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Trabalho de geo e hist


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Aluna: Marisol 
Turma: 8ºA 
Professores: Rodrigo e Patrícia 
Trabalho de Geografia e História 
 
 
Estados	Unidos:	Da	formação	à	Guerra	de	
Secessão	
	
	
	
		
Introdução:	As	treze	colônias;	O	processo	de	independência	das	Treze	
Colônias	ocorreu	ao	longo	do	século	XVIII	e	teve	como	pano	de	fundo	as	
disputas	territoriais	entre	os	colonos	ingleses	e	franceses.Com	a	difusão	
das	ideias	iluministas	da	Europa	e	sua	mensagem	de	liberdade	política,	os	
colonos	entenderam	que	poderiam	dispensar	o	governo	britânico.	
	
•Independência	das	treze	colônias:.	
 
 A	formação	dos	Estados	Unidos	da	América	(EUA)	está	relacionada	à	
colonização	inglesa	na	América	do	Norte.	O	início	das	viagens	inglesas	para	o	
Novo	Mundo	se	deu	a	partir	de	meados	do	século	XVI.	Um	marco	da	
colonização	foi	a	chegada	do	navio	Mayflower	a	Massachusetts,	em	1620,	
trazendo	os	primeiros	colonos,	que	foram	chamados	posteriormente	de	"pais	
peregrinos".	Eles	fugiam	do	contexto	político	e	religioso	inglês	e,	para	eles,	a	
América	do	Norte	representava	um	lugar	de	novas	possibilidades,	onde	
pudessem	viver	livres	dos	conflitos	religiosos	que	marcaram	a	Inglaterra	no	
período.	Eram	puritanos,	grupo	protestante	que	influenciou	as	tradições	
estadunidenses.	
	
Diferentemente	das	costumeiras	relações	entre	as	metrópoles	europeias	e	suas	
colônias	americanas,	o	reino	inglês	permitia	que	a	administração	colonial	fosse	
comandada	pelos	próprios	colonos,	apesar	da	presença	de	representantes	
ingleses	responsáveis	pelos	negócios	da	Coroa	e	pela	cobrança	de	impostos.	A	
maior	dificuldade	da	Inglaterra	para	controlar	as	colônias	era	a	falta	de	recursos,	
em	função	das	muitas	guerras	que	enfrentara	na	Europa.	
	
Formaram-se	treze	colônias	inglesas	na	América	do	Norte,	e	cada	uma	se	
relacionava	diretamente	com	a	Inglaterra.	Economicamente,	o	Pacto	Colonial	foi	
menos	rígido,	permitindo,	por	exemplo,	o	chamado	"comércio	triangular"	
colonial	que,	em	alguns	casos,	não	passava	necessariamente	pela	Inglaterra.	
Esse	comércio	era	feito	entre	as	colônias	inglesas	da	América,	do	Caribe	e	da	
África.	
	
Outra	peculiaridade	foi	a	existência	de	dois	modelos	coloniais.	Ao	norte,	
formaram-se	colônias	onde	prevalecia	o	povoamento,	ocupadas	principalmente	
pelos	puritanos	e	caracterizadas	pela	pequena	e	média	propriedade	
(minifúndio),	pelo	trabalho	livre,	pela	produção	voltada	para	o	mercado	interno	
e	pela	variedade	na	produção.	Ao	sul,	foram	estabelecidas	as	colônias	onde	
prevalecia	a	exploração	que,	assim	como	no	Brasil,	caracterizaram-se	pela	
grande	propriedade	(latifúndio),	produzindo	essencialmente	para	a	exportação,	
em	geral	um	produto,	com	predomínio	do	trabalho	escravo.	
	
DAS	TREZE	COLÔNIAS	AO	PAÍS	INDEPENDENTE	
Dentre	as	novas	leis	inglesas	que	simbolizaram	o	endurecimento	do	Pacto	
Colonial,	quatro	delas	se	destacam:	A	Lei	do	açúcar	(1764),	editada	um	
ano	após	o	fim	da	Guerra	dos	Sete	Anos;	a	Lei	do	selo	e	a	Lei	do	
aquartelamento,	editadas	em	1765;	e	a	Lei	do	chá,	em	1773.	Na	
publicação	dessas	leis,	também	se	verificou	o	aumento	de	outros	tributos.	
Além	disso,	houve	um	endurecimento	da	fiscalização,	tendo	em	vista	
garantir	o	cumprimento	das	instruções	já	existentes	e	das	novas	que	
estavam	sendo	implementadas.	
	
