais e financeiros: mão-de-obra, 
materiais, máquinas e equipamentos, em nível físico e financeiro; 
• Planejamento dos métodos de execução: comparação e escolha dos métodos 
construtivos a serem usados, tendo como base a técnica empregada e os 
respectivos custos; 
• Planejamento da obra: cronograma detalhado. 
 
Ainda, sabe-se que orçamento e planejamento são atividades próximas, 
conexas e indissociáveis. Para Goldman (2004), o orçamento detalhado da obra é, 
sem dúvida, a mais importante ferramenta para o planejamento e acompanhamento 
dos custos de construção‖. Porém, o presente trabalho tratará apenas da etapa de 
planejamento de obras. 
 
 
2.3.1.1 Kanban 
 
O Kanban é um sistema que funciona de maneira orquestrada e ordenada, que 
cada pedido no final da cadeia gera uma ação em todos os setores da empresa. Um 
sistema composto por engrenagens, molas e afins cuja função é marcar as horas e as 
datas. 
 
Tal sistema, defendido por Kiichiro Toyoda, é um bom exemplo de como a 
Toyota enxerga a organização como um sistema. O sistema kanban, também 
conhecido como just-in-time, não trata de cada estágio de processo como 
independente, mas, em vez disso, reconhece todo um sistema de processos 
associados. Naturalmente, a construção de coisas, desse modo, leva a uma visão mais 
ampla, a uma visão orientada para o futuro, a uma visão que busca a otimização do 
todo. Dentro da empresa, o sistema kanban é concebido como resultado de tal 
pensamento. Fora da empresa, a visão sistêmica dá-se por meio do keiretsu, ou 
grupos de relacionamentos, foram estabelecidos com os fornecedores. 
Do final da década de 1980 ao início dos anos 1990, os keiretsu da indústria 
japonesa foram criticados no Ocidente por serem sistemas fechados. A Toyota 
enfrentou tal crítica de frente, declarou que se tornaria uma empresa “aberta” e 
inseriu as palavras “aberta e justa” nos Princípios Básicos que promulgou em 1992. 
Não muito tempo depois, os Estados Unidos da América criaram o conceito de 
Supply Chain Management, sua própria versão de keiretsu, e colheram os louros da 
prosperidade econômica na década de 1990. Os EUA e alguns países europeus, que 
são conhecidos por serem fortes em sistemas de raciocínio, aprenderam a pensar por 
sistemas com os keiretsu da Toyota. 
A metodologia funciona sobre uma importante premissa: colaboradores não 
devem desempenhar funções sem propósito. Em primeiro lugar, sua perspectiva 
sobre o trabalho incita-os a se questionarem por que seus trabalhos e atividades 
existem. Seu objetivo é chegar à essência. 
Taichi Ohno, dizia que trabalho se referia a atividades de produção. 
Movimento, por outro lado, é a mera passagem, que não agrega valor. Trabalho sem 
uma essência clara e definida é movimento, ou seja, desperdício. 
A cultura de procura por essências também está presente em departamentos 
administrativos, que tem forte tendência a cair na burocratização. Trabalhadores dos 
processos de suporte como aqueles lotados nos setores administrativos ou nos centros 
de serviços compartilhados, devem ter bem clara a essência do seu trabalho. 
Nesse trabalho voltado para indústria da construção civil, é observado o 
sistema de produção puxado, nele cada etapa do processo só deve produzir um bem 
 
ou serviço quando um processo posterior, ou o cliente final, o solicite. Esta 
solicitação se dá através do consumo de um estoque controlado depeças, chamado 
de supermercado, localizado entre os processos. Se o processo posterior não 
consumir um determinado item, o processo anterior não o produzirá, mesmo que isto 
contrarie a previsão de vendas. 
A produção puxada transfere para o chão-de-fábrica a responsabilidade pela 
programação diária da produção. São os operadores que passam a decidir o que fazer 
e quando fazer, a decisão é tomada com base em um sistema visual que, quando 
dimensionado corretamente, e seguido à risca, tornam este trabalho totalmente 
seguro. 
 
