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Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas Problema 2: Fechamento Objetivos: 1. Explanar o processo de comunicação celular. 2. Descrever os principais mecanismos de adaptação e de lesão celular. 3. Diferenciar os tipos de morte celular (apoptose e necrose) e seus mecanismos fisiológicos. Comunicação Celular As células individuais, assim como os organismos multicelulares, precisam receber estímulos e responder ao seu ambiente. Uma célula de vida livre – mesmo uma bactéria primitiva – deve ser capaz de farejar nutrientes, perceber a diferença entre claro e escuro e evitar venenos e predadores. Se essa célula tiver algum tipo de “vida social”, ela deve ser capaz de se comunicar com outras células. Quando uma célula de levedura está pronta para acasalar, por exemplo, ela secreta uma pequena proteína chamada de fator de acasalamento. As leveduras do “sexo” oposto detectam esse chamado químico de acasalamento e respondem interrompendo o progresso no ciclo celular e emitindo protrusões na direção da célula que emitiu o sinal. Em um organismo multicelular, as coisas são muito mais complicadas. As células têm de interpretar a multiplicidade de sinais que recebem de outras células para auxiliar na coordenação de seu comportamento. Durante o desenvolvimento animal, por exemplo, as células do embrião trocam sinais para determinar qual função especializada cada célula deverá adotar, que posição ela deverá ocupar no animal e se deverá sobreviver, dividir-se ou morrer. Posteriormente, uma variedade de sinais coordena o crescimento do animal, assim como sua fisiologia e comportamento cotidiano. A informação pode vir de várias formas, e a comunicação frequentemente envolve a conversão dos sinais de informação de uma forma para outra. Esse processo de conversão é chamado de transdução de sinal. Em uma comunicação característica entre células, a célula sinalizadora produz um tipo particular de molécula-sinal extracelular que é detectada pela célula-alvo. Assim como na conversação humana, a maioria das células animais envia e recebe sinais, e, portanto, pode atuar tanto como células sinalizadoras como célula-alvo. As células- alvo possuem proteínas chamadas de receptores que reconhecem e respondem especificamente à molécula-sinal. A transdução do sinal inicia-se quando o receptor de uma célula-alvo recebe um sinal extracelular e o converte em moléculas de sinalização intracelular que alteram o comportamento celular. Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas As células dos organismos multicelulares usam centenas de tipos de moléculas de sinalização extracelulares para se comunicar umas com as outras. As moléculas- -sinal podem ser proteínas, peptídeos, aminoácidos, nucleotídeos, esteroides, derivados de ácidos graxos e até mesmo gases dissolvidos – mas todos contam com somente poucos tipos básicos de comunicação para transmitir as mensagens. Sinalização endócrina: Nos organismos multicelulares, o mecanismo mais comum de comunicação célula-célula envolve a transmissão do sinal pelo corpo todo por sua secreção na corrente sanguínea dos animais ou na seiva das plantas. As moléculas de sinalização extracelular usadas dessa forma são chamadas de hormônios, e nos animais, as células que os produzem são chamadas de células endócrinas. Sinalização parácrina: Nesse caso, em vez de entrar na corrente sanguínea, as moléculas-sinal se difundem localmente pelo líquido extracelular, permanecendo nas vizinhanças da célula que as secretou. Assim, elas atuam como mediadores locais sobre células próximas. Sinalização autócrina: Muitas das moléculas- sinal que regulam a inflamação nos locais de infecção ou controlam a proliferação celular na cicatrização de um ferimento funcionam dessa maneira. Em alguns casos, as células podem responder aos mediadores que elas mesmas produzem, consistindo em uma forma de comunicação parácrina chamada de sinalização autócrina; as células cancerígenas às vezes promovem, assim, sua própria sobrevivência e proliferação. A sinalização neuronal constitui uma terceira forma de comunicação celular. Sinalização neuronal: constitui uma terceira forma de comunicação celular. A mensagem não é amplamente distribuída, mas é liberada rápida e especificamente para as células-alvo individuais por meio de mecanismos específicos. O axônio de um neurônio forma junções especializadas (sinapses) com as células-alvo, que podem estar longe do corpo celular neuronal. Quando ativado por sinais provenientes do ambiente ou de outras células nervosas, o neurônio envia impulsos elétricos que correm ao longo do seu axônio a velocidades de até 100 m/s. Ao chegar ao terminal axônico, esses sinais elétricos são convertidos em uma forma química: cada impulso elétrico estimula a liberação, pelo terminal nervoso, de um pulso de uma molécula de sinalização extracelular chamada de neurotransmissor. O