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Glossário sobre as teorias de Skinner, Rogers, Piaget, Gardner, Ausubel e vygotsky

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0 
 
 
PPGECIMAT- PROGRAMA DE 
 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA 
DISCIPLINA: TEORIAS DA APRENDIZAGEM I 
I SEMESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLOSSÁRIO DAS TEORIAS DA APRENDIZAGEM I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPONENTES: 
Ismael Batista Maidana Silvestre 
Johnattan B. Prates 
Vanize Moreira de Araújo 
 
PROFESSORA: Dra. Silvia Maria de Aguiar Isaia 
 
 
 
 
 
SANTA MARIA, 2021 
 
1 
 
SUMÁRIO 
 
 
TEORIA DE SKINNER ......................................................................................................... 2 
TEORIA DE ROGERS .......................................................................................................... 8 
TEORIA DE PIAGET ......................................................................................................... 12 
TEORIA DE AUSUBEL ...................................................................................................... 16 
TEORIA DE VYGOTSKY ................................................................................................... 22 
TEORIA DE GARDNER ..................................................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
TEORIA DE SKINNER 
 
Behaviorismo Radical de Skinner: Teoria que diz que o comportamento humano 
segue certas leis e que estas estão fora da pessoas e podem ser observadas e estudadas. 
Exemplo: Ao estudar o comportamento de determinada pessoa, realizar intervenções 
periódicas (estímulos) e observar as respostas. 
 
Condicionamento operante: é o comportamento voluntário, onde o organismo age 
no ambiente. 
 
Aprendizagem respondente: são as respostas eliciadas por um estímulo, onde o 
organismo reage ao ambiente. É um comportamento involuntário. 
Exemplo: Bolo de chocolate na frente de uma pessoa (estímulo), com isso a pessoa 
saliva (resposta). 
 
Aprendizagem operante: são as respostas emitidas por um organismo, onde o 
organismo reage no ambiente. É um comportamento voluntário. As aprendizagens são na 
maioria das vezes operantes: caminhar, escrever, sorrir para alguém. Pensar é operante. 
Exemplo: Comprar o bolo de chocolate com muita cobertura (resposta), gosto muito 
desse tipo de bolo e em um dia como todo (consequência). Provavelmente comprarei 
novamente esse bolo. 
 
Reforçadores: é um evento que acontece após uma resposta e interfere na 
probabilidade de a resposta acontecer novamente. Em outras palavras: tem a característica de 
aumentar a frequência de um comportamento. Para um evento ser considerado ou não 
reforçador depende dos seus efeitos. Skinner define dois tipos de reforçamentos: o positivo e 
o negativo. 
Exemplo: Caio, aluno do 4º ano e com desempenho escolar baixo, ele tem que passar em 
um teste de tabuada, para o qual estudou bastante, porém estava com dificuldade na 
tabuada do número nove, para lembrar, por exemplo, da tabuada usou a estratégia da 
tabuada do nove com os dedos, conforme imagem abaixo: 
3 
 
 
Acertou 90% das questões do teste e todas as questões da tabuada do 9, isso serviu como 
reforçador e aumentou a probabilidade de Caio usar novamente o recurso para o cálculo da 
tabuada do 9. 
Agora Carla, uma garota inteligente, sempre acerta 100% nas questões de teste de tabuada 
sem usar os truques. Dessa vez ela usou um, na verdade, o mesmo de caio. No entanto, ao 
contrário de Caio, ela ficou confusa na hora e abaixou o dedo que não correspondia a conta. 
Também acertou 90%. Esse evento não foi reforçador para Carla e, provavelmente, terá 
efeito oposto no seu comportamento. 
Reforçamento positivo: Podemos associar o reforçamento positivo a ideia de 
recompensa, ocorre quando a uma consequência de uma resposta tem efeitos agradáveis para 
o indivíduo, aumentando a probabilidade de a resposta ocorrer novamente, em circunstâncias 
similares. 
Exemplo: O elogio de um professor em relação ao aluno que executou corretamente 
uma tarefa, por ter prestado atenção na aula, terá consequência o fortalecimento da atenção e 
interesse do aluno. 
Reforçamento negativo: Podemos associar o reforçamento negativo à ideia de alívio. 
São estímulos cuja consequência da resposta resulta na eliminação ou prevenção de efeitos 
não desejados pelo indivíduo, aumentando a probabilidade de a resposta ocorrer em função 
de algo que foi retirado da situação. 
Aumenta a probabilidade de um comportamento. 
 Exemplo 1: O professor repreende os alunos até eles cumprirem determinada regra ou 
resolverem determinada tarefa de forma correta. Depois dos alunos cumprirem o que foi 
4 
 
solicitado, o professor para de repreender (Reforça o comportamento desejado pelo professor, 
retirando as repreensões, após os alunos cumprirem o que foi solicitado, gerando a sensação 
de alívio nos alunos, reforçando os alunos a cumprirem as regras e fazerem as atividades para 
não serem repreendidos novamente). 
Exemplo 2: Estou concentrado estudando e no meu celular não param de entrar 
mensagens. Desligo o celular. (A probabilidade de desligar o celular nas próximas vezes em 
que for estudar foi aumentada) 
Punição: Assim como no reforçamento, a punição também é definida pelos seus 
efeitos, entretanto, o efeito não é um fortalecedor de comportamento, mas um supressor dele. 
Ou seja, as punições possuem a ideia de redução na frequência de um comportamento. 
Punição Positiva: é a adição de um estímulo aversivo dentro do ambiente. 
Exemplo: Um aluno que não se comportou bem durante a aula (comportamento), no 
intervalo terá que ajudar na cozinha da escola, lavando os pratos, por exemplo (estímulo). 
Punição Negativa: é a remoção de um estímulo agradável no ambiente. 
Exemplo: Um aluno que não se comportou bem durante a aula (comportamento), 
ficará sem intervalo (estímulo). 
Contingência: Qualquer relação de dependência entre entre eventos 
comportamentais. 
Reforçadores primários: eventos reforçadores sem que nenhuma aprendizagem 
tenha ocorrido. Satisfazem as necessidades primárias de uma espécie. Como exemplos temos: 
alimento, água, sexo e afeto. 
Exemplo: Um copo de água (reforçador primário) para uma pessoa com sede. 
Reforçadores secundários: são reforçadores que adquirem essa função ao terem sido 
associados a outros reforçadores primários. É quando um estímulo se repete e se obtém uma 
resposta dele. 
Exemplo: Obter uma nota 10 após ter estudado por bastante tempo. 
5 
 
Reforçadores Generalizados: são reforçadores que adquirem essa função ao terem 
sido associados a muitos outros reforçadores. 
Exemplo: Ganhar mais dinheiro ao trabalhar mais horas. 
Esquemas de reforçamentos: 
Reforçamento contínuo: É quando se reforça cada resposta desejada. Toda a resposta 
correta é recompensada de alguma maneira e de forma sistemática, mesmo intervalo de 
tempo ou razão. 
Exemplo: Toda vez que um funcionário realiza determinada tarefa, ganha um valor 
extra. 
Reforçamento intermitente: É quando o reforçamento ocorre apenas algumas vezes. 
Os esquemas de razão e intervalo são arranjos ou combinações do reforçamento intermitente 
e são administrados de forma fixa ou aleatória. 
Exemplo: Uma criança ganha presente a cada 3 notas 10. 
Reforçador de Razão: a cada N respostas desejadas, um número pré-fixado de 
respostas esperadas, é dada uma recompensa. 
Reforçador de Intervalo: a cada passagem de tempo T pré-definido é dada uma 
recompensa. 
Reforçador Fixo: é um reforçador de esquema fixo, de razão ou intervalo. 
Exemplo 1: os trabalhadores agrícolas são pagos para cada cesta de frutas que eles 
colhem. 
Exemplo 2: Um trabalhador ganha uma comissão por cada terceira venda que faz. 
Reforçador Aleatório: são reforços feitos em momentos inesperados, ou seja, de 
forma aleatória. 
Efeitos dos Esquemas sobre a Aquisição: Os reforçamentos contínuos parecem 
influenciar em uma aprendizagem inicial mais rápida.Por outro lado, os reforçamentos 
intermitentes têm efeitos mais lentos e de forma aleatória nas respostas. 
6 
 
