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Semiologia Veterinária - Sistema Digestório

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Semiologia do Sistema Digestório 
• Captação, digestão e absorção de substâncias nutritivas; 
• Componentes: 
- Tubo digestivo (boca, esôfago, estômago – pré-estômago e abomaso em 
ruminantes – alças intestinais, reto e ânus); 
- Órgãos anexos (glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar); 
• Normorexia: apetite normal; 
• Alterações do apetite: 
- Aumentado: polifagia, bulimia; 
- Diminuído: inapetência, anorexia; 
- Pervertido: parorrexia – osteofagia, pilofagia, fitofagia, geofagia, acrofagia, 
coprofagia, infantofagia (canibalismo), pterofagia (penas), xilofagia (madeira). 
• Ingestão de água: varia de acordo com as estações do ano, espécie, grau de 
atividade, idade e quantidade de água contida nos alimentos; 
- Normodipsia; 
- Polidipsia; 
- Hipodipsia; 
- Adipsia; 
- Centro da sede fica no hipotálamo e é estimulado pelo ADH. 
• Sequência da consulta: 
- Identificação do animal (resenha); 
- Anamnese; 
- Exame físico geral; 
- Exame físico específico; 
- Exames complementares. 
 
• Resenha (prontuário): 
- Espécie: 
➢ Cães: corpos estranhos; 
➢ Gatos: doenças inflamatórias intestinais. 
- Peso/tamanho: 
➢ Grandes: vólvulo gástrico; 
➢ Pequenos: vômitos frequentes (doença renal, obstrução?) 
- Idade: 
➢ Idosos: neoplasias; 
➢ Neonatos: diarreia ligada à verminose. 
- Sexo: 
➢ Machos: tenesmo/constipação – doença prostática; 
➢ Fêmea: vômito – piometra. 
 
• Anamnese: colher informação e acolher o tutor e o paciente. 
- Queixa principal; 
- Antecedentes médicos; 
- Manejo sanitário; 
- Manejo nutricional; 
- Ambiente. 
• Exame físico: 
- Inspeção do paciente: 
➢ Condição corporal: obesidade x caquexia; 
➢ Volume abdominal; 
➢ Pelame com brilho x seco e sem brilho; 
➢ Oferecer água e alimento: 
- Deglutição, capacidade de apreensão; 
- Interesse pelo alimento. 
➢ Sinais e sintomas de distúrbios digestórios: 
- Halitose: odor alterado, desagradável ou fétido; 
o Doenças faríngeas, esofágicas e gástricas; 
o Doença dental; 
o Presença de corpos estranhos; 
o Coprofagia; 
o Dieta rica em proteína; 
o Hálito urêmico. 
- Disfagia: 
o Dificuldade ou impossibilidade de deglutição; 
o Raramente os animais com disfagia sofrem de inapetência (não 
comem não porque não sentem fome, e sim porque não 
conseguem); 
o Sinais de disfagia: dificuldade de preensão, mastigação, engasgo, 
sialorreia, halitose; 
o Causas: fraturas de mandíbula, processos dolorosos (ulcerações) ou 
obstrutivos. 
- Regurgitação: 
o Eliminação retrógrada e passiva (sem esforço abdominal) de 
conteúdo ESOFÁGICO (não foi digerido ainda); 
o Alimento não digerido; 
o Causas: megaesôfago, obstruções esofágicas, neoplasias. 
- Vômito: 
o Ejeção forçada de conteúdo gástrico ou duodenal pela boca (ocorre 
o esforço abdominal); 
o Sinais prodrômicos: inquietação, sialorreia, lambedura dos lábios, 
repetidas deglutições, alteração do padrão respiratório; 
o O vômito sozinho não constitui um diagnóstico; 
o Causas: mudanças bruscas de dieta, indisposição alimentar, 
parvovirose, pancreatite, obstruções por corpos estranhos. 
- Hematêmese: 
o Presença de sangue no vômito; 
o Origem: gastrointestinal, cavidade oral ou trato respiratório; 
o Causas: gastrite, neoplasias, antiinflamatórios não esteroidais (uso 
prolongado pode induzir úlceras gástricas), corpos estranhos, 
mastocitomas. 
 