neurotransmissor se difunde pela fenda estreita, alcançando seu destino em menos de 1 milissegundo. Comunicação célula-célula mediada por sinal: a mais específica e de mais curto alcance – não requer a liberação de uma molécula secretada. As células fazem contato direto por meio de moléculas-sinal localizadas na membrana plasmática das células sinalizadoras e proteínas receptoras inseridas na membrana plasmática da célula-alvo. No desenvolvimento embrionário, por exemplo, essa sinalização dependente de contato permite que as células adjacentes inicialmente iguais se especializem para formar tipos celulares diferentes. Para entender melhor... Para contrastar esses diferentes estilos de sinalização, imagine fazer propaganda de uma conferência potencialmente estimulante – ou um concerto, ou um jogo de futebol. Um sinal endócrino seria semelhante à transmissão da informação por uma estação de rádio. Um sinal parácrino localizado seria o equivalente a um panfleto afixado em um quadro de avisos no seu bairro. Os sinais neuronais – de longa distância, mas específicos – seriam similares a uma chamada telefônica, uma mensagem de texto ou um e-mail, e a sinalização dependente de contato seria como uma boa e antiga conversa face a face. Na sinalização autócrina, você poderia escrever um recado para lembrá-lo de comparecer ao evento. Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas Uma célula típica de um organismo multicelular está exposta a centenas de moléculas-sinal diferentes em seu ambiente. Essas podem estar livres no líquido extracelular, inseridas na matriz extracelular onde a maior parte das células reside, ou ligadas à superfície das células adjacentes. Cada célula deve responder muito seletivamente a esse conjunto de sinais, ignorando alguns e reagindo a outros, de acordo com sua função especializada. A resposta de uma célula a uma molécula-sinal depende, antes de tudo, do fato de a célula possuir um receptor para essa molécula. Cada receptor costuma ser ativado por apenas um tipo de sinal. Sem o receptor apropriado, a célula será insensível ao sinal e não poderá reagir. Ao produzir somente um pequeno conjunto de receptores entre os milhares possíveis, a célula restringe a gama de sinais que podem afetá-la. O sinal de um receptor de superfície celular em geral é propagado para o interior da célula-alvo por meio de um conjunto de moléculas de sinalização intracelular. Essas moléculas agem em sequência e, por fim, alteram a atividade de proteínas efetoras, que têm algum efeito direto sobre o comportamento da célula-alvo. Esse sistema de propagação intracelular e as proteínas efetoras intracelulares sobre as quais ele atua variam de um tipo celular especializado para outro, de modo que células diferentes respondem de modo diferente ao mesmo tipo de sinal. Uma célulatípica possui muitos tipos de receptores, cada um presente em dezenas ou centenas de milhares de cópias. Tal variedade torna a célula sensível simultaneamente a vários sinais extracelulares e permite que um número relativamente pequeno de moléculas-sinal, em diferentes combinações, exerça um controle complexo e refinado sobre o comportamento celular. Uma combinação de sinais pode evocar uma resposta que é diferente da soma dos efeitos que cada sinal desencadearia isoladamente. Desse modo, a presença de um sinal modifica, com frequência, os efeitos de outro. Uma combinação de sinais permite a sobrevivência da célula; outra combinação leva à diferenciação especializada, e outra promove a divisão celular. A maioria das células animais está programada para cometer suicídio na ausência de sinais. Os sinais extracelulares podem agir lenta ou rapidamente: determinados tipos de respostas celulares – como a diferenciação celular ou o aumento do crescimento ou da divisão celular– envolvem mudanças na expressão gênica e na síntese de novas proteínas. Por isso, essas respostas ocorrem de forma mais lenta. Outras respostas – como mudanças no movimento, na Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas secreção ou no metabolismo celular – não precisam de mudanças na expressão gênica e, por isso, ocorrem rapidamente. Uma categoria importante de moléculas-sinal que contam com proteínas receptoras intracelulares é a família dos hormônios esteroides – incluindo cortisol, estradiol e testosterona – e os hormônios da tireoide, como a tiroxina. Esses receptores, tanto citosólicos como nucleares, são denominados receptores nucleares, porque, ao serem ativados pela ligação ao hormônio, atuam como reguladores de transcrição no núcleo. Nas células não estimuladas, os receptores nucleares se encontram na forma inativa. Quando ocorre a ligação ao hormônio, o receptor passa por uma grande mudança de conformação que ativa a proteína, tornando-a capaz de promover ou inibir a transcrição de genes-alvo específicos. Os receptores nucleares e os hormônios que os ativam são essenciais à fisiologia