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Conceito e Teorias da Soberania

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Unidade 3 – Soberania
Conceito: 
Soberania é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder.
Características:
· Una: não pode existir mais de uma autoridade soberana em um mesmo território;
· Indivisível: o poder soberano delega atribuições, reparte competências, mas não divide a soberania;
· Inalienável: não se aliene, não se transfere a outrem. O corpo social é uma entidade coletiva dotada de vontade própria, constituída pela soma das vontades individuais;
· Imprescritível: não pode sofrer limitação no tempo. Uma nação, ao se organizar em Estado soberano, o faz em caráter definitivo e eterno. 
Fonte do poder soberano:
· Para as teorias carismáticas do direito divino (sobrenatural ou providencial) dos reis: o poder vem de Deus e se concentra na pessoa sagrada do soberano.
· Para as correntes do fundo democrático: a soberania provém da vontade do povo ou da nação propriamente dita.
· Para as escolas alemã e vienense: a soberania provém do Estado, entidade jurídica dotada de vontade própria.
Teoria da Soberania Absoluta do Rei:
A teoria da soberania absoluta do rei começou a ser sistematizada na França, no século XVI, tendo como um dos seus mais destacados teóricos Jean Bodin, que sustentava: a soberania do rei é originária, ilimitada, absoluta, perpétua e irresponsável em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual. 
Firmou-se essa doutrina da soberania absoluta do rei nas monarquias medievais, consolidando-se nas monarquias absolutistas e alcançando a sua culminância na doutrina de Maquiavel.
Teoria da Soberania Popular:
A teoria da soberania popular teve como precursores Altuzio, Marsilio de Padua, Francisco de Vitoria, Soto, Molina, Mariana, Suarez e outros teólogos e canonistas da chamada Escola Espanhola. 
Reformulando a doutrina do direito divino sobrenatural, criaram eles o que denominaram de teoria do direito divino providencial: o poder público vem de Deus, sua causa eficiente, que infunde a inclusão social do homem e consequentemente a necessidade de governo na ordem temporal. Portanto, os reis não recebem o poder por ato de manifestação sobrenatural da vontade de Deus, mas sim da vontade popular.
Teoria da Soberania Nacional:
A teoria da soberania nacional ganhou corpo com as ideias político-filosóficas que fomentaram o liberalismo e inspiraram a Revolução Francesa. 
Esta teoria é radicalmente nacionalista. A nação é a fonte única do poder de soberania, o órgão governamental só o exerce legitimamente mediante o consentimento nacional.
Teoria da Soberania do Estado:
A teoria da soberania do Estado pertence às escolas alemã e austríaca, as quais divergem fundamentalmente da Escola Clássica Francesa. Seu expoente máximo, Jellinek, parte do princípio que a soberania é a capacidade de autodeterminação do Estado por direito próprio e exclusivo.
Escolas Alemã e Austríaca:
Para as escolas alemã e austríaca, lideradas, respectivamente, por Jellinek e Kelsen, que sustentam a estatalidade integral do Direito, a soberania é de natureza estritamente jurídica, um direito do Estado. Sustentam que só existe direito estatal, elaborado e promulgado pelo Estado, e negam a existência do direito natural e de toda normatividade jurídica destituída de forca de coação que só o poder público pode dar.
Teoria negativista da soberania:
Elaborada por Léon Duguit, essa teoria diz que a soberania é uma ideia abstrata e que não existe concretamente, o que existe é apenas a crença na soberania.
Teoria realista ou institucionalista:
A teoria realista ou institucionalista, modernamente, vem ganhando terreno em face das novas realidades mundiais. Segundo ela, a soberania é originária da Nação, mas só adquire expressão concreta e objetiva quando se institucionaliza no órgão estatal, recebendo através deste o seu ordenamento jurídico-formal dinâmico.
Logo, a soberania é originariamente da Nação (quanto à fonte de poder), mas, juridicamente, do Estado (quanto ao seu exercício).
Limitações:
A soberania é limitada pelos seguintes princípios:
· Direito natural: o Estado é apenas um instrumento de coordenação do direito. O direito positivo, que do Estado emana, só encontra conformidade quando se conforma com as leis eternas e imutáveis da natureza;
· Direito grupal: sendo o fim do Estado o bem comum, compete-lhe coordenar a atividade e respeitar a natureza de cada um dos grupos menores que integram a sociedade civil.
· Direito internacional: a soberania é limitada pelos imperativos de coexistência de Estado soberanos, não podendo invadir a esfera de ação das outras soberanias.

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