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Primeira avaliação a distância AD1 2021-1 Disciplina: História da América II Nome: Carlos de Mello Vanderlei Matrícula: 19216090012 Polo: Pirai 1 – Avalie a elaboração da constituição dos Estados Unidos e o “Bill of Rights”, considerando as disputas entre federalistas e antifederalistas Após a guerra pela independência dos Estados Unidos, as ex-colônias começaram a experimentar uma organização política e a discutir a nova organização política que formariam. Entre os anos 1776 e 1789, principalmente em 1787, ano em que foi promulgada a Constituição norte-americana, as disputas em torno do novo sistema de governo e da construção de uma unidade nacional foram intensas e conflituosas. Esse período, conforme analisa a historiadora Mary Junqueira, pode ser considerado de Confederação, pois não havia um governo central forte, e sim um Congresso Continental com representantes dos estados que reunia e analisava os diferentes interesses e vontades dos treze estados, sendo estes: New Hampshire, Massachusetts, Maryland, Connecticut, Rhode Island, Nova York, Virgínia, Carolina do Norte, Nova Jersey, Carolina do Sul, Pensilvânia, Delaware e Geórgia. Os problemas criados logo foram evidenciados, pois alguns estados tinham suas próprias milícias, possuíam moedas particulares e estabeleciam relações comerciais com os parceiros que bem desejassem o que poderia transparecer não ser um único país. Dessa forma, diante dos crescentes desacordos entre os estados, foi proposta por alguns políticos criar uma Convenção para debater os rumos políticos da nação. A Convenção teve início na Filadélfia em 1787, era composta por 55 delegados que ao longo de quatro meses debateram as fragilidades da Confederação. Os mais importantes da época, conhecidos hoje como os pais fundadores da nação, estavam lá: George Washington, Benjamin Franklin, Alexander Hamilton, James Madison e John Jay. A principal questão em debate era a transformação da Confederação em uma Federação: a tarefa da Convenção, portanto, era a discussão de um contrato político que estabelecesse os contornos de um Estado Nacional no qual o governo central assumisse a direção de certas questões primordiais. Ao final da longa reunião, ficou pronto um documento de normas gerais para o governo da nação, apenas mais tarde ratificado como a “Constituição Americana”. A redação de um texto constitucional, entretanto, não garantia um consenso em torno dos princípios ali estabelecidos, de modo que foi necessário mobilizar forças políticas para a aprovação da Carta na maioria dos estados, tal aprovação ocorreria finalmente em setembro de 1788. Nesse período entre a Convenção e a aprovação da Constituição, dois grupos se dividiram em torno de diferentes ideais de nação: os federalistas, que defendiam um governo central forte e a aprovação imediata da Constituição, e os antifederalistas, que temiam o governo centralizado e desejavam maior autonomia para os estados. Os federalistas, mais organizados e fortes politicamente, conseguiram que o número de emendas ao texto da Constituição fosse limitado e garantiram a vitória de seus propósitos: o governo central definia as linhas gerais da política fiscal, das questões externas. Assim, deveria prevalecer um equilíbrio entre os direitos dos estados e os do governo central. Neste embate, os federalistas conseguiram se impor e assim, foi adotado o voto censitário para que assim, pudessem realizar eleições no intuito de eleger seus candidatos que deveriam representá-los. No entanto, em 1791, a Carta Magna americana receberia o acréscimo da Carta dos Direitos, destinada a defender os direitos fundamentais dos civis, foi realizada a primeira emenda a constituição americana. A BILL OF RIGHTS após os federalistas cederem as pressões dos antifederalistas que desejavam autonomia para cada estado. 2 – Discuta a construção dos Estados Unidos nas últimas décadas do século XVIII e primeira metade do século XIX, levando em conta as diferenças entre norte e sul, a expansão para o Oeste, com a consequente exclusão indígena e a expansão escravista. Uma politica implantada de que os índios e negros não seriam capazes de fazerem parte do que seria a nova república norte-americana, passou a vigorar como plano de governo do até então presidente dos Estados Unidos, Andrew Jackson. Presidência esta assumida em 1829. Esta política deixava claro a superioridade do homem branco com seus direitos preservados igualitariamente. Os apoiadores do partido do presidente Andrew Jackson, eram totalmente a favor de uma expansão territorial americana. Desta forma, foi facilitado o projeto de anexar terras ao seu território. Durante um período que durou dois anos, que foi entre 1846 e 