humana. A perda desses sistemas de sinalização pode ter consequências drásticas, conforme exemplificado pelo que acontece com indivíduos que perdem o receptor do hormônio sexual masculino, testosterona. O óxido nítrico (NO) desencadeia o relaxamento da musculatura lisa da parede dos vasos sanguíneos: O neurotransmissor acetilcolina causa a dilatação do vaso sanguíneo por se ligar a receptores na superfície das células endoteliais, estimulando-as a produzir e liberar óxido nítrico (NO). O NO então se difunde das células endoteliais para as células musculares lisas adjacentes, onde regula a atividade de proteínas específicas, causando o relaxamento das células musculares. Uma proteína-alvo que pode ser ativada pelo NO é a guanilato-ciclase, que catalisa a produção de GMP cíclico a partir de GTP. Note que o NO é um gás altamente tóxico quando inalado e não deve ser confundido com o óxido nitroso (N2O), também conhecido como gás do riso. Os componentes das vias de sinalização intracelular executam as seguintes funções: 1. Podem simplesmente transmitir o sinal para diante e dessa forma auxiliar na sua propagação por toda a célula. 2. Podem amplificar o sinal recebido, tornando-o mais forte, de modo que poucas moléculas de sinalização extracelular sejam suficientes para evocar uma resposta intracelular intensa. 3. Podem detectar sinais de mais de uma via de sinalização intracelular e integrá-los antes de transmitir o sinal para diante. 4. Podem distribuir o sinal para mais de uma proteína efetora, criando ramificações no diagrama do fluxo de informações e evocando uma resposta complexa. As etapas de uma via de sinalização estão geralmente sujeitas à modulação pela regulação por retroalimentação. Na retroalimentação positiva, um componente de etapas posteriores na via age sobre um componente prévio na mesma via para aumentar a resposta ao sinal inicial; na retroalimentação negativa, um componente de etapas posteriores da via age na inibição de um componente anterior para diminuir a resposta ao sinal inicial. Essa regulação por retroalimentação é muito comum nos sistemas biológicos e pode levar a respostas complexas: a retroalimentação positiva pode gerar respostas do tipo tudo-ou- nada, por exemplo, ao passo que a retroalimentação negativa pode gerar respostas oscilantes do tipo liga-desliga. Muitas das proteínas de sinalização intracelular essenciais se comportam como interruptores moleculares: a recepção de um sinal causa sua alternância de um estado inativo para um estado ativo. Uma vez ativadas, essas proteínas podem estimular – ou em outros casos suprimir – outras proteínas na via de sinalização. Elas então permanecem no estado ativo até que algum outro Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas processo as iniba. A importância do processo dos interruptores moleculares é, com frequência, subestimada: imagine as consequências se uma via de sinalização que acelera seu batimento cardíaco permanecer ativa indefinidamente. Para que uma via de sinalização se recupere após transmitir um sinal e fique apta a transmitir outro, cada proteína ativada deve retornar ao seu estado original inativado. Portanto, para cada mecanismo de ativação ao longo da via, deve haver um mecanismo de inativação. Os dois são igualmente importantes para que uma via de sinalização seja útil. No caso dessas moléculas, o interruptor molecular é convertido em um estado específico por uma proteína-cinase, que liga covalentemente um grupo fosfato à proteína, e um estado diferente por uma proteína-fosfatase, que remove o fosfato. A atividade de qualquer proteína que seja regulada por fosforilação depende – a cada momento – do equilíbrio entre as atividades das proteínas-cinase que a fosforilam e das proteínas- fosfatase que a desfosforilam. Resumindo... Essas proteínas (de sinalização intracelular) podem ser ativadas – ou, em alguns casos, inibidas – pela adição ou remoção de um grupo fosfato. (A) Em uma classe de proteínas comutadoras, o fosfato é adicionado de forma covalente por uma proteína-cinase, que transfere o grupo fosfato terminal do ATP para a proteína sinalizadora; o fosfato é removido por uma proteína-fosfatase. (B) Em outra classe, uma proteína de ligação ao GTP é ativada quando troca seu GDP ligado por GTP (o que, de certo modo, adiciona um fosfato à proteína); esta então é inativada pela hidrólise do GTP ligado em GDP. Todas as proteínas receptoras de superfície celular se ligam a uma molécula- -sinal extracelular e transduzem sua mensagem para uma ou mais moléculas de sinalização intracelular que alteram o comportamento da célula. A maioria desses receptores pertence a três grandes classes, que diferem no mecanismo de transdução utilizado. 1. Os receptores acoplados a canais iônicos modificam a permeabilidade da membrana plasmática a íons específicos, alterando, dessa forma, o potencial de membrana e, se as condições forem corretas, produzindo uma corrente elétrica. 