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CURSO BÁSICO DE SEGURANÇA EM PLATAFORMA SEGURANÇA PESSOAL E RESPONSABILIDADES SOCIAIS RESPONSABILIDADE SOCIAL E RELAÇÕES HUMANAS A BORDO Comunicação interpessoal Ao estudarmos a História da humanidade, observamos que a comunicação “foi” fator primordial para que os grupos tribais/bandos pudessem com o passar dos tempos se integrar/interagir de modo que viessem a trocar informações sobre o que fazer e como se comportar em diversas atividades como: caça, pesca e colheita de frutos por exemplo. A comunicação interpessoal envolverá sempre duas ou mais pessoas dentro do processo comunicativo. Haverá o “eu” emissor e o “tu” receptor, em alguns casos ocorrerá a presença de uma terceira pessoa o “ele”. O assunto é o elemento que se transmite e ao enviar, os envolvidos devem fazê-lo de modo breve e preciso dentro do ambiente offshore. A falha na comunicação acontece por vários motivos, geralmente, porque a pessoa que emite a mensagem atua como se fosse a única participante ativa, e a pessoa que recebe age como participante passiva sem oportunidade de retorno ao que foi transmitido. Na atualidade as pessoas transmitem informações de maneira que a resposta(feedback), não faz parte do habito cotidiano, o que proporciona a comunicação assegurada. O problema básico em comunicação é que o significado captado pelo ouvinte pode não ser exatamente aquele que o falante quis transmitir. Quem fala e quem ouve são duas pessoas distintas e, portanto, inúmeros fatores podem interferir e causar falhas na comunicação entre elas. Considerável período do dia em que estamos interagindo como membros da sociedade, boa parte do tempo despendemos com a comunicação, seja no falar, ouvir, ler, escrever, entre outros. Identificamos que o trabalho de diversos profissionais baseia-se muito mais na comunicação com outras pessoas do que na relação com máquinas e equipamentos. Logo, ter um bom conhecimento do processo de comunicação passa a atribuir um significado importante em nossas vidas, pois esse conhecimento constitui uma forma de aprimorar nossa capacidade de transmitir e receber informações a outras pessoas ou de outras pessoas. Elementos básicos da comunicação Para se comunicar o homem utiliza sinais “devidamente organizados”, emitindo-os a outra pessoa. A mensagem é emitida a partir de diferentes códigos de comunicação (palavras, gestos, desenhos, sinais de trânsito). Toda mensagem necessita de um meio transmissor, o qual chamamos de canal de comunicação e a mesma está inserida em um contexto, uma situação/evento. Os elementos da comunicação são os seguintes: Emissor: o que emite a mensagem; Receptor: o que recebe a mensagem; Mensagem: o conjunto de informações transmitidas; Canal: o meio pelo qual circula a mensagem; Código: a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. Barreiras da comunicação Há muitas barreiras que podem desvirtuar as informações que transmitimos ou que recebemos. De princípio, a ideia que temos quando falamos em barreiras na comunicação é a da existência de interferências que impedem a chegada da mensagem ao ouvinte. Entretanto, existem barreiras muito mais sutis, que revelam fatos que geralmente não são percebidos por nós. Ouvir o que esperamos ouvir É muito comum captarmos somente aquilo que parece estar fortalecendo nosso ponto de vista. Quando dialogamos com alguém nossas opiniões nos levam a prestar atenção unicamente no que nos interessa, ou então recebermos a mensagem de forma que esta coincida com nosso ponto de vista, mesmo sendo o seu conteúdo contrário a eles. O estereótipo nada mais é do que levar ao extremo o que nossa experiência nos ensinou. Tomemos como exemplo o fato de julgarmos que pessoas engravatadas só dizem “asneiras”, com esse tipo de pensamento/visão tenderemos a menosprezar qualquer comunicação vinda de um colega que se vista de paletó e gravata. O preconceito está ligado ao que acabamos de avaliar no exemplo citado acima, pois, na realidade, é um conceito que formamos a respeito de alguém antes mesmo que conheçamos essa pessoa. Agindo assim, podemos ignorar o valor de informações de pessoas a quem julgamos, de antemão como ignorantes, porque falam devagar ou falam baixo. Mesmo que seja verdadeira a avaliação de que o sujeito fale devagar ou com tom baixo de voz, isso não deve levar-nos a concluir que sua informação não interesse ou que não tenha valor. Utilizar vocabulário específico (jargão profissional) Diversos grupos tendem a desenvolver a sua própria linguagem, que é considerada por muitos como uma espécie de gíria profissional. Por exemplo: se um leigo em