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Auditoria Interna

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Unidade 1 – Auditoria Interna
AUDITORIA INTERNA PARA QUE?
Como uma técnica que remonta de 4.000 anos antes de Cristo como é mencionado por Santos (2007) a auditoria tem muito a contribuir para os processos de gestão e evolução das organizações.
Uma organização opera sempre em condições limites no que se refere ao uso dos recursos econômicos uma vez que por serem escassos tornam-se a cada dia mais custosos. Nesse sentido, a auditoria de processos e dos relatórios deles derivados torna-se algo fundamental na tentativa de se evitar desperdícios e aumento de gastos que inviabilizem a atividade empresarial.
O cenário atual do ambiente das organizações vem demandando, cada vez mais, a adoção de medidas e técnicas de acompanhamento e controle que visam minimizar falhas e evitar problemas que coloquem em risco a imagem da entidade, diante dos acionistas, dos clientes e do mercado em geral (MANUAL..., 2008, p. 2).
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: A auditoria interna pode contribuir para a gestão empresarial assim como contribui para os aspectos de confiabilidade dos controles internos?
É importante se conhecer os principais conceitos, os objetivos e aplicações das técnicas de auditoria voltadas para a verificação da correção, fidedignidade e integridade dos relatórios e processos internos empresariais que dão confiabilidade às informações que sustentam o processo de decisão organizacional. Como as organizações são em última análise movimentadas pelas decisões de seus membros, a auditoria interna é algo muito importante no sentido de contribuir para a segurança das operações organizacionais.
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO: Para você aprofundar seu conhecimento sobre técnicas de auditoria busque ler o material técnico do governo de Cuiabá.
MANUL técnico de auditoria interna e inspeções: auditoria e controle interno. 2010. Disponível em:
http://www.cuiaba.mt.gov.br/upload/arquivo/MANUAL_TECNICO_%20AUDITORIA.pdf.
Acesso em: dez. 2012.
Vale se destacar que a responsabilidade de manutenção de uma auditoria interna capaz de prevenir erros e fraudes é da empresa como preconiza a própria norma contábil:
A responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraude e erros é da administração da entidade, através da implementação e manutenção de adequado sistema contábil e de controle interno (NORMAS..., 2012, p. 1).
O trabalho do auditor interno é fundamental justamente porque dá suporte ao trabalho futuro do auditor externo que executará a auditoria independente obrigatória sobre os demonstrativos contábeis como determina a legislação societária. Como complementa a norma contábil ao destacar a responsabilidade primária da administração quanto à prevenção de erros e fraudes, “[...] o auditor deve planejar seu trabalho de forma a detectar fraudes e erros que impliquem efeitos relevantes nas demonstrações contábeis” (NORMAS..., 2012, p. 1) a fim de garantir a eficácia de seu trabalho.
OBJETIVOS DA AUDITORIA INTERNA
No link abaixo, você poderá ter acesso a outras informações importantes sobre os objetivos da auditoria.
LINK: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/auditoria.htm
Segundo o Manual... (2008, p. 2) os objetivos da auditoria se encerram principalmente em relação aos seguintes elementos:
a) adequação e eficácia dos controles;
b) integridade e confiabilidade das informações e registros;
c) integridade e confiabilidade dos sistemas estabelecidos para assegurar a observância das políticas, metas, planos, procedimentos, leis, normas e regulamentos, assim como da sua efetiva utilização;
d) eficiência, eficácia e economicidade do desempenho e utilização dos recursos, dos procedimentos e métodos de salvaguardas dos ativos e a comprovação de sua existência, assim como a exatidão dos ativos e passivos;
e) compatibilidade das operações e programas com os objetivos, planos e meios de execução estabelecidos;
f) mensuração dos problemas e riscos, assim como o oferecimento de alternativas de solução.
VíDEO AULA 01
O Plugin Silverlight está desabilitado ou não foi instalado em seu browser, faça o download clicando aqui ou ative o mesmo.