2. Os receptores acoplados à proteína G ativam as proteínas triméricas de ligação ao GTP (proteínas G) ligadas à membrana, as quais ativam (ou inibem) uma enzima ou um canal iônico na membrana plasmática, iniciando uma cascata de sinalização intracelular. 3. Os receptores acoplados a enzimas agem como enzimas ou se associam a enzimas no interior da célula; quando estimulados, as enzimas podem ativar uma ampla variedade de vias de sinalização intracelular. Receptores acoplados à proteína G: Os receptores acoplados à proteína G (GPCRs) medeiam respostas a uma enorme diversidade de moléculas de sinalização extracelular, incluindohormônios, mediadores locais e neurotransmissores. Essas moléculas são tão Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas variadas em estrutura como o são em função: elas podem ser proteínas, pequenos peptídeos ou derivados de aminoácidos ou de ácidos graxos, e para cada uma delas existe um receptor ou um conjunto de receptores diferentes. Apesar da diversidade das moléculas sinalizadoras que se ligam a eles, todos os GPCRs analisados possuem estrutura semelhante: cada um é formado por uma cadeia polipeptídica única que atravessa a bicamada lipídica sete vezes. Essa superfamília de proteínas receptoras transmembrânicas de sete passagens inclui a rodopsina (a proteína fotorreceptora ativada pela luz no olho dos vertebrados), os receptores olfatórios (de odor) nas fossas nasais dos vertebrados e os receptores que participam dos rituais de acasalamento das leveduras unicelulares. A ligação de uma molécula de sinalização extracelular ao GPCR induz nesse receptor uma mudança de conformação que lhe permite ativar uma proteína G localizada na fase cistosólica da membrana plasmática. Um GPCR ativa proteínas G estimulando a dissociação do GDP da subunidade α e a ligação de uma molécula de GTP: No estado não estimulado, o receptor e a proteína G estão inativos. A ligação de uma molécula de sinalização extracelular ao receptor muda sua conformação, o que, por sua vez, altera a configuração da proteína G que está ligada a ele. A alteração da subunidade α da proteína G permite que esta troque seu GDP por GTP. Essa troca desencadeia uma mudança adicional de conformação que ativa tanto a subunidade α quanto o complexo βγ, que se dissociam para interagir com suas proteínas- alvo específicas na membrana plasmática. O receptor permanece ativo enquanto a molécula- sinal externa estiver ligada a ele, e pode portanto catalisar a ativação de várias moléculas de proteína G. A subunidade α da pro�teína G se inativa ao hidrolisar o GTP ligado em GDP: Quando a subunidade α ativada interage com sua proteína- alvo, ela a ativa (ou, em alguns casos, a inativa) pelo período em que as duas proteínas permanecem ligadas uma à outra. Normalmente a subunidade α hidrolisa seu GTP em GDP em segundos. Essa perda de GTP inativa a subunidade α, que se dissocia da sua proteína-alvo e – se essa subunidade estiver separada do complexo βγ – reassocia-se ao complexo βγ, tornando a formar uma proteína G inativa. A proteína G está agora pronta para interagir com outro receptor ativado. Tanto a subunidade α ativada como o complexo βγ ativado podem interagir com proteínas-alvo na membrana plasmática. A proteína Gi acopla a ativação do receptor com a abertura dos canais de K+ na membrana plasmática das células marca-passos cardíacas: A ligação do neurotransmissor acetilcolina ao GPCR nas células cardíacas resulta na ativação da proteína Gi. O complexo βγ ativado abre canais de K+ na membrana plasmática, aumentando sua permeabilidade ao íon e, portanto, tornando mais difícil a ativação da membrana e desacelerando os batimentos cardíacos. A inativação da subunidade α pela hidrólise do GTP ligado faz a proteína G retornar ao seu estado inativo, o que permite o fechamento dos canais de K+. O AMP cíclico é sintetizado pela adenilato- ciclase e degradado pela fosfodiesterase do AMP cíclico: O AMP cíclico (abreviado cAMP) é formado a partir de ATP por uma reação de ciclização que remove dois grupos fosfato do ATP e liga as extremidades “livres” do grupo fosfato remanescente no açúcar da molécula de AMP. A reação de degradação rompe essa nova ligação, formando AMP. A adrenalina estimula a degradação do glicogênio nas células da musculatura esquelética: O hormônio ativa um GPCR, o qual ativa uma proteína G (Gs) que ativa a adenilato- ciclase para aumentar a produção de AMP cíclico. O aumento no AMP cíclico ativa a PKA, a qual fosforila e ativa a enzima fosforilase- -cinase. Essa Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas cinase ativa a glicogênio- -fosforilase, a enzima que degrada o glicogênio. Essas reações ocorrem rapidamente, pois não envolvem mudanças na transcrição gênica, nem a síntese de novas proteínas. Um aumento no AMP cíclico intracelular pode ativar a transcrição gênica: A ligação de uma molécula-sinal ao seu receptor acoplado