medicina ouvir um médico dizer que ainda não “fechou” o diagnóstico, poderá não entender o sentido do verbo fechar empregado no caso. O jargão pode simplificar a comunicação interna do grupo e fazer com que as pessoas se sintam mais participantes. Porém, não é interessante que seja utilizado apenas para impressionar o ouvinte que não atua no ramo. A consequência pode ser desastrosa, caso um comando realizado seja interpretado da maneira errada, o que poderia resultar em incidente ou até acidente. Interferência da comunicação não verbal Caso um supervisor chegue irritado na fábrica por ter enfrentado um engarrafamento no trânsito, suas perguntas podem estar transmitindo aos empregados que ele está insatisfeito com o serviço prestado pelos funcionários quando, na verdade, não se trata disso. Através do olhar, dos músculos da face, do tom de voz, da postura, podemos demonstrar irritação para com o interlocutor causando-lhe a impressão de estarmos zangados com ele, quando na realidade não é esse o caso. Quando conversamos há duas comunicações ocorrendo: a verbal e a não verbal. As palavras vêm acompanhadas de gestos, olhares, tom de voz e etc. Esses atos também transmitem informações ao ouvinte. A expressão corporal de uma pessoa pode harmonizar ou conflitar com suas palavras, podendo expor mais sobre o que ela realmente pensa e sente naquele momento, indo além das palavras proferidas. Quanto a esse fato, é interessante observar que o código verbal tem como objetivo transmitir a informação pura e o código não verbal é muitas vezes utilizado para manter a relação interpessoal. O tom da conversa é direcionado pelas impressões que um adquire em relação ao outro. Quanto mais coerência houver entre o sistema verbal e o não verbal, melhor será a recepção da mensagem. Porém, raramente ocorre assim, pois o que não pode ser expresso literalmente aparece na linguagem corporal, uma vez que o corpo apresenta maior dificuldade para se autocensurar. Interferência de emoções O ser humano, quando está tenso ou sentindo-se inseguro, o que ele ouve ou presencia aparenta ser mais ameaçador do que quando está tranquilo e em segurança. Qualquer forma de comunicação nessas condições tende a ser distorcida e provavelmente tende a gerar perturbações das mais variadas. Tomemos por modelo, a hipótese de uma pessoa que está insegura profissionalmente em uma empresa e a mesma ouve rumores de que “alguns colaboradores serão dispensados devido aos atrasos no serviço”, ela poderá entender que será a primeira a ser despedida. Nesse caso a insegurança profissional ocasionou uma distorção na informação transmitida. Da mesma forma que aquilo que ouvimos e vemos vai ser diretamente influenciado pelos sentimentos momentâneos de tensão e insegurança, também podemos não "ouvir" as críticas, quando nos sentimos auto confiantes e seguros demais. Algumas situações em que a emoção pode interferir na comunicação: ● Quando um grupo de empregados ri para o supervisor que acredita que o trabalho deve ser duro para ser produtivo, o riso comunica desperdício de tempo; ● Para o supervisor que acredita que o empregado contente trabalha melhor, o riso comunica produtividade e boa administração; ● Para o supervisor inseguro, o riso comunica que ele está sendo alvo de gozações. Manutençãode bom relacionamento em ambientes offshore É fato que um bom relacionamento interpessoal no trabalho é extremamente relevante para produtividade e para a manutenção de um ambiente seguro e saudável. Observadas as características da atividade offshore -isolamento, mau tempo, permanência prolongada a bordo-. É primordial que se cultive o respeito necessário para garantir um convívio harmonioso na unidade, evitando brincadeiras agressivas ou qualquer tipo de discriminação. Bom relacionamento Deve-se manter um bom relacionamento a bordo, tratando a todos de maneira respeitosa. Isolamento O trabalho a bordo pode gerar estresse, e a distância da família e amigos é algo que agrava a solidão. Haja de modo respeitoso com seu colega de trabalho e seja educado. Mau Tempo Mesmo não sendo uma condição comum, quando ocorre, normalmente assusta e gera preocupação aos trabalhadores a bordo. É importante saber que as unidades marítimas foram projetadas para suportar condições adversas de vento forte, tempestade, mau tempo, etc. Para garantir a segurança basta aplicar as orientações e seguir as instruções. Permanência prolongada A permanência abordo é administrada de diversas maneiras pelos operários. Mesmo com recursos como telefonia, internet entre outros meios de comunicação, as reações são as mais diferentes possíveis, o que em alguns