A	Lei	do	açúcar	estabelecia	a	cobrança	de	impostos	sobre	todo	o	açúcar	
que	não	fosse	produzido	em	alguma	região	de	domínio	inglês.	O	comércio	
dos	produtos	ligados	à	cana-de-açúcar	era	intensamente	praticado	por	
grandes	mercadores	coloniais.	Estes	entravam	em	contato	com	várias	
outras	regiões	da	América,	não	pertencentes	ao	domínio	britânico.	
	
A	Lei	do	selo,	por	sua	vez,	estabelecia	que	jornais,	panfletos,	revistas,	
livros,	enfim,	qualquer	material	resultante	de	impressão,	fosse	selado.	
Esse	não	seria	um	problema	se	cada	selo	não	fosse	fornecido	pelo	governo	
inglês	a	um	preço	
que,	apesar	de	não	ser	tão	significativo,	simbolizava	uma	nova	e	incômoda	
mudança	de	tratamento	da	metrópole	para	com	suas	colônias.	
	
A	Lei	do	aquartelamento	impunha	aos	colonos	o	fornecimento	de	
alojamento	e	da	maioria	dos	recursos	exigidos	para	a	manutenção	das	
tropas	britânicas	nas	áreas	coloniais.	Em	outras	palavras,	os	colonos	
deveriam	arcar	com	os	custos	de	manutenção	da	estrutura	que	os	
mantinha	dominados.	
	
Finalmente,	a	Lei	do	chá	eliminava	toda	a	intermediação	colonial	no	
comércio	do	chá	importado	das	Índias,	ao	conceder	a	uma	companhia	
inglesa	o	direito	exclusivo	desse	mercado.	
	
Em	meio	a	todas	essas	mudanças,	as	ideias	que	marcaram	o	"século	das	
luzes"	(XVIII)	se	espalhavam	pela	América.	Questionando	a	centralização	
característica	do	Antigo	Regime,	defendiam	posturas	que	marcariam,	
pouco	tempo	depois,	a	Revolução	Francesa.	O	liberalismo	político	e	
econômico	defendido	pelos	pensadores	iluministas	se	adequava	
perfeitamente	aos	anseios	da	classe	dirigente	nas	Treze	Colônias,	fazendo	
com	que	o	processo	de	independência	que	estava	por	vir	também	fosse	
chamado	de	Revolução	Americana.	Sem	dúvida,	esse	foi	um	movimento	
essencialmente	burguês.	
	
Algumas	reuniões	importantes	ocorreram	nesse	período.	Buscavam-se	
saídas	para	a	situação	que	piorava	continuamente.	No	mesmo	ano	em	que	
foi	editada	a	Lei	do	selo,	ocorreu	um	congresso	em	Nova	York,	resultando	
em	pressões	que	levaram	à	sua	revogação.	Dois	anos	depois,	em	1767,	um	
novo	conjunto	de	leis,	editadas	pelo	primeiro	-ministro	inglês	Charles	
Townshend,	impunha	o	aumento	de	tarifas	alfandegárias.	Mais	um	vez	as	
pressões	levaram	à	suspensão	desses	aumentos.	No	entanto,	um	famoso	
episódio	marcou	a	irreconciliável	situação	entre	a	colônia	e	a	metrópole.	
Foi	uma	reação	à	imposição	da	Lei	do	chá.	
	
Revoltados	com	a	intromissão	do	governo	inglês	sobre	o	comércio	do	chá,	
alguns	colonos	da	carga	invadiram	navios	carregados	de	chá	atracados	no	
porto	de	Boston.	Jogando	boa	parte	dessas	embarcações	no	mar,	
demonstraram	sua	indignação	contra	a	metrópole.	Esse	episódio	ficou	
conhecido	como	Boston	tea	party	(Festa	do	chá	no	porto	de	Boston).	A	
reação	britânica	foi	imediata.	A	promulgação	do	que	ficou	conhecido	
como	Leis	intoleráveis	precipitou	os	acontecimentos.	Dois	congressos	
ocorridos	na	Filadélfia	(o	primeiro	em	1774	e	o	segundo	em	1775)	
reuniram	os	colonos	em	busca	de	uma	solução	definitiva.	
	