 
2.3.1.2 Six Sigma 
 
O Six Sigma é um sistema abrangente e flexível para alcançar, sustentar e 
maximizar o sucesso do negócio. Além disso, é dirigido unicamente por um 
entendimento das necessidades do cliente. Através, por exemplo, do uso disciplinado 
de fatos, dados e análise estatística, além de atenção diligente para gerenciar, 
melhorar e reinventar processos de negócios 
Cada vez mais popular, o Lean Six Sigma primeiro enfatiza o uso de 
metodologias e ferramentas Lean para identificar e remover desperdícios e aumentar 
a velocidade do processo. Isso, por sua vez, ocorre com o uso de metodologias e 
ferramentas Six Sigma para identificar e reduzir ou remover variações de processos. 
A maioria das organizações que executam iniciativas de qualidade, agora 
optam por usar o Lean Six Sigma em vez de apenas uma ou outra metodologia. 
O objetivo primordial do Six Sigma é a melhoria na qualidade dos processos da 
empresa: redução do desvio padrão e da quantidade de defeitos na produção. 
Alcançando esse objetivo com sucesso, uma série de benefícios podem vir na esteira, 
a exemplo de: 
 
• Aumento de produtividade 
• Maior satisfação dos clientes 
https://www.escolaedti.com.br/9-ferramentas-que-aumentam-a-produtividade-da-empresa
 
• Crescimento na margem de lucro 
• Melhora na identidade da marca 
• Redução nos custos com manutenção, suporte e atendimento. 
 
 
2.3.1.3 Kaizen 
 
O Kaizen é significado na crença filosófica de que tudo pode ser melhorado: 
algumas organizações analisam um processo e veem que ele está funcionando bem; 
enquanto isso as organizações que seguem o princípio do Kaizen veem um processo 
que pode ser aprimorado. Isso significa que nada é visto como um status quo, há 
esforços contínuos para melhorar que resultam em pequenas mudanças, muitas vezes 
imperceptíveis, ao longo do tempo. 
Essas mudanças incrementais resultam em mudanças substanciais a longo 
prazo, sem ter que passar por nenhuma inovação radical. Pode ser uma maneira 
muito mais gentil e amigável para os funcionários de instituir as mudanças que 
devem ocorrer à medida que a empresa cresce e se adapta. Como o Kaizen é 
significado mais de uma filosofia do que de uma ferramenta específica, sua 
abordagem aparece em muitos métodos diferentes de melhoria de processos, desde 
o Gerenciamento da Qualidade Total (TQM), até o uso de caixas de sugestões de 
funcionários. Sob o kaizen, todos os funcionários são responsáveis por identificar as 
lacunas e as ineficiências e todos, em todos os níveis da organização, sugerem onde a 
melhoria pode ocorrer. 
 
 
2.3.2 Plataforma BIM Aplicadas ao Planejamento 
 
Os modelos BIM podem representar diversas dimensões (nD) de informação de 
uma edificação. Os modelos nD são uma extensão do modelo de informação da 
construção, o qual incorpora multi-aspectos de informação de projeto requerida em 
cada estágio do ciclo de vida de uma edificação (LEE et al., 2002 ; FORMOSO, 
ISATTO, 2012). 
https://www.escolaedti.com.br/como-um-lider-pode-reduzir-custos-na-empresa
https://www.fm2s.com.br/qualidade-total/
 