casos pode se apresentar de forma negativa. Boas práticas de liderança O líder busca sistematicamente envolver as pessoas na adesão aos vários projetos, apresentando perspectivas de atuação e de desenvolvimento organizacional. O líder influencia ao invés de impor. É possível impor determinadas ações a um subordinado quando se tem poder, contudo é impossível impor a motivação com que cada um leva à prática essa mesma ação. É esta motivação que a liderança procura aperfeiçoar. Para um líder não é suficiente atingir os objetivos da organização; é necessário que as ações realizadas pelos liderandos sejam executadas por sua livre e espontânea vontade. Liderar pode ser considerado essencialmente, motivar e orientar o grupo, em direção aos objetivos ou metas estabelecidos pela corporação. Em ambientes offshore, esse objeto extrapola para além do cumprimento das metas corporativas, pois o líder também quer cumprir as metas de QSMS, que visam garantir a segurança das pessoas, a preservação do ambiente e a conservação do patrimônio. Boas práticas de liderança no âmbito de equipes de trabalho Líder e liderança A palavra líder tem a origem no povo celta. Esse povo, muito antigo, tinha como característica principal ser nômade. Quando a caravana se deslocava de um lugar para outro, ia sempre à frente um homem, ao qual chamavam de “líder”, que para eles significava, “aquele que guia o grupo”. Essa palavra passou para a língua inglesa (leader) significando “indivíduo que se destaca”. Líder é a pessoa que se destaca, que influencia e que consegue dos outros a adesão espontânea às suas atitudes e ideias. Liderança é a atividade de influenciar pessoas a cooperar no alcance de um objetivo que considerem por si mesmas, desejável. Observou-se um fator no processo de liderança: a “liderança situacional”, ou seja, um indivíduo não pode ser líder a todo o momento e em todas as situações. Portanto, de acordo com a exigência da situação aparece um tipo de líder, com as habilidades necessárias para contornar os desafios, sejam eles, na pesca, caça ou colheita de frutos. Avaliemos o exemplo a seguir: “Manhã de junho, em 1979. Numa das estações do metro de São Paulo, uma senhora ficou com o pé preso entre um dos carros da composição e a plataforma, dois homens sustentavam- na para impedir que o peso do corpo gerasse uma posição ainda mais incomoda. Um dos caixas, ao tomar conhecimento da ocorrência, solicitou a um colega que fosse chamar os bombeiros. O mesmo fechou seu guiché e desceu até a plataforma onde se encontrava a composição. Gritou aos passageiros, que se achavam no carro que prendia o pé da senhora, para que descessem (houve algum protesto, mas foi atendido) e se posicionassem ao longo dele. Novo grito do caixa: EMPURREM! Foi obedecido e o carro inclinou-se, a mulher foi erguida e retirada”. No exemplo acima, podemos verificar sem dificuldades, que havia uma causa comum, que era a retirada da mulher da posição em que se encontrava, por causa do acidente. A atitude de liderança do caixa, além de beneficiar a vítima, deixou livre o trânsito à composição, o que era de interesse dos que haviam de prosseguir em seu trajeto. O caixa, que se comportou como líder, compreendeu os desejos e as necessidades do grupo, quase que totalmente inoperante antes de sua atuação e, antevendo a solução, influenciando o grupo sob forma de comando, fez com que os passageiros, (seus seguidores naquela situação presente) definissem também seus papéis (descessem e empurrassem o carro) para salvar a mulher e liberar a composição. A partir desse contexto podemos concluir que o processo de liderança exige: Uma causa comum: que dá unidade ao grupo, constituída pelo líder e seguidores; O líder: a pessoa que se destaca e influencia os seguidores; Os seguidores: os integrantes do grupo, influenciados pelo líder; A situação presente: na qual se definem os papéis dos componentes do grupo. ATENÇÃO Liderar significa atrair. É convidar as pessoas a moverem-se em uma certa direção, compreendendo-as e deixando-as usar suas competências. Responsabilidades sociais e trabalhistas do empregado e empregador No Brasil as relações trabalhistas são reguladas pelo Ministério do Trabalho e Emprego que estabelece as regras gerais que devem ser observadas em um contrato de trabalho. Além disso, a legislação brasileira estabelece as responsabilidades civis e criminais que regem a nossa sociedade. Para atender ao objetivo deste curso, listamos algumas das obrigações que as relações trabalhistas exigem que sejam observadas: Obrigações do empregador ● cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; ● elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos: ● prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho; ●divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e cumprir; ●dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas; ●determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho; ●adotar medidas determinadas pelo MTB; ●adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras de trabalho. O mesmo deve informar aos trabalhadores: –os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; ‒os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; ‒os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; ‒os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho; ‒permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. Obrigações do Empregado ●cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; ●usar o EPI fornecido pelo empregador; ●submeter-se aos exames médicos previstos nas normas regulamentadoras (NR); ●colaborar com a empresa na aplicação das NRs; Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do descrito acima. Complicações decorrentes do consumo de substâncias tóxicas A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica os consumos de álcool em: Consumo de risco - é um padrão de consumoque pode vir a gerar dano físico ou mental, caso persista. Consumo nocivo - é um padrão de consumo que causa danos à saúde física e mental. Contudo não atinge os critérios de dependência. Dependência - é um padrão de consumo constituído por um conjunto de aspectos clínicos e comportamentais que podem desenvolver-se após considerável uso de álcool, desejo intenso de consumir bebidas alcoólicas, descontrole sobre o seu uso, continuação do consumo apesar das consequências, uma grande necessidade de consumo em detrimento de outras atividades ou obrigações, aumento da tolerância ao álcool (necessidade de quantidades crescentes da substância para atingir o efeito desejado ou uma diminuição acentuada do efeito com a utilização da mesma quantidade) e sintomas de privação quando o consumo é descontinuado. Quais as consequências deste tipo de consumo? O consumo de álcool contribui mais do que qualquer outro fator de risco para a ocorrência de acidentes domésticos, laborais e de condução, violência, abusos e negligência infantil, conflitos familiares, incapacidade prematura e morte. Relaciona-se com o surgimento e/ou desenvolvimento de numerosos problemas ou patologias agudas e crônicas de caráter físico, psicológico e social, tornando-se um importante problema de saúde pública. Os hábitos de consumo diferem sensivelmente entre homens e mulheres, entretanto os homens são os maiores consumistas. Anualmente observa-se que a idade de consumo está mais precoce, envolvendo um numero maior de jovens e mulheres. Muitos fatores contribuem para o desenvolvimento dos problemas relacionados com o álcool entre eles o desconhecimento dos limites aceitáveis de consumo e dos riscos associados ao consumo excessivo. Um dos benefícios da detecção precoce é o fato de os indivíduos que não são dependentes do álcool poder parar ou reduzir o consumo com adequada intervenção, feita por profissional da área de dependência química. Consequências na personalidade Alteração psicológica (afetivo, emocional): as drogas podem causar alterações psicológicas nos dependentes, como por exemplo: diminuição da atenção, concentração e memória, perda da noção do tempo e espaço, alterações bruscas de humor, perda da auto-estima, transformando-o numa pessoa passiva, insegura e introvertida, sendo esse um caminho que pode causar depressão ou outros sintomas mentais mais graves que podem resultar na morte. Alteração social: as drogas prejudicam o desempenho social, profissional e afetivo, gerando consequências drásticas como: a repetência escolar, afastamento da família, brigas com o(a) parceiro(a), rejeição pelos amigos que não usam drogas. Para os trabalhadores, temos a ocorrência da perda de emprego, dinheiro, da família e dos amigos (fim dos vínculos sociais). O toxicômano iniciado ou não no alcoolismo e no cigarro sempre estará a um passo de se tornar dependente dos três porque os mesmos estão intimamente interligados. Raridade uma pessoa tornar-se usuária de apenas um deles, geralmente é a dois ou aos três, pois na verdade, o álcool, o fumo e qualquer outro tipo de droga não obedecem a nenhuma ordem para o início do consumo. A dificuldade em direcionar os usuários que se tornaram dependentes químicos para tratamento esbarra na ilusão a respeito de sua condição, como a negação da realidade e minimização do problema, não admitindo a dependência química ou a presunção de