Para uma melhor compreensão em termos de níveis de objetivos da auditoria interna, vamos classificá-los em dois:
1. Objetivos principais; e
2. Objetivos secundários.
Vamos iniciar nossa explanação sobre os objetivos da auditoria interna falando do objetivo principal e como consequência desse os secundários.
O objetivo principal da auditoria, independentemente de ser ou não interna, ou seja, o mesmo objetivo vale para a auditoria externa, é o de se determinar e avaliar a confiabilidade das demonstrações financeiras e dos registros contábeis que deram suporte a essas demonstrações em um determinado período financeiro. Esse é o principal objetivo da auditoria.
Ao realizar o processo de auditoria, o auditor pode encontrar nesses relatórios certos erros ou fraudes. Mas a detecção de fraudes ou erros não é o objetivo principal da auditoria. Ela compõe um objetivo secundário da auditoria, ou seja, deriva do objetivo principal. A busca por esses objetivos requer um trabalho profissional e um processo de atualização constante por parte dos profissionais auditores que devem primar pelo profissionalismo e pela competência no exercício de sua profissão. Como diz o slogan do Instituto dos Auditores Internos do Brasil (INSITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL, 2012), deve-se ter um “Compromisso com a excelência profissional” (INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL, 2012, p. 1).
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO: Para você aprofundar seu conhecimento sobre o que é o Instituto, seus cursos e as informações que ele disponibiliza aos profissionais da área INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL. 2012. Disponível em:
< www.iiabrasil.org.br/ >. Acesso em: dez. 2012.
A auditoria também revela se o sistema de contabilidade adotado pela organização é adequado e apropriado para o registro das diversas operações, bem como os problemas que o sistema possa apresentar.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: Ao encontrar um problema derivado de falhas no registro de informações, o que deveria fazer um auditor? Deveria instruir a empresa a corrigir o problema e orientá-la a melhorar o sistema?
Objetivos secundários
A fim de explicitar e informar aos usuários da informação contábil a condição financeira da empresa ou da organização auditada, o auditor tem que examinar os livros de contabilidade, em especial o diário e o razão, bem como os documentos mais relevantes comprobatórios das operações contabilizadas. Nesse processo ele pode encontrar alguns erros ou fraudes. Podem-se classificar esses erros e fraudes como abaixo:
1. Detecção e prevenção de erros.
2. Detecção e prevenção de fraudes.
 
Fraudes e erros
É importante se destacar que embora nos pareçam iguais em termos de consequência os termos acima possuem conceitos diferentes para fins de auditoria. Como se pode ver a seguir:
a) fraude, o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis; e
b) erro, o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis (NORMAS..., 2012, p.1).
 
Detecção e prevenção de erros
Se fôssemos enumerar todas as possibilidades de erros que pudessem ocorrer em uma organização, certamente nos faltaria espaço e tempo. Porém podemos destacar alguns dos tipos de erros mais comuns que podem ser detectados no processo de auditoria.
1. Erros de Escrituração.
2. Erros de Princípio.
1. Erros de escrituração: se referem a erros de lançamentos ocasionados por equívocos no momento de se efetuar os registros contábeis. O dinheiro recebido de um cliente creditado na conta de duplicatas a receber em nome de outro, por exemplo. Mesmo que a conta esteja contabilizada de forma errada, o balancete vai estar fechando normalmente. Podemos classificar os erros de escrita como abaixo:
• Erros de comissão;
• Erros de omissão;
• Erros de compensação.