Quando a base de dados 3D é alimentada com informações de ―tempo‖, 
permitindo a alocação das quantidades extraídas do modelo em um sequenciamento 
de atividades e junção de taxas de produtividade e dos tamanhos de equipes criando 
um cronograma da obra, é caracterizado o 4D-BIM (VICO, 2011). Esse modelo 
também possibilita a criação de animações do sequenciamento de atividades 
facilitando a visualização e o acompanhamento do gestor quanto ao avanço físico da 
obra. 
Associando informações de custos à dimensão BIM 4D, tem-se o 5D-BIM. 
Agora os elementos do projeto estão atrelados a um custo e a um cronograma, assim 
quando uma alteração é feita no empreendimento, a mesma pode ser facilmente 
visualizada no orçamento e no cronograma (VICO, 2011). 
A dimensão BIM 6D refere-se ao gerenciamento do ciclo de vida do 
empreendimento, carregando o modelo com informações como garantia dos 
equipamentos, planos de manutenção, dados de fabricantes e fornecedores, custos de 
operações, entre outras (MATTOS, 2010). 
Quando são atribídos a dimensão energia ao modelo, quantificando e 
qualificando a energia utilizada na construção, a energia a ser consumida no seu ciclo 
de vida e seu custo, junto com aspectos relacionados à sustentabilidade, temos a 
dimensão 7D (CALVERT, 2013). 
Segundo Campestrini (2015), o modelo BIM 3D contém informações sobre a 
geometria e qualidade do projeto, que pode ser usado na compatibilização, 
quantitativos e especificações. Quando são acrescentados dados sobre planejamento, 
o modelo se torna um BIM 4D. O modelo BIM 5D contém informações de custo das 
atividades e o 6D é focado em informações sobre a operação e manutenção de 
edificações. Por fim, o modelo 7D é relacionado à sustentabilidade e controle 
energético. 
O foco do presente trabalho é a abordagem do modelo BIM 4D. Para Silveira 
(2005), o planejamento 4D pode ser definido como o processo de planejamento para 
um empreendimento da construção civil e visualização do mesmo a nível espacial 
conforme o planejado, ou seja, consiste em visualizar o andamento da obra em 
 
terceira dimensão (3D) ao longo do tempo, sendo este último (o tempo) a quarta 
dimensão. 
 
 
2.3.2.1 Softwares BIM 
 
Atualmente, existem diversos softwares que atrelam os elementos gráficos da 
edificação ao cronograma da obra. A escolha do software depende de uma série de 
fatores, tais como a importação de arquivos, de cronogramas, capacidade de análises 
e animação, entre outros. 
 
SOFTWARE DESCRIÇÃO 
Digital Project (Gehry 
Technologies) 
Sendo um aplicativo, o "Construction Planning and 
Coordination", no português "Planejamento e Controle 
da Construção", permite que os usuários conectem 
componentes 3D às atividades do software Primavera ou 
do MS Project com datas associadas a elas, assim como 
gerar análises e simulações em 4D. Objetos relacionados 
à construção precisam ser adicionados e removidos 
quando for apropriado. As mudanças feitas nos 
softwares de planejamento são propagadas ao modelo 
3D ligado à eles. 
ProjectWise 
Navigator 
(Bentley)JetStream/Timeliner 
(Navisworks) 
Inclui todos os recursos do ambiente de visualização do 
JetStream, suporta o maior número de formatos BIM e 
tem as melhores capacidades de visualização. O 
Timeliner suporta conexão automática e manual para 
dados importados de uma variedade de aplicações de 
cronograma. A conexão manual é tediosa, e sua 
interface não é amigável, e há poucos recursos 
especializados 4D. 
JetStream/Timeliner 
(Navisworks) 
Este é um aplicativo que promove serviços para: 
importar uma série de arquivos 2D e 3D com formatos 
distintos; revisar simultaneamente os desenhos 2D e os 
modelos 3D; ligar componentes e atributos; revisar as 
interferências/conflitos, visualizar e analisar simulações 
de cronogramas. 
 
