Buscar

Caso Concreto 7_Prática Simulada Civil IV

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SANTA CATARINA UNIDADE SÃO JOSÉ/SC
– CURSO DE DIREITO -
Acadêmica: Anne Cristina Lorenzetti- Matrícula: 202003071773
Disciplina: Prática Simulada IV (Cívil)
Prof. Alysson Campos Waltrick
Tema: Caso Concreto 7 - Ação Monitória
Resolução do Caso Concreto
EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LOURENÇO/MG
LOJÃO CHALÉ LTDA., pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob o nº xxx, endereço eletrônico xxx, com sede em São Lourenço/MG, na Rua Brasil, nº 200, Bairro Centro, CEP xxx, na pessoa de seu representante legal e preposto Fabriciano Murta, estado civil xxx, profissão xxx, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº xxx, endereço eletrônico xxx, residente e domiciliado na Rua xxx, nº xxx, Bairro xxx, São Lourenço/MG, CEP xxx, por sua representante judicial signatária, vem, à presença de Vossa Excelência, ajuizar
AÇÃO MONITÓRIA
com fulcro nos artigos 700 e 701 do Código de Processo Civil e 206, § 5º, I, do Código Civil, em face de:
RODRIGO PEÇANHA, estado civil xxx, profissão xxx, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº xxx, endereço eletrônico xxx, residente e domiciliado na Rua Buenos Aires, nº 100, Bairro xxx, São Lourenço/MG, CEP xxx, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:
I - DOS FATOS
Em 31/10/2012, o autor vendeu eletrodomésticos ao réu no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Na mesma oportunidade, foi emitida uma nota promissória em caráter “pro solvendo” (em anexo) no referido valor, com vencimento para o dia 25/01/2013, no lugar do pagamento. No entanto, a obrigação não restou adimplida, bem como as tentativas de cobrança amigável resultaram infrutíferas, razão pela qual o autor ajuíza a presente ação, a fim de cobrar judicialmente o valor atualizado e com consectários legais que, até o presente momento, perfaz o montante de R$ 280.000,00 (duzentos e oitentamil reais).
II – DOS FUNDAMENTOS
II.I – DA TEMPESTIVIDADE PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO MONITÓRIA
Conforme descrito na narrativa fática e observando os documentos que instruem a exordial, o autor é credor da importância descrita na nota promissória que, atualmente, equivale à R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais), montante a ser pago pelo réu.
 Sendo assim, primordialmente é importante destacar que as disposições relativas à prescrição da letra de câmbio aplicam-se, também, à nota promissória, conforme previsão contida no art. 77 do Decreto nº 57.663/66 (Lei Uniforme de Genebra - LUG). 
Nessa senda, o art. 70 do mesmo diploma legal estabelece que as ações contra o aceitante relativas a letras prescrevem em 3 (três) anos para a sua execução, a contar do seu vencimento.
 Outrossim, destaca-se que o art. 78 responsabiliza o subscritor de uma nota promissória da mesma forma que o aceitante de uma letra. No entanto, considerando o vencimento da nota promissória objeto desta demanda (25/01/2013) e a data de propositura desta ação, perceptível que transcorreram mais de 3 (três) anos, razão pela qual ocorreu a perda da eficácia executiva do título. Todavia, é cabível a sua cobrança por via de Ação Monitória, como assim se faz, nos termos do art. 700, I, do Código de Processo Civil, in verbis:
“Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro.”
Ou seja, o documento hábil a ensejar a ação monitória é, conforme o art. 700 do CPC/2015, a prova escrita sem eficácia de título executivo. Documento escrito, pelos ensinamentos de Nery Junior, é “qualquer documento que seja merecedor de fé quanto à sua autenticidade e eficácia probatória”.
“In casu”, a ação está sendo proposta tempestivamente, visto que em consonância com o art. 206, § 5º, I, do Código Civil (prazo quinquenal) e “pari passu” à Súmula 504 do STJ, considerando que o vencimento ocorreu em 25/01/2013 e não decorre ram 5 (cinco)anos.
Acerca do tema, vejamos o entendimento do TJRS, “ad litteram”:
APELAÇÃO CÍVEL. AGRAVO RETIDO. AÇÃO MONITÓRIA. NOTA PROMISSÓRIA.
PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL. De conformidade com o verbete da Súmula 504 STJ, a cobrança da nota promissória destituída de força executiva prescreve em cinco anos contados da data do vencimento do título. Prescrição rejeitada. Manutenção da sentença recorrida. RECURSOS DESPROVIDOS. (Apelação Cível Nº 70073223273, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ana Maria Nedel Scalzilli, Julgado em 14/12/2017)
Portanto, conclui-se que a prescrição da eficácia executiva do título não atinge o direito ao crédito, que poderá ser perseguido por ação monitória, razão pela qual não há
III – DOS PEDIDOS
Dia nte o exposto, requer : 
 
 A exped ição de ma ndado de c itação e pa ga me nto para q ue o ré u pa gue ao autor 
a) a quantia de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais ), no prazo de 15 d ias, acrescido de honorários advocatícios no percentual de 5%. 
b) A condenação do réu ao pagamento das custas processuais , em caso de não cumprimento de mandado monitório.
c) A procedê nc ia do ped ido, co nst it uindo - se de p le no d ir e ito o t itulo e xec ut ivo 
d) judicial, caso não realizado o pagamento e não apresentado s embargos.
IV PROVAS
Requer todas os meios as provas em direito admitidas, bem como os moralmente legítimos, em especial prova documental, testemunhal na amplitude do artigo 369 do CPC.
V - VALOR DA CAUSA
Dar-se a causa o valor de R$ : 280.000,00
Termos em que pede deferimento.
Local, XXX de XXXXX de 2021
Advogado
 OAB/XXX n.XXX

Continue navegando