Efeitos da Extinção: É o tempo que um organismo leva para parar de responder 
quando um reforçamento recebido por um determinado comportamento não acontece mais. O 
tempo de extinção varia de acordo com o tipo de reforçamento, por exemplo: no caso do 
reforçamento contínuo, a aprendizagem ocorre mais rapidamente do que no reforçamento 
variável, no entanto, a extinção também ocorre mais rapidamente quando o reforçamento 
contínuo é retirado do que no caso de ser retirado o reforçamento variável. 
Recuperação Espontânea: é a recuperação de forma espontânea de uma resposta 
após um período de extinção de determinado reforçamento, quando o organismo é posto na 
mesma situação anterior onde recebia os estímulos. 
Esquecimento: É um processo lento, que resulta da cessação de uma resposta, em que 
não ocorre a recuperação espontânea quando o organismo é posto na mesma situação. Ocorre 
com a passagem do tempo, quando não há repetição do comportamento. 
Modelagem: é uma técnica utilizada para fazer com que animais façam determinadas 
coisas que não fazem parte de seu repertório natural. Utilizando aproximações sucessivas é 
possível fazer um pombo girar 360º, por exemplo. 
Encadeamento: É a ligação de sequências de respostas na aprendizagem operante. 
Envolve sequências de respostas diferentes. É por meio desse encadeamento de 
comportamentos simples a outros comportamentos que levará a comportamentos mais 
complexos 
Desvanecimento: É o processo que envolve tanto a generalização quanto a 
discriminação. 
Generalização: É a capacidade do indivíduo de produzir respostas similares em 
situações diferentes, acontece quando emitimos respostas a novas situações com base em 
nossos conhecimentos prévios. 
Discriminação: Produz respostas diferentes em situações similares e 
discriminavelmente diferentes. 
Categorias de Reforçadores: Os reforçadores aumentam a probabilidade da 
ocorrência de determinada resposta e podemos identificá-los em 5 categorias: 
7 
 
1) Consumíveis - Categoria em que os alimentos podem ser alocados como por 
exemplo: Doces, refrigerantes, sorvetes, ... 
2) Manipuláveis - Categoria em que itens manipuláveis de interesse do indivíduo são 
considerados, como por exemplo: bonecas, carrinhos de brinquedo, bolas, … 
3) Visuais e Audíveis - Categoria que engloba recursos visuais e audíveis, como por 
exemplo: Sirenes, músicas, … 
4) Sociais - Categoria que são alocadas às expressões de satisfação em relação a 
determinado comportamento, como por exemplo: Bom trabalho, contínuo assim, .... 
5) Fichas - Categoria que engloba recursos que podem ser trocados por algo de valor. 
Por exemplo, pais que estabelecem uma pontuação de acordo com as boas ações, 
consideradas por esses Pais, e que o filho pode trocar por algo de seu interesse. 
 
Referências 
BEHAVIORISMO - A Diferença entre Reforçadores e Punições (COM EXEMPLOS). 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=9zubNoe5SxA>. Acesso em 
11/04/2021 às 13h. 
Condicionamento Operante x Respondente (clássico): Diferenças. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=8EvbMC7Shrc>. Acesso em 11/04/2021 às 11h. 
MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e 
Universitária LTDA, 1999. 
ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de 
Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. 
Unidade: Behaviorismo. Disponível em: 
<https://arquivos.cruzeirodosulvirtual.com.br/materiais/grad_dist/marketing/psi_comportame
nto/unidadeII/aprender_a_conhecer_un2.pdf>. Acesso em 11/04/2021. 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=9zubNoe5SxA
https://www.youtube.com/watch?v=8EvbMC7Shrc
https://arquivos.cruzeirodosulvirtual.com.br/materiais/grad_dist/marketing/psi_comportamento/unidadeII/aprender_a_conhecer_un2.pdf
https://arquivos.cruzeirodosulvirtual.com.br/materiais/grad_dist/marketing/psi_comportamento/unidadeII/aprender_a_conhecer_un2.pdf
8 
 
TEORIA DE ROGERS 
 
Teoria Humanista de Rogers: aponta a importância da relação da pessoa e do terapeuta, que 
são iguais e não possuem relação de hierarquia. Leva em conta os sentimentos e as emoções, 
entendendo a pessoa como um todo. Visa à aprendizagem da pessoa inteira, uma 
aprendizagem que transcende e abrange as aprendizagens cognitiva, afetiva e psicomotora. 
 
Abordagem Centrada na Pessoa: para esta teoria, todo o organismo é movido por uma 
tendência atualizante a partir da qual desenvolve suas potencialidades. O indivíduo supera 
continuamente os seus estados atuais em direção à atualização de suas potencialidades. 
 
Tendência Atualizante: todo organismo é movido por uma tendência inerente para 
desenvolver as suas potencialidades e para desenvolvê-las de maneira a favorecer sua 
conservação e seu enriquecimento. Esse desenvolvimento é indicado pela experiência 
organísmica deste indivíduo, pelas reações de um todo organizado que, segundo Rogers, são 
dignas de confiança. Essas reações, por sua vez, são inerentes a cada momento, de forma que 
ocorrem no fluxo do tempo e não, de forma estagnada. 
 
Ensinar: Para Carl Rogers, ensinar é uma atividade relativamente sem importância e 
vastamente supervalorizada, associada à ação de instruir e comunicar conhecimento. Ensinar 
é permitir alimentar a curiosidade do estudante e relaciona-se com o propósito de ensinar ao 
estudante a aprender a maneira de aprender. 
 
Aprendizagem: É aquela insaciável curiosidade que leva uma pessoa a absorver tudo o que 
pode ver, ouvir ou ler sobre algo que desperta seu interesse, ou necessidade. Curiosidade, 
descoberta. Envolve sentimentos e significados pessoais. O ser humano possui aptidões 
naturais para aprender. 
 
Aprendizagem do homem como um todo: é a aprendizagem significante, envolvendo 
ambos os lados do cérebro (esquerdo e direito). Combina o lógico e o intuitivo, o intelecto e 
os sentimentos, o conceito e a experiência, a ideia e o significado. Ocorre em grande parte 
através da ação. 
9 
 
Exemplo: Estudar o conceito de destilação fracionada e realizar a prática de separar o sal da 
água. 
 
Aprendizagem do Pescoço para Cima: é uma aprendizagem que envolve apenas a mente, 
não envolve sentimentos ou não tem significado pessoal, não tem relevância para a pessoa 
integral. 
Exemplo: Decorar as capitais de todos os países do mundo. Para mim, será um aprendizagem 
temporária, logo esquecerei as capitais. 
 