Project 4D 
ConstructSim 
(CommonPoint) 
Inclui alguns recursos 4D especializados, como análises 
de interferências, adição de objetos que representam 
espaços de armazenamento temporário, animações e 
recursos especializados para criar filmes 4D. O processo 
de conexão 4D inclui conexão manual arrastar-e-soltar e 
conexão automática. Usuários podem distribuir um 
visualizador 4D aos membros da equipe. O 
CommonPoint 4D somente importa geometria "VRML" 
enquanto o ConstructSimdá suporte à importação de 
dados de mais formatos. 
Revit (Autodesk) 
Única ferramenta BIM com capacidade 4D embutidas 
para definição básica das fases 4D. Cada objeto inclui 
parâmetros que permitem designar uma "fase" para um 
objeto e depois usar as propriedades de visualização do 
software para observar diferentes fases e criar 
instantâneos 4D. Não é possível simular uma animação, 
mas o usuário pode conectar o modelo à aplicativos de 
planejamento como o MS Project e trocar informações 
com softwares para automatizar algumas entradas de 
dados 4D. 
Syncro 4D (Syncro 
ltd.) 
Nova e poderosa ferramenta 4D com a capacidade de 
executar cronogramas mais sofisticada que qualquer 
outro software 4D. A ferramenta requer conhecimentos 
mais profundos de programação e administração de 
empreendimentos. Ela inclui opções como visualização 
de riscos, folga e utilização de recursos, além da 
visualização 4D básica. 
Virtual 
Construction (VICO 
Software) 
Este software fornece modelos 5D, constituído por 
planejamento, orçamento e controle da obra. O modelo 
3D pode ser desenvolvido no próprio software. Aos 
objetos são atribuídas composições que definem as 
tarefas e os recursos necessários para sua construção. 
Quantidades e custos são calculados, a sequência de 
atividades é definida e então o modelo 4D pode ser 
visualizado. O cronograma pode ser importado do MS 
Project e do Primavera. 
 
Visual Simulation 
(Innovaya) 
Liga qualquer modelo feito em 3D no formato DWG 
com cronogramas feitos com MS Project ou Primavera, 
mostrando os empreendimentos em 4D e assim gerando 
uma simulação do processo construtivo. Sincroniza 
mudanças feitas tanto no cronograma quanto nos objetos 
3D. Utiliza código de cores para detectar potenciais 
problemas no planejamento como objetos atribuídos a 
duas atividades simultâneas ou não designados a 
atividade nenhuma. 
 Quadro 1: Ferramentas BIM . 
Fonte: EASTMAN (2011), adaptado pela autora. 
 
 
2.3.2.2 Revit 
 
O software Revit é uma das plataformas mais conhecidas e utilizadas 
atualmente que usa a tecnologia BIM. É um software desenvolvido pela Autodesk e 
inclui recursos para projeto de arquitetura, engenharia de sistemas mecânicos, 
elétricos e hidráulicos, engenharia estrutural e construção. 
Suas ferramentas permitem a utilização de um processo inteligente baseado em 
modelos para planejar, projetar, construir e gerenciar edifícios e infraestruturas. 
Além disso, o Revit oferece suporte a um processo de projeto multidisciplinar, para 
trabalhos colaborativos. 
Este foi criado e desenvolvido especificamente para ajudar em design 
profissional de edifícios e na otimização da sua qualidade, com maior eficiência 
energética, permitindo aos utilizadores projetar um edifício e os seus componentes 
em 3D, anotar o modelo com elementos em duas dimensões e a elaboração e o 
acesso a informações de construção a partir do banco de dados de modelos de 
construção. 
O Revit é um software capaz de usar a dimensão 4D BIM e permite, assim, 
usar ferramentas para planejar e acompanhar as várias fases do ciclo de vida do 
edifício, desde a concepção à sua respectiva construção e, mais tarde, a demolição. 
Com a base dos projetos em objetos 3D, o software possibilita que, da 
concepção até a elaboração, todas as fases sejam realizadas de forma mais 
coordenada e consistente. O programa é um aplicativo individual que inclui recursos 
 
para projeto de arquitetura, de construção e de engenharia estrutural, além de 
oferecer uma troca de informações, durante o processo do projeto, com todos os 
participantes e colaboradores, por meio do armazenamento dos dados num modelo 
central. O software se destaca pela redução do prazo de entrega dos projetos, já que é 
mais rápido e facilita o desenho. Essa facilidade pode ser exemplificada pela 
existência de comandos preestabelecidos para desenhar cada objeto contando com 
uma interface de fácil entendimento e utilização, como demonstra a Figura 5. 
 