No	primeiro	congresso,	ficou	decidido	o	aumento	das	pressões	coloniais	
por	meio	do	boicote	dos	produtos	britânicos,	o	que	não	gerou	resultado.	
No	segundo	encontro,	chegou-se	a	um	consenso	de	que	somente	o	
rompimento	total	e	definitivo	com	a	metrópole	traria	a	verdadeira	
liberdade.	No	ano	seguinte,	no	dia	4	de	julho	de	1776,	as	Treze	Colônias	
Inglesas	na	América	declararam	independência	em	relação	à	Inglaterra,	
dando	início	a	uma	guerra	que	só	terminaria	em	1781.	Dois	anos	depois,	
os	ingleses	reconheciam	oficialmente	a	independência	de	suas	colônias	e	
o	nascimento	dos	Estados	Unidos	da	América.	
	
Vale	destacar	o	forte	apoio	da	França	nesse	processo	de	luta	pela	
independência.	Vários	soldados	franceses	guerrearam	ao	lado	das	tropas	
coloniais.	Os	elevados	gastos	com	a	guerra	colocaram	a	França	em	uma	
situação	economicamente	difícil	e,	segundo	a	maioria	dos	estudiosos,	as	
consequências	dessas	dificuldades	foram	um	dos	fatores	que	ajudaram	a	
desencadear	um	processo	revolucionário	no	reino,	ocorrido	a	partir	de	
1789.	
Conclusão:	As	treze	colônias	inglesas	foram	fundadas	a	partir	do	pacto	
colonial.	Neste	caso,	a	Inglaterra	era	a	Metrópole.Estavam	divididas	em	
colônias	do	Norte(	situavam-	se	as	colônias	de	Massachusetts,	New	
Hampshire,	Rhode	Island,	Connecticut),do	centro(	Nova	York,	Pensilvânia,	
Nova	Jersey	e	Delaware	e	mais	ao	sul,	Virginia,	Maiyland,	Geórgia,	
Carolina	do	Norte	e	Carolina	do	Sul)	e	do	Sul,que	eram	grandes	
propriedades	produtoras	de	algodão	com	mão-de-obra	escrava,	mas	o	
mesmo	não	acontecia	com	as	do	centro	e	as	do	norte,	onde	a	economia	se	
baseava	na	policultura	desenvolvida	em	pequenas	e	médias	propriedades	
e	no	comércio	de	produtos	excedentes	dessa	produção,	que	nem	sempre	
estimulava	trocas	com	a	metrópole.	
	
	
CrescimentoDos	Estados	Unidos	
	
		
	
Introdução:	Os	Estados	Unidos	é	o	país	de	maior	influência,	política,	
econômica	e	cultural	do	mundo.	Localizado	na	América	do	Norte,	o	país	
possui	diversas	particularidades.	Estados	Unidos	ou,	oficialmente,	Estados	
Unidos	da	América	são	a	nação	mais	influente	do	mundo.	Considerada	
uma	potência,	exerce	influência	sobre	diversas	regiões	do	planeta.	O	país	
encontra-se	no	continente	americano,	no	subcontinente	América	do	
Norte.	Limita-se	ao	norte	com	o	Canadá	e	ao	sul	com	o	México.Por	conta	
de	sua	grande	extensão	territorial,	o	país	apresenta	uma	grande	
diversidade	cultural	e	étnica.	Essa	variedade	estende-se	também	aos	
aspectos	naturais,	como	relevo,	clima,	fauna	e	flora.	
	
Crescimento	Dos	EUA:	O	governo	estadunidense	procurou	organizar	e	
incentivar	o	processo	de	expansão	territorial.	Promovia	a	ocupação	de	terras	a	
oeste	do	Mississippi,	dando	posse	àqueles	que	estivessem	dispostos	a	
estabelecer-se	nelas.	Dava	o	direito	de	se	organizarem,	escolhendo	um	
governante	dentre	os	próprios	novos	habitantes	de	uma	região,	permitindo	que,	
ao	alcançarem	o	número	de	50	mil	habitantes,	pudessem	escolher	um	
representante	que	seria	enviado	a	Washington,	nascendo,	a	partir	de	então,	um	
novo	estado.	
A	intensa	construção	de	ferrovias	também	foi	fundamental	à	ocupação	de	terras	
em	direção	ao	oeste.	Durante	todo	o	século	XIX,	uma	grande	malha	ferroviária	
ocupou	o	território	estadunidense,	interligando	o	Leste	ao	Oeste,	e	estes	a	
outras	regiões.	Essas	novas	condições	permitiam	o	deslocamento	da	produção	
que	crescia	no	Oeste,	sendo	trazida	com	rapidez	para	o	Leste.	Permitia	também	
o	acesso	rápido	dos	habitantes	dos	novos	territórios	ocupados	às	áreas	mais	
estruturadas	da	nação	naquela	época	(costa	leste).	
	