Aprendizagem significante: Envolve os sentidos e as emoções. Há envolvimento pessoal e 
experiencial. É autoiniciada (vem de dentro) e difusa (faz diferença nas atitudes). A 
aprendizagem significativa combina o lógico e o intuitivo, na pessoa integral. 
Exemplo: Uma criança que aprende a somar 3 mais 4 e percebe esse resultado ao juntar seus 
3 bonecos com seus 4 carrinhos. 
 
Self: imagem que o indivíduo cria de si próprio, baseada em experiências passadas, 
estimulações presentes e expectativas futuras. É uma condição consciente e reflexiva de si. 
 
Self real: o que de fato o sujeito vivencia, o que realmente é, o indivíduo percebe esta 
imagem de si mesmo como sendo atual. 
 
Self ideal: é a visão ideal de si mesmo, as características que o indivíduo desejaria ter. 
 
Autorrealização: a autorrealização ocorre quando o indivíduo está em um estado de 
congruência, ou seja, como a pessoa gostaria de ser é congruente com seu comportamento 
real a sua autoimagem. 
 
O Dilema: é a preferência da maior parte dos educadores pela aprendizagem significante e a 
realidade escolar em que nós, educadores, nos colocamos numa abordagem curricular 
tradicional e convencional. 
Exemplo: Vontade de professor em contextualizar determinado conteúdo e então faz o uso de 
exercícios contextualizados envolvendo jogos onlines para crianças que não dispõem de 
celular e nem acesso a internet.10 
 
O Saldo: é enxergar o brilho nos olhos dos estudantes após a descoberta de algo novo, um 
conhecimento que lhe enche e ilumina a vida. Isso faz o professor reconhecer que todo 
esforço vale a pena, é o saldo, nesse caso positivo, do trabalho realizado. 
 
Facilitação da aprendizagem: É liberar a curiosidade do estudante e permitir que os 
indivíduos busquem novas direções na busca de seus próprios interesses. Instigar a 
exploração e o questionamento. 
 
Qualidades que Facilitam a Aprendizagem: Autenticidade, Apreço, Aceitação e Confiança 
 
Autenticidade: é a qualidade do professor ser verdadeiro, sendo ele próprio e não negando a 
si mesmo. Um ser passível de erro e em situação de aprendizagem. Se encontra direta e 
pessoalmente com o estudante, numa base de pessoa para pessoa. 
Exemplo: Em caso da turma estar inquieta, pedir que parem a conversa pois ele não consegue 
trabalhar nesse barulho. Ele que não consegue trabalhar nesse ambiente. 
 
Apreço, Aceitação e Confiança: é apreciar o estudante, seus sentimentos, suas opiniões e 
sua pessoa. É um carinho especial pelo aluno. É aceitar esse indivíduo como uma pessoa 
separada, que tem valor por si mesma. É acreditar que essa pessoa é digna de confiança. 
Exemplo: Aceitar o aluno como ele é, com seus erros e acertos, o entendendo como ser 
humano imperfeito. 
 
Defesa: Como eu me enxergo, como eu vejo a minha vida. São os mecanismos de auto-
defesas, de forma a não estar totalmente aberto para o outro. 
 
Compreensão empática: Compreender internamente as reações do estudante. Significa a 
capacidade de penetrar no universo do outro, os seus sentimentos, as suas emoções, com 
valor próprio. A compreensão empática faz com que o aluno se sinta acolhido ao invés de 
julgado ou avaliado. 
 
Congruência: refere- se a autenticidade do facilitador. É a capacidade do facilitador mostrar- 
se como uma pessoa real, sem máscara na relação com o aluno. 
 
11 
 
Autoavaliação: A pessoa assume a responsabilidade de decidir quais os critérios importantes 
para si na aprendizagem experiencial. 
 
Professor facilitador: O professor que tem uma escuta sensível aos interesses do aluno e 
valoriza a afetividade. O professor leva o aluno a aprender a aprender. O professor facilitador 
tem as características da autenticidade, apreço e empatia. 
 
O aluno: cada aluno é um ser único, tanto no que diz respeito no seu interior, como em sua 
reflexão sobre o mundo e suas aprendizagens. Deve ser estimulado na sua curiosidade de 
aprender a aprender para construir o conhecimento de forma produtiva. 
 
Uso de contratos: O aluno tem autonomia para decidir o que é do seu interesse, dentro dos 
limites institucionais, onde o acordo deve ser bom para ambas as partes. Assim, o professor 
facilitador deve fazer contratos com os estudantes, nos quais estes estabeleçam seus objetivos 
e seus planos. Isto os ajuda a estabelecer metas que orientem o caminho a percorrer, e são 
úteis para solucionar dúvidas, reduzindo a insegurança do aluno. 
 
 
Referências 
 
ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de 
Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. 
MAIA, C. M.; GERMANO, I. M. P.; MOURA JR, J. F. Um diálogo sobre o conceito de self 
entre a abordagem centrada na pessoa e psicologia narrativa. Rev. NUFEN [online]. 
2009, vol.1, n.2 [citado 2021-07-20], pp. 33-54 . Disponível em: 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S217525912009000200004&ln
g=pt&nrm=iso>. ISSN 2175-2591>. Acesso em 20/07/2021 às 21h. 
MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e 
Universitária LTDA, 1999. 
 
 
 
 
 
12 
 
TEORIA DE PIAGET 
 
Teoria da Epistemologia Genética: 
Estuda o desenvolvimento da inteligência e a construção do conhecimento. Piaget definiu, a 
partir da perspectiva da biologia, como o sujeito passaria de um conhecimento menor anterior 
para um nível de maior conhecimento. Explica o desenvolvimento da inteligência, tendo 
como conteúdo básico a ação do sujeito que interage com os objetos, construindo, a partir 
dessas ações, formas e/ou estruturas de inteligência que lhe permitem, cada vez mais, 
adaptar-se ao mundo em que vive. 
 
Assimilação: responder a situações usando atividades ou conhecimentos já aprendidos ou 
que estão presentes no nascimento. A resposta ao objeto ou a situação requer uma mudança 
de esquema. Assimilação é uma interpretação do mundo, assimilando algumas informações e 
deixando outras de lado. É reagir com base em aprendizagem e compreensão prévias. 
 
Exemplo: o esquema de sugar permite ao bebê assimilar o mamilo ao comportamento de 
sugar. 
 
Acomodação: Implica na mudança de compreensão. As estruturas mentais se modificam, 
dando conta da singularidade do objeto. É quando ocorre alguma mudança no 
comportamento em função de uma determinada situação. 
 
Adaptação: No processo de adaptação ocorre a interação do indivíduo com o ambiente, onde 
ocorre assimilação dos aspectos do ambiente nos esquemas cognitivos, modificando esses 
esquemas em relação ao ambiente. 
 
Equilibração: Quando as estruturas que o sujeito já construiu não lhe permitem assimilar um 
novo objeto de conhecimento, isto é, determinado objeto é resistente, provoca uma 
perturbação no sujeito, o desequilíbrio é desencadeado. É o equilíbrio que leva ao balanço 
dos processos de assimilação e acomodação. É a estabilidade da organização mental que dá 
conta do conhecimento, é um processo dinâmico. A equilibração, portanto, é o processo pelo 
qual se formam as estruturas cognitivas, conduzindo a novos estados de estruturas superiores. 
 
13 
 
Invariantes Funcionais: São a Assimilação e a Acomodação, pois não mudam ao longo do 
desenvolvimento. 
 
Imitação: A imitação leva a modificação de comportamento de acordo com as demandas que 
lhe são impostas pelo seu desejo de ser algo que não são. 
 