Erros de comissão
Esses erros são erros causados devido a problemascom equívocos de registros no todo ou em parte, nos livros de registro contábeis ou fiscais ou ainda em contas contábeis, relativos a totalizações derivadas de cálculos errados, diferenças de totalizações entre os débitos e créditos e erros relacionados ao elenco de livros auxiliares, ou seja, aos registros auxiliares. Por exemplo $2.000,00 é pago à empresa X para o fornecimento de material de limpeza e o mesmo está registrado no livro caixa. Ao registrar na contabilidade a conta da empresa X é debitada por $200,00. Isso se dá por ocasião de imperícia, por uma fraude ou simplesmente por uma falha humana. Pode ser devido ao descuido de quem efetuou o registro. A maioria destes erros de comissão é refletida no balancete e podem ser identificados por verificação de rotina dos livros executada pela auditoria interna.
Erros de omissão
Como o próprio nome sugere, se refere ao não lançamento. Quando não há o registro de transações nos livros contábeis ou omissão de lançamento no diário e consequentemente no razão que levarão a erros. As vendas não registradas no livro de vendas ou omissão de registro no livro de duplicatas ou de estoques são exemplos de erros de omissão. Erros por omissão integrais não afetam o balancete da organização em termos de (débito e crédito) porque a omissão afeta ambas as partes simultaneamente. Erros derivados de omissão parcial irão afetar o equilíbrio entre o débito e o crédito e podem ser detectados mais facilmente devido a esse fato.
 
Erros de compensação
São erros que geram compensação entre si não afetando o resultado líquido deles. Por exemplo, conta Aluguéis, que era para ser debitada em $3.000,00 foi creditado em $3.000,00 e de forma semelhante, a conta Venda de mercadorias, que era para ser creditada em $3.000,00 foi debitada em $3.000,00. Estes dois erros irão anular o efeito um do outro. A menos que seja realizada uma investigação detalhada de tais erros são difíceis de se localizar se consideradas apenas as somas finais do seu impacto no resultado, ambos os lados do balancete são igualmente afetados.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: A investigação de um erro em um relatório contábil por parte de um auditor interno deve envolver uma vistoria detalhada dos documentos que deram origem aos lançamentos?
2. Erros de princípio: Durante o registro de um lançamento os princípios fundamentais de contabilidade não são devidamente observados. E esses tipos de erros podem ocorrer porque o contador não se atentou a eles ou porque ele não possui conhecimento técnico suficiente. São volumosos os exemplos que podemos dar sobre esses tipos de erros relacionados aos princípios contábeis como aqueles envolvendo a avaliação de estoque, o encerramento equivocado na avaliação de resultado, a alocação incorreta de despesas, o recebimento de capital dos sócios e as receitas geradas versus as recebidas são alguns dos exemplos de tais erros. Tais erros não afetarão o equilíbrio entre o débito e o crédito contábil, mas afetarão as contas de resultados com implicações diretas nesses últimos levando a avaliações equivocadas. Como destacamos isso pode ocorrer devido à falta de conhecimento sólido dos princípios de contabilidade ou podem ser cometidos deliberadamente para falsificar as contas buscando o benefício de determinadas pessoas ou interesses obscuros. Para detectar esses erros o auditor representante do processo de auditoria interna tem que fazer um exame cuidadoso dos livros de contabilidade, dos registros gerenciais no caso da auditoria interna especificamente, verificar os processos que deram origem aos registros, entrevistar pessoas que possam muni-los de informações que contribuam para a resolução dos problemas levantados.
No vídeo a seguir você verá que em síntese a aplicação da auditoria interna visa mesmo a busca de se evitar práticas que levam a empresa a obter prejuízos por vícios de processos representados em relatórios equivocados e com conteúdos errôneos.
VÍDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=RUf_46Cgl6Y
Você percebeu que apesar do caráter de divulgação do vídeo o levantamento sobre a importância da auditoria interna reflete exatamente o que nós estamos discutindo a cerca dos cuidados com os relatórios e processos empresariais envolvidos na gestão das atividades?