Certamente,	a	quantidade	original	de	habitantes	do	novo	país	não	seria	capaz	
de	promo	ver	a	ocupação	dos	vastos	territórios	que	foram	incorporados.	A	
solução	foi	o	incentivo	à	imigração,	especialmente	europeia,	que	forneceu	
grande	quantidade	de	novos	colonos.	Estima-se	que	a	população	estadunidense	
tenha	triplicado	em	menos	de	50	anos	durante	o	processo	de	expansão	
territorial.	Os	imigrantes	corresponderam	a	aproximadamente	metade	desse	
montante.	
	
Quatro	mecanismos	de	incorporação	de	terras	foram	utilizados	no	processo	de	
expansão	territorial	estadunidense:	guerra,	expropriação,	compra	e	diplomacia.	
Para	exemplificar	o	primeiro,	citamos	a	guerra	entre	os	EUA	e	o	México,	
ocorrida	entre	1846	e	1848,	resultando	na	anexação	dos	atuais	estados	da	
Califórnia,	Arizona,	Texas	e	Novo	México,	entre	outros.	À	época,	o	México	
contava	com	aproximadamente	4	milhões	de	km².	Cerca	de	50%	dessa	área	foi	
perdida	para	os	EUA.	
	
Em	relação	às	negociações	diplomáticas,	o	mais	conhecido	exemplo	foi	a	
anexação	do	esta	do	de	Oregon,	região	que	ainda	pertencia	à	Inglaterra.	Muitos	
outros	estados	foram	comprados,	entre	eles	o	estado	da	Flórida,	adquirida	da	
Espanha;	o	Alasca	(um	dos	últimos	a	ser	anexados,	em	1867),	adquirido	do	
Império	Russo;	e	a	Louisiana	(entre	os	primeiros	incorporados,	em	1803),	
adquirida	da	França.	
	
Boa	parte	dos	territórios	que	ocupam	atual	mente	o	centro-norte	dos	Estados	
Unidos,	ainda	que	reivindicados	por	alguma	nação	europeia,	é	habitada	por	
sociedades	indígenas.	Essas	comunidades	foram	sistematicamente	
exterminadas	ou	"empurradas"	em	direção	ao	oeste,	em	uma	das	maiores	
expropriações	de	terra	dessa	fase.	De	forma	geral,	o	indígena	não	era	tratado	
como	dono	da	terra	e	foi	considerado	um	empecilho	aos	interesses	
expansionistas.	As	palavras	do	famoso	general	do	exército	estadunidense,	Philip	
Sheridan,	que	liderou	vá	rias	batalhas	contra	os	índios	no	século	XIX,	
representam	o	pensamento	de	vários	conquistadores	da	época:	"Indio	bom	é	
índio	morto".	
	
Enfim,	esse	grande	processo	de	expansão	territorial	trouxe	aos	EUA	uma	imensa	
área,	transformando	essa	nação	em	uma	das	cinco	maiores	do	planeta.	O	
acesso	a	grandes	reservas	de	recursos	
	
naturais,	a	oferta	de	enormes	áreas	para	produção	agrícola	e	a	manutenção	da	
mentalidade	de	valorização	do	trabalho	(influência	puritana),	aliados	a	
ideologias	como	a	Doutrina	do	Destino	Manifesto,	colaboraram	decisivamente	
para	a	construção	da	nação	que	se	tornou	a	mais	poderosa	do	mundo.	
	
		
	
	
AMEAÇA	DE	DIVISÃO	DA	NAÇÃO	
	
Como	vimos	anteriormente,	desde	o	período	colonial	havia	as	colônias	de	
povoamento,	ao	Norte,	e	as	colônias	de	exploração,	ao	Sul.	Essas	diferenças	se	
desdobraram	em	muitas	outras	durante	a	formação	da	nação	estadunidense.	Os	
interesses	do	Norte	se	diferenciavam	continua-	mente	dos	defendidos	pelo	Sul.	
Partidos	políticos	foram	organizados	e	passaram	a	defender,	cada	qual,	a	causa	
de	uma	dessas	regiões.	Em	meados	do	século	XIX,	as	divergências	levaram	o	
país	ao	maior	conflito	interno	da	história	dos	EUA,	uma	guerra	civil,	que	ficou	
conhecida	como	Guerra	de	Secessão	(1861-1865).	A	palavra	secessão	significa"o	
ato	de	separar	o	que	estava	unido".	
	
