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SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO CAP. 5 – FUNDAMENTOS DO MÉTODO CLÍNICO EXAME CLÍNICO É parte fundamental do tripé da medicina moderna. Os exames laboratoriais e os equipamentos mecânicos ou eletrônicos dependem dos dados clínicos para serem aplicáveis ao paciente. É através dele que conseguimos atribuir importância a fatores imponderáveis ou não mensuráveis, sempre presentes nas decisões diagnósticas e terapêuticas. O Exame clínico engloba a anamnese e o exame físico, os quais compreendem partes que se completam. A anamnese inclui os elementos: • Identificação • Queixa principal • História da doença atual (HDA) • Interrogatório sintomatológico • Antecedentes pessoais e familiares • Hábitos de vida • Condições socioeconomicas e culturais O exame físico inclui os elementos: • Exame físico geral • Exame dos órgãos ou sistemas Para isso é necessário saber: • Posicionamento do examinador e do paciente • Conhecimento das regiões em que se divide a suuperficie corporal • Etapas da anamnese Posições do examinador e do paciente Para a anamense, o mais adequado é que o paciente sente-se em uma cadeira defronte à escrivaninha do médico. Para o Exame físico o paciente pode ficar em decúbito dorsal, latera ou ventral; posição sentada ou ortostática (em pé). A recomendação clássica para o examinador é que ele fique a direita do paciente, mas isso não é uma regra. Divisão da superfície corporal • Regiões da cabeça: frontal, parietal, occipital, temporal, infratemporal • Regiões da face: nasal, bucal, mentual, orbital, infraorbital, da bochecha, zigomática, paratideomassetérica • Regiões cervicais: cervical anterior, esternocleidomastóidea, cervical lateral, cervical posterior • Regiões torácicas: infraclavicular, mamária, axilar, external • Regiões do abdome: hipocôndrio, epigástrio, lateral (flanco), umbilical, inguinal (fossa ilíaca), púbica ou hipogástrico • Região perineal: anal, urogenital • Regiões do membro superior: deltóidea, braquial anterior, braquial posterior, cubital anterior, cubital posterior, antebraquial anterior, antebraquial posterior, dorso da mão, palma da mão • Regiões do membro inferior: glútea, femoral anterior, femoral posterior, genicular anterior, genicular posterior, crural anterior, crural posterior, calcânea, dorso do pé, planta do pé EXAME FÍSICO A inspeção, palpação, percussão e ausculta são os componentes clássicos. O paciente só se sente verdadeiramente “examinado” quando está sendo inspecionado, palpado, percutido, auscultado, pesado e medido, é o aspecto psicológico do exame físico. Respeito mútuo, seriedade e segurança são aspectos essenciais. FICHA CLÍNICA OU PRONTUÁRIO MÉDICO É um documento que pertence ao paciente, mas fica sob guarda do médico e/ou instituição, podendo o paciente fotocopiá-lo. É o principal instrumento de defesa para os profissionais médicos, logo, Bruno Henryque Marconato SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO é dever do médico registrar todo e qualquer atendimento. CAP. 6 – ANAMNESE ASPECTOS GERAIS É a parte mais importante da medicina, pois através dela é possível construir uma relação médico-paciente e o progresso técnológico só é bem utilizado se for considerado o lado humano. É ela quem define diagnóstico e terapia corretos (e também incorretos). Uma das principais causas da perda de qualidade d trabalho médico é a redução do tempo dedicado para a anamnese. As possibilidades e objetivos da anamnese são: • Estabelecer relação médico-paciente • Conhecer os determinantes epidemiológicos que influenciam no processo saúde-doença • Fazer a história clínca, detalhada e cronológica • Registrar e desencolver a promoção de saúde • Avaliar o estado de saúde do passado e presente do paciente, fatores pessoaos, familiares e ambientais • Conhecer os hábitos de vida do paciente, bem como condições socioeconômicas e culturais • Avaliar os sintomas de cada sistema corporal A anamense pode ser conduzida das seguintes maneiras: • Deixar o paciente relatar de