DETECÇÃO E PREVENÇÃO DE FRAUDES
A maior parte dos problemas relacionados à fraudes estão atreladas ao objetivo de obtenção irregular de vantagem financeira. Para conseguir dinheiro ilegalmente na organização fraudes e outras ações de cunho ilegal, imoral e antiético são cometidas intencionalmente e deliberadamente. Se essas ações passarem despercebidas podem afetar o parecer do auditor sobre a situação financeira e os resultados relacionados à atividade da organização no período auditado. Nesse sentido, é necessário que o auditor tenha o máximo de cuidado e atenção para detectar tais fraudes com base nos exames documentais e investigações que se tornem necessárias.
No link a seguir você poderá ver um site interessante sobre monitoramento e divulgação de fraudes e atentados contra a ordem financeira.
Link: http://www.fraudes.org/.
Os problemas relacionados às fraudes e desvios podem envolver e comprometer comprometida a alta administração ou os funcionários da organização, não importa. Todos os envolvidos devem ser investigados e deve-se gerar processos de apuração que evidenciem o que de fato ocorreu até que tudo esteja às claras conforme se espera de um processo que visa a análise da confiabilidade, como é o caso da auditoria interna.
As fraudes podem ser pelo menos dos tipos a seguir:
• Apropriação indevida de dinheiro;
• Apropriação indevida de bens;
• Falsificação ou manipulação de contas;
• Fachada;
• Reservas secretas.
 
Apropriação indevida de dinheiro
Geralmente, quando o proprietário ou gestores da organização tem um controle muito limitado sobre o recebimento e pagamentos podem ocorrer a apropriação indevida de dinheiro ou o chamado desfalque de dinheiro. Isso é muito comum, especialmente em grandes organizações empresariais.
A auditoria interna é fundamental no processo de prevenção de fraudes que visam a apropriação indevida já que envolve a análise dos processos que derivam esses desvios. Igualmente envolve a conferência dos relatórios que podem apontar problemas antes mesmo que se instaurem os processos fraudulentos em montantes significativos.
O dinheiro ou, como é também conhecido no meio empresarial, o numerário pode ser desviado por várias formas como mencionamos abaixo:
Uma das mais comuns formas de fraudes envolvendo numerários é o registro de pagamentos fictícios, ou seja, o lançamento de pagamentos sem a devida origem ou o respaldo documental. Somente a auditoria visando o cruzamento entre os documentos e os registros identificam esse tipo de fraude.
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO: Para você aprofundar seu conhecimento sobre fraude tributária e suas variações existe um seminário voltado exclusivamente para o assunto com muitos materiais
SEMINÁRIO prevenção a fraude tributária com títulos públicos antigos. Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. 2012. Disponível em: < http://www.pgfn.fazenda.gov.br/noticias/seminario-prevencao-a-fraude-tributaria-com-titulos-publicos-antigos >. Acesso em: dez. 2012.
Registro ou lançamento de uma quantidade maior do que a quantidade real do pagamento em questão. Esse tipo de fraude deixa um rastro de fácil identificação devido ao fato de que geralmente há uma divergência entre o documento utilizado para comprovar o registro e o registro em si.
Recibos de entradas suprimidos como se não houvesse havido o recebimento. Esse tipo de fraude geralmente é descoberta quando o cliente que efetuou o pagamento é cobrado pela dívida que inexiste.
Registro menor do que o valor real recebido. Similar ao caso anterior ocorre quando o cliente paga uma quantia e o funcionário fraudador registra um valor a menor com a intenção de suprimir parte do valor recebido. Também é descoberta quando da indagação dos clientes quanto ao pagamento total da dívida ou durante o processo de auditoriados pagamentos parciais.
No sentido de se evitar problemas relacionados e esses tipos de fraudes, deve haver um controle rigoroso sobre recebimentos e pagamentos de dinheiro conhecidos como "sistema interno" de controle. O auditor deve verificar o Livro Caixa com os registros originais, contas contábeis de registro, faturas, recibos, talões ou livros de duplicatas, folhas de pagamento, registros de vendas, extratos bancários etc., a fim de descobrir tais fraudes.