De	maneira	geral,	podemos	dizer	que	o	Norte	autonomia.	Desde	o	período	
colonial,	a	dependência	do	Norte	em	relação	à	metrópole	era,	em	grande	parte,	
reinvestidos	na	própria	região,	fazendo	com	que	ali	também	se	desenvolvessem	
as	primeiras	manufaturas.	Estas,	por	sua	vez,	tornavam	a	região	cada	vez	mais	
independente	em	relação	aos	produtos	importados.	Após	o	rompimento	com	a	
metrópole,	em	1776,a	indústria	nortista	entrou	em	um	ritmo	continuo	de	
crescimento	e	passou	a	defender	a	proteção	do	mercado	interno	
estadunidense.	
	
Em	1854,	surgiu	o	Partido	Republicano,	que	passou	rapidamente	a	representar	
os	interesses	da	maioria	nortista.	Dentre	as	suas	principais	bandeiras	de	luta,	
destacava-se	o	abolicionismo.	Para	o	Norte,	o	predomínio	do	setor	industrial	
sobre	o	agrícola	tornava	a	escravidão	algo	a	ser	combatido.	O	fim	do	trabalho	
escravo	significa	ria	a	sua	substituição	pelo	trabalho	assalariado,	o	que	
favoreceria	o	crescimento	do	mercado	inter	no	e,	consequentemente,	da	
indústria	do	Norte.	Surgiram	também	ideias	que	consideravam	a	escravidão	
imoral.	
	
Os	interesses	do	Sul,	ao	menos	em	relação	aos	pontos	aqui	destacados,	eram	
exatamente	o	oposto	daqueles	defendidos	pelo	Norte.	Ao	Sul,	interessavam	
baixas	tarifas	alfandegárias,	o	que	facilitava	o	comércio	internacional.	Ao	
importar	produtos	da	indústria	europeia,	também	encontrariam	mercado	para	
seus	produtos	agrícolas.	A	substituição	da	mão	de	obra	escrava	era	outro	ponto	
excluído	dos	planos	dos	grandes	fazendeiros	do	Sul.	As	questões	envolvendo	
protecionismo	e	escravismo,	apesar	de	pequenas	em	número,	eram	
suficientemente	grandes	para	opor	nortistas	e	sulistas	de	forma	quase	
irreconciliável.	
	
Nessa	época,	a	organização	política	que	representava	de	forma	mais	destacada	
os	interesses	do	Sul	era	o	Partido	Democrata.	O	partido,	fundado	em	1836	pelos	
democratas,	era	conhecido	por	seu	conservadorismo	e	pela	rigidez	com	que	
defendia	suas	ideias	e	interesses.	Dos	sete	presidentes	que	governaram	os	EUA	
desde	a	fundação	do	Partido	Democrata	até	muito	próximo	ao	início	da	Guerra	
de	Secessão,	cinco	eram	democratas.	Fica	claro,	portanto,	o	predomínio	sulista	
sobre	o	governo	federal.	
	
Todo	esse	quadro,	ainda	que	relativamente	tenso,	manteve-se	estável	enquanto	
o	Partido	Democrata	predominou	no	comando	do	governo	federal.	Porém,	em	
1861,	sete	anos	após	sua	fundação,	o	Partido	Republicano	elegeu	seu	primeiro	
presidente.	Abraham	Lincoln	chegou	à	Casa	Branca	(sede	da	presidência)	e	deu	
início	à	implantação	de	uma	política	de	acordo	com	os	interesses	nortistas.	
Intensificou-se	o	discurso	de	defesa	do	abolicionismo	e	da	proteção	do	mercado	
interno	estadunidense.	
	
As	diferenças	entre	o	Norte	e	o	Sul,	ligadas	à	manutenção	ou	não	da	escravidão,	
têm	sido	destacadas	pela	maioria	dos	estudiosos	como	o	principal	ponto	de	
conflito	que	desencadeou	a	Guerra	de	Secessão.	A	primeira	lei	de	impacto	em	
favor	do	abolicionismo	foi	editada	em	1820.	Conhecida	como	Acordo	do	
Mississippi,	definia	o	fim	da	escravidão	em	boa	parte	da	região	Norte	dos	EUA.	
O	segundomovimento,	de	cará	ter	abrangente	e	que	incentivou	ainda	mais	o	
fim	da	escravidão	foi	uma	lei	editada	em	1850,	o	Compromisso	Clay.	Segundo	
esse	"compromisso",	ficava	estabelecido	que	a	questão	abolicionista	seria	
discutida	em	cada	estado,	que	deveria	decidir	pela	continuidade	ou	não	do	
trabalho	escravo.	
	