forma livre, sem interferência, limitando-se a ouvi-lo • Anamnese dirigida, o médico conduz a entrevista de forma mais objetiva. Deve ter cuidado para não se deixar levar por ideiais preconcebidas • Deixar, incialmente, o paciente relatar de forma espontânea para depois conduzir de forma objetiva Qualquer que seja a técnica, os dados devem ser elaborados, ou seja, devem ser interpretados na tentativa de extrair significados do relato do paciente contribuindo com a história clínica. Recomendações práticas • Cumprimente o paciente, perguntando logo o nome dele e dizendo-lhe o seu. Não use termos como vozinho, vovô, mãezinha. • Demonstre atenção ao que o paciente está falando – procure identificar condições como sono, ansiedade, tristeza, hostilidade, confusão mental. • Conheça e compreenda as condições socioculturais do paciente • Perspicácia e tato são indispensáveis para obtenção de dados sobre doenças estigmatizantes ou que afetam a intimidade da pessoa • Ter cuidado para não sugestionar respostas • Sintomas bem investigados e mais bem compreendidos abrem caminho para um exame fisico objetivo. Só se acha o que se procura e só procura o que se conhece • Os dados de exames complementares nunca corrigem falhas e as omissões cometidas na anamnese • Laudos não são diagnósticos, são apenas laudos SEMIOTÉCNINCA DA ANAMNESE Inicia-se com perguntas do tipo: “o que o senhor está sentindo?” “Qual é o seu problema?” . Para auxiliar o paciente a relatar suas queixas o médico pode usar uma das seguintes técnincas: • Apoio: Dizer, por exemplo, “Eu compreendo”, “Entendo” • Facilitação: ações e palavras que encoragem. Balançar a cabeça Bruno Henryque Marconato SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO • Reflexão: repetição das palavras que o médico julgar mais importantes • Esclarecimento: se o paciente refere tontura o médico pode perguntar vertigem? Sensação desagradável na cabeça? • Confrontação: “Você diz que está tudo bem, mas por que está com lágrimas nos olhos?” • Interpretação: “Você parece preocupado com os laudos das radiografias que me trouxe” • Resposta empática: Palavras, gestos ou atitudes: colocar a mão sobre o braço do paciente, oferecer um lenço ou apenas dizer que compreende seu sofrimento. • Silêncio: há momentos que a melhor alternativa é permanecer em silêncio. Pode ser adequado quando o paciente se emociona ou chora. ELEMENTOS COMPONENTES DA ANAMNESE Identificação Nome, idade, sexo/gênero, cor/etnia (branca, parda, preta), estado civil, profissão, local de trabalho, naturalidade, procedência, residência, nome da mãe (útil para diferenciar pacientes homônimos), nome do responsável/cuidador e acompanhante, religião, filiação a órgãos e planos de saúde. Data da anamnese. Queixa principal O motivo que levou o paciente a procurar o médico. É uma afirmação breve e espontânea, geralmente um sinal ou um sintoma, nas próprias palavras do paciente. Pode ser uma anotação entre aspas. Procurar, quando possível, não aceitar rótulos diagnósticos. Se o paciente disser “Pressão alta” procurar estabelecer o sintoma subentendido nas próprias palavras do paciente. Quando o paciente já tem im diagnóstico de outra consulta isspo pode ser considerado Importante ressaltar que é um risco tomar os diagnósticos ao pé da letra dados pelo paciente. Se um paciente observa sangue nas fezes é compreensivel que ele suspeite de hemorróidas. Imperdoável é o médico aceitar isso sem realizar um exame anorretal. Sugestões para obter a QP: • Qual o motivo da consulta? • Por que o senhor me procurou? • O que o senhor está sentindo? • O queo está incomodando) História da Doença atual (HDA) É o registro cronológico e detalhado do motivo da QP, desde seu inicio até a data atual. Para obter uma boa HDA: • Deixe que o paciente fale sobre sua doença • Identifique o sintoma-guia • Descreva o sintoma-guia com suas caracteristicas e analise-o • Use o sintoma-guia como fio condutor • Não induza respostas • Apure a evolução, exames e tratamentos realizados em relação a doença atual • Resuma a história para o