 
Figura 5: Interface Revit: Principais ferramentas de arquitetura e navegador de 
Projeto. 
Fonte: Autodesk Revit (2017) 
 
2.3.2.3 Navisworks 
 
O Navisworks é um software de gestão ou compatibilização de projeto BIM 
desenvolvido pela Autodesk. Utilizado na construção como parte do processo BIM, 
ele permite que os usuários abram e combinem modelos, naveguem em tempo real e 
revisem os modelos. 
O software foi desenvolvido para que a profissionais de arquitetura, 
engenharia, construção e fiscalização de obra possam controle mais assertivo do 
projeto, construção e na manutenção, baseando-se num modelo de informações 
 
(BIM), antecipando problemas e reduzindo-os antes da construção se realizar. Esta 
aplicação permite integrar os modelos das diferentes especialidades em um arquivo 
BIM unificando geometria + dados, e inclui um robusto conjunto de funcionalidades 
para coordenação no BIM 3D, planeamento (BIM4D) e análise de custos(BIM 5D), 
que facilitam a comunicação da solução entre todos no projeto, a programação dos 
trabalhos de obra e a análise dos custos de construção, destacando-se: 
 
COORDENAÇÃO (BIM 3D): 
• Navegação 3D. 
• Importação de nuvens de pontos geradas por laser scanning. 
• Geração de animações e de imagens foto realistas. 
• Medição de distâncias, áreas e ângulos. 
• Markups com anotações de revisão às vistas. 
• Clash detection- verificação de interferências. 
 
 
 
Figura 6: Interface Navisworks: Coordenação do projeto. 
Fonte: Autodesk Navisworks (2017) 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO (BIM 4D): 
• Integração de cronogramas de trabalhos provenientes de aplicações de 
gestão de projeto. 
• Dados a partir de folhas de cálculo e de ferramentas de planeamento. 
• Importação/exportação de dados no formato CSV para maior 
interoperabilidade. 
• Associação de componentes construtivos a tarefas. 
• Simulação da sequência da construção. 
• Análise de desvios ao cronograma inicial. 
 
 
Figura 7: Interface Navisworks: Acompanhamento do andamento do projeto. 
Fonte: Autodesk Navisworks (2017). 
 
Como parte do processo BIM o software Navisworks (Manage e Simulate) tem 
relação próxima com os softwares BIM Infraworks, Revit, Archicad e Formit sendo 
ele o responsável na parte de compatibilização e gestão do projeto/obra. Sendo 
possível trabalhar com o fluxo OPEN BIM. Para melhor entendimento observa-se na 
Figura 8 o comparativo dessas duas versões do software. 
 
 
Figura 8: Comparação Navisworks. 
Fonte: Autodesk. 
 
2.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 
2.4.1 Comparação entre as Técnicas Convencionais de Planejamento e o 
Planejamento Usando BIM 
 
A adoção de sistemas BIM não se limita a uma implantação de nova 
tecnologia, mas refere-se à adoção de novos fluxos de trabalho envolvendo ambiente 
colaborativo e planejamento nas fases iniciais do projeto. O novo modelo de 
colaboração envolve recursos avançados de visualização, aliados à transferência 
contínua de conhecimento entre os diversos agentes participantes do processo de 
projeto (projetistas, construtores, contratantes, consultores, etc.) (COELHO, 2008). 
Na Figura 9, são apresentados dois modelos que representam uma comparação 
entre o processo tradicional e o processo BIM. Demonstra-se a grande diferença 
 
entre um projeto feito em BIM para um feito no modelo tradicional. O modelo BIM 
constitui-se geralmente de um único arquivo que simula a construção real e contém 
todas as informações necessárias, de onde se pode extrair vistas, cortes e documentos 
sobre o projeto. Além disso, o modelo BIM pode ser alimentado 
de forma simultânea por todos os envolvidos no projeto, enquanto no modelo 
tradicional isso ocorre de forma burocrática e lenta, passando de um projetista para o 
outro. 
 