à proteína G pode levar à ativação da adenilato- ciclase e a um aumento na concentração citosólica de AMP cíclico. O aumento de AMP cíclico ativa PKA, a qual se desloca para o núcleo e fosforila reguladores de transcrição específicos. Essas proteínas, quando fosforiladas, estimulam a transcrição de um conjunto completo de genes- alvo. Esse tipo de via de sinalização controla diversos processos celulares, desde a síntese de hormônios pelas células endócrinas até a síntese de proteínas envolvidas com a memória de longa duração no cérebro. A PKA ativada também pode fosforilar e, dessa forma, promover a regulação de outras proteínas e enzimas no citosol. A fosfolipase C ativa duas vias de sinalização: A hidrólise de um fosfolipídeo de inositol de membrana por uma fosfolipase C ativada produz duas moléculas de pequenos mensageiros. O inositol 1,4,5-trifosfato (IP3) se difunde pelo citosol e se liga aos canais especiais de Ca2+ na membrana do RE, abrindo-os e desencadeando a liberação do íon. O grande gradien�te eletroquímico provoca a liberação rápida do Ca2+ do RE para o citosol. O diacilglicerol permanece na membrana e, juntamente com o Ca2+, auxilia na ativação da proteína- -cinase C (PKC), que é recrutada do citosol para a face citosólica da membrana plasmática. A PKC fosforila seu próprio conjunto de proteínas intracelulares, propagando o sinal. No início da via, as subunidades α e βγ da proteína Gq estão envolvidas na ativação da fosfolipase C. Cascata de coagulação: A cascata de sinalização é um receptor acoplado à proteína G possuem alta velocidade, sensibilidade e adaptabilidade, toda essa eficiência é perceptível na rapidez com que uma emoção faz o coração disparar, na rapidez em que o aroma da comida faz a boca salivar e na rapidez da resposta do olho á luz. Essa excepcional velocidade é alcançada a despeito da necessidade de transmitir o sinal por múltiplas etapas de uma cascata de sinalização intracelular. As cascatas permitem uma maior amplificação do sinal inicial e possibilita que as células se adaptem para serem capazes de detectar sinais de intensidade muito variada. O processo da cascata em célula fotorrecptora consegue gerar uma mudança no potencial de membrana, o que altera a liberação do neurotransmissor e permite o envio de um impulso nervoso para o encéfalo. O olfato e o paladar também dependem de receptores acoplados à proteína G. Parece provável que esse mecanismo de recepção de sinal, desenvolvido bem cedo na evolução dos eucariotos, tenha sua origem na necessidade básica e universal das células de perceber seu meio ambiente e responder a ele. A ativação de um receptor tirosina-cinase (RTK) estimula a formação de um complexo de sinalização intracelular: A ligação de uma molécula-sinal ao domínio extracelular de um receptor tirosina-cinase provoca a associação de dois receptores formando um dímero. A molécula- sinal é um dímero e, por isso, pode unir fisicamente dois receptores; outras moléculas- sinal induzem uma mudança de conformação nos RTKs, causando a dimerização dos receptores. Em ambos os casos, a formação do dímero propicia o contato dos domínios de cinase das caudas citosólicas dos receptores. Isso ativa as cinases e permite a fosforilação dos segmentos adjacentes em diversas tirosinas. Cada tirosina fosforilada serve como um sítio de ancoragem específico para uma proteína de sinalização intracelular diferente, a qual ajuda na transmissãodo sinal para o interior da célula; estas proteínas possuem um domínio de interação especializado – neste caso, um módulo denominado domínio SH2 – que reconhece e se liga a tirosinas específicas fosforiladas no segmento citosólico de um RTK ativado ou em outra proteína de sinalização intracelular. Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas Os receptores tirosina-cinase ativam Ras: Uma proteína adaptadora se liga a uma fosfotirosina específica no receptor ativado. O adaptador recruta um Ras-GEF (fator de troca do nucleotídeo guanina) que estimula Ras a trocar seu GDP por GTP. A Ras ativada estimula então várias vias de sinalização. A proteína Ras contém um grupo lipídico covalentemente ligado que auxilia na ancoragem da proteína à membrana plasmática. Adaptação celular Frente aos estresses os tecidos sofrem algumas adaptações. Essas adaptações podem ser positivas ou negativas, quando negativas as células sofrem injuria, ou seja, é lesionada. Assim, pode haver morte celular ou não. As adaptações celulares são mudanças reversíveis no tamanho, número, fenótipo, atividade metabólica ou funções das células em resposta a mudanças. São alguns exemplos de adaptações celulares epiteliais: I. Atrofia: volume maior passa a ser maior. II. Hipertrofia: é o contrário da atrofia. III. Hiperplasia: número de células aumentado. IV. Metaplasia: alteração da morfologia celular. Ex.: Um epitélio que era simples e se torna estratificado. V. Displasia: conjunto de hiperplasia com