	A	GUERRA	E	SEUS	EFEITOS	
	
Com	a	vitória	de	Abraham	Lincoln,	o	Sul	reconheceu	o	fim	do	seu	predomínio	
político	no	governo	central.	Isso	significava	a	real	possibilidade	do	aumento	de	
tarifas	alfandegárias	e,	principal-	mente,	o	fim	da	escravidão.	Lincoln	não	
pretendia	impor	essa	condição.	No	entanto,	usaria	todos	os	recursos	disponíveis	
para,	no	mínimo,	apontar	nessa	direção.	Essas	perspectivas	preocupavam	a	
sociedade	exportadora	e	escravista	do	Sul,	que	passou	a	propor	a	secessão	
(divisão)	do	país.	
O	Sul	organizado	declarou-se	separado	do	restante	dos	Estados	Unidos	da	
América,	proclamando	o	nascimento	dos	Estados	Confedera-	dos	da	América.	
Compondo	essa	confederação,	encontravam-se	os	seguintes	estados:	Carolina	
do	Norte,	Carolina	do	Sul,	Flórida,	Mississippi,	Alabama,	Texas,	Louisiana,	
Geórgia,	Virgínia,	Tennessee	e	Arkansas.	
	
Os	interesses	do	Sul	estavam	voltados	para	a	secessão,	pois	dependiam	muito	
mais	de	si	mesmos	e	do	mercado	externo.	O	mesmo	não	se	dava	com	o	Norte.	
	
O	mercado	consumidor	sulista	era	importante	para	o	Norte,	assim	como	os	
recursos	naturais	e	a	produção	agrícola.	As	terras	ao	Norte	eram	menos	férteis,	
e	a	produção	agrícola	não	permitia	a	autossuficiência,	portanto,	o	Nor	te	não	
aceitaria	a	separação.	O	resultado	desse	choque	de	interesses	foi	um	grande	
conflito	entre	as	forças	do	Norte	e	as	do	Sul,	a	famosa	Guerra	de	Secessão.	
Alguns	historiadores	consideram	essa	guerra	a	mais	sangrenta	até	então.	Foi	
superada	quase	meio	século	depois	pela	Primeira	Guerra	Mundial.	
	
Grande	parte	dos	negros	alistou-se	para	a	guerra	ou	foi	obrigado	a	se	alistar.	
Muitos,	vindos	do	Sul,	se	apresentaram	para	lutar	a	favor	do	Norte.	Estes	
carregavam	a	esperança	da	abolição	completa	da	escravidão	em	caso	de	vitória	
nortista,	o	que	veio	a	ocorrer	antes	mesmo	do	fim	da	guerra.	Porém,	essa	
situação	acabou	gerando	um	violento	sentimento	racista	no	Sul	que,	em	seus	
desdobramentos,	em	maior	ou	menor	grau,	alcança	os	nossos	dias.	
	
	
Conclusão:	Atualmente	os	EUA	ainda	é	considerado	o	país	mais	poderoso	
do	mundo.	A	força	econômica	do	país	exerce	influência	por	todo	o	
planeta,	e	as	ações	militares	e	políticas	provocam	sérios	questionamentos	
por	parte	dos	observadores	internacionais.	Os	motivos	são	temas	das	mais	
acaloradas	discussões.	Críticos	de	"dentro"	e	de	"fora"	se	empenham	em	
ex	por	aquilo	que	consideram	seus	erros	e	acertos.	A	história	construída	
por	essa	nação	ainda	continua	influenciando	em	grande	parte	a	vida	de	
muitos	outros	povos.	
	
	
	 	
