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0 PPGECIMAT- PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA DISCIPLINA: TEORIAS DA APRENDIZAGEM I I SEMESTRE GLOSSÁRIO DAS TEORIAS DA APRENDIZAGEM I COMPONENTES: Ismael Batista Maidana Silvestre Johnattan B. Prates Vanize Moreira de Araújo PROFESSORA: Dra. Silvia Maria de Aguiar Isaia SANTA MARIA, 2021 1 SUMÁRIO TEORIA DE SKINNER ......................................................................................................... 2 TEORIA DE ROGERS .......................................................................................................... 8 TEORIA DE PIAGET ......................................................................................................... 12 TEORIA DE AUSUBEL ...................................................................................................... 16 TEORIA DE VYGOTSKY ................................................................................................... 22 TEORIA DE GARDNER ..................................................................................................... 30 2 TEORIA DE SKINNER Behaviorismo Radical de Skinner: Teoria que diz que o comportamento humano segue certas leis e que estas estão fora da pessoas e podem ser observadas e estudadas. Exemplo: Ao estudar o comportamento de determinada pessoa, realizar intervenções periódicas (estímulos) e observar as respostas. Condicionamento operante: é o comportamento voluntário, onde o organismo age no ambiente. Aprendizagem respondente: são as respostas eliciadas por um estímulo, onde o organismo reage ao ambiente. É um comportamento involuntário. Exemplo: Bolo de chocolate na frente de uma pessoa (estímulo), com isso a pessoa saliva (resposta). Aprendizagem operante: são as respostas emitidas por um organismo, onde o organismo reage no ambiente. É um comportamento voluntário. As aprendizagens são na maioria das vezes operantes: caminhar, escrever, sorrir para alguém. Pensar é operante. Exemplo: Comprar o bolo de chocolate com muita cobertura (resposta), gosto muito desse tipo de bolo e em um dia como todo (consequência). Provavelmente comprarei novamente esse bolo. Reforçadores: é um evento que acontece após uma resposta e interfere na probabilidade de a resposta acontecer novamente. Em outras palavras: tem a característica de aumentar a frequência de um comportamento. Para um evento ser considerado ou não reforçador depende dos seus efeitos. Skinner define dois tipos de reforçamentos: o positivo e o negativo. Exemplo: Caio, aluno do 4º ano e com desempenho escolar baixo, ele tem que passar em um teste de tabuada, para o qual estudou bastante, porém estava com dificuldade na tabuada do número nove, para lembrar, por exemplo, da tabuada usou a estratégia da tabuada do nove com os dedos, conforme imagem abaixo: 3 Acertou 90% das questões do teste e todas as questões da tabuada do 9, isso serviu como reforçador e aumentou a probabilidade de Caio usar novamente o recurso para o cálculo da tabuada do 9. Agora Carla, uma garota inteligente, sempre acerta 100% nas questões de teste de tabuada sem usar os truques. Dessa vez ela usou um, na verdade, o mesmo de caio. No entanto, ao contrário de Caio, ela ficou confusa na hora e abaixou o dedo que não correspondia a conta. Também acertou 90%. Esse evento não foi reforçador para Carla e, provavelmente, terá efeito oposto no seu comportamento. Reforçamento positivo: Podemos associar o reforçamento positivo a ideia de recompensa, ocorre quando a uma consequência de uma resposta tem efeitos agradáveis para o indivíduo, aumentando a probabilidade de a resposta ocorrer novamente, em circunstâncias similares. Exemplo: O elogio de um professor em relação ao aluno que executou corretamente uma tarefa, por ter prestado atenção na aula, terá consequência o fortalecimento da atenção e interesse do aluno. Reforçamento negativo: Podemos associar o reforçamento negativo à ideia de alívio. São estímulos cuja consequência da resposta resulta na eliminação ou prevenção de efeitos não desejados pelo indivíduo, aumentando a probabilidade de a resposta ocorrer em função de algo que foi retirado da situação. Aumenta a probabilidade de um comportamento. Exemplo 1: O professor repreende os alunos até eles cumprirem determinada regra ou resolverem determinada tarefa de forma correta. Depois dos alunos cumprirem o que foi 4 solicitado, o professor para de repreender (Reforça o comportamento desejado pelo professor, retirando as repreensões, após os alunos cumprirem o que foi solicitado, gerando a sensação de alívio nos alunos, reforçando os alunos a cumprirem as regras e fazerem as atividades para não serem repreendidos novamente). Exemplo 2: Estou concentrado estudando e no meu celular não param de entrar mensagens. Desligo o celular. (A probabilidade de desligar o celular nas próximas vezes em que for estudar foi aumentada) Punição: Assim como no reforçamento, a punição também é definida pelos seus efeitos, entretanto, o efeito não é um fortalecedor de comportamento, mas um supressor dele. Ou seja, as punições possuem a ideia de redução na frequência de um comportamento. Punição Positiva: é a adição de um estímulo aversivo dentro do ambiente. Exemplo: Um aluno que não se comportou bem durante a aula (comportamento), no intervalo terá que ajudar na cozinha da escola, lavando os pratos, por exemplo (estímulo). Punição Negativa: é a remoção de um estímulo agradável no ambiente. Exemplo: Um aluno que não se comportou bem durante a aula (comportamento), ficará sem intervalo (estímulo). Contingência: Qualquer relação de dependência entre entre eventos comportamentais. Reforçadores primários: eventos reforçadores sem que nenhuma aprendizagem tenha ocorrido. Satisfazem as necessidades primárias de uma espécie. Como exemplos temos: alimento, água, sexo e afeto. Exemplo: Um copo de água (reforçador primário) para uma pessoa com sede. Reforçadores secundários: são reforçadores que adquirem essa função ao terem sido associados a outros reforçadores primários. É quando um estímulo se repete e se obtém uma resposta dele. Exemplo: Obter uma nota 10 após ter estudado por bastante tempo. 5 Reforçadores Generalizados: são reforçadores que adquirem essa função ao terem sido associados a muitos outros reforçadores. Exemplo: Ganhar mais dinheiro ao trabalhar mais horas. Esquemas de reforçamentos: Reforçamento contínuo: É quando se reforça cada resposta desejada. Toda a resposta correta é recompensada de alguma maneira e de forma sistemática, mesmo intervalo de tempo ou razão. Exemplo: Toda vez que um funcionário realiza determinada tarefa, ganha um valor extra. Reforçamento intermitente: É quando o reforçamento ocorre apenas algumas vezes. Os esquemas de razão e intervalo são arranjos ou combinações do reforçamento intermitente e são administrados de forma fixa ou aleatória. Exemplo: Uma criança ganha presente a cada 3 notas 10. Reforçador de Razão: a cada N respostas desejadas, um número pré-fixado de respostas esperadas, é dada uma recompensa. Reforçador de Intervalo: a cada passagem de tempo T pré-definido é dada uma recompensa. Reforçador Fixo: é um reforçador de esquema fixo, de razão ou intervalo. Exemplo 1: os trabalhadores agrícolas são pagos para cada cesta de frutas que eles colhem. Exemplo 2: Um trabalhador ganha uma comissão por cada terceira venda que faz. Reforçador Aleatório: são reforços feitos em momentos inesperados, ou seja, de forma aleatória. Efeitos dos Esquemas sobre a Aquisição: Os reforçamentos contínuos parecem influenciar em uma aprendizagem inicial mais rápida.Por outro lado, os reforçamentos intermitentes têm efeitos mais lentos e de forma aleatória nas respostas. 