paciente, para que ele possa confirmar ou corrigir ou acrescentar algo Sintoma-guia é o sintoma ou sinal que caracteriza a HDA com facilidade, por exemplo: febre na malária, dor epigástrica na gastrite ou úlcera péptica. O estudante deve escolher como sintoma-guia a queixa de mais longa duração, o sintoma mais salientado pelo paciente ou tomar como sintoma-guia a “queixa principal”. Esquema para análise de um sintoma • Início (em que época? Súbito? Gradativo? Fator desencadeante?) Bruno Henryque Marconato SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO • Características do sintoma (localização, duração, intensidade, frequência, tipo) • Fatores de melhora ou piora (fatores ambientais, posição, atividade física ou repouso, alimentos ou medicamentos) • Relação com outras queixas • Evolução • Situação atual Interregatório sintomatológico (anamenese especial ou revisão de sistemas) É um complemento da HDA, útil para o acompanhamento da evolução do paciente e também realizar promoção da saúde. Antes de iniciar explique que será feito uma série de perguntas sobre todos os sitemas do corpo, mesmo que não relacionado com o sintoma-guia. Inicie cada sistema com perguntas gerais como: “Como estão seus olhos e visão?”. Pode ser sistematizado da seguinte forma: • Sintomas gerais ◦ Febre ◦ Astenia (fraqueza) ◦ Alterações do peso: perda ou ganho, quantos quilos, intervalo de tempo e motivo (dieta, estresse, outras condições) ◦ Sudorese ◦ Calafrios ◦ Cãibras • Pele e fâneros ◦ Alterações da pele: cor, textura, umidade, temperatura, sensibilidade, prurido, lesões ◦ Alterações dos fâneros: queda de cabelos, pelos daciais em mulheres, alterações nas unhas ◦ Promoção da saúde: Exposição solar (hora do dia, uso de protetor), cuidados com a pele e cabelos (bronzeamento artificial, pinturas) • Cabeça e pescoço ◦ Crânio, face e pescoço ▪ dor ▪ alterações do pescoço (dor, tumuraçÕes, alteraçÕes dos movimentos, pulsações anormais ◦ Olhos ▪ Dor ocular e cefaleia ▪ sensação de corpo estranho ▪ Prurido ▪ Queimação ou ardência ▪ Lacrimejamento ▪ Sensação de olho seco ▪ Xantopsia, iantopsia e clropsia (visão amarelada, violeta e verde) ▪ Diminuição ou perda da visão (uni ou bilateral, subita ou gradual, relação com intensidade de iluminação, visão noturna, usa óculos ou lente?) ▪ Diplopia: visão dupla, constante ou intermitente ▪ Fotofobia ▪ Nistagmo ▪ Escotomas: manchas ou pontos escuros no campo visual ▪ Secreção ▪ Vermelhidão ▪ Alucinações visuais ▪ Promoção da saúde: Uso de óculos ou lentes de contato, último exame oftálmico ◦ Orelhas ▪ Dor ▪ Otorreia: saída de secreção ▪ Otorragia: perda de sangue, relação com traumatismo ▪ Distúrbios da acuidade auditiva (total ou parcial, uni ou bilateral, súbita ou progressiva) ▪ Zumbidos ▪ Promoção da saúde: Aparelhos auditivos, EPIs, Bruno Henryque Marconato SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO exposição a ruídos ambientais, limpeza ◦ Nariz e cavidades paranasais ▪ Prurido ▪ Dor ▪ Espirros ▪ Obstrução nasal: Rinorreia; aspecto do corrimento (auoso, purulento, sanguinolento); cheiro ▪ Epistaxe: hemorragia nasal ▪ Dispnéia: falda de ar ▪ Hiposmia ou anosmia: diminuição e perda de cheiro ▪ Aumento do olfato ▪ Cacosmia: sentir mau cheiro, sem razão ▪ Parosmia: perversão do olfato ▪ Alterações da fonação: voz anasalada (rinolalia) ◦ Cavidade bucal e anexos ▪ Alterações do apetite ▪ Sialose: excessiva produção de saliva ▪ Halitose: mau hálito ▪ dor ▪ Ulcerações e sangramentos ▪ promoção da saúde: escovação de dentes e língua, último exame odontológico ◦ Faringe ▪ Dor de garganta: espontanea ou ao deglutir ▪ Dispnéia ▪ Disfagia: Dificuldade de deglutir ▪ Tosse: seca ou produtiva ▪ Halitose: mau hálito ▪ Pigarro: ato de raspar a garganta ◦ Laringe ▪ Dor ▪ Dispneia ▪ Alterações da voz: disfonia, afonia, voz lenta e monótona, voz anasalada ▪ tosse ▪ Disfagia ▪ Pigarro ▪ Promoção da saúde: cuidados com a voz (gargarejos, produtos utilizados) ◦ Tireoide e paratireoides ▪ Dor ▪ outras alterações: nódulos, bócio, rouquidão, dispneia, disfagia ◦ Vasos e linfonodos ▪ Dor ▪ Linfadenomegalias ▪ Pulsações e turgência jugular • Tórax ◦ Parede torácica ▪ Dor: relação com movimentos ▪ alterações na forma ▪ dispneia ◦ Mamas ▪ Dor: relação com a menstruação ▪ nódulos: localização, evolução e relação com o ciclo menstrual ▪ secreção mamilar: uni ou bilateral, espontânea ou provocada, aspecto de secreção ▪ Promoção da saúde: última mamografia/ultrassonografia (mulheres de 50 a 69 anos, bianual) ◦ Traqueia, brônquios, pulmÕes e pleuras ▪ Dor ▪ Tosse: seca ou com expectoração, frequencia, intensidade, tonalidade, relação com o decúbito, período em que predomina ▪ Expectoração: volume, cor, odor, aspecto e consistência. Mucoide, serosa, purulenta, mucupurulenta, hemoptoica ▪ Hemoptise: eliminação de sangue pela boca Bruno Henryque Marconato SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO ▪ Dispneia ▪ Chieira ▪ Cornagem: ruido pelo ar que passa pelas vias respiratórias altas reduzidas de calibre ▪ Estridor: respiração ruidosa, parecido com cornagem ▪ Tiragem: aumento da retração dos espaços intercostais ◦ Diafragma e mediastino ▪ Dor ▪ Soluço ▪ dispneia ▪ sintomas de compressão ▪ promoção da saúde: exposição a alergênicos (quais) ◦ Coração e grandes vasos ▪ Dor: dor isquêmica (angona do peito e infarto do miocárdio); dor da pericardite; dor de origem aórtica; dor de origem psicogênica ▪ Palpitações: percepção incômoda de batimentos cardiacos; tipo, sensação, horário, relação com exercicio, desparecimento, modo de instalação ▪ Dispneia ▪ Intolerância aos esforços ▪ Tosse e expectoração ▪ Chieira ▪ Hemoptise: diferenciar de epistaxe e hematemese ▪ desmaio e síncope ▪ Alterações do sono ▪ Cianose ▪ Edema ▪ Astenia ▪ Posição de cócoras: o paciente fica agachado, apoiando as nádegas nos calcahnares ▪ Promoção da saúde: exposição a fatores estressantes; último check-up cardiológico ◦ Esôfago ▪ Disfagia ▪ Odinofagia: dor retroesternal ao deglutir ▪ Dor: independente da deglutição ▪ Pirose: sensação de queimação retro esternal ▪ Regurgitação ▪ Eructação: relação com ingestão de alimentos ou com alterações emocionais ▪ Soluço ▪ Hematêmese: Vômito se sangue ▪ Sialose (sialorreia ou ptialismo): produção excessiva de saliva • Abdome ◦ Parede abdominal ▪ Dor ▪ Alterações da forma e do volume: crescimento do abdome, hérnias, tumorações ◦ Estômago ▪ Dor ▪ Náuseas e vômitos ▪ Dispepsia: conjunto de sintomas de desconforto epigástrico, empanzinamento, sensação de distensão por gases, náuseas, intolerância a determinados alimentos ▪ Pirose: sensação de quiemação retroesterna; ◦ Intestino delgado ▪ Diarreia: duração, volume, consistência, aspecto e cheiro das fezes ▪ Esteatorreia: aumento de gorduras excretadas nas fezes ▪ Dor: contínua ou em colícas ▪ Distensão abdominal, flatulência e dispepsia ▪ Hemorragia digestiva: em borra de café (melena) ou sangue vivo (enterorragia) Bruno Henryque Marconato SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO ◦ Cólon, reto e ânus ▪ Dor ▪ Diarreia ▪ Obstipação intestinal: duração, aspecto das fezes ▪ Sangramento anal: relação com a defecação ▪ Prurido: intensidade,horário ▪ Distensão abdominal ▪ Náuseas e vômitos ◦ Fígado e vias biliares ▪ Dor: continua ou em cólica ▪ Iciterícia ◦ Pâncreas ▪ Dor ▪ Icterícia ▪ Diarreia e esteatorreia ▪ náuseas e vômitos ▪ Promoção da saúde: uso de antiácidos, laxantes ou chás digestivos • Sistema geniturinário ◦ Rins e vias urinárias ▪ Dor ▪ alterações miccionais: incontinência, hesitacão, modificação do jato urinário, retenção urinária ▪ Alterações do volume e do ritmo urinário: oligúria, anúria, poliúria, disúria, noctúria, urgência, polaciúria ▪ Alterações da cor da urina: Turva, hematúria, hemoglobinúria, mioglobinúria, porfirinúria ▪ Alterações do cheiro da úrina ▪ Dor ▪ Edema ▪ Febre ◦ Órgãos genitais masculinos ▪ Lesões penianas: Úlceras, vesículas (herpes, sífilis, cancro mole) ▪ Nódulos nos testiculos: tumor, varicocele ▪ dor ▪ priapismo: Ereção persistente, dolorosa, sem desejo sexual ▪ Hemospermia: sangue no esperma ▪ corrimento uretral ▪ Disfunções sexuais: disfunção