Figura 9: Processo BIM como contraponto ao processo tradicional de projeto. 
Fonte: Goes e Santos (2011) 
 
Levando em conta as necessidades acima levantadas, foi desenvolvidauma 
comparação entre as ferramentas tradicionais de planejamento e a de planejamento 
4D em quatro esferas de aplicação: ferramentas de visualização, integração, análise e 
gestão. Um aprofundamento acerca de cada ferramenta é apresentado nos itens 
subsequentes. 
 
2.4.1.1 Ferramentas de visualização 
 
Para identificar esses conflitos espaço-tempo entre atividades, os planejadores 
de construção precisam de informações espaciais, temporais e lógicas sobre uma 
atividade. As informações espaciais incluem a localização de uma atividade e o 
 
espaço que ela ocupa; as informações temporais incluem o tempo de início e 
finalização da atividade, duração da atividade e as informações lógicas incluem as 
atividades anteriores e sucessivas. O planejador da obra deve identificar se as 
atividades simultâneas ou sobrepostas estão sendo executadas em um espaço de 
trabalho em comum, o que pode ser prejudicial para a produtividade dos 
trabalhadores (KOO e FISCHER, 1998). 
 
 
Quadro 2: Ferramentas de visualização. 
Fonte: autoria própria 
 
A modelagem 4D mostra modelos tridimensionais de componentes do projeto 
sendo construídos passo a passo com a progressão do tempo. Como o modelo 4D 
simula visualmente o projeto real sendo construído, o processo evita diferentes 
interpretações entre os participantes do projeto e consequentemente, minimiza 
potenciais falhas de comunicação. 
 
Como todos os participantes podem trabalhar e se comunicar baseando-se no 
mesmo modelo, a disparidade de níveis de experiência ou conhecimento do projeto é 
menos relevante, pois é menos provável que leve a diferentes interpretações (KOO e 
FISCHER, 1998). 
Além disso, uma melhor percepção do cronograma pode beneficiar 
significativamente a detecção de potenciais erros de projeto. O modelo 4D permite 
que os usuários detectem contradições na lógica do cronograma, o que poderia ser 
negligenciado no método convencional de planejamento (KOO e FISCHER, 1998). 
Modelos 4D também são usados frequentemente em fóruns da comunidade 
para apresentar aos leigos como um empreendimento poderia afetar o tráfego, o 
acesso a um hospital, ou outras preocupações críticas da comunidade (EASTMAN et. 
al., 2011). 
 
 
2.4.1.2 Ferramentas de Integração 
 
Um dos maiores obstáculos que dificultam a colaboração entre os componentes 
de projeto e construção da indústria AEC é o processo de construção tradicional e o 
meio através do qual as informações são trocadas. Uma comunicação eficaz entre os 
múltiplos participantes envolvidos é fundamental para o sucesso do projeto. Em 
contraste com esta proposição, o processo de desenvolvimento dos diferentes 
projetos de uma obra se dá normalmente de forma fragmentada e linear, resultando 
em feedback mínimo entre as entidades de projeto e construção (KOO e FISCHER, 
1998). 
Segundo Cherneff (1991), a produtividade na construção só pode melhorar se a 
comunicação e a coordenação na comunidade de arquitetura, engenharia e construção 
(AEC) se aprimorarem. 
Segundo Mckinney (2000), um sistema de planejamento 4D apóia o processo 
de captura e dinâmica de gestão da integração entre os componentes do projeto e os 
recursos ao longo do tempo, dando suporte, em tempo real, de interação dos usuários 
com o sistema em 4D. Esse sistema também incentiva a comunicação, a aprovação e 
 
melhoria dos cronogramas de construção entre as partes interessadas, como gerentes 
da construção, os clientes, projetistas, subcontratados e membros da equipe. 
A tecnologia BIM facilita o trabalho simultâneo de múltiplas disciplinas de 
projeto. Apesar de a colaboração usando desenhos também ser possível, ela é 
inerentemente mais difícil e mais demorada do que trabalhar com um ou mais 
modelos 3D coordenados nos quais o controle de modificações possa ser bem 
gerenciado. Isso abrevia o tempo de projeto e reduz significativamente os erros de 
projeto e as omissões (EASTMAN et. al., 2011). 
 