6 Efeitos da Extinção: É o tempo que um organismo leva para parar de responder quando um reforçamento recebido por um determinado comportamento não acontece mais. O tempo de extinção varia de acordo com o tipo de reforçamento, por exemplo: no caso do reforçamento contínuo, a aprendizagem ocorre mais rapidamente do que no reforçamento variável, no entanto, a extinção também ocorre mais rapidamente quando o reforçamento contínuo é retirado do que no caso de ser retirado o reforçamento variável. Recuperação Espontânea: é a recuperação de forma espontânea de uma resposta após um período de extinção de determinado reforçamento, quando o organismo é posto na mesma situação anterior onde recebia os estímulos. Esquecimento: É um processo lento, que resulta da cessação de uma resposta, em que não ocorre a recuperação espontânea quando o organismo é posto na mesma situação. Ocorre com a passagem do tempo, quando não há repetição do comportamento. Modelagem: é uma técnica utilizada para fazer com que animais façam determinadas coisas que não fazem parte de seu repertório natural. Utilizando aproximações sucessivas é possível fazer um pombo girar 360º, por exemplo. Encadeamento: É a ligação de sequências de respostas na aprendizagem operante. Envolve sequências de respostas diferentes. É por meio desse encadeamento de comportamentos simples a outros comportamentos que levará a comportamentos mais complexos Desvanecimento: É o processo que envolve tanto a generalização quanto a discriminação. Generalização: É a capacidade do indivíduo de produzir respostas similares em situações diferentes, acontece quando emitimos respostas a novas situações com base em nossos conhecimentos prévios. Discriminação: Produz respostas diferentes em situações similares e discriminavelmente diferentes. Categorias de Reforçadores: Os reforçadores aumentam a probabilidade da ocorrência de determinada resposta e podemos identificá-los em 5 categorias: 7 1) Consumíveis - Categoria em que os alimentos podem ser alocados como por exemplo: Doces, refrigerantes, sorvetes, ... 2) Manipuláveis - Categoria em que itens manipuláveis de interesse do indivíduo são considerados, como por exemplo: bonecas, carrinhos de brinquedo, bolas, … 3) Visuais e Audíveis - Categoria que engloba recursos visuais e audíveis, como por exemplo: Sirenes, músicas, … 4) Sociais - Categoria que são alocadas às expressões de satisfação em relação a determinado comportamento, como por exemplo: Bom trabalho, contínuo assim, .... 5) Fichas - Categoria que engloba recursos que podem ser trocados por algo de valor. Por exemplo, pais que estabelecem uma pontuação de acordo com as boas ações, consideradas por esses Pais, e que o filho pode trocar por algo de seu interesse. Referências BEHAVIORISMO - A Diferença entre Reforçadores e Punições (COM EXEMPLOS). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=9zubNoe5SxA>. Acesso em 11/04/2021 às 13h. Condicionamento Operante x Respondente (clássico): Diferenças. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8EvbMC7Shrc>. Acesso em 11/04/2021 às 11h. MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária LTDA, 1999. ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. Unidade: Behaviorismo. Disponível em: <https://arquivos.cruzeirodosulvirtual.com.br/materiais/grad_dist/marketing/psi_comportame nto/unidadeII/aprender_a_conhecer_un2.pdf>. Acesso em 11/04/2021. https://www.youtube.com/watch?v=9zubNoe5SxA https://www.youtube.com/watch?v=8EvbMC7Shrc https://arquivos.cruzeirodosulvirtual.com.br/materiais/grad_dist/marketing/psi_comportamento/unidadeII/aprender_a_conhecer_un2.pdf https://arquivos.cruzeirodosulvirtual.com.br/materiais/grad_dist/marketing/psi_comportamento/unidadeII/aprender_a_conhecer_un2.pdf 8 TEORIA DE ROGERS Teoria Humanista de Rogers: aponta a importância da relação da pessoa e do terapeuta, que são iguais e não possuem relação de hierarquia. Leva em conta os sentimentos e as emoções, entendendo a pessoa como um todo. Visa à aprendizagem da pessoa inteira, uma aprendizagem que transcende e abrange as aprendizagens cognitiva, afetiva e psicomotora. Abordagem Centrada na Pessoa: para esta teoria, todo o organismo é movido por uma tendência atualizante a partir da qual desenvolve suas potencialidades. O indivíduo supera continuamente os seus estados atuais em direção à atualização de suas potencialidades. Tendência Atualizante: todo organismo é movido por uma tendência inerente para desenvolver as suas potencialidades e para desenvolvê-las de maneira a favorecer sua conservação e seu enriquecimento. Esse desenvolvimento é indicado pela experiência organísmica deste indivíduo, pelas reações de um todo organizado que, segundo Rogers, são dignas de confiança. Essas reações, por sua vez, são inerentes a cada momento, de forma que ocorrem no fluxo do tempo e não, de forma estagnada. Ensinar: Para Carl Rogers, ensinar é uma atividade relativamente sem importância e vastamente supervalorizada, associada à ação de instruir e comunicar conhecimento. Ensinar é permitir alimentar a curiosidade do estudante e relaciona-se com o propósito de ensinar ao estudante a aprender a maneira de aprender. Aprendizagem: É aquela insaciável curiosidade que leva uma pessoa a absorver tudo o que pode ver, ouvir ou ler sobre algo que desperta seu interesse, ou necessidade. Curiosidade, descoberta. Envolve sentimentos e significados pessoais. O ser humano possui aptidões naturais para aprender. Aprendizagem do homem como um todo: é a aprendizagem significante, envolvendo ambos os lados do cérebro (esquerdo e direito). Combina o lógico e o intuitivo, o intelecto e os sentimentos, o conceito e a experiência, a ideia e o significado. Ocorre em grande parte através da ação. 9 Exemplo: Estudar o conceito de destilação fracionada e realizar a prática de separar o sal da água. Aprendizagem do Pescoço para Cima: é uma aprendizagem que envolve apenas a mente, não envolve sentimentos ou não tem significado pessoal, não tem relevância para a pessoa integral. Exemplo: Decorar as capitais de todos os países do mundo. Para mim, será um aprendizagem temporária, logo esquecerei as capitais. Aprendizagem significante: Envolve os sentidos e as emoções. Há envolvimento pessoal e experiencial. É autoiniciada (vem de dentro) e difusa (faz diferença nas atitudes). A aprendizagem significativa combina o lógico e o intuitivo, na pessoa integral. Exemplo: Uma criança que aprende a somar 3 mais 4 e percebe esse resultado ao juntar seus 3 bonecos