1848 os americanos guerrearam com o México com a intenção de incorporar o Texas ao território americano oficialmente pois estas terras já eram ocupadas pelos americanos desde 1836. Além do Texas, outras terras como Califórnia, Arizona, Novo México e em partes alguns outros como Oklahoma, Colorado, Idaho e Utah. No entanto, só foi possível anexar estes territórios com a derrota do México para os americanos e consequentemente perde uma grande parte de seu território. Um problema enfrentado pelo presidente norte-americano foi a situação da localização das tribos indígenas. A questão a ser resolvida era o que fazer com os nativos americanos, visto que eles representavam obstáculos à conquista de novos territórios, bem como impediam os anseios dos pequenos e grandes proprietários. Em 1830, deu-se inicio ao plano de expulsão dos índios para a região de Oklahoma que em um período de menos de dez anos removeu cerca de 17 mil índios. Isso, graças a aprovação do Indian Removal Act, promovido pelo presidente Andrew. Durante o processo de expulsão dos nativos, muitos não sobreviveram as dificuldades encontradas no trajeto que fizeram em busca de outro lugar para viverem e sofreram com dificuldades como fome e frio. Foram mais de 4 mil mortes e o trajeto percorrido ficou conhecido e foi batizado pelos índios como cherokees de Trilha das Lágrimas. As terras onde os índios viviam passaram a ser consideradas livres e seus habitantes não eram vistos como capazes para os americanos. As terras onde os nativos viviam estavam sendo esvaziadas e em seguida ocupadas pelos colonos agricultores e iniciaram a formação de uma sociedade local. Porém, uma boa parte das terras eram ocupadas antes dos colonos que tinham a intenção de ocupá-las para fins agrícolas por compradores que tinham a intenção de pagar muito pouco por uma grande área terra. O congresso americano passou a reconhecer em 1841 o direito de a usarem as terras para a agricultura e com isso, promover a ocupação das terras do Oeste anexadas que iriam para os povos pobres para serem cultivadas, apesar dos especuladores estarem sempre sendo uma ameaça. Para evitar este problema, criaram associações entre eles que possuíam terras e se tornavam fortes para resistirem as ofertas dos especuladores e mantendo o direito de comprar por um preço justo suas futuras propriedades, que inclusive já ocupavam e produziam. Para os indígenas o nome de Jackson foi lembrado com dor e sofrimento, mas para eleitores brancos ele era a esperança de uma grande renovação. Pelo que foi apresentado pudemos apreciar as relações raciais nos EUA no período que antecedeu a Guerra da Secessão Americana e verificamos que desde a independência da sua nação, os negros e índios americanos vêm lutando por seus direitos e pela igualdade na sociedade e que essa luta teve consequências que se perpetuaram até os dias atuais. A expansão da escravatura para o sul e o oeste se deu principalmente pela necessidade de mão de obra para os plantations,nesse sentido o tráfico negreiro Atlântico foi o principal mantenedor da abominável prática até sua proibição, sendo oficialmente promulgada no ano de 1807 pela Inglaterra o quê acabou afetando os Estados Unidos, a partir daí o mercado escravista dos Estados Unidos manteve-se através do tráfico interno, pessoas eram separadas de suas famílias na transição de um local de trabalho ao outro, tendo todos os seus laços sociais desfeitos para suprir a necessidade de gerar força de trabalho e lucro aos grandes produtores. Ao norte a escravidão perdia sua força uma vez que o impulso industrial tomava a cena e uma sociedade diferente formava-se, negros livres habitavam as mais diversas áreas da nação e o abolicionismo ganhava voz dentro de certos grupos, porém mesmo em áreas que não eram dependentes do trabalho escravo os negros eram vistos como cidadãos de segunda linha, incapazes de se enquadrar nas “sendas do progresso”, estando fadados a dominação e a marginalização, nas áreas dependentes do serviço escravo nem é necessário dizer que esse pensamento era mais forte ainda. 