Imitação diferida: é a capacidade de imitar coisas e pessoas que não estão presentes no 
momento. Aqui a criança já interiorizou a representação daquilo que está sendo imitado. 
 
Interiorização: Processo no qual atividades e eventos do mundo real adquirem representação 
mental. 
 
Inteligência: A inteligência existe na ação. É um processo de adaptação ( interação com o 
ambiente assimilando seus aspectos à estrutura cognitiva). É uma organização de processos 
que permite um nível de conhecimento mais complexo. 
 
Estruturas Mentais/Estruturas cognitivas: 
 
Estágio sensório-motor (0 a 2 anos): Nos primeiros dois anos de vida, as crianças entendem 
as coisas devido, principalmente, a sensações que elas lhe causam (daí o termo sensório) e a 
suas ações em relação a essas coisas (motora) e as características mais marcantes no 
comportamento estão ligadas a ausência de linguagem e da representação interna. É a 
inteligência prática, onde a criança não emprega a linguagem, mas suas ações e percepções. 
 
O conceito de objeto: neste estágio, os bebês ainda não adquiriram o conceito de objeto, 
quando os objetos não são sentidos, deixam de existir. Por volta de 1 ano de idade, 
procuraram pelos objetos dos quais lembram de ter visto em ocasiões anteriores. 
Exercitando reflexos: Neste estágio, ocorre um aperfeiçoamento e elaboração de um 
pequeno repertório de esquemas e reflexos. 
Aquisições aos 2 anos: desenvolvimento da capacidade de simbolizar e comunicar, o 
desenvolvimento do conceito de objeto, a crescente capacidade da criança em coordenar 
14 
 
atividades separadas e uma aquisição final é o reconhecimento das relação entre causa e 
efeito. 
Pensamento pré-operacional (2 a 7 anos) : 
É o estágio da representação, onde a criança organiza suas representações num todo coerente. 
Marca uma acentuada melhora no entendimento da criança sobre o mundo e é comum a 
divisão em dois subestágios: preconceitual e intuitivo. É a entrada na criança no mundoda 
moralidade, dos valores, das regras e das virtudes. É a fase do egocentrismo na criança, onde 
ela tem dificuldade de compreender o ponto de vista do outro. Neste estágio há o 
egocentrismo intelectual, onde o raciocínio da criança procede por analogias, por transdução, 
pois lhe falta a generalidade do raciocínio lógico. 
Pensamento Preconceitual (dos 2 aos 4 anos): caracterizado pela capacidade da criança de 
representar objetos internamente e identificá-los com base na sua inclusão em classes, 
entretanto reage a objetos semelhantes como se fossem idênticos. Outra característica do 
pensamento infantil no estágio Preconceitual é de que ele é transdutivo. 
Pensamento Intuitivo (dos 4 aos 7 anos): nesta etapa as crianças já atingiram uma 
compreensão mais completa dos conceitos e não raciocinam de modo transdutivo, o papel 
desempenhado pela percepção é provavelmente a característica mais notável desse período. O 
papel da percepção é evidente na falta de conservação da criança, no pensamento egocêntrico 
e nas dificuldades com os problemas de classificação. A intuição é uma espécie de ação 
realizada em pensamento, é o pensamento imagístico de caráter simbólico. 
Conservação: neste estágio, a criança não tem noção de conservação, ela não acredita que 
pode haver diferentes configurações do mesmo objeto. 
Egocentrismo: neste estágio, a criança demonstra uma dificuldade em aceitar o ponto de 
vista do outro. 
Problemas de classificação: Neste estágio, as crianças compreendem os objetos com base na 
sua inclusão na classe, entretanto não compreendem como as classes podem ser inseridas em 
categorias mais amplas. 
Estágio operatório concreto(7 a 12 anos): Nesse estágio, as crianças fazem uma transição 
importante, de um pensamento pré-lógico para um pensamento mais regulado por regras. A 
15 
 
criança faz uso da capacidade operatória, a partir de objetos que ela consiga manipular ou de 
situações que ela possa vivenciar. 
 
Classificação: com as propriedades lógicas do pensamento que definem as operações, as 
crianças adquirem habilidades para trabalhar com classes, números e séries. 
 
Seriação: as crianças adquirem a capacidade de ordená-los em séries e estabelecer 
correspondências entre diferentes séries. 
 
Número: também nessa etapa as crianças têm a capacidade de lidar com números, é um 
resultado lógico da classificação e seriação. 
 
Estágio operatório formal ( 12 anos em diante): A criança trabalha com hipóteses, aplica a 
sua lógica a contextos hipotéticos. Chega a conclusões a partir de hipóteses, sem ter a 
necessidade de manipulações e observações reais. Aparecem novas estruturas intelectuais e 
os variantes cognitivos. Pensamento reversível. As operações se desligam progressivamente 
do plano da manipulação concreta. 
 
 
Referências 
CAETANO. Luciana Maria. A Epistemologia Genética de Jean Piaget. Revista Com 
Ciência. Versão online. n. 120, Campinas. Disponível em: 
<http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151976542010000600011&
lng=es&nrm=iso>. Acesso em 26/06/2021 às 13h. 
ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de 
Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. 
MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e 
Universitária LTDA, 1999. 
 
 
 
16 
 
TEORIA DE AUSUBEL 
 
Teoria Cognitivista: Na teoria Cognitivista de David Ausubel, a aprendizagem é a 
organização e a integração de material na estrutura cognitiva do sujeito. No processo de 
ensino, a aprendizagem significativa acontece quando as informações interagem e ancoram-
se nos conceitos relevantes já existentes na estrutura do aluno. 
 
Aprendizagem significativa: uma nova informação interage com uma estrutura de 
conhecimento específica (subsunçor). 
A nova aprendizagem ancora-se em estruturas cognitivas preexistentes. Há uma hierarquia 
conceitual no armazenamento de informações na mente humana. 
 
Subsunçor: É uma estrutura de conhecimento específica, que é capaz de servir para 
favorecer novas aprendizagens, podendo servir de "âncora" para um novo conhecimento que 
se relaciona a esse subsunçor. 
 
Armazenamento de informação: Altamente organizada e de forma hierárquica conceitual, 
onde elementos mais específicos de conhecimentos são relacionados e assimilados a 
conceitos e proposições mais gerais. 
 
Aprendizagem mecânica: Ocorre a aprendizagem de novas informações com pouco ou 
nenhuma interação entre a nova informação e aquelas já armazenadas, ficando 
arbitrariamente distribuído na estrutura cognitiva, não se relacionando a conceitos 
subsunçores específicos. 
 
Aprendizagem mecânica para gerar subsunçores: Se a área de conhecimento é totalmente 
nova para o indivíduo, torna-se necessária a aprendizagem mecânica, até que alguns 
elementos de conhecimentos relevantes a novas informações da mesma área, existam na 
estrutura cognitiva, podendo assim servir de subsunçor. 
 
Formação de conceitos: É característica na criança em idade pré-escolar, ocorre aquisição 
natural de ideias genéricas por meio da experiência empírico-concreta. Ocorre por descoberta 
17 
 
e consiste essencialmente em abstração de aspectos característicos e comuns de uma classe de 
objetos ou eventos que varia contextualmente. 
 
Assimilação de conceitos: Forma pela qual crianças mais velhas e os adultos, adquirem 
novos conceitos pela recepção de seus atributos criteriais e pelo relacionamento desses 
atributos com ideias relevantes existentes na estrutura cognitiva do sujeito. Este processo 
envolve a relação, de modo substantivo e não-arbitrário, de ideias relevantes na estrutura 
cognitiva com o conteúdo potencialmente significativo. (Reescrever) 
 
Não-arbitrária: O novo conhecimento não se relaciona com qualquer conhecimento presente 
na estrutura cognitiva do indivíduo e sim com conhecimentos específicos relevantes para a 
aprendizagem do novo conhecimento (os subsunçores). 
 