Os sistemas de informações empresariais são os grandes responsáveis pela eficácia dos controles internos uma vez que a maior parte dos fluxos de informações depende desses sistemas. Quanto mais eficaz em termos informacionais for o sistema de informação, mais se espera que ele evite problemas de erros e fraudes devido ao aumento da transparência.
Apropriação indevida de bens
Empresas que manuseiam produtos de alto valor geralmente correm mais riscos com esse tipo de fraude e necessitam cercar-se de mais cuidados para evitar essa classe de apropriação indébita. Sem registros adequados de estoque, tanto relativos a entradas quanto a saídas de produtos, se torna difícil para o auditor descobrir essa fraude, por isso, se verá na última sessão dessa unidade que o controle de estoques deve primar pelo registro adequado dos principais itens de revenda e consumo. A periódica verificação de estoque, feitas geralmente de forma não avisada e a manutenção dos registros adequados de movimento de entradas e saídas de estoques podem reduzir a possibilidade de fraude.
 
Falsificação ou manipulação de contas
A fim de atingir determinados objetivos específicos, todos ilegais e imorais, as contas podem ser manipuladas por pessoas responsáveis que estão na gestão e, na maioria dos casos, no topo da organização. Eles preparam as contas tal maneira que eles divulgam apenas uma imagem falsa em relação ao verdadeiro quadro apresentado pelas contas. Alguns exemplos que podemos dar em relação aos modos utilizados na manipulação das contas são os seguintes:
· Inflar ou esvaziar despesas e rendimentos.
· Anulação de dívidas em excesso ou em menor quantidade que a corretamente paga ou recebida dependendo do interesse do fraudador.
· Sobrevalorização ou subvalorização das ações de fechamento de contas ou de relatórios de controle.
· Carregar excesso de depreciação ou redução das mesmas dependendo dos interesses dos fraudadores.
· Considerar as despesas de capital como receitas e vice-versa.
· Transferência para devedores duvidosos em excesso ou redução das mesmas de acordo com o interesse dos fraudadores.
· Supressão de vendas ou compras ou evidenciação de vendas ou compras fictícias etc.
 
Vitrine, situação de fachada ou limpeza de janela
É uma metáfora que significa a maneira de apresentar os dados financeiros em uma posição muito melhor do que a posição originalmente se apresenta. É conhecida como uma situação de fachada, limpeza de janela, apresentação de uma vitrine etc. Algumas das razões para a limpeza de janela são os seguintes:
· Para os gestores ganharem a confiança dos acionistas.
· Para se obter mais crédito.
· Para se elevar o preço das ações no mercado, pagando mais dividendos para que as ações realizadas possam ser vendidas mais facilmente e com valores mais significantes.
· Para atrair potenciais parceiros ou acionistas.
· Para preparar o negócio para venda ou operações de fusão, cisão ou incorporação, ou até mesmo no caso de entrega da empresa para quitação de dívidas.
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO: Em relação à prática de “maquiagem” citada acima você pode ler a reportagem disponível no link: FRIENDLANDER, David; MACEDO, Fausto. O vice-presidente de finanças do banco mandou o contador maquiar o balanço. 2010. Disponível em: < http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o-vice-presidente-de-financas-do-banco-mandou-o-contador-maquiar-o-balanco,658184 >. Acesso em: dez. 2012.
Reservas secretas
Em reservas secretas as contas são preparadas de tal forma que elas revelam uma imagem pior do que na verdade a situação real apresenta. Os objetivos da preparação das contas desta forma são:
· Para esconder a verdadeira posição da empresa dos concorrentes.
· Para evitar ou reduzir o passivo fiscal, o que não deve ser confundido com formas legais de redução de tributos derivados do planejamento tributário conforme citado na última sessão dessa unidade quando exemplificamos o controle interno de tributos.