 
- Anorexia e inapetência: 
o Anorexia: completa perda de apetite ou não interesse pelo 
alimento; 
o Inapetência: perda parcial do apetite ou diminuição do consumo de 
alimento; 
o Causas: doenças sistêmicas, stress psicológico, troca de ração, etc.; 
o Doença sistêmica: anorexia + febre + emaciação. 
- Constipação: 
o Caracterizada pelo esforço ao defecar e retenção de fezes secas e 
endurecidas no cólon e no reto (ressacado); 
o Causas: anti-histamínicos, opioides (reduz motilidade intestinal), 
limpeza inadequada da caixa sanitária, dieta rica em fibre para 
animais desidratados, tumores e corpos estranhos. 
- Incontinência fecal: 
o Incapacidade de controlar a eliminação das fezes; 
o Acompanhada pelo relaxamento do esfíncter anal; 
o Incontinência fecal x urgência em defecar; 
o Causas: proctite irritativa, lesão esfíncter anal (lesão S1 a S3). 
- Diarreia: 
o Aumento anormal do volume fecal, da frequência de defecação e 
do conteúdo líquido nas fezes; 
o Causas: parasitismo, neoplasias, insuficiência renal, distúrbios 
pancreáticos, antibióticos, reações à dieta; 
o Aguda: até 2 semanas; 
o Crônica: + de 2 semanas; 
o Tipos: 
▪ Osmótica: falha na absorção e digestão de alimentos 
(carboidratos, ác. Graxos). Cessa a partir do jejum; 
▪ Secretória: aquosa e clara (microorganismos, distensão de 
alças). Não cessa com jejum. 
- Tenesmo e disquezia: 
o Tenesmo: esforços improdutivos e repetidos de defecação; 
o Disquezia: defecação dolorosa; 
o Causas: colites, hernias perianais, doença prostática, obstrução do 
cólon e reto, obstrução uretral em gatos. 
- Hematoquezia: 
o Presença de sangue vivo nas fezes. Esse sangue pode se apresentar 
na forma de estrias ou misturado ao bolo fecal; 
o Causas: lesões hemorrágicas focais (diferenciar estrias de sangue 
misturado às fezes). 
▪ Estrias: pólipos, lesões no cólon distal; 
▪ Sangue misturado às fezes: lesões proximais (cólon 
transverso e descendente). 
- Melena: 
o Coloração escura das fezes, resultante de presença de sangue 
digerido; 
o Causas: sangramento gástrico e duodenais, deglutição de sangue, 
dietas ricas em ferro, administração de carvão ativado. 
- Dor abdominal: 
o Pode ter origem no trato digestório ou outros órgãos. 
o Animal anda dorso-arqueado ou com o bumbum pra cima (posição 
de prece); 
o Causas: distensão de vísceras ocas, peritonites, ruptura de vísceras, 
tromboses, inflamação e/ou distensão do fígado, pâncreas e rins. 
- Distensão abdominal: 
o Aumento do contorno abdominal; 
o Causas: prenhez, hepatomegalia, cistos abdominais, dilatação 
gástrica por gás, obstrução intestinal (fecaloma), peritonite, 
obesidade, retenção de fezes, ascite (líquido no abdômen). 
- Icterícia: 
o Coloração amarelada da pele, mucosas e esclera decorrente do 
acúmulo de bilirrubina nos tecidos; 
o Causas: doenças hepáticas, hemolíticas, obstrução do fluxo da 
vesícula biliar. 
 
- Exame físico específico: 
➢ Avaliar todos os sistemas corporais; 
➢ Doenças primariamente digestórias; 
➢ Secundárias a distúrbios em outros sistemas (urinário, reprodutivo e 
circulatório). 
➢ Exame da cavidade oral e faringe: 
- Avaliação da mucosa bucal, lábios, gengiva e dentes; 
- Na elevação dos lábios superiores observar: 
o Mucosas, gengivas e céu da boca (lesões, coloração); 
o Fístulas; 
o Massas; 
o Cálculos gengivais; 
o Úlceras; 
o Avaliação dos dentes anteriores. 
- Abertura da boca: 
o Avaliação das superfícies dentárias (raíz, fratura, cálculo, etc); 
o Língua (lesão, colorações); 
o Palato duro e mole; 
o Tonsilas; 
o Faringe; 
o Utilizar contenção química quando necessário. 
- O que avaliar: 
o Dentição (contagem, cálculos, resíduos alimentares, placas, raíz do 
dente exposta); 
o Língua (coloração, tipo de superfície, presença de papilas, edema, 
corpos estranhos); 
o Palato duro e mole (comprimento e conformação, anomalias 
congênitas, fissuras palatinas, alongamento); 
o Faringe e laringe (abertura total da boca e deslocamento da língua). 
 