Substantividade: É a substância do novo conhecimento que é incorporada à estrutura 
cognitiva do sujeito, não as palavras precisas usadas para expressá-las, o sujeito pode 
expressar o novo conhecimento de diferentes maneiras, equivalentes em termos de 
significados. 
 
Aquisição de conceitos: Ocorre por meio de aprendizagem receptiva não é um processo 
passivo de internalização, é caracterizada por um processo ativo de interação com os 
conceitos já adquiridos. Quanto mais ativo for esse processo, mais significativos e úteis 
forem os conceitos. 
 
Organizadores prévios: são recursos didáticos, uma estratégia que o professor poderá 
elaborar. Assim, o conteúdo é apresentado de forma a, deliberadamente manipular a sua 
estrutura cognitiva para que o novo conceito seja formado a partir de conceitos já existentes. 
A estratégia procura apresentar o novo conceito a partir da sua ideia mais geral e depois ir 
detalhando-o, retornando ao conceito geral sempre que possível. Esses organizadores 
facilitam a incorporação e longevidade do material aprendido significativamente, pois se 
apoiam em conceitos já existentes na estrutura cognitiva do aprendiz. O novo material se 
torna familiar e significativo para o aprendiz, mas os conceitos já existentes são selecionados 
e utilizados de forma integrada. 
 
18 
 
Condições para aprendizagem significativa: O material deve ser potencialmente 
significativo ao sujeito e o sujeito deve estar disposto para relacionar o material de maneira 
substantiva e não-arbitrária. 
 
Material potencialmente significativo: A aprendizagem significativa tem como uma das 
necessidades que o material proposto tenha a capacidade de se relacionar com a estrutura 
cognitiva do aluno de forma não-arbitrária e substantiva. Também devem estar disponíveis os 
conceitos subsunçores específicos na estrutura cognitiva do aprendiz com os quais o material 
possa se relacionar. 
 
Disposição do sujeito:Outra condição para a aprendizagem significativa, é que o sujeito 
esteja disposto a relacionar o material de forma substantiva e não-arbitraria, caso não haja a 
disposição, não importa o quão potencialmente significativo seja o material, tanto o processo 
de aprendizagem quanto o produto serão mecânico ou sem significado. 
 
Assimilação: é a aquisição de novos conceitos pela recepção de seus atributos criteriosos e 
pelo relacionamento desses atributos com ideias relevantes já estabelecidas em sua estrutura 
cognitiva. 
 
Assimilação obliteradora: Ocorre quando na aprendizagem as novas informações tornam-
se, espontânea e progressivamente, menos dissociáveis dos subsunçores (ideias-âncoras). O 
esquecimento facilita a aprendizagem no processo de assimilação. 
 
Aprendizagem superordenada: É quando na aprendizagem significativa acontece a 
elaboração dos conceitos subsunçores junto com a ocorrência de interações entre esses 
conceitos. 
 
Diferenciação progressiva: Na aprendizagem significativa, os conceitos são desenvolvidos, 
elaborados e diferenciados em sucessivas interações. As ideias mais gerais e mais inclusivas 
da disciplina devem ser apresentadas no início para irem sendo progressivamente 
diferenciadas. Trata da sequência natural de aquisição de conhecimento pelos seres humanos 
quando confrontados com algo inteiramente novo ou com um ramo ignorado de um corpo de 
conhecimento já adquirido e também porque esta ordem é como o conhecimento é 
representado, organizado e estocado no sistema cognitivo humano. As ideias mais inclusivas 
19 
 
e amplamente explicativas ocupam uma posição no ápice da pirâmide e englobam 
progressivamente as ideias menos inclusivas. 
 
Reconciliação integrativa: É a relação entre proposições e conceitos, a reconciliação de 
inconsistências reais ou aparentes na organização de um conteúdo. É a exploração da relação 
entre as ideias, apontar similaridades e diferenças importantes. O Princípio da Reconciliação 
Integrativa auxilia o professor na elaboração de uma aula expositiva porque estabelece as 
ligações entre ideias semelhantes assim como as suas diferenças, dando ao aluno uma visão 
global do assunto estudado, sem que este fique dividido em tópicos sem aparente relação 
entre eles. 
 
Aprendizagem por recepção: O que deve ser aprendido é apresentado ao aprendiz em sua 
forma final. 
 
Aprendizagem por descoberta: O conteúdo a ser aprendido é descoberto pelo aluno, os 
conceitos não são fornecidos, mas deve ser descoberto pelo estudante. 
 
Três tipos de aprendizagem: 
 
Representacional: É o tipo mais básico de aprendizagem significativa, nela o indivíduo 
consegue relacionar o objeto ao símbolo representado e os outros dois tipos de aprendizagem 
dependem dela. Esses símbolos são convencionais e permitem ao indivíduo conhecer e 
organizar o mundo exterior e interior. 
 
Exemplo 1: nomear, classificar e definir funções constituem exemplos de aprendizagem 
representacional. 
Exemplo 2: o conceito de bola e associa-se ao seu objeto. 
 
Conceitual: Os conceitos também são representados por símbolos particulares, entretanto são 
definidos como genéricos e categóricos, representados por símbolos particulares. Esses 
conceitos representam regularidades em eventos, situações ou propriedades e possuem 
atributos essenciais comuns que são designados por algum signo ou símbolo. 
 
20 
 
Exemplo: o conceito de bola e associa-se ao seu objeto (Representacional), como se pode 
também aprender o conceito de planta ou animal e a regularidade observada em vários 
animais que se conhece. 
 
Proposicional: É a forma mais complexa, não consiste em aprender significamente o que 
palavras isoladas ou combinadas representam, mas sim, aprender o significado de ideias em 
forma de proposição. 
 
Exemplo: ao se aprender o significado de uma proposição verbal, aprendemos primeiramente 
o significado de cada um dos termos componentes. 
 
Formas de Aprendizagem Significativa: 
 
Subordinada: Nesta forma, a nova aprendizagem adquire um significado quando interage 
com os subsunçores, e o novo material fica subordinado em relação à estrutura cognitiva. 
 
Exemplo: quando o conceito básico de mamífero está disponível e claro na estrutura 
cognitiva do aluno, fica mais fácil de apreender que a baleia e morcego pertencem ao mesmo 
grupo. 
 
Superordenada: Quando uma nova aprendizagem apresenta uma relação superordenada para 
a estrutura cognitiva do sujeito quando se acrescenta ou junta conceitos específicos presentes 
na estrutura cognitiva com um novo conceito mais abrangente e que possa subordinar os mais 
específicos ao conceito abrangente aprendido. 
 
Exemplo: quando o aluno aprende os conceitos de cão, gato, leão, baleia e morcego e percebe 
que eles podem ser agrupados sob um termo novo — mamíferos. 
 
Combinatória: Neste tipo, a aprendizagem significativa de um novo conhecimento exige 
uma interação entre vários conhecimentos já existentes na estrutura cognitiva, tendo alguns 
atributos criteriais, alguns significados comuns, mas não tem uma relação de subordinação e 
superordenação. 
 