 
Quadro 3: Ferramentas de integração. 
Fonte: autoria própria 
 
 
 
 
 
 
2.4.1.2 Ferramentas de Análise 
 
 
No planejamento pelo método CPM, os custos, assim como os recursos, são 
ligados diretamente às tarefas na forma de custos fixos ou custos dos insumos. 
Porém, o orçamento não é feito de maneira automática como na plataforma BIM. É 
necessário realizar um quantitativo de todos os materiais e posteriormente cadastrar 
um orçamento. Tarefa essa que pode demorar semanas, enquanto no BIM leva 
minutos para ser realizada. 
Associando os dados de custo ao modelo BIM 4D tem-se o BIM 5D, que 
permite a emissão de relatórios dos custos subsequentes em qualquer ponto 
específico no tempo (PETERS, UNDERWOOD e ISIKDAG, 2009). A criação de 
modelos 5D permite que os vários participantes (de arquitetos, designers, 
empreiteiros para os proprietários) de um projeto de construção visualizem o 
andamento das atividades de construção e os custos relacionados com o tempo, além 
dos próprios custos relacionados com materiais e mão de obra, por exemplo. 
Além disso, utilizando a plataforma BIM, as informações vêm todas de apenas 
um lugar, tornando-as consistentes e evitando conflitos dedados e erros de digitação. 
O BIM permite a troca de experiências, o estudo de sequências construtivas, a 
simulação de alternativas tecnológicas, detecção de conflitos e melhoria da logística 
de canteiro, facilitando o desenvolvimento de soluções que otimizem a obra e, 
portanto, reduzam seu prazo. Isso possibilita a geração de cronogramas mais 
realistas. Para os arquitetos e projetistas, a perspectiva com a automatização de 
processos é de menos tempo de desenho e mais tempo de projeto. (NUNES, 2013) 
 
 
Quadro 4: Ferramentas de análise. 
Fonte: autoria própria 
 
 
2.4.1.3 Ferramentas de Gestão 
 
De acordo com Corrêa et al. (2001), ―Planejar é projetar um futuro que é 
diferente do passado, por causas sobre as quais se tem controle‖. Portanto, aspectos 
inerentes ao planejamento efetivo de uma obra são o controle e o acompanhamento 
da construção, a partir da comparação entre o projeto planejado e o efetivamente 
realizado. 
Pelo método de CPM, é possível acompanhar e obter controle sobre a obra, 
porém de forma muito mais trabalhosa e consumindo muito mais tempo de trabalho. 
Com o cronogramaem gráfico de barras, o planejador deve compará-lo a diversos 
projetos em 2D e com a situação real da obra. 
O planejamento 4D através do uso das ferramentas BIM permite a visualização 
do andamento da obra, através de um programa de visualização gráfica, segundo um 
cronograma em conjunto com o acompanhamento dos seus custos, apresentando uma 
 
visão mais real da sequência de construção e permitindo a interação com o canteiro 
em todas as etapas da obra. 
De acordo com Eastman et al. (2011), os gerentes de empreendimento podem 
comparar facilmente diferentes programações, e podem identificar rapidamente se o 
projeto está em dia ou atrasado. 
 
Quadro 5: Ferramentas de gestão. 
Fonte: autoria própria 
 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A Modelagem da Informação na Construção, ou simplesmente BIM, surgiu 
como uma alternativa aos processos tradicionais de planejamento, projeto, 
construção e gerenciamento de edificações. 
As diferentes possibilidades de aplicação do BIM em projetos, as quais são 
representados pelas versões de 3 a 7D, sugere que o processo está em expansão. 
Eastman etal. (2011) explicam ainda, que a vinculação do modelo BIM 3D com o 
planejamento proporciona uma visualização 4D da execução do projeto, na qual foi o 
foco do trabalho. 
O objetivo fundamental deste trabalho foi avaliar a aplicação de ferramentas de 
Modelagem da Informação da Construção para estudo do planejamento de obras. 
 