com seus 4 carrinhos. Self: imagem que o indivíduo cria de si próprio, baseada em experiências passadas, estimulações presentes e expectativas futuras. É uma condição consciente e reflexiva de si. Self real: o que de fato o sujeito vivencia, o que realmente é, o indivíduo percebe esta imagem de si mesmo como sendo atual. Self ideal: é a visão ideal de si mesmo, as características que o indivíduo desejaria ter. Autorrealização: a autorrealização ocorre quando o indivíduo está em um estado de congruência, ou seja, como a pessoa gostaria de ser é congruente com seu comportamento real a sua autoimagem. O Dilema: é a preferência da maior parte dos educadores pela aprendizagem significante e a realidade escolar em que nós, educadores, nos colocamos numa abordagem curricular tradicional e convencional. Exemplo: Vontade de professor em contextualizar determinado conteúdo e então faz o uso de exercícios contextualizados envolvendo jogos onlines para crianças que não dispõem de celular e nem acesso a internet.10 O Saldo: é enxergar o brilho nos olhos dos estudantes após a descoberta de algo novo, um conhecimento que lhe enche e ilumina a vida. Isso faz o professor reconhecer que todo esforço vale a pena, é o saldo, nesse caso positivo, do trabalho realizado. Facilitação da aprendizagem: É liberar a curiosidade do estudante e permitir que os indivíduos busquem novas direções na busca de seus próprios interesses. Instigar a exploração e o questionamento. Qualidades que Facilitam a Aprendizagem: Autenticidade, Apreço, Aceitação e Confiança Autenticidade: é a qualidade do professor ser verdadeiro, sendo ele próprio e não negando a si mesmo. Um ser passível de erro e em situação de aprendizagem. Se encontra direta e pessoalmente com o estudante, numa base de pessoa para pessoa. Exemplo: Em caso da turma estar inquieta, pedir que parem a conversa pois ele não consegue trabalhar nesse barulho. Ele que não consegue trabalhar nesse ambiente. Apreço, Aceitação e Confiança: é apreciar o estudante, seus sentimentos, suas opiniões e sua pessoa. É um carinho especial pelo aluno. É aceitar esse indivíduo como uma pessoa separada, que tem valor por si mesma. É acreditar que essa pessoa é digna de confiança. Exemplo: Aceitar o aluno como ele é, com seus erros e acertos, o entendendo como ser humano imperfeito. Defesa: Como eu me enxergo, como eu vejo a minha vida. São os mecanismos de auto- defesas, de forma a não estar totalmente aberto para o outro. Compreensão empática: Compreender internamente as reações do estudante. Significa a capacidade de penetrar no universo do outro, os seus sentimentos, as suas emoções, com valor próprio. A compreensão empática faz com que o aluno se sinta acolhido ao invés de julgado ou avaliado. Congruência: refere- se a autenticidade do facilitador. É a capacidade do facilitador mostrar- se como uma pessoa real, sem máscara na relação com o aluno. 11 Autoavaliação: A pessoa assume a responsabilidade de decidir quais os critérios importantes para si na aprendizagem experiencial. Professor facilitador: O professor que tem uma escuta sensível aos interesses do aluno e valoriza a afetividade. O professor leva o aluno a aprender a aprender. O professor facilitador tem as características da autenticidade, apreço e empatia. O aluno: cada aluno é um ser único, tanto no que diz respeito no seu interior, como em sua reflexão sobre o mundo e suas aprendizagens. Deve ser estimulado na sua curiosidade de aprender a aprender para construir o conhecimento de forma produtiva. Uso de contratos: O aluno tem autonomia para decidir o que é do seu interesse, dentro dos limites institucionais, onde o acordo deve ser bom para ambas as partes. Assim, o professor facilitador deve fazer contratos com os estudantes, nos quais estes estabeleçam seus objetivos e seus planos. Isto os ajuda a estabelecer metas que orientem o caminho a percorrer, e são úteis para solucionar dúvidas, reduzindo a insegurança do aluno. Referências ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. MAIA, C. M.; GERMANO, I. M. P.; MOURA JR, J. F. Um diálogo sobre o conceito de self entre a abordagem centrada na pessoa e psicologia narrativa. Rev. NUFEN [online]. 2009, vol.1, n.2 [citado 2021-07-20], pp. 33-54 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S217525912009000200004&ln g=pt&nrm=iso>. ISSN 2175-2591>. Acesso em 20/07/2021 às 21h. MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária LTDA, 1999. 12 TEORIA DE PIAGET Teoria da Epistemologia Genética: Estuda o desenvolvimento da inteligência e a construção do conhecimento. Piaget definiu, a partir da perspectiva da biologia, como o sujeito passaria de um conhecimento menor anterior para um nível de maior conhecimento. Explica o desenvolvimento da inteligência, tendo como conteúdo básico a ação do sujeito que interage com os objetos, construindo, a partir dessas ações, formas e/ou estruturas de inteligência que lhe permitem, cada vez mais, adaptar-se ao mundo em que vive. Assimilação: responder a situações usando atividades ou conhecimentos já aprendidos ou que estão presentes no nascimento. A resposta ao objeto ou a situação requer uma mudança de esquema. Assimilação é uma interpretação do mundo, assimilando algumas informações e deixando outras de lado. É reagir com base em aprendizagem e compreensão prévias. Exemplo: o esquema de sugar permite ao bebê assimilar o mamilo ao comportamento de sugar. Acomodação: Implica na mudança de compreensão. As estruturas mentais se modificam, dando conta da singularidade do objeto. É quando ocorre alguma mudança no comportamento em função de uma determinada situação. Adaptação: No processo de adaptação ocorre a interação do indivíduo com o ambiente, onde ocorre assimilação dos aspectos do ambiente nos esquemas cognitivos, modificando esses esquemas em relação ao ambiente. Equilibração: Quando as estruturas que o sujeito já construiu não lhe permitem assimilar um novo objeto de conhecimento, isto é, determinado objeto é resistente, provoca uma perturbação no sujeito, o desequilíbrio é desencadeado. É o equilíbrio que leva ao balanço dos processos de assimilação e acomodação. É a estabilidade da organização mental que dá conta do conhecimento, é um processo dinâmico. A equilibração, portanto, é o processo pelo qual se formam as estruturas cognitivas, conduzindo a novos estados de estruturas superiores. 