21 
 
Exemplo: A maioria das generalizações que os alunos aprendem em Ciências, Matemática e 
Ciências Humanas constituem exemplos de aprendizado combinatório. 
Hierarquias conceituais: As informações no cérebro humano, se organizam na forma de 
hierarquia conceitual, onde os elementos mais específicos de conhecimento são ligados e 
assimilados a conceitos mais gerais. 
 
 
Referências 
 
BRUM, W. P.; SCHUHMACHER, E. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: revisão 
teórica e apresentação de um instrumento para aplicação em sala de aula. Revista 
Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 14, n. 1, nov. de 2015. 
 
JESUS, Marcos Antonio Santos de. (et al). A Teoria de David Ausubel- o uso dos 
organizadores prévios no Ensino Contextualizado de Funções. Anais do VIII Encontro 
Nacional de Educação Matemática. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004. 
 
ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de 
Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. 
MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e 
Universitária LTDA, 1999. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
TEORIA DE VYGOTSKY 
 
Teoria Histórico-cultural: teoria que destaca o caráter social do ser humano. Os seres 
humanos criam a linguagem e numa relação dialética são capazes de abstrair e transmitir para 
as gerações futuras a cultura e a história. 
Para Vygotsky, o ser humano se caracteriza por uma sociabilidade primária. O 
comportamento da criança está enraizado no social, desde bebê. 
Dessa forma, certas categorias de funções mentais superiores (atenção voluntária, 
memória lógica, pensamento verbal e conceitual, emoções complexas) não poderiam emergir 
e se constituir no processo de desenvolvimento sem o aporte construtivo das interações 
sociais. 
 
Sujeitos culturais: os indivíduos se apropriam ativamente da produção cultural, recombina 
ativamente novos conhecimentos nas relações sociais. O sujeito se desenvolve na apropriação 
da experiência sócio- histórica. 
 
Instrumentos culturais: criação de instrumentos exteriores, auxiliares externos que são 
utilizados para a produção de mudanças internas( psicológicas). Por exemplo: a língua falada 
e escrita, os rituais, os modelos de comportamento mas obras de arte, os sistemas de 
conceitos científicos. 
 
Planos Genéticos, Origens/Entradas, do Desenvolvimento: Filogênese, Ontogênese, 
Sociogênese, Microgênese. 
 
 Filogênese: História da espécie humana. Essa história define os limites e possibilidades de 
desenvolvimento da espécie. No caso da espécie humana, podemos andar mas não voar, o 
fato de termos as mãos livres nos proporciona lidar com objetos que necessitam de 
movimentos finos (lidar com pinças cirúrgicas, por exemplo). Nóstemos uma característica 
muito importante no desenvolvimento que é a plasticidade do cérebro, isso deve-se ao fato de 
sermos seres menos prontos ao nascer, e portanto abertos a adaptação ao que o ambiente vier 
a oferecer. 
 
23 
 
Ontogênese: História do indivíduo da espécie. Somos da espécie humana, nascemos, 
crescemos, nos reproduzimos em determinado ritmo de acordo com a nossa espécie. 
 
Sociogênese: História cultural do meio em que o indivíduo vive, no sentido das formas de do 
funcionamento cultural que interferem no funcionamento psicológico. Em um primeiro 
aspecto, a cultura funciona como um alargador das potencialidades humanas (o homem não 
voa, mas construiu o avião que voa) e num segundo aspecto, trata de como a cultura organiza 
as fases do desenvolvimento: fase de adolescência hoje na nossa cultura está mais estendida e 
uma categoria da terceira idade, como uma categoria que tem produtos especiais para ela, 
atividades voltadas para esse público, ou seja, é olhar da cultura sobre esse público. 
 
Microgênese: É o estudo específico de determinado fenômeno psicológico que ocorre com 
um indivíduo (avaliar a história desse fenômeno). Por exemplo, o que ocorre no 
desenvolvimento psicológico quando uma pessoa não sabe dirigir um carro e depois de certo 
tempo, passa a dirigir. É aqui que ocorre a singularidade de cada indivíduo, o fato de um 
desenvolvimento menos determinístico, dentro de uma mesma comunidade termos as 
diferenças. 
 
Funções Psicológicas Superiores: referem-se às experiências que são adquiridas durante a 
vida do sujeito por meio da sua relação com o mundo (natureza), com sua cultura, utilizando 
instrumentos e símbolos. São funções tipicamente humanas: controle consciente do 
comportamento, pensamento abstrato e raciocínio dedutivo são exemplos dessas funções. 
 
Internalização: Na internalização, o sujeito constrói internamente uma operação externa, 
acontecendo o desenvolvimento de fora para dentro. 
No contexto da sala de aula, a apresentação de um conceito científico ou sistematizado ocorre 
de modo explícito e deliberado. O professor, exercendo o papel social que lhe cabe e fazendo 
uso de instrumentos mediadores, apresenta um conceito ao aluno, ou melhor, apresenta a 
expressão particular de um conceito. O aluno, assumindo seu papel nessa relação social, 
começa a reconstruir o conceito de modo próprio, apreendendo os significados estáveis, 
convencionados, e os distintos sentidos que são possíveis nesse grupo social. 
 
Níveis Interpessoal e Intrapessoal 
Interpessoal: surge como resultado de uma atividade externa realizada com outras pessoas. 
24 
 
Intrapessoal: Passa a ocorrer internamente. 
 
Exemplos: Ao longo das experiências escolares, das interações com o professor e outros 
alunos, o aluno elabora e reelabora os conceitos, responde e aprende a aplicá-los em outras 
situações de interação do cotidiano ou da sala de aula, o que demonstra que a elaboração 
conceitual é uma produção social que tem origem na atividade humana. 
 
 Mediação: Estabelece uma ligação entre uma coisa e outra. Portanto, a relação do homem 
com o mundo para Vygotsky não é uma relação direta, é uma relação mediada por 
instrumentos e signos. Além disso, a mediação pode ser vista em outras situações, como por 
exemplo: 
 
Exemplos: Quando a mãe diz pro filho não colocar o dedo no fogo de uma vela porque irá 
queimar o dedo, e a criança não coloca, não queimará o dedo. Essa foi uma situação em que a 
orientação da mãe serviu de mediação para que a criança não queimasse o dedo, a criança não 
precisou experienciar para aprender que não deve colocar o dedo no fogo. 
 
Portanto, isso é muito importante e no desenvolvimento dos seres humanos muitas 
aprendizagens são mediadas, por vivências de outras pessoas, pelo que foi escrito por outras 
pessoas. 
 
Ferramentas: São Instrumentos Materiais, instrumentos intermediários, que proporcionam 
interação com as coisas do mundo e com eles, existe a possibilidade transformação do 
ambiente externo. Exemplos: Machado, martelo, faca…. 
 
Signos: Atuam como Instrumentos Psicológicos é através deles que acontece a interação com 
as coisas do mundo, de forma simbólica (semiótica), geralmente abstrato no sentido que não 
age de forma concreta sobre os objetos, mas no campo simbólico, são constituídos nas 
relações sociais entre o indivíduo e o(s) grupo(s) em que está inserido. Com os signos, 
aparece uma característica que é tipicamente humana - a capacidade de representação mental 
- a possibilidade de transitar pelo mundo simbólico. 
 