	
Escravização	de	indivíduos	negros	no	sul	dos	
Estados	Unidos	
	
	
A	Escravidão	nos	Estados	Unidos	foi	uma	instituição	legal	de	
escravização,	principalmente	de	africanos	e	afro-americanos,	
chegando	ao	seu	auge	nos	séculos	XVIII	e	XIX.	A	escravidão	
praticada	na	América	do	Norte	existia	desde	o	período	
colonial,	com	os	primeiros	escravos	africanos	chegando	aos	
Estados	Unidos	continentais	em	1526	(quase	três	décadas	
após	a	chegada	da	primeira	expedição	europeia	ao	Novo	
Mundo)	trazidos	pelos	espanhóis.	Já	nas	Treze	Colônias,	os	
primeiros	escravos	da	América	Britânica	chegaram	na	recém	
fundada	cidade	de	Jamestown,	Virgínia,	em	1619.	No	período	
da	Declaração	de	Independência	dos	Estados	Unidos,	em	
1776,	a	escravidão	era	legal	e	presente	em	todas	as	Treze	
Colônias.	Em	1865,	quando	foi	abolida	pela	Décima	Terceira	
Emenda	da	Constituição,	ela	estava	presente	em	metade	dos	
estados	da	União.	Como	um	sistema	laboral,	foi	vital	para	o	
sucesso	econômico	dos	Estados	Unidos	no	começo	de	sua	
história	e	quando	foi	feito	ilegal,	foi	substituída	nas	fazendas	
por	sharecropping	(uma	forma	de	parceria	rural)	e	trabalhos	
forçados	de	presos	do	sistema	carcerário,	mirando	
principalmente	afro-americanos,	que	continuaram	em	um	
sistema	análogo	a	escravidão	por	quase	um	século	após	a	
guerra	civil	de	1861-65.	
	
	
No	período	da	Revolução	Americana	(1775–1783),	o	status	
de	escravo	havia	sido	institucionalizado	como	uma	casta	
racial,	na	parte	mais	baixa	da	hierarquia	social,	formada	
quase	que	exclusivamente	por	negros	de	ascendência	
africana,	amparada	por	provisões	legais	dentro	Constituição	
do	país.	Em	1789,	o	número	de	pessoas	de	cor	livres	que	
eram	cidadãos	e	podiam	votar	era	quase	nulo.	Porém,	pouco	
tempo	depois	da	guerra	de	independência,	as	primeiras	leis	
abolicionistas	foram	passadas	nos	estados	do	norte	e	o	
movimento	para	abolir	a	escravidão	cresceu	na	primeira	
metade	do	século	XIX.	Os	estados	nortenhos	dependiam	de	
mão	de	obra	livre	e	a	maioria	tinha	abolido	a	escravidão	por	
volta	de	1805	(embora	nem	todos	os	escravos	tenham	sido	
libertados	imediatamente).	A	expansão	rápida	da	industria	
do	algodão	no	extremo	sul	após	a	invenção	da	máquina	de	
tecer,	fez	com	que	a	demanda	por	trabalho	escravo	no	sul	
dos	Estados	Unidos	aumentasse	exponencialmente.	Os	
estados	escravistas	tentaram	expandir	a	escravidão	para	os	
estados	novos	formados	nos	territórios	do	oeste	para	que	
assim	eles	pudessem	manter	sua	influência	política	pela	
nação.	Os	líderes	políticos	sulistas	queriam	anexar	Cuba	
como	um	território	escravagista.	A	questão	da	escravidão	
continuaria	a	polarizar	politicamente	os	Estados	Unidos	
durante	toda	a	primeira	metade	do	século	XIX,	efetivamente	
dividindo	o	país	entre	os	estados	escravos	e	livres,	na	altura	
da	linha	Mason–Dixon.	
	
	 	
Escravização	no	Sul	dos	Estados	Unidos	
	
	
O	território	hoje	pertencente	ao	país	Estados	Unidos	era	
habitado	por	indígenas	que	foram	dizimados,	recebeu	
expedições	francesas,	espanholas,	holandesas,	mas	sua	
colonização	foi	empreendida	por	ingleses,	que	nele	se	
instalaram	e	formaram	as	Treze	Colônias.	Estas	se	uniram	
e	declararam	a	independência	do	país	em	1776	e,	em	
1788,	promulgaram	a	Constituição.	
	
Território	vasto,	houve	um	desenvolvimento	diferente	
nas	regiões	sul	e	norte.	As	grandes	propriedades	agrárias	
do	sul	(plantations)	tinham	como	base	do	sistema	
produtivo	a	escravidão	de	africanos	cativos	e	seus	
descendentes.	Os	escravizados	não	tinham	direito	ao	
voto,	portanto,	não	tinham	força	política	para	reivindicar	
medidas	contrárias	à	escravidão	no	âmbito	federal.	Os	
estados	do	norte	não	praticavam	a	escravidão,	seu	
modelo	econômico	era	baseado	na	pequena	propriedade	
e	no	trabalho	livre	e	assalariado,	mas	se	abrigassem	
escravizados	fugitivos,	por	lei	eram	obrigados	a	devolvê-
los.	
	