que para quando quiser e a “afirmação” de que consegue controlar o uso de drogas. Além disso, o dependente projeta suas dificuldades nas outras pessoas e vê características dos seus comportamentos nos outros, de forma que as pessoas que o rodeiam são o problema. Reflexos do abuso no ambiente de trabalho As empresas na atualidade se preocupam com o consumo de drogas entre seus funcionários, pois esse fator afeta a produção e consequentemente o lucro. Sabe-se que os usuários de drogas se acidentam quatro vezes mais e são beneficiados por duas vezes mais licença médica do que os não usuários. Os usuários têm número maior de faltas, acentuada redução do potencial de trabalho, com reflexo na produtividade. Pela desatenção tendem a causar acidentes e prejuízos psicofísicos para eles e para os colegas e também prejuízos à empresa (quebra de equipamentos). Dependendo do tipo de droga que é utilizada os sintomas mais frequentes, que afetam a capacidade de trabalho, são falta de memória, falta de energia, fadiga, diminuição da coordenação motora, desatenção, desligamento e alteração da percepção, principalmente no caso do alcoolismo, o que se vê frequentemente. É comum que o dependente se irrite facilmente em decorrência de problemas de simples resolução, além dos demais problemas de saúde, que afetam o relacionamento. Por esses motivos, a maioria das grandes empresas criam mecanismos de controle a fim de resguardarem-se dos prejuízos ocasionados pela queda na produtividade, mas que acabam protegendo e beneficiando o trabalhador dependente. O estresse do trabalho e a pressão social aumentam a fragilidade do empregado. A dependência psíquica e física do álcool é oriunda de situações em que o indivíduo se acostuma com essa condição para poder suportar acontecimentos como: fome, pressão, desprezo, condições precárias de vida e de trabalho também. Comunicação assegurada É importante, no processo da comunicação, saber utilizar a linguagem de forma apropriada. Para que a comunicação de fato ocorra é importante: Transmitir as informações de forma clara e precisa durante uma operação; Não utilizar frases longas, o que pode dificultar a compreensão; Escolher as palavras segundo a realidade da pessoa com quem se fala, para que sejam facilmente assimiladas e compreendidas; Apresentar as informações de forma objetiva, ou seja, evitar palavras cujo significado seja difícil de entender; Evitar ironias, metáforas e outros meios indiretos que provoquem dupla interpretação. Condições adversas ao bem estar e à segurança A deficiência na comunicação é a principal condição adversa ao bem estar e à segurança em ambientes complexos como os da atividade offshore. Em um ambiente onde há elevados/diferentes níveis de energia/comportamento, as pessoas atuam em um espaço relativamente restrito, os trabalhadores precisam atuar em equipe para reduzir a possibilidade de que o descontrole desta energia possa provocar danos. Cuide da higiene pessoal A sua saúde e bem estar começam com os cuidados básicos de higiene pessoal. Discriminação Racial Não importa a cor da pele ou o porte físico, somos todos pertencentes à raça humana. Religião Em ambientes onde há concentração significativa de pessoas, provavelmente haverá diversidade de credos. Para uma boa convivência, respeite as diferentes crenças. Álcool e Drogas O álcool e as drogas são terminantemente proibidos em todos os locais de trabalho. É importante destacar que para quem busca qualidade de vida estas substâncias são desaconselháveis. Equilíbrio Emocional É importante destacar que você e os colegas estão em um ambiente de trabalho exaustivo e de risco. O isolamento e a rotina diária exerce muita pressão além da saudade da família e amigos. Para evitar conflitos, é importante sempre manter o equilíbrio emocional, evitando discórdia. Seja Participativo A ação proativa nas atividades a serem desempenhadas, fortalece o entrosamento e confiança no trabalho em equipe. Ao compartilhar seu ponto de vista, você estará enfatizando a segurança no trabalho e demonstrando que se encontra atualizado sobre o serviço desenvolvido. Brincadeiras Inadequadas Evite fazer brincadeiras desagradáveis, principalmente em momentos inadequados. pois poderá resultar em consequências indesejáveis. Imprevistos Lembre-se: a opção de trabalhar em regime offshore foi sua, portanto saiba que existem situações em que seu substituto pode não chegar e daí sua permanênciano local de trabalho será necessária. Não fique triste nem irritado. Você deve estar consciente da possibilidade de imprevistos na unidade marítima.
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