metaplasia. Muitas vezes precede um câncer. Hiperplasia: aumento no número de células em resposta a hormônios ou fatores de crescimento. Ocorre em tecidos onde as células são capazes de divisão. OBS: A hiperplasia faz parte do CA, mas não é igual ao CA. Controle da proliferação das células da teca: dentro da teca há grande quantidade de fatores de crescimento que consegue controlar a proliferação. As células da granulosa vão produzir fatores de crescimento inibitórios para essa proliferação. Os processos que limitam a estimulação das células da teca — por uma necessidade do folículo em sofrer ovulação e luteinização ou degeneração —são: Produção de activina, TGF- β, bFGF, TNF-α, IL-1 β pelas células da granulosa; produção de TNF- α pelo oócito; produção de TGF- α, HGF e KGF pelas células da teca, inibindo sua própria produção e produção de TNF-α, IL-1 β pelos macrófagos. Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas Descontrole da proliferação celular: os tecidos vão acumulando mutações no material genético (devido a proliferação exacerbada) e, posteriormente haverá câncer e até mesmo rompimento da membrana basal, havendo assim a metástase. Em cada divisão celular que acontece no organismo, existe uma chance de mutação. Na proliferação das nossas células, essa taxa é relativamente baixa, todavia, pelo quantitativo imenso de células, a cada segundo, células mutantes aparecem. Em sua maioria, essas células mutantes não fazem nada e eventualmente morrem. Algumas mutações, entretanto, podem acometer genes responsáveis pela regulação do ciclo celular, como a proteína P53 que é um dos pontos de checagem do ciclo celular para a integridade do DNA. Se uma célula sofre mutação, a P53 e outras proteínas específicas detectam a mutação e matam a célula por apoptose. Se, todavia, uma célula sofrer mutação do gene53, esse gene se tornará incapaz de controlar a proliferação celular e a célula fica mais propícia a mutações e a se tornar uma célula cancerosa. Hiperplasia prostática benigna: geralmente, inicia-se na zona de transição e depois se alastra pela próstata. A testosterona pode atuar diretamente nas células epiteliais, ativa o receptor de andrógeno que atua como um fator de transcrição e estimula um fator de crescimento estimulantes de insulina. Metaplasia: geralmente são induzidas por alteração na via de diferenciação de células- tronco. Além disso, pode resultar em função reduzida ou maior propensidade à malignidade do CA. Acredita-se que a metaplasia surja por uma “reprogramação” genética de células-tronco e não da transdiferenciação de células já diferenciadas. Exemplo de metaplasia epitelial: epitélio respiratório em fumadores. Mudança de um epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado para um epitélio pavimentoso estratificado, mais resistente. Deficiência de vitamina A pode induzir também a metaplasia escamosa. Embora o epitélio escamoso metaplásico possua vantagens de sobrevivência, os importantes mecanismos de proteção são perdidos, tais como a secreção de muco e a remoção pelos cílios, de materiais particulados. As influências que induzem a transformação metaplásica, se persistirem, podem predispor a transformação maligna do epitélio. Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas Hipertrofia: aumento no tamanho das células e não na quantidade. É típica de tecidos incapazes de divisão celular. É induzida por fatores de crescimento produzidos em resposta ao estresse mecânico ou outros estímulos, como processos inflamatórios localizados. Atrofia: É a redução no tamanho das células e do órgão, como resultado da redução do aporte de nutrientes ou do desuso. Está associada à redução da síntese de componentes celulares e ao aumento da degradação de organelas celulares Exemplo de atrofia fisiológica: Timo. Ele sofre atrofia durante o desenvolvimento e, no adulto, só resta um resquício. A atrofia resulta da: Síntese proteica diminuída (redução da atividade metabólica). Degradação proteica aumentada nas células (ocorre pela via ubiquitina-proteossoma). Acredita-se que esta via seja responsável também pela proteólise acelerada observada em várias condições catabólicas, incluindo a caquexia do cancro. Em muitas situações, a atrofia é acompanhada também do aumento da autofagia (processo no qual a célula privada de nutrientes digere os seus próprios componentes no intuito de encontrar nutrição e sobreviver). Lesão celular Lesão Celular Reversível: nos estádios iniciais ou nas formas leves de lesão, as alterações morfológicas e funcionais são reversíveis, se o estímulo for removido. Embora existam anomalias estruturais e funcionais graves, não há a progressão característica de lesão para dano significativo à membrana e dissolução nuclear. As duas principais características morfológicas da lesão celular reversível são: Tumefação Celular: é resultado da falência das bombas de íons na membrana plasmática, dependentes de