3 – Reflita a respeito da guerra civil estadunidense (1861-1865), tendo em mente os embates em torno da escravidão nos novos territórios conquistados no Oeste, a importância da participação negra ao lado das forças nortistas, o peso econômico do norte durante a guerra e as consequências da derrota sulista em sua tentativa de independência. Os conflitos que ocorreram entre os estados do norte e do sul teve seu desencadeamento após a vitória de Lincoln Na campanha presidencial de 1860. Ele se demonstrou dentro do programa republicano, que não era contrário à manutenção da escravidão onde já era lei, mas era tolamente contra a expansão para o oeste. E em carta ao general da união o ministro da guerra ratifica esta posição do presidente, em manter tudo como está. Durante o período de guerra ele é pressionado pelos oficiais, que dizem que odeiam mais os negros que os sulistas. E na mensagem ao congresso o presidente reitera sua posição quanto a manutenção dos direitos já constituídos dos estados. Lincoln continuara a defender que era insustentável que negros livres pudessem viver junto com os brancos com mesmos direitos. O expansionismo para o Oeste também foi um dos motivos para o início da guerra, entre eles, a alta nos preços das tarifas e a exploração de juros na linha de crédito e vendas de terras, o que dificultava a vida de pequenos proprietários. No século XIX, havia questões nítidas que formavam a separação entre o Sul e o Norte. Vários temas marcaram as disputas políticas entre norte, sul e o Oeste no período entre a Independência e a guerra civil. As tarifas alfandegárias, o problema das terras, a questão do dinheiro e o tema dos melhoramentos internos eram os mais importantes. A questão tarifária marcou a divisão norte-sul. Em pleno processo de industrialização, os capitalistas do norte defendiam tarifas altas para a importação de bens estrangeiros, a fim de proteger sua produção contra a concorrência. Já os fazendeiros escravistas do sul, que viviam da exportação principalmente de produtos agrícolas, sustentavam uma tarifa baixa para os produtos estrangeiros, para que pudessem continuar importando bens necessários ao seu trabalho, bem como ganhando dinheiro com as exportações. Outro tema importante era a questão das terras. Nos primeiros anos após a independência os capitalistas do norte defendiam terras caras, pois temiam perder sua mão de obra, que poderia deslocar-se para o Oeste, buscando a pequena propriedade. O norte tinha uma economia baseada no comércio, na indústria (que cada vez adquiria maior peso) e na pequena e média agricultura, sendo todas as atividades realizadas com mão de obra livre. Tinham também interesse no desenvolvimento do mercado interno, com a construção de ferrovias e outros meios de transporte para interligar as diferentes regiões, a proteção alfandegária contra mercadorias estrangeiras, o fortalecimento de um sistema bancário unificado, isto é, medidas que impulsionassem o desenvolvimento econômico das atividades industriais. O norte era mais avançado em aspectos industriais, tinha uma classe média em expansão e uma indústria crescente. Levando em conta o que foi apresentado foi possível avaliar os fatores que, envolvendo interesses dos nortistas e sulistas, influenciaram na eclosão da Guerra Civil Americana. Apesar dos diversos fatores (sociais, econômicos, políticos e culturais) que afastavam o Sul e o Norte, os Estados Unidos se mantiveram, após a Guerra, como uma União Federal próspera e estável. No entanto, nada estava definido e foi quando houve a percepção da União que não seria tal fácil a vitória sobre os sulistas somada a resistência dos escravos do Sul que acabaram por provocar no presidente a necessidade de se fazer algo, e foi o que fez. Proclamou uma emancipação em 22 de setembro de 1862 declarando que os escravos seriam declarados livres a partir do início do próximo ano. Foi o início de um claro sinal para os escravos que sua liberdade era possível e estava mais próximo do que nunca. A notícia de que seriam declarados livres, fez com que os escravos do Sul também buscassem sua liberdade e para isso, fugiram e se juntaram a União, o que causou um grande desfalque sulista em suas plantações com severas perdas na economia. A derrota dos sulistas foi ficando evidente a partir da decadência de sua economia provocada pelas restrições realizadas por Lincoln. A força dos escravos na guerra ao lado da União contribuiu imensamente para a vitória da União e consequente derrota dos sulistas. Como se não bastasse a vitória da União, ainda proporcionou a Lincoln iniciar um processo de abolição da escravatura. Ficou conhecido como o grande emancipador após a aprovação da 13ª Emenda. Emenda esta que tinha a proibição de servidão involuntária nos Estados Unidos. As terras dos sulistas forma confiscadas após a lei do Confisco. Por fim, a guerra acabou por acelerar o processo de abolição da escravidão e o presidente Lincoln tirou proveito da situação e abocanhou popularidade no meio politico saindo em defesa do fim da escravidão. Anteriormente a guerra, a escravidão no Oeste já havia se tornado palco de debate em 1854 onde foi proposto o princípio da soberania popular. O problema neste caso foi que os territórios do Oeste estavam localizados em Kansas e Nebraska e estavam além da limitação do compromisso de Missouri, realizado em 1820. 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