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Virologia Parte I Nem todas as doenças tiveram o seu agente etiológico isolado e descrito, justamente, pelas limitações dos métodos utilizados e/ou do tipo de microrganismo envolvido. É exatamente, nestes casos, que se encaixam os vírus. ✓ Duas características impuseram aos vírus muitas limitações e dificuldades em serem reconhecidos e relacionados a doenças: o tamanho e o fato de não crescerem em meios de cultura in vitro. ✓ Nos postulados de Koch: os vírus não se encaixariam nestas condições. Só mais tarde, com o uso de microscopia eletrônica e a condição em isolá-lo em laboratório que os vírus foram reconhecidos. ➢ Característica que limitou o isolamento dos vírus nos meios de cultura tradicionais: Os vírus são parasitas celulares obrigatórios, ou seja, só se mostram ativos e capazes de se reproduzir no interior de uma célula. Fora da célula, são apenas ácidos nucleicos e uma capa proteica, sem qualquer atividade metabólica e sujeito às condições ambientais, favoráveis ou não, podendo, inclusive, ser destruídos. ❖ Todos os seres vivos têm genoma do tipo DNA, porém, os vírus são os únicos que podem ter genoma de RNA. Estrutura da partícula viral: - Não se parecem com uma célula; - Vírus é descrito como uma partícula formada por ácido nucleico, envolto por um revestimento proteico, sendo que alguns podem apresentar um segundo revestimento. Um vírus íntegro e viável para causar infecção é chamado de Virion. - Apresentam muito competente em parasitar uma célula e conseguir se reproduzir em seu interior; GENOMA Os vírus podem ter genoma DNA ou RNA – apesar de haver um tipo de vírus que, em sua descrição, apresenta genoma DNA e traços também de RNA: o Citomegalovírus. Isso torna os vírus totalmente diferentes de uma célula. ❖ Os vírus que estão mais em evidência, por preocupação em saúde pública, são do tipo RNA. Estes têm uma característica bem relevante: são, extremamente, mutantes, ou seja, quando se replicam, estão mais sujeitos a erros do que quando replicam seu genoma e não tem capacidade de realizar reparos. CAPSÍDEO Este é um revestimento proteico presente em todos os vírus. ❖ As subunidades proteicas que formam o capsídeo são os capsômeros; ❖ Os capsídeos podem assumir uma forma, também chamada simetria; ❖ Há três tipos de simetria que são: poliédrica (que lembra uma forma geométrica), Helicoidal ou fusiforme (que acompanha o formato linear do genoma) e complexa (que tem uma parte poliédrica e outra helicoidal). O capsídeo é uma barreira física que confere proteção, podendo apresentar vários graus de resistência no ambiente (na relação que têm com o ambiente, podem sofrer ações que desnaturem o capsídeo, por agentes físicos, químicos, mais tem uns que são mais resistentes). ENVELOPE O envelope é um segundo revestimento, disposto externamente ao capsídeo ❖ semelhante à membrana celular, com caráter lipoproteico e está presente na maioria dos vírus, sobretudo naqueles com genoma RNA. ❖ Essa semelhança é que o envelope viral, ao se formar, extrai naturalmente um pedaço de alguma estrutura membranosa da célula alvo (podendo ser a m. celular). ❖ envelope viral, são sintetizadas estruturas que se assemelham à espinhos, chamadas espículas. ❖ O envelope também atua como barreira física, conferindo certa proteção à partícula viral.
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