25 
 
Exemplo: eu olho para uma cadeira e imediatamente sei que se trata de uma cadeira, isso 
devido a representação simbólica que eu tenho dentro da minha cabeça. Através dessas 
representações simbólicas eu posso pensar em coisas que estão em outros espaços. 
Linguagem/língua: É o principal instrumento de representação simbólica que o ser humano 
dispõe e a expressão linguagem, na perspectiva de Vygotsky, refere-se a língua mesmo (a 
fala), não a linguagem dos sinais como gestos, dança, expressões faciais,... . Todo grupo 
humano tem uma língua. A linguagem tem duas funções básicas: 
1) Comunicação: é o uso da linguagem exclusivamente para a comunicação, com o 
objetivo de trocas. Esse tipo de linguagem já está presente em outras espécies de animais 
(os ruídos, por exemplo, com a intenção de alguma forma de comunicação). Na espécie 
humana, os bebês desde muito pequenos já emitem sons com o objetivo puramente 
comunicativo (não tem a intenção de passar alguma informação precisa), o choro por 
exemplo. 
2) Pensamento Generalizante: é onde a língua se encaixa com o pensamento, ao 
fazer uso da linguagem implica a compreensão generalizada do mundo. Quando 
nomeamos alguma coisa, estamos fazendo um ato de classificação. Ao chamar um 
cachorro de cachorro, eu estou agrupando todos os animais dessa classe com o rótulo 
cachorro. Ao mesmo tempo, estamos distinguindo os outros objetos do mundo desse 
grupo (cachorro). Essa é uma capacidade puramente uma: temos a capacidade de abstrair, 
generalizar, utilizar a representação simbólica para classificar. 
 O pensamento não é expresso em palavras, mas é por meio delas que ele passa a existir. 
Significado: é a primeira construção, uma construção mais coletiva. Depende da interação 
entre pensamento e linguagem. 
 
Sentido: ocorre através da internalização dos significados, é o sentido dado aos significados. 
Dessa forma, o sentido dado a determinados objetos depende de aspectos internos, como por 
exemplo: o sentido dado por uma pessoa a uma caneta que ganhou de uma pessoa especial. 
Atividade reprodutora: atividade humana vinculada a memória, através do qual a pessoa 
reproduz ou repete as experiências passadas. 
26 
 
Atividade produtora/criadora: é a capacidade que o cérebro humano tem de fazer novas 
combinações, além de fixar as experiências passadas. É a natureza criativa. 
 
Imaginação - é a capacidade de criação que todo ser humano possui, em maior ou menor 
grau, e é a base de toda criação cultural da humanidade. A relação entre dois mecanismos, 
Dissociação e Associação, é fundamental para essa atividade criadora. 
 
Dissociação: é a capacidade de extrair traços isolados de um conjunto complexo de 
impressões. 
 
Associação: é a união de traços isolados em um novo conjunto. 
Nível de desenvolvimento real (NDR): é o nível de desenvolvimento que a criança já 
chegou, ou seja, é olhar de forma retrospectiva, ver o que ela já sabe. 
Nível de desenvolvimento potencial (NDP): é o nível de desenvolvimento que a criança 
ainda não atingiu, mas que de alguma forma está próximo de ser alcançado. Identificamos 
esse nível ao perceber que a criança não consegue se relacionar com os objetos de forma 
autônoma, mas com a ajuda de uma pessoa mais experiente, ela consegue fazer relações com 
esses objetos. 
Zona de desenvolvimentoproximal: é onde o desenvolvimento está acontecendo no 
momento atual, é onde é permitido intervenções. São onde as funções estão presentes mas 
ainda não amadureceram. É um conceito muito importante para Vygotsky, para trabalhar o 
desenvolvimento dos alunos por exemplo, mas no entanto não é possível medir essa zona de 
desenvolvimento: ela muda de forma instantânea e de forma diferente em cada aluno. 
Exemplo: 
Na cozinha de uma residência com a presença de uma senhora de terceira idade e um 
adolescente, foi observada uma criança do sexo feminino com idade entre 2 e 3 anos. 
A situação deu-se da seguinte forma: a criança chegou um pouco irritada e 
lacrimejando na cozinha dizendo em voz alta “abre aqui! Abri aqui”, a tentativa frustrada de 
rasgar com os dentes a embalagem plástica de uma barrinha de chocolate a irritou bastante. 
27 
 
Na sequência, o adolescente que estava sentado à mesa do jantar pegou a barra de 
chocolate ainda lacrada e mostrou para a criança o local de abertura “abra aqui” na parte 
superior da embalagem e a incentivou a puxar e rasgar o plástico. 
Como a criança não sabia ler, provavelmente deve ter entendido que aquele 
componente ondulado na parte superior do pacote servia para puxar e abrir o enfardamento 
do chocolate. 
Dessa forma, ela rasgou a embalagem do chocolate/cereal e toda a irritação sumiu. 
 
Exemplo de nível de desenvolvimento real: quando a criança faz a solicitação de 
ajuda para abrir a embalagem, ou seja, ao perceber que não iria conseguir abrir o chocolate, a 
criança usou a habilidade do drama e suposto choro como ferramenta para adquirir auxílio na 
abertura do pacote. 
Exemplo do nível de desenvolvimento potencial: quando o adolescente mostra o 
local de abertura da embalagem para a criança, conduzindo-a a rasgar o plástico e enfim 
conseguir comer o chocolate. Assim, temos um exemplo claro de zona de desenvolvimento 
proximal, no qual se refere ao ato acontecido entre o drama criado pela criança (“NDR”) e a 
orientação feita pelo adolescente (“NDP”). 
Intervenção: destaca a importância da intervenção das outras pessoas no desenvolvimento de 
um indivíduo, mas o sujeito inserido nesse espaço de forma ativa, agindo no espaço, dialoga, 
traz a sua subjetividade, seu modo de ver o mundo e a sua própria história. Ao mesmo tempo, 
um sujeito não absorve informações de um ambiente que é passivo, absorve informações de 
um ambiente estruturado pela cultura. 
Exemplo: uma criança, mesmo sozinha brincando em uma areia com uma Patrola, 
retroescavadeira, Pás, … está brincando nesse ambiente estruturado pela cultura. 
Intervenção Pedagógica: é a intervenção de forma intencional para influenciar no 
desenvolvimento e é essencial. O sujeito depende dessas intervenções para se desenvolver 
adequadamente nos rumos que a cultura local deseja que o sujeito se desenvolva. Se 
desenvolver em uma sociedade que possui escola é completamente diferente do que se 
desenvolver em uma sociedade sem escola. 
Fala egocêntrica: é a fala pra si mesmo. Indica que está ocorrendo a apropriação da 
linguagem de fora para dentro, a comunicação entre as pessoas está sendo internalizada pela 
28 
 
criança para fazer parte dos seus instrumentos. Quando a criança fala sozinha, ela está 
falando pra ela mesmo o que precisa fazer para resolver determinado problema, usa a como 
suporte. 
Desenvolvimento: ocorre através da aprendizagem, ou seja, a aprendizagem é que promove o 
desenvolvimento e ocorre de fora para dentro. Portanto, o caminho do desenvolvimento está 
em aberto, aspectos da cultura irão intervir no desenvolvimento e também a sua própria 
interface com as coisas do mundo irão influenciar no desenvolvimento. 
O jogo: (de papéis, de faz de conta). É muito importante para o desenvolvimento da criança 
principalmente pelas regras do jogo e por puxar a criança para diante da fase em que se 
encontra. Por exemplo, quando uma criança brinca de ser professor(a), nessa brincadeira 
existem regras do mundo adulto que fazem parte desse faz de conta, então a criança está 
sendo puxada para o mundo adulto ao tentar ser um professor ou uma professora. No jogo a 
criança pode se relacionar com o significado das coisas e não com o objeto, por exemplo: 
uma criança pode pegar uma pedra e dizer que é um boi e brincar de ter uma fazenda. Isso é 
fundamental para ela iniciar a relação com o mundo dos significados, simbólico. Então, 
começa nesse mundo representacional, utilizando os significados, a língua e as relações entre 
pensamento e linguagem. 
 
