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Planejamento familiar

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Planejamento familiar 
1. Conhecer os métodos contraceptivos preconizados pelo Ministério da Saúde 
OFERECIDOS PELO SUS 
 Anticoncepcional injetável mensal; 
 Anticoncepcional injetável trimestral: esse método contraceptivo é feito com uma 
injeção de hormônios (estrogênio e progesterona), que é administrada uma vez por 
mês ou a cada três meses, dependendo do tipo de contraceptivo injetável. Esse 
método é muito eficaz para evitar gravidez. 
 Minipílula: é uma pílula anticoncepcional composta exclusivamente pelo hormônio 
progestina (forma sintética da progesterona) sem o estrogênio, responsável pela 
maioria dos efeitos colaterais indesejáveis das pílulas tradicionais. Essa impede a 
ovulação, torna o muco cervical mais espesso e torna a parede interna do útero 
mais fina. Eficácia de 92%. Não possui pausa. 
 Pílula combinada ou simplesmente pílula: como é conhecida popularmente, é um 
método contraceptivo composto por diferentes tipos de hormônios, que servem para 
inibir a ovulação e evitar a gravidez. O uso de pílulas anticoncepcionais não é 
recomendado para mulheres fumantes, ou compressão arterial elevada, histórico de 
câncer de mama, fígado, ou câncer endometrial. O melhor tipo de pílula para cada 
paciente deve ser indicado por um ginecologista. Pode ser continua ou pode ter 
intervalo. Monofásica. 
 Diafragma: é um contraceptivo composto por uma membrana de silicone, em forma 
de cúpula, envolvido por um anel flexível. Existem diafragmas de vários tamanhos, 
podendo variar entre 50 mm a 105 mm. O diafragma é inserido na vagina antes da 
relação sexual, impedindo a entrada do esperma no útero. É recomendável que o 
diafragma seja utilizado junto a um creme ou geleia espermicida, para oferecer maior 
lubrificação e também para aumentar a eficácia contraceptiva. O diafragma deve 
permanecer no lugar durante seis a oito horas depois do coito para poder evitar a 
gravidez, mas deve ser removido dentro de 24 horas. 
 Pílula anticoncepcional de emergência (ou pílula do dia seguinte): pode 
ser composta por levonorgestrel ou por acetato de ulipristal, que funcionam 
atrasando ou inibindo a ovulação. As pílulas contendo levonorgestrel podem ser 
usadas até 3 dias após o contato íntimo e as pílulas contendo acetato de ulipristal 
podem ser usadas até 5 dias após as relações sexuais desprotegidas, no entanto, a 
sua eficácia diminui à medida que os dias passam e por isso devem ser tomadas 
com a maior brevidade possível. 
 
 Dispositivo Intrauterino (DIU): é um método anticoncepcional constituído por um 
aparelho pequeno e flexível que é inserido dentro do útero. Ele só pode ser 
utilizado em pacientes saudáveis e que apresentem exames ginecológicos normais; 
ausência de vaginites, tumores pélvicos, doença inflamatória pélvica (DIP), etc. 
Existem vários modelos de DIU e é um contraceptivo que deve ser colocado por um 
profissional da saúde. DIU DE COBRE ou o de MIRENA. Aumento do fluxo mesntrual 
 
 Preservativo feminino: conhecido também como “camisinha feminina” é um 
contraceptivo inserido na vagina antes da penetração do pênis, para impedir a 
entrada do esperma no útero. O preservativo é pré-lubrificado com silicone, porém, 
outros lubrificantes, à base de água ou óleo, podem ser usados, para melhorar o 
desconforto e o ruído que o preservativo feminino pode causar. Esse método 
contraceptivo também reduz o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis 
(DST). Pode ser inseria ate 8hrs antes da penetração. 
 Preservativo masculino: popularmente conhecido como camisinha, é um 
contraceptivo utilizado no pênis, para recolher o esperma, impedindo-o de entrar no 
corpo da mulher. A camisinha é descartável e o material do preservativo é composto 
por látex ou poliuretano. Além de prevenir uma gravidez indesejada, previne 
também contra doenças sexualmente transmissíveis (DST). 
 Contracepção cirúrgica 
- Vasectomia: os canais deferentes são cortados e amarrados, cauterizados, 
ou fechados com grampos. É uma cirurgia simples, que pode ser feita em 
ambulatório, com anestesia local e o homem não precisa ficar internado. 
O efeito da vasectomia não é imediato. Nas primeiras ejaculações depois da 
vasectomia, ainda existem espermatozóides no esperma ejaculado, ou seja, ainda 
existe o risco de o homem engravidar a mulher. A vasectomia só será considerada 
segura quando o exame realizado no esperma, o espermograma, mostrar que não 
existem mais espermatozóides no esperma ejaculado. Não altera o libido ou a 
potencia sexual. 
-Laqueadura: Nessa cirurgia, as duas trompas podem ser cortadas e amarradas, 
cauterizadas, ou fechadas com grampos ou anéis. A ligadura de trompas age 
impedindo que os espermatozóides se encontrem com o óvulo 
 
2. Compreender as estratégias de planejamento familiar recomendadas pelo Ministério da Saúde 
 
 O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxiliam no planejamento, como 
a distribuição gratuita de métodos anticoncepcionais. 
 Já em 2007, foi criada a Política Nacional de Planejamento Familiar, que incluiu a 
distribuição de camisinhas, e a venda de anticoncepcionais, além de expandir as ações 
educativas sobre a saúde sexual e a saúde reprodutiva. 
 Em 2009, o Ministério da Saúde reforçou a política de planejamento e ampliou o 
acesso aos métodos contraceptivos, disponibilizando mais de oito tipos de métodos 
nos postos de saúde e hospitais públicos. 
 A Lei sobre o planejamento familiar, nº9.263, de 12 de janeiro de 1996, Regula o § 
7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, 
estabelece penalidades e dá outras providências. 
 
