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Controle concentrado e difuso de constitucionalidade

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1. Controle concentrado de constitucionalidade
Tem natureza de questão principal, por ser relacionada ao próprio objeto da demanda, no qual se leva ao STF a resolução, em tese, sem qualquer análise ou exame de caso concreto. Ao contrário do controle difuso que se limita à mera questão prejudicial.
O controle concentrado de constitucionalidade das leis ou atos normativos federais ou estaduais, de competência exclusiva do STF, pode ser provocado pela via principal, por meio das seguintes ações diretas: ação direita de inconstitucionalidade (ADIN), ação declaratória de constitucionalidade (ADC), arguição de preceito fundamental (ADPF), ADIN por omissão (ADO), ADIN de representação interventiva.
A Constituição também autoriza que os Estados instituam um sistema de controle concentrado de constitucionalidade de suas leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face de suas constituições estaduais, por meio de ADIN, tanto por omissão como ação, de competência exclusiva do TJ.
Ao receber o pedido de inconstitucionalidade, em que delimita a inconstitucionalidade e norma afetada, o STF não necessariamente precisava ficar condicionado a essas normas, averigua em comparação a toda a Constituição. Pode, inclusive, desconsiderar a norma causa da ação e substituir por outra, por iniciativa do próprio tribunal. 
As ações diretas possuem efeito dúplice. Se o pedido for julgado improcedente, o STF deverá declarar constitucional. Caso contrário, será declarada a inconstitucionalidade.
1. Controle difuso de constitucionalidade
Surgiu nos EUA com o caso Marbury x Madison, julgada em 1803. No Brasil, surgiu na Constituição de 1891, encontrando-se até a constituição de art. 102, inciso III.
O controle é feito no curso de uma demanda judicial concreta, por qualquer juiz ou tribunal. É um controle incidental. Pode ser agitado por qualquer uma das partes envolvidas numa controvérsia judicial, perante qualquer órgão do poder judiciário, independente da instância ou grau de jurisdição. 
Ostenta a natureza de questão prejudicial.
Qualquer ato ou omissão do poder público pode submeter-se a controle difuso-incidental, no âmbito de qualquer ação judicial e perante qualquer órgão do poder judiciário.
2.1. A aprovação
No direito brasileiro, é provocado por via de exceção que abrange qualquer defesa oposta a uma lesão ou ameaça de lesão a direito, pouco importando, hodiernamente, se essa defesa é realizada passivamente.
A fiscalização incidental pode ser provocada e suscitada pelo, (a) autor, na inicial de qualquer ação, seja de que natureza for, qualquer que seja o tipo de processo e procedimento (processo de conhecimento, processo de execução e processo cautelar) ou (b) pelo réu, nos atos de resposta (contestação, reconvenção e exceção) ou nas ações incidentais de contra-ataque.
Pode ser provocada pelas ações constitucionais de garantia (remédios constitucionais). Os principais remédios utilizados são: a ação popular, o mandado de segurança, a ação civil pública e o mandado de injunção.
2.2. Legitimidade 
Podem provocar o controle incidental de constitucionalidade: a) as partes (autor e réu) em quaisquer demandas; b) os terceiros intervenientes (litisconsortes, assistentes, opoentes, entre outros); c) o Ministério Público, quando oficie no feito; e d) o juiz ou tribunal, de ofício, exceto o STF, que pode ser requisitado em recurso extraordinário.
2.3. Competência 
Qualquer juiz ou tribunal com competência para processar e julgar a causa. O juiz, como é óbvio, julga o incidente de inconstitucionalidade sempre originariamente. O tribunal (qualquer que seja o grau: inferior ou superior, até mesmo o Supremo Tribunal Federal), tanto originariamente quanto em grau de recurso.
Exigências para a decisão proferidas pelos tribunais: a) o quórum de maioria absoluta de seus membros, e b) a reserva de plenário (cláusula constitucional do "full bench") ou, no tribunal onde houver; do órgão especial.
2.4. O procedimento 
Quando for perante o juiz, não terá procedimento específico.