energia, levando a uma incapacidade de manter a homeostase iónica e de fluido. É a primeira manifestação de quase todas as formas de lesão celular. Quando afeta muitas células de um órgão, causa alguma palidez e aumento do turgor e do peso do órgão. Na microscopia pode revelar vacúolos pequenos e claros no citoplasma (segmentos distendidos e separados do RE). Não é letal e designa-se por alteração hidrópica ou degeneração vacuolar. Degeneração Gordurosa: ocorre na lesão hipóxica e em várias formas de lesão metabólica ou tóxica e manifesta-se pelo Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas surgimento de vacúolos lipídicos, grandes ou pequenos, no citoplasma. Esta ocorre sobretudo em células envolvidas e dependentes do metabolismo de gordura (ex.: hepatócitos e miócitos). As células lesadas podem exibir uma coloração eosinofílica que se torna muito mais pronunciada com a progressão para necrose. Alterações ultra-estruturais da lesão celular reversível: Alterações na membrana plasmática, como bolhas, apagamento ou distorção das microvilosidades e a perda das adesões intercelulares. Alterações mitocondriais com tumefacção e a presença de densidades amorfasricas em fosfolipídios. Dilatação do RE com destacamento dos ribossomos e a dissociação dos polissomos. Alterações nucleares, com condensação da cromatina. Causas da lesão celular: Privação de Oxigênio: a isquemia é a causa mais comum de hipóxia. A deficiência de oxigénio também pode resultar da oxigenação inadequada do sangue (ex.: pneumonia) ou da redução da capacidade do sangue em transportar oxigênio (ex.: anemia, envenenamento por CO). Agentes Químicos: enorme número de substâncias químicas que podem lesar as células é amplamente conhecido; mesmo substâncias inócuas, se absorvidas ou administradas em excesso podem perturbar o ambiente osmótico, resultando em lesão ou morte celular. Agentes Infecciosos: variam desde vírus submicroscópicos a tênias grandes; entre eles estão as riquétsias, as bactérias, os fungos e os protozoários. Reações Imunológicas: doenças autoimunes e reações alérgicas. Defeitos Genéticos: causam lesão celular por causa da deficiência de proteínas funcionais, como os defeitos enzimáticos nos erros inatos do metabolismo ou a acumulação de DNA danificado ou proteínas mal dobradas, ambos disparando a morte celular quando são irreparáveis. As variações genéticas (polimorfismos) podem influenciar também a suscetibilidade das células a lesão por substâncias químicas e outras lesões ambientais. Desequilíbrios Nutricionais: as deficiências nutricionais permanecem como a maior causa de lesão celular. Agentes Físicos: o trauma, os extremos de temperatura, a radiação, o choque elétrico e as alterações bruscas na pressão atmosférica exercem profundos efeitos nas células. Envelhecimento: a senescência celular leva a alterações nas habilidades replicativas e de reparo das células e tecidos. Essas alterações levam à diminuição da capacidade de responder ao dano e, finalmente, à morte das células e do organismo. Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas Morte celular É a lesão irreversível, ocasionando assim, a morte da célula. Necrose: É a alteração que acompanha a morte celular, que resulta da ação degradativa de enzimas nas células lesadas letalmente. As células necróticas exibem um aumento da eosinofilia (aumento da ligação da eosina às proteínas citoplasmáticas desnaturadas e perda de basofilia conferida pelo RNA no citoplasma). As células mortas são substituídas por grandes massas espiraladas compostas por fosfolipídios, chamadas figuras de mielina, as quais são derivadas das membranas celulares danificadas. As células mortas podem se tornar calcificadas (precipitados fosfolipídicos posteriormente degradados em ácidos gordos, que calcificam e originam os sabões de cálcio). As alterações nucleares assumem um dos três padrões, todos devidos à quebra da cromatina e do DNA: Cariólise: basofilia da cromatina pode empalidecer. Picnose: retração nuclear e aumento da basofilia. O DNA condensa-se. Cariorrexe: núcleo picnótico sofre fragmentação. O extravasamento de proteínas intracelulares através da membrana celular rompida e, por fim, para a circulação, fornece meios de detectar a necrose tecido-específica, usando- se amostras de sangue ou de soro. Padrões da necrose tecidual: I. Coagulativa: As células componentes estão mortas, mas a estrutura básica do tecido é preservada (pelo menos alguns dias); Os tecidos afetados adquirem uma textura firme; Desnaturação das proteínas estruturais e enzimáticas, bloqueando assim a proteólise das células mortas (anucleadas e eosinofílicas). Por fim, as células necróticas são removidas por fagocitose. É característica de infartos(áreas de necrose isquêmica) em todos os órgãos sólidos, exceto o cérebro. II. Liquefativa: Observada em infecções bacterianas focais ou fúngicas (estimulam a acumulação de células inflamatórias e as