13 Invariantes Funcionais: São a Assimilação e a Acomodação, pois não mudam ao longo do desenvolvimento. Imitação: A imitação leva a modificação de comportamento de acordo com as demandas que lhe são impostas pelo seu desejo de ser algo que não são. Imitação diferida: é a capacidade de imitar coisas e pessoas que não estão presentes no momento. Aqui a criança já interiorizou a representação daquilo que está sendo imitado. Interiorização: Processo no qual atividades e eventos do mundo real adquirem representação mental. Inteligência: A inteligência existe na ação. É um processo de adaptação ( interação com o ambiente assimilando seus aspectos à estrutura cognitiva). É uma organização de processos que permite um nível de conhecimento mais complexo. Estruturas Mentais/Estruturas cognitivas: Estágio sensório-motor (0 a 2 anos): Nos primeiros dois anos de vida, as crianças entendem as coisas devido, principalmente, a sensações que elas lhe causam (daí o termo sensório) e a suas ações em relação a essas coisas (motora) e as características mais marcantes no comportamento estão ligadas a ausência de linguagem e da representação interna. É a inteligência prática, onde a criança não emprega a linguagem, mas suas ações e percepções. O conceito de objeto: neste estágio, os bebês ainda não adquiriram o conceito de objeto, quando os objetos não são sentidos, deixam de existir. Por volta de 1 ano de idade, procuraram pelos objetos dos quais lembram de ter visto em ocasiões anteriores. Exercitando reflexos: Neste estágio, ocorre um aperfeiçoamento e elaboração de um pequeno repertório de esquemas e reflexos. Aquisições aos 2 anos: desenvolvimento da capacidade de simbolizar e comunicar, o desenvolvimento do conceito de objeto, a crescente capacidade da criança em coordenar 14 atividades separadas e uma aquisição final é o reconhecimento das relação entre causa e efeito. Pensamento pré-operacional (2 a 7 anos) : É o estágio da representação, onde a criança organiza suas representações num todo coerente. Marca uma acentuada melhora no entendimento da criança sobre o mundo e é comum a divisão em dois subestágios: preconceitual e intuitivo. É a entrada na criança no mundoda moralidade, dos valores, das regras e das virtudes. É a fase do egocentrismo na criança, onde ela tem dificuldade de compreender o ponto de vista do outro. Neste estágio há o egocentrismo intelectual, onde o raciocínio da criança procede por analogias, por transdução, pois lhe falta a generalidade do raciocínio lógico. Pensamento Preconceitual (dos 2 aos 4 anos): caracterizado pela capacidade da criança de representar objetos internamente e identificá-los com base na sua inclusão em classes, entretanto reage a objetos semelhantes como se fossem idênticos. Outra característica do pensamento infantil no estágio Preconceitual é de que ele é transdutivo. Pensamento Intuitivo (dos 4 aos 7 anos): nesta etapa as crianças já atingiram uma compreensão mais completa dos conceitos e não raciocinam de modo transdutivo, o papel desempenhado pela percepção é provavelmente a característica mais notável desse período. O papel da percepção é evidente na falta de conservação da criança, no pensamento egocêntrico e nas dificuldades com os problemas de classificação. A intuição é uma espécie de ação realizada em pensamento, é o pensamento imagístico de caráter simbólico. Conservação: neste estágio, a criança não tem noção de conservação, ela não acredita que pode haver diferentes configurações do mesmo objeto. Egocentrismo: neste estágio, a criança demonstra uma dificuldade em aceitar o ponto de vista do outro. Problemas de classificação: Neste estágio, as crianças compreendem os objetos com base na sua inclusão na classe, entretanto não compreendem como as classes podem ser inseridas em categorias mais amplas. Estágio operatório concreto(7 a 12 anos): Nesse estágio, as crianças fazem uma transição importante, de um pensamento pré-lógico para um pensamento mais regulado por regras. A 15 criança faz uso da capacidade operatória, a partir de objetos que ela consiga manipular ou de situações que ela possa vivenciar. Classificação: com as propriedades lógicas do pensamento que definem as operações, as crianças adquirem habilidades para trabalhar com classes, números e séries. Seriação: as crianças adquirem a capacidade de ordená-los em séries e estabelecer correspondências entre diferentes séries. Número: também nessa etapa as crianças têm a capacidade de lidar com números, é um resultado lógico da classificação e seriação. Estágio operatório formal ( 12 anos em diante): A criança trabalha com hipóteses, aplica a sua lógica a contextos hipotéticos. Chega a conclusões a partir de hipóteses, sem ter a necessidade de manipulações e observações reais. Aparecem novas estruturas intelectuais e os variantes cognitivos. Pensamento reversível. As operações se desligam progressivamente do plano da manipulação concreta. Referências CAETANO. Luciana Maria. A Epistemologia Genética de Jean Piaget. Revista Com Ciência. Versão online. n. 120, Campinas. Disponível em: <http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151976542010000600011& lng=es&nrm=iso>. Acesso em 26/06/2021 às 13h. ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária LTDA, 1999. 16 TEORIA DE AUSUBEL Teoria Cognitivista: Na teoria Cognitivista de David Ausubel, a aprendizagem é a organização e a integração de material na estrutura cognitiva do sujeito. No processo de ensino, a aprendizagem significativa acontece quando as informações interagem e ancoram- se nos conceitos relevantes já existentes na estrutura do aluno. Aprendizagem significativa: uma nova informação interage com uma estrutura de conhecimento específica (subsunçor). A nova aprendizagem ancora-se em estruturas cognitivas preexistentes. Há uma hierarquia conceitual no armazenamento de informações na mente humana. Subsunçor: É uma estrutura de conhecimento específica, que é capaz de servir para favorecer novas aprendizagens, podendo servir de "âncora" para um novo conhecimento que se relaciona a esse subsunçor. Armazenamento de informação: Altamente organizada e de forma hierárquica conceitual, onde elementos mais específicos de conhecimentos são relacionados e assimilados a conceitos e proposições mais gerais. Aprendizagem mecânica: Ocorre a aprendizagem de novas informações com pouco ou nenhuma interação entre a nova informação e aquelas já armazenadas, ficando arbitrariamente distribuído na estrutura cognitiva, não se relacionando a conceitos subsunçores específicos. Aprendizagem mecânica para gerar subsunçores: Se a área de conhecimento é totalmente nova para o indivíduo, torna-se necessária a aprendizagem mecânica, até que alguns elementos de conhecimentos relevantes a novas informações da mesma área, existam na estrutura cognitiva, podendo assim servir de subsunçor. Formação de conceitos: É característica na criança em idade pré-escolar, ocorre aquisição natural de ideias genéricas por meio da experiência empírico-concreta. Ocorre por descoberta 17 e consiste essencialmente em abstração de aspectos característicos e comuns de uma classe de objetos ou eventos que varia contextualmente. Assimilação de conceitos: Forma pela qual crianças mais velhas e os adultos, adquirem novos conceitos pela recepção de seus atributos criteriais e pelo relacionamento desses atributos com ideias relevantes existentes na estrutura cognitiva do sujeito. Este processo envolve a relação, de modo substantivo e não-arbitrário, de ideias relevantes na estrutura cognitiva com o conteúdo potencialmente significativo. (Reescrever) Não-arbitrária: O novo conhecimento não se relaciona com qualquer conhecimento presente na estrutura cognitiva do indivíduo e sim com conhecimentos específicos relevantes para a aprendizagem do novo conhecimento (os subsunçores). Substantividade: É a substância do novo conhecimento que é incorporada à estrutura cognitiva do sujeito, não as palavras precisas usadas para expressá-las, o sujeito pode expressar o novo conhecimento de diferentes maneiras, equivalentes em termos de significados. Aquisição de conceitos: Ocorre por meio de aprendizagem receptiva não é um processo passivo de internalização, é caracterizada por um processo ativo de interação com os conceitos já adquiridos. Quanto mais ativo for esse processo, mais significativos e úteis forem os conceitos. Organizadores prévios: são recursos didáticos, uma estratégia que o professor poderá elaborar. Assim, o conteúdo é apresentado de forma a, deliberadamente manipular a sua estrutura cognitiva para que o novo conceito seja formado a partir de conceitos já existentes. A estratégia procura apresentar o novo conceito a partir da sua ideia mais geral e depois ir detalhando-o, retornando ao conceito geral sempre que possível. Esses organizadores facilitam a incorporação e longevidade do material aprendido significativamente, pois se apoiam em conceitos já existentes na estrutura cognitiva do aprendiz. O novo material se torna familiar e significativo para o aprendiz, mas os conceitos já existentes são selecionados e utilizados de forma integrada. 18 Condições para aprendizagem significativa: O material deve ser potencialmente significativo ao sujeito e o sujeito deve estar disposto para relacionar o material de maneira substantiva e não-arbitrária. Material potencialmente significativo: A aprendizagem significativa tem como uma das necessidades que o material proposto tenha a capacidade de se relacionar com a estrutura cognitiva do aluno de forma não-arbitrária e substantiva. Também devem estar disponíveis os conceitos subsunçores específicos na estrutura cognitiva do aprendiz com os quais o material possa se relacionar. Disposição do sujeito:Outra condição para a aprendizagem significativa, é que o sujeito esteja disposto a relacionar o material de forma substantiva e não-arbitraria, caso não haja a disposição, não importa o quão potencialmente significativo seja o material, tanto o processo de aprendizagem quanto o produto serão mecânico ou sem significado. Assimilação: é a aquisição de novos conceitos pela recepção de seus atributos criteriosos e pelo relacionamento desses atributos com ideias relevantes já estabelecidas em sua estrutura cognitiva. Assimilação obliteradora: Ocorre quando na aprendizagem as novas informações tornam- se, espontânea e progressivamente, menos dissociáveis dos subsunçores (ideias-âncoras). O esquecimento facilita a aprendizagem no processo de assimilação. Aprendizagem superordenada: É quando na aprendizagem significativa acontece a elaboração dos conceitos subsunçores junto com a ocorrência de interações entre esses conceitos. Diferenciação progressiva: Na aprendizagem significativa, os conceitos são desenvolvidos, elaborados e diferenciados em sucessivas interações. As ideias mais gerais e mais inclusivas da disciplina devem ser apresentadas no início para irem sendo progressivamente diferenciadas. Trata da sequência natural de aquisição de conhecimento pelos seres humanos quando confrontados com algo inteiramente novo ou com um ramo ignorado de um corpo de conhecimento já adquirido e também porque esta ordem é como o conhecimento é representado, organizado e estocado no sistema cognitivo humano. As ideias mais inclusivas 19 e amplamente explicativas ocupam uma posição no ápice da pirâmide e englobam progressivamente as ideias menos inclusivas. Reconciliação integrativa: É a relação entre proposições e conceitos, a reconciliação de inconsistências reais ou aparentes na organização de um conteúdo. É a exploração da relação entre as ideias, apontar similaridades e diferenças importantes. O Princípio da Reconciliação Integrativa auxilia o professor na elaboração de uma aula expositiva porque estabelece as ligações entre ideias semelhantes assim como as suas diferenças, dando ao aluno uma visão global do assunto estudado, sem que este fique dividido em tópicos sem aparente relação entre eles. Aprendizagem por recepção: O que deve ser aprendido é apresentado ao aprendiz em sua forma final. Aprendizagem por descoberta: O conteúdo a ser aprendido é descoberto pelo aluno, os conceitos não são fornecidos, mas deve ser descoberto pelo estudante. Três tipos de aprendizagem: Representacional: É o tipo mais básico de aprendizagem significativa, nela o indivíduo consegue relacionar o objeto ao símbolo representado e os outros dois tipos de aprendizagem dependem dela. Esses símbolos são convencionais e permitem ao indivíduo conhecer e organizar o mundo exterior e interior. Exemplo 1: nomear, classificar e definir funções constituem exemplos de aprendizagem representacional. Exemplo 2: o conceito de bola e associa-se ao seu objeto. Conceitual: Os conceitos também são representados por símbolos particulares, entretanto são definidos como genéricos e categóricos, representados por símbolos particulares. Esses conceitos representam regularidades em eventos, situações ou propriedades e possuem atributos essenciais comuns que são designados por algum signo ou símbolo. 20 Exemplo: o conceito de bola e associa-se ao seu objeto (Representacional), como se pode também aprender o conceito de planta ou animal e a regularidade observada em vários animais que se conhece. Proposicional: É a forma mais complexa, não consiste em aprender significamente o que palavras isoladas ou combinadas representam, mas sim, aprender o significado de ideias em forma de proposição. Exemplo: ao se aprender o significado de uma proposição verbal, aprendemos primeiramente o significado de cada um dos termos componentes. Formas de Aprendizagem Significativa: Subordinada: Nesta forma, a nova aprendizagem adquire um significado quando interage com os subsunçores, e o novo material fica subordinado em relação à estrutura cognitiva. Exemplo: quando o conceito básico de mamífero está disponível e claro na estrutura cognitiva do aluno, fica mais fácil de apreender que a baleia e morcego pertencem ao mesmo grupo. Superordenada: Quando uma nova aprendizagem apresenta uma relação superordenada para a estrutura cognitiva do sujeito quando se acrescenta ou junta conceitos específicos presentes na estrutura cognitiva com um novo conceito mais abrangente e que possa subordinar os mais específicos ao conceito abrangente aprendido. Exemplo: quando o aluno aprende os conceitos de cão, gato, leão, baleia e morcego e percebe que eles podem ser agrupados sob um termo novo — mamíferos. Combinatória: Neste tipo, a aprendizagem significativa de um novo conhecimento exige uma interação entre vários conhecimentos já existentes na estrutura cognitiva, tendo alguns atributos criteriais, alguns significados comuns, mas não tem uma relação de subordinação e superordenação. 21 Exemplo: A maioria das generalizações que os alunos aprendem em Ciências, Matemática e Ciências Humanas constituem exemplos de aprendizado combinatório. Hierarquias conceituais: As informações no cérebro humano, se organizam na forma de hierarquia conceitual, onde os elementos mais específicos de conhecimento são ligados e assimilados a conceitos mais gerais. Referências BRUM, W. P.; SCHUHMACHER, E. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: revisão teórica e apresentação de um instrumento para aplicação em sala de aula. Revista Eletrônica de Ciências da Educação, Campo Largo, v. 14, n. 1, nov. de 2015. JESUS, Marcos Antonio Santos de. (et al). A Teoria de David Ausubel- o uso dos organizadores prévios no Ensino Contextualizado de Funções. Anais do VIII Encontro Nacional de Educação Matemática. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2004. ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária LTDA, 1999. 22 TEORIA DE VYGOTSKY Teoria Histórico-cultural: teoria que destaca o caráter social do ser humano. Os seres humanos criam a linguagem e numa relação dialética são capazes de abstrair e transmitir para as gerações futuras a cultura e a história. Para Vygotsky, o ser humano se caracteriza por uma sociabilidade primária. O comportamento da criança está enraizado no social, desde bebê. Dessa forma, certas categorias de funções mentais superiores (atenção voluntária, memória lógica, pensamento verbal e conceitual, emoções complexas) não poderiam emergir e se constituir no processo de desenvolvimento sem o aporte construtivo das interações sociais. Sujeitos culturais: os indivíduos se apropriam ativamente da produção cultural, recombina ativamente novos conhecimentos nas relações sociais. O sujeito se desenvolve na apropriação da experiência sócio- histórica. Instrumentos culturais: criação de instrumentos exteriores, auxiliares externos que são utilizados para a produção de mudanças internas( psicológicas). Por exemplo: a língua falada e escrita, os rituais, os modelos de comportamento mas obras de arte, os sistemas de conceitos científicos. Planos Genéticos, Origens/Entradas, do Desenvolvimento: Filogênese, Ontogênese, Sociogênese, Microgênese. Filogênese: História da espécie humana. Essa história define os limites e possibilidades de desenvolvimento da espécie. No caso da espécie humana, podemos andar mas não voar, o fato de termos as mãos livres nos proporciona lidar com objetos que necessitam de movimentos finos (lidar com pinças cirúrgicas, por exemplo). Nóstemos uma característica muito importante no desenvolvimento que é a plasticidade do cérebro, isso deve-se ao fato de sermos seres menos prontos ao nascer, e portanto abertos a adaptação ao que o ambiente vier a oferecer. 23 Ontogênese: História do indivíduo da espécie. Somos da espécie humana, nascemos, crescemos, nos reproduzimos em determinado ritmo de acordo com a nossa espécie. Sociogênese: História cultural do meio em que o indivíduo vive, no sentido das formas de do funcionamento cultural que interferem no funcionamento psicológico. Em um primeiro aspecto, a cultura funciona como um alargador das potencialidades humanas (o homem não voa, mas construiu o avião que voa) e num segundo aspecto, trata de como a cultura organiza as fases do desenvolvimento: fase de adolescência hoje na nossa cultura está mais estendida e uma categoria da terceira idade, como uma categoria que tem produtos especiais para ela, atividades voltadas para esse público, ou seja, é olhar da cultura sobre esse público. Microgênese: É o estudo específico de determinado fenômeno psicológico que ocorre com um indivíduo (avaliar a história desse fenômeno). Por exemplo, o que ocorre no desenvolvimento psicológico quando uma pessoa não sabe dirigir um carro e depois de certo tempo, passa a dirigir. É aqui que ocorre a singularidade de cada indivíduo, o fato de um desenvolvimento menos determinístico, dentro de uma mesma comunidade termos as diferenças. Funções Psicológicas Superiores: referem-se às experiências que são adquiridas durante a vida do sujeito por meio da sua relação com o mundo (natureza), com sua cultura, utilizando instrumentos e símbolos. São funções tipicamente humanas: controle consciente do comportamento, pensamento abstrato e raciocínio dedutivo são exemplos dessas funções. Internalização: Na internalização, o sujeito constrói internamente uma operação externa, acontecendo o desenvolvimento de fora para dentro. No contexto da sala de aula, a apresentação de um conceito científico ou sistematizado ocorre de modo explícito e deliberado. O professor, exercendo o papel social que lhe cabe e fazendo uso de instrumentos mediadores, apresenta um conceito ao aluno, ou melhor, apresenta a expressão particular de um conceito. O aluno, assumindo seu papel nessa relação social, começa a reconstruir o conceito de modo próprio, apreendendo os significados estáveis, convencionados, e os distintos sentidos que são possíveis nesse grupo social. Níveis Interpessoal e Intrapessoal Interpessoal: surge como resultado de uma atividade externa realizada com outras pessoas. 24 Intrapessoal: Passa a ocorrer internamente. Exemplos: Ao longo das experiências escolares, das interações com o professor e outros alunos, o aluno elabora e reelabora os conceitos, responde e aprende a aplicá-los em outras situações de interação do cotidiano ou da sala de aula, o que demonstra que a elaboração conceitual é uma produção social que tem origem na atividade humana. Mediação: Estabelece uma ligação entre uma coisa e outra. Portanto, a relação do homem com o mundo para Vygotsky não é uma relação direta, é uma relação mediada por instrumentos e signos. Além disso, a mediação pode ser vista em outras situações, como por exemplo: Exemplos: Quando a mãe diz pro filho não colocar o dedo no fogo de uma vela porque irá queimar o dedo, e a criança não coloca, não queimará o dedo. Essa foi uma situação em que a orientação da mãe serviu de mediação para que a criança não queimasse o dedo, a criança não precisou experienciar para aprender que não deve colocar o dedo no fogo. Portanto, isso é muito importante e no desenvolvimento dos seres humanos muitas aprendizagens são mediadas, por vivências de outras pessoas, pelo que foi escrito por outras pessoas. Ferramentas: São Instrumentos Materiais, instrumentos intermediários, que proporcionam interação com as coisas do mundo e com eles, existe a possibilidade transformação do ambiente externo. Exemplos: Machado, martelo, faca…. Signos: Atuam como Instrumentos Psicológicos é através deles que acontece a interação com as coisas do mundo, de forma simbólica (semiótica), geralmente abstrato no sentido que não age de forma concreta sobre os objetos, mas no campo simbólico, são constituídos nas relações sociais entre o indivíduo e o(s) grupo(s) em que está inserido. Com os signos, aparece uma característica que é tipicamente humana - a capacidade de representação mental - a possibilidade de transitar pelo mundo simbólico. 