Referências 
 
Aula Psicologia Historico-Cultural. Disponível em 
<https://www.youtube.com/watch?v=1FB_IBLAQYo>. Acesso em 10/07/2021. 
 
COELHO, Edgar Pereira (org). Lev Semenovitch Vygotsky. Recife: Fundação Joaquim 
Nabuco, Editora Massangana, 2010. 
 
Coleção grandes educadores Lev Vygotsky. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=T1sDZNSTuyE>. Acesso em 12/07/2021. 
 
FREITAS, M. T. A pesquisa de abordagem histórico-cultural: um espaço educativo de 
constituição de sujeitos. Juiz de Fora: EDUFJF, 1998, p. 21 – 34. 
 
MORAIS, Alessandra de; SASSO, Bruna Assem. Diferentes tendências em pesquisas 
sobre a fala egocêntrica: análises de produções brasileiras. RELIN, São Paulo, v.24, n.1, 
2016. DOI: 10.17851/2237-2083.24.1.187-223. Acesso em 02/07 às 19:30. 
https://www.youtube.com/watch?v=1FB_IBLAQYo
https://www.youtube.com/watch?v=T1sDZNSTuyE
29 
 
ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de 
Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. 
 
LEV VYGOTSKY E ALGUNS DE SEUS CONCEITOS. Disponível em: 
<https://educador.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/lev-vygotsky-alguns-seus-
conceitos.htm.> Acesso em 11/07/2021. 
 
SILVA, Andréia Kelly Araújo da. Pensamento, linguagem e aprendizagem: reflexões 
sobre a teoria Vigotskyana e a formação docente. II Seminário Internacional de 
representações sociais, subjetividade e educação. PUC Paraná, Curitiba, 2013. Acesso em 
18/06/2021 às 20h. 
 
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e Linguagem. Edição eletrônica Ridendo 
Castigat Mores. Versão para eBook. Fonte digital. Acesso em 20 de junho às 15h. 
 
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): Conceito fundamental para a prática pedagógica. 
Disponível em: <https://psicoativo.com/2017/12/zona-de-desenvolvimento-proximal-
conceito explicado.html>. Acesso em 12/07/2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/lev-vygotsky-alguns-seus-conceitos.htm
https://educador.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/lev-vygotsky-alguns-seus-conceitos.htm
https://psicoativo.com/2017/12/zona-de-desenvolvimento-proximal-conceito%20explicado.html
https://psicoativo.com/2017/12/zona-de-desenvolvimento-proximal-conceito%20explicado.html
30 
 
TEORIA DE GARDNER 
 
Teoria das Inteligências Múltiplas: estudo do conjunto de competências intelectuais, a 
partir dos sistemas simbólicos construídos culturalmente (linguístico, lógico- matemático, 
musical, corporal, espacial e pessoal). Gardner ressalta a influência da cultura, pois a criança 
aprimorará as Inteligências que demonstrem ser mais eficazes no desempenho das atividades 
que são consideradas mais valiosas na sociedade em que ela está inserida. Para esta teoria, 
todos os seres humanos possuem potenciais diferenciados que devem ser explorados de forma 
a favorecer seu desenvolvimento. 
 
Inteligência: potencial biopsicológico de processar informações de determinada maneira 
para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos em um ou mais ambientes 
culturais. 
 
Símbolos: É toda a entidade, abstrata ou concreta, que pode representar outra. São entidades 
significativas através das quais os sujeitos processam o mundo em que vivem. 
 
Sistemas simbólicos: Conjunto inter-relacionado de símbolos. São sistemas de representação 
da realidade, socialmentedados. É um dos estágios de desenvolvimento das Inteligências, 
ocorrendo aproximadamente entre os 2 e os 5 anos de idade. A criança passa a manifestar as 
informações através de desenhos, danças, gestos, canções, frases. 
 
Produção simbólica: São entidades representacionais que transmitem um conjunto de 
significados, compartilhados na nossa cultura, podendo ser apreciados, transformados e 
modificados. 
 
Inteligências múltiplas: São as distintas competências intelectuais que operam de acordo 
com seus próprios procedimentos. Tem um caráter independente e operam de forma 
harmônica. Todos os seres humanos possuem essas Inteligências e são diferentes em suas 
qualidades e em suas limitações. 
São 9 as inteligências teorizadas por Gardner: 
1) Lógico- matemática 
2) Linguística 
31 
 
3) Espacial 
4) Corporal-cinestésica 
5) Interpessoal 
6) Intrapessoal 
7) Musical 
8) Naturalista 
9) Existencial 
 
Inteligência lógico-matemática: capacidade que o sujeito tem de analisar os problemas com 
lógica, realizar operações matemáticas e investigar questões de maneira científica. Exemplo 
são os economistas. 
 
Inteligência linguística: sensibilidade que o indivíduo tem para a língua falada ou escrita. 
Habilidade para aprender línguas, capacidade de usar a língua para atingir certos objetivos 
como convencer, agradar, estimular. Exemplos são os advogados, oradores, poetas, 
escritores. 
 
Inteligência espacial: consiste no potencial de reconhecer e manipular os padrões do espaço 
como os padrões de áreas mais confinadas. Capacidade de perceber formas e objetos,mesmo 
quando observados de ângulos distintos, conseguindo perceber e admirar a idéia de espaço. 
Exemplos são os engenheiros, marinheiros, geógrafos. 
 
Inteligência corporal-cinestésica: potencial que os sujeitos tem de fazer uso do corpo para 
resolver problemas e fabricar produtos. Exemplos são os atletas, artesãos, dançarinos. 
 
Inteligência interpessoal: capacidade nuclear de perceber distinções entre os outros e de 
compreender outras pessoas. Exemplos são os pais, professores, terapeutas, lideres religiosos. 
 
Inteligência intrapessoal: conhecimento dos aspectos internos de si mesmo, como 
discriminar os próprios sentimentos e emoções. 
 
Inteligência musical: habilidade que o indivíduo tem de atuação, composição e apreciação 
de padrões musicais, consegue se expressar por meio da música. 
 
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Inteligência naturalista: capacidade de reconhecer e classificar espécies na fauna e flora. 
Exemplo são os biólogos. 
 
Inteligência existencial: visão do ser como um ser integral, quando a pessoa percebe sua 
transitoriedade. 
 
Criatividade pedagógica: se vincula aos vários domínios a que pertencem os conhecimentos 
escolares e aos modos de fazer do professor. Diz respeito aos principais sistemas simbólicos 
que alicerçam os conhecimentos escolares e o modo de atuação do professor. A finalidade é a 
aprendizagem do aluno, ao acionar no aluno um complexo cognitivo formado pelas múltiplas 
inteligências. 
 
 
Referências 
ALMEIDA, Rodrigo da Silva( et al ). A Teoria das Inteligências Múltiplas de Howard 
Gardner e suas contribuições para a educação inclusiva: construindo uma educação 
para todos. Cadernos de Graduação Ciências Humanas e Sociais. Alagoas, v. 4, n. 2, p.89-
106, Nov. 2017. 
GARDNER, Howard; CHEN, Jie; MORAN, Seana. Inteligências Múltiplas ao redor do 
mundo. São Paulo, ArtMed Editora, 2010. 
ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de 
Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. 
MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e 
Universitária LTDA, 1999.

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