Diante desta avaliação, notou-se que a tecnologia BIM possui grandes 
potencialidades que propiciam um entendimento diferenciado do planejamento em 
desenvolvimento, principalmente em função da visualização da evoluçãoda obra 
através da modelagem 4D. 
As vantagens do seu uso em comparação com os métodos tradicionais 
abrangem todos os agentes envolvidos no projeto em ferramentas de visualização, 
integração, análise e gestão. Além de tudo, o BIM proporciona uma melhor 
compreensão da sequência executiva e possibilita a detecção prévia de potenciais 
problemas, oportunizando melhorias ainda nas fases iniciais. 
O BIM permite a troca de experiências, o estudo de sequências construtivas, a 
simulação de alternativas tecnológicas e melhoria da logística de canteiro, facilitando 
o desenvolvimento de soluções que otimizem a obra e, portanto, reduzam seu prazo. 
Para os arquitetos e projetistas, a perspectiva com a automatização de processos é de 
menos tempo de desenho e mais tempo de projeto. 
O BIM já é uma ferramenta bastante difundida internacionalmente. Com o 
passar do tempo e maior disseminação do BIM na indústria da construção no Brasil, 
mais empresas públicas e privadas devem aderir a essa tendência e adotá-lo como 
procedimento padrão para os seus projetos. Com mais investimentos na área e maior 
número de adeptos, a utilização do BIM no Brasil provavelmente se consolidará. Se 
esta previsão se confirmar, as habilidades dos profissionais em trabalhar 
efetivamente nesse ambiente se tornarão cada vez mais um diferencial na disputa por 
projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
CALVERT, Neil; Why we care about BIM. Disponível em: 
<www.linq.it/Blog/Post/30/Why-WE-care-about-BIM>. Acesso em: Julho 2021. 
 
CAMPESTRINI, T. F.; et al. Entendendo BIM: Uma visão do projeto de 
construção sob o foco da informação. 1a edição, Curitiba, 2015. 
 
CHERNEFF, J., LOGCHER, R., SRIRAM, D., Integrating CAD with 
Construction Schedule Generation, Journal of Computing in Civil Engineering, 
ASCE, 1991. 
 
COELHO, S.S.; NOVAES, C.C. Modelagem de Informações para Contrução 
(BIM) e ambientes colaborativos para gestão de projetos na construção civil. In: 
VIII Workshop Brasileiro de Gestão de Projetos na Construção de Edifícios, São 
Paulo, USP, 2008 
 
CHIAVENATO, IDALBERTO. Administração de produção: uma abordagem 
introdutória. Rio de Janeiro. Editora Elservier, 3ª Edição, 2005. 
 
COSTA L. R. O Uso do BIM como Ferramenta na Gestão da Construção Civil. 
Monografia da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016. 
EASTMAN, C. M. et al. Manual de BIM: Um Guia de Modelagem da 
Informação da Construção para Arquitetos, Engenheiros, Gerentes, 
Construtores e Incorporadores. Editora Bookman, 1ªedição, 2013. 
ESTEVES A. C. et al. O uso da tecnologia BIM como ferramenta na gestão de 
projetos. Pós-graduação de Gestão de Projetos de Engenharia do UNI-BH. 2018. 
Disponível em: < https://pmkb.com.br/artigos/o-uso-da-tecnologia-bim/>. Acessado 
em: 10 de dezembro de 2020. 
FILHO, Moacir Godinho; FERNANDES, Flavio Cesar Faria. Planejamento e 
Controle da Produção Dos Fundamentos ao Essencial. 1.ed. São Paulo: Editora 
Atlas S.A., 2010. 
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