25 Exemplo: eu olho para uma cadeira e imediatamente sei que se trata de uma cadeira, isso devido a representação simbólica que eu tenho dentro da minha cabeça. Através dessas representações simbólicas eu posso pensar em coisas que estão em outros espaços. Linguagem/língua: É o principal instrumento de representação simbólica que o ser humano dispõe e a expressão linguagem, na perspectiva de Vygotsky, refere-se a língua mesmo (a fala), não a linguagem dos sinais como gestos, dança, expressões faciais,... . Todo grupo humano tem uma língua. A linguagem tem duas funções básicas: 1) Comunicação: é o uso da linguagem exclusivamente para a comunicação, com o objetivo de trocas. Esse tipo de linguagem já está presente em outras espécies de animais (os ruídos, por exemplo, com a intenção de alguma forma de comunicação). Na espécie humana, os bebês desde muito pequenos já emitem sons com o objetivo puramente comunicativo (não tem a intenção de passar alguma informação precisa), o choro por exemplo. 2) Pensamento Generalizante: é onde a língua se encaixa com o pensamento, ao fazer uso da linguagem implica a compreensão generalizada do mundo. Quando nomeamos alguma coisa, estamos fazendo um ato de classificação. Ao chamar um cachorro de cachorro, eu estou agrupando todos os animais dessa classe com o rótulo cachorro. Ao mesmo tempo, estamos distinguindo os outros objetos do mundo desse grupo (cachorro). Essa é uma capacidade puramente uma: temos a capacidade de abstrair, generalizar, utilizar a representação simbólica para classificar. O pensamento não é expresso em palavras, mas é por meio delas que ele passa a existir. Significado: é a primeira construção, uma construção mais coletiva. Depende da interação entre pensamento e linguagem. Sentido: ocorre através da internalização dos significados, é o sentido dado aos significados. Dessa forma, o sentido dado a determinados objetos depende de aspectos internos, como por exemplo: o sentido dado por uma pessoa a uma caneta que ganhou de uma pessoa especial. Atividade reprodutora: atividade humana vinculada a memória, através do qual a pessoa reproduz ou repete as experiências passadas. 26 Atividade produtora/criadora: é a capacidade que o cérebro humano tem de fazer novas combinações, além de fixar as experiências passadas. É a natureza criativa. Imaginação - é a capacidade de criação que todo ser humano possui, em maior ou menor grau, e é a base de toda criação cultural da humanidade. A relação entre dois mecanismos, Dissociação e Associação, é fundamental para essa atividade criadora. Dissociação: é a capacidade de extrair traços isolados de um conjunto complexo de impressões. Associação: é a união de traços isolados em um novo conjunto. Nível de desenvolvimento real (NDR): é o nível de desenvolvimento que a criança já chegou, ou seja, é olhar de forma retrospectiva, ver o que ela já sabe. Nível de desenvolvimento potencial (NDP): é o nível de desenvolvimento que a criança ainda não atingiu, mas que de alguma forma está próximo de ser alcançado. Identificamos esse nível ao perceber que a criança não consegue se relacionar com os objetos de forma autônoma, mas com a ajuda de uma pessoa mais experiente, ela consegue fazer relações com esses objetos. Zona de desenvolvimentoproximal: é onde o desenvolvimento está acontecendo no momento atual, é onde é permitido intervenções. São onde as funções estão presentes mas ainda não amadureceram. É um conceito muito importante para Vygotsky, para trabalhar o desenvolvimento dos alunos por exemplo, mas no entanto não é possível medir essa zona de desenvolvimento: ela muda de forma instantânea e de forma diferente em cada aluno. Exemplo: Na cozinha de uma residência com a presença de uma senhora de terceira idade e um adolescente, foi observada uma criança do sexo feminino com idade entre 2 e 3 anos. A situação deu-se da seguinte forma: a criança chegou um pouco irritada e lacrimejando na cozinha dizendo em voz alta “abre aqui! Abri aqui”, a tentativa frustrada de rasgar com os dentes a embalagem plástica de uma barrinha de chocolate a irritou bastante. 27 Na sequência, o adolescente que estava sentado à mesa do jantar pegou a barra de chocolate ainda lacrada e mostrou para a criança o local de abertura “abra aqui” na parte superior da embalagem e a incentivou a puxar e rasgar o plástico. Como a criança não sabia ler, provavelmente deve ter entendido que aquele componente ondulado na parte superior do pacote servia para puxar e abrir o enfardamento do chocolate. Dessa forma, ela rasgou a embalagem do chocolate/cereal e toda a irritação sumiu. Exemplo de nível de desenvolvimento real: quando a criança faz a solicitação de ajuda para abrir a embalagem, ou seja, ao perceber que não iria conseguir abrir o chocolate, a criança usou a habilidade do drama e suposto choro como ferramenta para adquirir auxílio na abertura do pacote. Exemplo do nível de desenvolvimento potencial: quando o adolescente mostra o local de abertura da embalagem para a criança, conduzindo-a a rasgar o plástico e enfim conseguir comer o chocolate. Assim, temos um exemplo claro de zona de desenvolvimento proximal, no qual se refere ao ato acontecido entre o drama criado pela criança (“NDR”) e a orientação feita pelo adolescente (“NDP”). Intervenção: destaca a importância da intervenção das outras pessoas no desenvolvimento de um indivíduo, mas o sujeito inserido nesse espaço de forma ativa, agindo no espaço, dialoga, traz a sua subjetividade, seu modo de ver o mundo e a sua própria história. Ao mesmo tempo, um sujeito não absorve informações de um ambiente que é passivo, absorve informações de um ambiente estruturado pela cultura. Exemplo: uma criança, mesmo sozinha brincando em uma areia com uma Patrola, retroescavadeira, Pás, … está brincando nesse ambiente estruturado pela cultura. Intervenção Pedagógica: é a intervenção de forma intencional para influenciar no desenvolvimento e é essencial. O sujeito depende dessas intervenções para se desenvolver adequadamente nos rumos que a cultura local deseja que o sujeito se desenvolva. Se desenvolver em uma sociedade que possui escola é completamente diferente do que se desenvolver em uma sociedade sem escola. Fala egocêntrica: é a fala pra si mesmo. Indica que está ocorrendo a apropriação da linguagem de fora para dentro, a comunicação entre as pessoas está sendo internalizada pela 28 criança para fazer parte dos seus instrumentos. Quando a criança fala sozinha, ela está falando pra ela mesmo o que precisa fazer para resolver determinado problema, usa a como suporte. Desenvolvimento: ocorre através da aprendizagem, ou seja, a aprendizagem é que promove o desenvolvimento e ocorre de fora para dentro. Portanto, o caminho do desenvolvimento está em aberto, aspectos da cultura irão intervir no desenvolvimento e também a sua própria interface com as coisas do mundo irão influenciar no desenvolvimento. O jogo: (de papéis, de faz de conta). É muito importante para o desenvolvimento da criança principalmente pelas regras do jogo e por puxar a criança para diante da fase em que se encontra. Por exemplo, quando uma criança brinca de ser professor(a), nessa brincadeira existem regras do mundo adulto que fazem parte desse faz de conta, então a criança está sendo puxada para o mundo adulto ao tentar ser um professor ou uma professora. No jogo a criança pode se relacionar com o significado das coisas e não com o objeto, por exemplo: uma criança pode pegar uma pedra e dizer que é um boi e brincar de ter uma fazenda. Isso é fundamental para ela iniciar a relação com o mundo dos significados, simbólico. Então, começa nesse mundo representacional, utilizando os significados, a língua e as relações entre pensamento e linguagem. Referências Aula Psicologia Historico-Cultural. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=1FB_IBLAQYo>. Acesso em 10/07/2021. COELHO, Edgar Pereira (org). Lev Semenovitch Vygotsky. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. Coleção grandes educadores Lev Vygotsky. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=T1sDZNSTuyE>. Acesso em 12/07/2021. FREITAS, M. T. A pesquisa de abordagem histórico-cultural: um espaço educativo de constituição de sujeitos. Juiz de Fora: EDUFJF, 1998, p. 21 – 34. MORAIS, Alessandra de; SASSO, Bruna Assem. Diferentes tendências em pesquisas sobre a fala egocêntrica: análises de produções brasileiras. RELIN, São Paulo, v.24, n.1, 2016. DOI: 10.17851/2237-2083.24.1.187-223. Acesso em 02/07 às 19:30. https://www.youtube.com/watch?v=1FB_IBLAQYo https://www.youtube.com/watch?v=T1sDZNSTuyE 29 ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. LEV VYGOTSKY E ALGUNS DE SEUS CONCEITOS. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/lev-vygotsky-alguns-seus- conceitos.htm.> Acesso em 11/07/2021. SILVA, Andréia Kelly Araújo da. Pensamento, linguagem e aprendizagem: reflexões sobre a teoria Vigotskyana e a formação docente. II Seminário Internacional de representações sociais, subjetividade e educação. PUC Paraná, Curitiba, 2013. Acesso em 18/06/2021 às 20h. VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e Linguagem. Edição eletrônica Ridendo Castigat Mores. Versão para eBook. Fonte digital. Acesso em 20 de junho às 15h. Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): Conceito fundamental para a prática pedagógica. Disponível em: <https://psicoativo.com/2017/12/zona-de-desenvolvimento-proximal- conceito explicado.html>. Acesso em 12/07/2021. https://educador.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/lev-vygotsky-alguns-seus-conceitos.htm https://educador.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/lev-vygotsky-alguns-seus-conceitos.htm https://psicoativo.com/2017/12/zona-de-desenvolvimento-proximal-conceito%20explicado.html https://psicoativo.com/2017/12/zona-de-desenvolvimento-proximal-conceito%20explicado.html 30 TEORIA DE GARDNER Teoria das Inteligências Múltiplas: estudo do conjunto de competências intelectuais, a partir dos sistemas simbólicos construídos culturalmente (linguístico, lógico- matemático, musical, corporal, espacial e pessoal). Gardner ressalta a influência da cultura, pois a criança aprimorará as Inteligências que demonstrem ser mais eficazes no desempenho das atividades que são consideradas mais valiosas na sociedade em que ela está inserida. Para esta teoria, todos os seres humanos possuem potenciais diferenciados que devem ser explorados de forma a favorecer seu desenvolvimento. Inteligência: potencial biopsicológico de processar informações de determinada maneira para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos em um ou mais ambientes culturais. Símbolos: É toda a entidade, abstrata ou concreta, que pode representar outra. São entidades significativas através das quais os sujeitos processam o mundo em que vivem. Sistemas simbólicos: Conjunto inter-relacionado de símbolos. São sistemas de representação da realidade, socialmentedados. É um dos estágios de desenvolvimento das Inteligências, ocorrendo aproximadamente entre os 2 e os 5 anos de idade. A criança passa a manifestar as informações através de desenhos, danças, gestos, canções, frases. Produção simbólica: São entidades representacionais que transmitem um conjunto de significados, compartilhados na nossa cultura, podendo ser apreciados, transformados e modificados. Inteligências múltiplas: São as distintas competências intelectuais que operam de acordo com seus próprios procedimentos. Tem um caráter independente e operam de forma harmônica. Todos os seres humanos possuem essas Inteligências e são diferentes em suas qualidades e em suas limitações. São 9 as inteligências teorizadas por Gardner: 1) Lógico- matemática 2) Linguística 31 3) Espacial 4) Corporal-cinestésica 5) Interpessoal 6) Intrapessoal 7) Musical 8) Naturalista 9) Existencial Inteligência lógico-matemática: capacidade que o sujeito tem de analisar os problemas com lógica, realizar operações matemáticas e investigar questões de maneira científica. Exemplo são os economistas. Inteligência linguística: sensibilidade que o indivíduo tem para a língua falada ou escrita. Habilidade para aprender línguas, capacidade de usar a língua para atingir certos objetivos como convencer, agradar, estimular. Exemplos são os advogados, oradores, poetas, escritores. Inteligência espacial: consiste no potencial de reconhecer e manipular os padrões do espaço como os padrões de áreas mais confinadas. Capacidade de perceber formas e objetos,mesmo quando observados de ângulos distintos, conseguindo perceber e admirar a idéia de espaço. Exemplos são os engenheiros, marinheiros, geógrafos. Inteligência corporal-cinestésica: potencial que os sujeitos tem de fazer uso do corpo para resolver problemas e fabricar produtos. Exemplos são os atletas, artesãos, dançarinos. Inteligência interpessoal: capacidade nuclear de perceber distinções entre os outros e de compreender outras pessoas. Exemplos são os pais, professores, terapeutas, lideres religiosos. Inteligência intrapessoal: conhecimento dos aspectos internos de si mesmo, como discriminar os próprios sentimentos e emoções. Inteligência musical: habilidade que o indivíduo tem de atuação, composição e apreciação de padrões musicais, consegue se expressar por meio da música. 32 Inteligência naturalista: capacidade de reconhecer e classificar espécies na fauna e flora. Exemplo são os biólogos. Inteligência existencial: visão do ser como um ser integral, quando a pessoa percebe sua transitoriedade. Criatividade pedagógica: se vincula aos vários domínios a que pertencem os conhecimentos escolares e aos modos de fazer do professor. Diz respeito aos principais sistemas simbólicos que alicerçam os conhecimentos escolares e o modo de atuação do professor. A finalidade é a aprendizagem do aluno, ao acionar no aluno um complexo cognitivo formado pelas múltiplas inteligências. Referências ALMEIDA, Rodrigo da Silva( et al ). A Teoria das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner e suas contribuições para a educação inclusiva: construindo uma educação para todos. Cadernos de Graduação Ciências Humanas e Sociais. Alagoas, v. 4, n. 2, p.89- 106, Nov. 2017. GARDNER, Howard; CHEN, Jie; MORAN, Seana. Inteligências Múltiplas ao redor do mundo. São Paulo, ArtMed Editora, 2010. ISAIA, S. M. A. Cartografia Pedagógica. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática/Universidade Franciscana. Santa Maria/RS, 2021. MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária LTDA, 1999.
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