Conforme a lei federal 9.263/96, PLANEJAMENTO FAMILIAR é um conjunto 
de ações que têm como finalidade contribuir para a saúde da mulher, permitindo 
às mulheres e também aos homens escolher: 
 Quando querem ter filhos; 
 Se querem ter filhos; 
 O número de filhos que querem ter; 
 Espaçamento entre o nascimento dos filhos. 
Por isso não se trata apenas de indicar um método contraceptivo, mas da ação 
de uma equipe multiprofissional que oriente e acompanhe essa mulher 
considerando, qualidade de vida, condições sociais e culturais conforme seus 
princípios de necessidades, o planejamento familiar é um direito que assiste 
qualquer mulher sem distinção social. 
 
Para o exercício do direito ao planejamento familiar, devem ser oferecidos 
todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção cientificamente 
aceitas e que não coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantindo 
a liberdade de opção. 
 
(concepção oferecido pelo SUS: reprodução assistida, tais como a fertilização in vitro, 
inseminação intrauterina, indução da ovulação, coito programado e injeção intracitoplasmática 
de espermatozoide, entre outros) 
 
As áreas englobadas por ações preventivas e educativas, com garantia de acesso 
às informações, meios, métodos e técnicas disponíveis incluem: 
 O auxílio à concepção e contracepção 
 O atendimento pré-natal 
 A assistência ao parto 
 Puerpério e ao neonato 
 O controle das doenças sexualmente transmissíveis 
 Controle e prevenção do câncer de colo do útero, de mama e de pênis. 
 
A Lei do Planejamento Familiar só permite realizar a ligadura de trompas e a 
vasectomia voluntárias nas seguintes condições: 
 1. Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de 
idade, ou pelo menos com dois filhos vivos, desde que observado o prazo 
mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico. 
 2. Nos casos em que há risco de vida para mulher ou riscos para a saúde da 
mulher ou do futuro bebê. 
A Lei do Planejamento Familiar proíbe a realização da ligadura de trompas 
durante o período de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada 
necessidade. Esses momentos não são os mais adequados para a realização 
dessa cirurgia, exceto nos casos decomprovada necessidade, por sucessivas 
cesarianas anteriores. 
As únicas formas aprovadas para esterilização são a laqueadura tubária e a 
vasectomia, não sendo permitida sua realização pela retirada do útero ou dos 
ovários. 
É importante lembrar que a esterilização cirúrgica é um método irreversível, mas 
que também pode apresentar falhas. A pessoa que realiza esse procedimento 
deve estar ciente desses termos e manifestar sua vontade por escrito após a 
informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, 
dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes. 
 
3. Caracterizar uma gestação de alto risco e seu acompanhamento pelo SUS 
 Gravidez de risco habitual: Nesse caso, não há grandes riscos de complicação 
da gestação. 
 Gravidez de alto risco: Como o nome sugere, nesse tipo de gestação, o bebê 
ou a mãe apresentam um maior risco de vida quando comparada ao restante 
da população. O pré-natal, nesse caso, exerce papel fundamental para que a 
gravidez não tome rumos desfavoráveis. A pressão alta e a diabetes, por 
exemplo, podem ser responsáveis por uma gravidez de risco. 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/hipertensao.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/diabetes.htm
 
 
Como é o acompanhamento pelo SUS? 
 Mapeamento da causa da gravidez ter se tornado de alto risco 
 Mais consultas do pré-natal normal (equitativo) 
 Visitas domiciliares 
 Vagueia entre o setor primário, secundário e terciário. 
 
4. Esclarecer a questão do aborto de acordo com os aspectos legais previstos no código 
penal brasileiro 
 
O aborto pode ser natural, acidental, criminoso, legal ou permitido. 
O aborto natural- não é crime e ocorre quando há uma interrupção espontânea da 
gravidez. 
O acidental, também não é crime, e pode ter por origem várias causas, como 
traumatismos, quedas etc. 
 
O aborto criminoso é aquele vedado pelo ordenamento jurídico. 
 
O aborto legal ou permitido se subdivide em: 
a) terapêutico ou necessário: utilizado para salvar a vida da gestante ou impedir 
riscos iminentes à sua saúde em razão de gravidez anormal; 
b) eugenésico ou eugênico: é o feito para interromper a gravidez em caso de vida 
extra-uterina inviável. 
 
 O Código Penal Brasileiro pune o aborto provocado na forma do auto-aborto ou com 
consentimento da gestante em seu artigo 124; 
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque: 
Pena - detenção, de um a três anos." 
 
 O aborto praticado por terceiro sem o consentimento da gestante, no artigo 125; 
"Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena - reclusão, 
de três a dez anos." 
 
 O aborto praticado com o consentimento da gestante no artigo 126; 
"Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: Pena - reclusão, 
de um a quatro anos. Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a 
gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o 
consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência." 
 
 Sendo que o artigo 127 descreve a forma qualificada do mencionado delito. 
"Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de 
um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para 
provoca-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, 
se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte." 
 
 Quando o aborto é permitido: 
"Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: 
 I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da 
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal."

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