erétil, ejaculação precoce, ausência de ajaculação, anorgasmia, diminuição da libido, síndromes por deficiencia de hormonios ▪ Promoção as saúde: autoexame testicular, uso de preservativos, último exame prostático ou dosagem PSA ◦ Órgãos genitais femininos ▪ Ciclo menstrual: data da primeira menstruação, duaçao dos ciclos subsequentes ▪ Distúrbios menstruais: polimenorreia, oligomenorreia, amenorreia, hipermenorreia, hipomenorreia, menorragia, dismenorreia ▪ TPM: cólica, outros sintomas ▪ Hemorragias ▪ Corrimento: quantidade, aspecto, relação com as fases do ciclo menstrual ▪ Prurido ▪ disfunções sexuais: dispareunia, frigidez, diminuição da libido, anorgasmia ▪ Menopausa e climatério: idade em que ocorreu a menopausa, fogachos ou ondas de calor, insônia ▪ alterações endócrinas: amenorreia, síndrome de turner ▪ Promoção da saúde: ultimo exame ginecológico, papanicolau, uso de preservativo e terapia de reposição hormonal Bruno Henryque Marconato SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO • Sistema hemolinfopoético • Sistema endócrino • Sistema osteomuscular • Sistema nervoso Antecedentes pessoais e familiares Os antecedentes pessoais podem ser divididos em fisiológicos e patológicos. Antecedentes pessoais fisiológicos: • Gestação e nascimento • Desenvolvimento psicomotor e neural • Desenvolvimento sexual Antecedentes patológicos • Doenças da infância: sarampo, varicela, coqueluche, caxumba, doença reumática, amigdalites • Doenças do Adulto: pneumonia, hepatite, malária, pleurite, tuberculose, hipertensão arterial, diabetes, artrose, osteoporose, lítiase renal, gota, entre outras • Alergia • Cirurgias e outras intervenções: Anotar a intervenção, motivo, data e hospital onde foi realizada • Traumatismo: como foi e quais as complicações • Transfusões sanguíneas: número, quando, onde e por quê • História obstétrica: Gestações, partos, abortos, prematuros e cesarianas. Se for masculino, número de filhos, enfatizar a importância da paternidade • Vacinas • Medicamentos em uso: nome, posologia, motivo e quem prescreveu. Antecedentes familiares Menção do estado de saúde dos pais e irmãos do paciente. Em caso de falecimento, indagar a causa e a idade. Não esquecer de tios, avós e filhos. Pergunta-se sobre a existência de enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, câncer, doenças alérgicas, doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, dislipidemias, úlcera péptica, colelitíase e varizes. Se portador de doença hereditária, genealogia. Hábitos e estilo de vida Alimentação • consumo de carboidratos, proteinas, gorduras, fibras, bem como água e outros liquidos Ocupação atual e ocupações anteriores Atividades físicas • qual tipo de exercicio, frequência, duração e tempo que pratica Consumo de tábaco • Tipo, quantidade, frequencia, duração do vício e abstinência (já tentou parar de fumar) Consumo de bebidas alcoólicas • Tipo, quantidade, frequencia, duração do vício e abstinência “Nos últimos anos, tem sido amplamente praticado o chamado binge drinking ou heavy drinking (beber exageradamente), principalmente entre jovens. O binge drinking é definido como o consumo de cinco ou mais doses de bebidas alcoólicas em uma única ocasião por homens ou quatro ou mais doses de bebidas alcoólicas em uma única ocasião por mulheres, pelo menos uma vez nas últimas 2 semanas. Esse tipo de padrão de consumo de álcool expõe o bebedor a situações de risco, tais como danos à saúde física, sexo desprotegido, gravidez indesejada, superdosagem, quedas, violência, acidentes de trânsito, comportamento antissocial e dificuldades escolares, tanto em jovens como na população geral” Uso de anabolizantes e anfetaminas Consumo de drogas ilicitas Condições socioeconômicas e culturais • Habitação (rural ou urbana, moradia) • Condições socioeconomicas (renda mensal, situação profissional) • Condições culturais (religiosidade, tradições, crenças, mitos, medicina popular, escolaridade) • Vida conjugal e relacionamento familiar Bruno Henryque Marconato
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