- Principais sinais de comprometimento: 
o Sialorréia; 
o Halitose; 
o Hemorragia oral; 
o Disfagia; 
o Odinofagia; 
o Engasgos; 
o Dificuldade de preensão; 
o Dificuldade de abertura ou fechamento da mandíbula; 
o Descarga nasal. 
➢ Exame das glândulas salivares: 
- Principais sinais clínicos de alteração nas glândulas salivares: 
o Halitose; 
o Ptialismo ou sialorreia; 
o Deglutição dolorosa; 
o Engasgos; 
o Alteração do apetite; 
o Sialocele, rânula ou mucocele. 
➢ Exame do esôfago: 
- Sinais clínicos: 
o Regurgitação; 
o Disfagia; 
oOdinofagia; 
o Deglutições repetidas; 
o Engasgos; 
o Sialorreia. 
- Pode ser palpado na região cervical esquerda, no sulco jugular; 
- Deslocar a cabeça do animal dorsalmente; 
- Portão torácica – RX ou endoscopia; 
- Auscultação da porção cervical e tórax (movimentos fluidos e/ou 
pneumonia por aspiração); 
- Exames complementares: RX simples e contrastado, endoscopia. 
➢ Exame abdominal – inspeção: 
- Avaliar forma e perímetro; 
- Fluido livre – acúmulo central; 
- Gás – acúmulo dorsal; 
- Acúmulo de líquido ou gás em órgãos internos causam abaulamento 
assimétrico; 
- Palpação: 
o Realizar com animal em posição quadrupedal; 
o Utilizar as duas mãos, usando toda a região palmar e ponta dos 
dedos; 
o Iniciar de maneira superficial e depois aprofundar; 
o Avaliar tônus muscular, conteúdo abdominal, regiões dolorosas; 
- Procurar nos órgãos (forma, volume, sensibilidade e consistência); 
o Estômago; 
o Fígado; 
o Intestinos grosso e delgado (alças e parede); 
o Rins; 
o Bexiga; 
o Próstata; 
o Útero. 
- Epigástrio: intestino delgado, fígado (aumentado), estômago 
(distendido); 
- Mesogástrio: intestino delgado e grosso, linfonodos mesentéricos 
(aumentados), rins (gatos), baço, estômago (distendido); 
- Hipogástrio: intestino delgado, colo descendente ou reto, útero 
(distendido), bexiga (distendida), próstata (muito aumentada). 
- Percussão: 
o Quando há alteração ou aumento de volume; 
o Digito-digital (decúbito dorsal ou lateral); 
o Ar, líquido, massa; 
o Realizar ao longo das 3 linhas verticais ou em locais com alteração 
anatômica; 
o Sons de capoteio: 
▪ Desloca o conteúdo com uma das mãos; 
▪ Percepção do som; 
▪ Em todo o abdômen – acúmulo de líquido no intestino 
delgado; 
▪ Na região epigástrica – estômago. 
o Prova de ondulação: com o dígito 
- Palpar a região epigástrica: 
o Introduz o dedo por baixo do gradil costal; 
o Vazio não é possível senti-lo; 
o Dor? Desconforto? 
o Ausculta: 
▪ Com conteúdo: borborigmos; 
▪ Sem conteúdo: silêncio. 
 
➢ Exame do intestino delgado: 
- Palpação abdominal (hepi/meso/hipogástrica): 
o Massas e/ou neoplasias; 
o Conteúdo intestinal anormal; 
o Alterações anatômicas; 
o Pontos dolorosos; 
o Obstruções. 
- Como examinar (meso e hipogástrica – intestino grosso): 
o Palpação abdominal; 
o Toque retal; 
o Inspeção da região perineal. 
➢ Exame do fígado: 
- Inspeção (icterícia e ascite); 
- Palpação abdominal (hepatomegalia); 
- Filhotes apresentam o fígado maior. 
- Exames complementares: 
o Bioquímico (hemograma, proteínas totais, albumina séria, 
fosfatase alcalina, gama ggt); 
o Rx; 
o Ultrassom; 
o Histopatologia. 
➢ Exame do pâncreas: 
- Difícil de ser palpado; 
- Dor – pancreatite aguda; 
- Aderências: dor + formações consistentes; 
- Exames complementares: 
o Amilase e lipase; 
o Glicemia; 
o Atividade proteolítica fecal; 
o RX abdominal; 
o US. 
• Exames complementares utilizados na avaliação do sistema digestório: 
- Hematologia e bioquímica sérica; 
- Urinálise; 
- Análises fecais; 
- RX simples e contrastados; 
- US; 
- Endoscopia; 
- Laparotomia exploratória.

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