A	escravidão	praticada	nos	estados	do	sul	foi	abolida	
mediante	guerra	civil,	a	chamada	Guerra	da	Secessão,	
entre	1861	e	1865,	em	que	estados	do	norte,	
comandados	pelo	presidente	Abraham	Lincoln,	
enfrentaram	os	estados	confederados	do	sul	que	
objetivavam	fundar	uma	confederação	separatista.	Os	
estados	do	norte	venceram	a	guerra,	a	escravidão	foi	
imediatamente	abolida,	mas	os	brancos	sulistas	buscaram	
maneiras	de	segregar	os	negros	recém-libertos.	Em	1865	
foi	fundada,	por	um	ex-combatente	das	tropas	sulistas,	a	
Ku	Klux	Klan,	grupo	supremacista	que	praticava	ações	
violentas	contra	negros.	Embora	reprimida	pela	polícia,	
essa	seita	ganhou	milhares	de	adeptos.	
	
Por	ser	um	país	com	forte	tradição	federalista,	cada	
estado	norte-americano	tem	leis	próprias.	As	primeiras	
leis	segregacionistas	após	a	abolição	da	escravatura	
foram	promulgadas	no	Tennessee.	Em	1870	esse	estado	
proibiu	o	casamento	inter-racial	e	em	1875	adotou	um	
princípio	legal	denominando	“separados,	mas	iguais”,	que	
embasou	dezenas	de	leis	e	foi	adotado	por	outros	estados	
sulistas.	
	
	 	
Perguntas	de	GEOGRAFIA:	
	
QUANTOS	INDIVÍDUOS	NEGROS	FORAM	
ESCRAVIZADOS	NO	SUL	DOS	ESTADOS	UNIDOS?	
	
Havia	mais	de	4	milhões	de	afro-americanos	em	
condição	de	escravidão.	No	sul	dos	Estados	Unidos,	
em	1860,	eles	eram	3,5	milhões	(31%	da	população),	
com	25%	da	população	brancano	sul	tendo	ao	menos	
um	escravo	trabalhando	para	ele	de	forma	
permanente	(aluguel	de	escravos	também	era	uma	
opção	comum	para	aqueles	que	não	podiam	pagar	
para	manter	um).	No	país	como	um	todo,	antes	da	
guerra	civil	começar,	cerca	de	8%	das	famílias	de	
americanos	brancos	tinha	escravos.	
	
	
	
QUANTO	TEMPO	DUROU	A	ESCRAVIZAÇÃO	DE	
NEGROS	NO	SUL	DOS	ESTADOS	UNIDOS?	
	
Há	aproximadamente	400	anos.	E	há	154	anos,	o	
Congresso	do	país	aboliu	a	escravidão	de	negros.		
	
	
DE	ONDE	VINHAM	OS	INDIVÍDUOS	NEGROS	QUE	
ERAM	ESCRAVIZADOS?	
	
A	escravidão	praticada	no	sul	dos	Estados	Unidos	
existia	desde	o	período	colonial,	com	os	
primeiros	escravos	africanos.	Ou	seja	a	maioria	dos	
indivíduos	negros	que	eram	escravizados	vinham	da	
África.		
	
	
	
	
EM	QUAIS	ATIVIDADES	ESSAS	PESSOAS	ERAM	
FORÇADAS	A	TRABALHAR?	
	
Os	escravizados	foram	levados	para	trabalhar	nas	plantações	de	
algodão,	açúcar	e	tabaco.	As	colheitas	que	cultivavam	eram	
enviadas	para	a	Europa	ou	para	as	colônias	do	norte,	onde	eram	
transformadas	em	produtos	usados	também	para	financiar	
viagens	à	África	para	obter	mais	escravos	que	depois	eram	
traficados	de	volta	para	a	América.	
Essa	rota	de	negociação	triangular	era	lucrativa	para	os	
investidores.	
Para	arrecadar	dinheiro,	muitos	futuros	proprietários	de	
plantações	voltavam-se	para	o	mercado	de	capitais	em	Londres	-	
vendendo	dívidas	que	eram	usadas	para	comprar	barcos,	
mercadorias	e	eventualmente	pessoas.	
	
Bibliografia:	
	
encurtador.com.br/cirB4	
	
https://m.brasilescola.uol.com.br/amp/sociologia/segregaca
o-racial.htm		
	
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49558733		
	
https://www.todamateria.com.br/as-treze-colonias-e-a-
formacao-dos-estados-unidos/		
	
https://www.geledes.org.br/fotografia-de-negros-escravos-
no-brasil/

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