No caso do tribunal, deve se atentar a, editas do processo civil. Suscitada a inconstitucionalidade, o relator do processo, ouvindo o MP, submeterá a questão a turma ou câmara a que tocar o conhecimento da causa. Por outro lado, se acolhida, o que poderá ser por maioria simples, será lavrado o acórdão, a fim de ser a questão submetida ao plenário do tribunal ou, onde houver, ao órgão especial.
2.5. Efeitos 
O ato que contrariar a constituição será considerado nulo. Ou seja, retroage a sua origem (ex tunc). Com isso, tem-se os efeitos: a) a inconstitucionalidade inter partes da lei ou do ato e b) a retroatividade da decisão, que pronuncia a nulidade (efeito ex tunc) da lei ou do ato. 
Para que uma lei que seja inconstitucional para uns e constitucional para outros, a constituição outorga ao senado federal a competência para, ao suspender a execução do ato normativo declarado incidentalmente inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, conferir efeito erga omnes a essa decisão de efeitos originalmente inter partes, caso haja envolvimento do STF.
2.6. Como se dá essa suspensão do senado federal 
Art. 52, Inciso X diz que compete exclusivamente ao Senado Federal "suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal".
Atualmente, essa competência do Senado é exercida por meio de resolução, em face de decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal que, em controle incidental, declara a inconstitucionalidade de uma lei ou de um ato normativo do poder público, seja ele federal, estadual ou municipal.
O Senado Federal, ao suspender a execução da norma questionada, faz valer para todos o que era circunscrito às partes litigantes, confere efeito geral ao que era particular, em uma palavra, generaliza os efeitos de uma decisão singular.
Como órgão da Federação, o Senado pode suspender a execução de qualquer ato normativo declarado inconstitucional pelo STF, seja ele federal, estadual, distrital ou municipal.
A decisão do senado é irrevogável.
O Senado tem competência para suspender a execução, no todo ou em parte, do ato declarado inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal. Sendo assim, ele não pode ir além da decisão do Supremo Tribunal, ou seja, não pode suspender a execução total de um ato que só em parte foi declarado inconstitucional pelo Supremo.
Trata-se de ato político que confere eficácia genérica (erga omnes) à decisão do STF prolatada incidenter tantum, em face de um caso concreto. Não revoga o ato declarado inconstitucional.
1. Técnicas de decisão (como o tribunal pode decidir a inconstitucionalidade)
Se aplicam tanto ao controle difuso como ao controle concentrado. 
A norma inconstitucional é nula, ou seja, ela nunca pode produzir efeitos. A norma tem eficácia ex tunc.
Os atos do poder público são de presunção de constitucionalidade.
O ato de conferir significado a um texto é o que define a norma.
3.1. Interpretação conforme a constituição
Vai atuar sempre que uma norma aparentemente inconstitucional poder ser salva. Procurará uma forma de interpretação que seja compatível com a constituição. Eliminará as interpretações que não são compatíveis.
3.2. Declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto
Vai atuar sempre que uma norma aparentemente constitucional tiver alguns problemas. Nesse caso, se exclui as únicas hipóteses em que a norma seria inconstitucional.
3.3. Inconstitucionalidade total 
Uma lei retirada totalmente da constituição. A lei será retirada por completo. Ex: uma lei aprovada fora do procedimento constitucional.
3.4. Inconstitucionalidade parcial 
Quando atinge apenas uns dispositivos da lei. Quando se pode preservar parte da lei.
3.5. Inconstitucionalidade por arrastamento 
Se dá contra normas acessórios, como as normas procedimentais de uma norma central. Se essa norma for considerada inconstitucional, as normas acessórios também serão consideradas inconstitucionais.
3.6. Pronúncia de inconstitucionalidade sem declaraçãode nulidade
O STF pode reconhecer que existe uma inconstitucionalidade em uma lei, porém a declaração de inconstitucionalidade trará problemas maiores para o ordenamento. O STF pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei, mas não a declarar nula, estabelecer um prazo para isso ocorrer.
3.7. Norma em trânsito para a inconstitucionalidade 
No momento em que o STF vai decidir sobre a inconstitucionalidade, a norma não é inconstitucional. Porém, o STF prevê que daqui um tempo ela pode ser.

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