enzimas dos leucócitos a digerirem o tecido); A liquefação digere por completo as células mortas, o que resulta num tecido de massa viscosa, líquida. Se o processo foi iniciado por inflamação aguda, o material é quase sempre amarelo cremoso – pus. É comum Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas morte por hipóxia de células do SNC ocasionar este padrão de necrose. III. Gangrenosa: Não é um padrão distintivo de morte celular. É aplicado comumente à perna, que perdeu o seu suprimento sanguíneo e que sofreu necrose coagulativa; Quando uma infecção bacteriana se sobrepõe, a necrose coagulativa é modificada – gangrena úmida. IV. Caseosa: Encontrada com mais frequência em focos de infecção tuberculosa. Aparência friável branco- amarelada. A estrutura do tecido é completamente obliterada e os contornos celulares não podem ser distinguidos (células fragmentadas, com aparência granular amorfa). É quase sempre encerrada dentro de uma nítida borda inflamatória (granuloma). V. Gordurosa: Áreas focais de destruição gordurosa, tipicamente resultante da libertação de lipases pancreáticas ativadas na substância do pâncreas e na cavidade peritoneal – pancreatite aguda. Áreas brancas gredosas macroscopicamente visíveis (saponificação da gordura), provocadas pela combinação dos ácidos graxos liberados com o cálcio. VI. Fibrinoide: Em geral, observada nas reações imunes que envolvem os vasos sanguíneos. É proeminente quando complexos antígeno-anticorpo são depositados nas paredes das artérias. Aparência amorfa e róseo-brilhante (combinação dos imunocomplexos com a fibrina). Exemplo: poliartrite nodular. Apoptose: ocasiona Condensação da cromatina nuclear e formação dos corpos apoptóticos (fragmentos de núcleo e citoplasma). Morfologia: Em tecidos corados pelo H&E, as células apoptóticas aparecem como massas ovais ou redondas com citoplasma intensamente eosinofílico. Os núcleos exibem vários estágios de condensação e agregação da cromatina e, finalmente, cariorrexe (fragmentação do DNA). Rapidamente as células retraem, formando brotos citoplasmáticos e fragmenta-se em corpos apoptóticos compostos por vesículas envolvidas por membrana contendo citosol e organelas, que rapidamente são expulsos e fagocitados. O evento fundamental na apoptose é a ativação de enzimas denominadas caspases, que ativadas clivam numerosos alvos, culminando na ativação de nucleases que degradam o DNA e outras enzimas que provavelmente destroem nucleoproteínas e proteínas do citoesqueleto. Duas vias distintas convergem para a ativação das caspases: I. Via Mitocondrial (Intrínseca) da Apoptose: As mitocôndrias contêm uma série de proteínas, capazes de induzir a apoptose, que incluem o citocromo C e antagonistas de inibidores de apoptose citosólicos endógenos. A escolha entre a sobrevivência e a morte celular é determinada pela Proliferação Celular Ana Clara Silva Freitas permeabilidade da mitocôndria, controlada pela Bcl-2. Quando as células são privadas de fatores de crescimento e outros sinais de sobrevivência ou são expostas a agentes que lesam DNA ou ainda acumulam quantidades inaceitáveis de proteínas mal dobradas, um grupo de sensores é ativado, sendo que alguns desses sensores, membros da família do Bcl-2, ativam, por sua vez, dois membros pró- apoptóticos da família chamada Bax e Bak, que se dimerizam e se inserem no interior da membrana mitocondrial, formando canais através dos quais o citocromo C e outras proteínas mitocondriais extravasam para o citosol. Outros sensores relacionados inibem as moléculas anti-apoptóticas Bcl-2 e Bcl-x, com o mesmo resultado final – extravasamento de proteínas mitocondriais. O citocromo C, em conjunto com alguns cofactores, ativam a caspase-9. O resultado final é a ativação da cascata de caspases, levando,por fim, à fragmentação nuclear. Esta via parece ser a via responsável pela maioria das situações de apoptose. II. Via Receptor de Morte da Apoptose (Extrínseca): Os receptores de membrana da família do TNF contêm um “domínio de morte” conservado, sendo esses receptores do tipo TNF I e Fas (CD95). O ligante Fas (Fas-L) é uma proteína de membrana expressa sobretudo em linfócitos T ativados. Quando essas células T reconhecem os alvos que expressam Fas, as moléculas Fas são ligadas em reação cruzada pelo Fas-L e suas proteínas de ligação adaptadoras que, por sua vez, se ligam à caspase-8. O agrupamento de muitas moléculas de caspases leva à sua ativação, iniciando, assim, a cascata de caspases. Em muitos tipos celulares, a caspase-8 pode clivar e ativar um membro pró- apoptótico da família Bcl-2, chamado Bid. As proteínas celulares, notadamente um antagonista de caspase chamada FLIP, bloqueia a ativação das caspases em direção aos receptores de morte. Esta via está envolvida na eliminação de linfócitos auto-reativos e na eliminação de células-alvo por alguns linfócitos T citotóxicos.
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