· Para reduzir o preço das ações no mercado para não pagar dividendos ou pagar dividendos mais baixos de modo que as ações poderão ser compradas a um preço muito mais baixo daquela cotação derivada de uma situação financeira melhor.
VÍDEO AULA 02
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É muito difícil de detectar tais fraudes uma vez que elas são cometidas por pessoas internas e geralmente de alto escalão nas organizações, como diretores, gerentes, controladores financeiros etc. Para detectar esse tipo de fraude, o auditor deve estar vigilante e deve tornar a busca completa, incluindo inquéritos, investigações documentais de base, cruzamento de informações etc. para chegar à posição verdadeira e aos causadores das fraudes, inclusive acionando órgãos de fiscalização da administração societária, de polícia, fiscal etc. para se envolverem se for o caso.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: Qual seria a relação entre a auditoria interna e os controles internos nas empresas?
 
EXEMPLOS DE CONTROLES AUDITADOS
	
	Nesse mesmo curso, você tem uma disciplina exclusivamente voltada para a discussão dos controles internos. Você verá durante o desenvolvimento da matéria que a gama de controles é grande e que eles são fundamentais para o bom andamento da atividade empresarial. Aqui separamos apenas três exemplos para ilustrar o trabalho da auditoria interna.
Para que a auditoria possa desempenhar seu trabalho de forma completa é necessário que ela, além de buscar fraudes e erros nos controles já existentes bem como nos processos em andamento, sugira controles e processos mais eficazes.
Todos os tipos de controles são importantes para a empresa que deseja ter continuidade e vislumbre crescimento, tanto em termos econômico-financeiro como mercadológico. Principalmente no ambiente de competitividade saber que caminho se está seguindo, se a empresa está se desviando daquilo que se planejou, é fundamental.
Você pode ver no vídeo a seguir que os controles internos, mesmo no caso de um órgão público (prefeitura) ou de uma empresa privada, são fundamentais para a eficácia da gestão e dos resultados almejados.
VÍDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=8a4deetWZQM
Como você pode perceber, não é fácil se articular os controles internos em uma entidade pública, não porque se trata de uma unidade pública, mas porque a pluralidade de atividades é importante e complexa.
Mercadologicamente falando, existem vários controles importantes que permitem à empresa verificar o nível de aceitação de seu produto, nível de crescimento na sua participação no mercado (market share) entre outras informações, porém, é na área econômica e financeira que se encontram os maiores desafios em relação à manutenção de controles patrimoniais.
Controle de contas a pagar
Esse controle se dá sobre todas as obrigações financeiras da empresa que deverão ser cumpridas num determinado tempo (vencimento).
As contas a pagar têm origem em bens e direitos, por exemplo, estoques, móveis, veículos, imóveis etc., adquiridos pela empresa cuja contra prestação financeira seja feita a posteriori, ou seja, os bens e direitos adquiridos não foram pagos na sua aquisição.
Esses bens e direitos podem gerar um contas a pagar diretamente pela aquisição com pagamento parcelado, ou ainda, pela geração de empréstimos junto a entidades financeiras.
Outra situação que dá origem a uma conta a pagar é a existência de custos ou despesas a serem pagas após sua ocorrência, como, por exemplo, os aluguéis, água, luz, telefone entre outras.
Dentre as principais contas a pagardestacam-se: tributos a pagar, salários e encargos a pagar, fornecedores, empréstimos e financiamentos, contas de água/luz/telefone, aluguéis a pagar entre outras.
O controle dessas contas é importante principalmente para que se evitem atrasos, com consequente pagamento de juros e multas, para se evitar fraudes internas com possibilidade de desvio de recursos financeiros e também para garantir uma posição real sobre o valor do patrimônio da empresa.
Resumidamente são motivos para o controle das contas a pagar: evitar maiores custos financeiros (multas, juros etc.), evitar desgaste comercial (inadimplência), diminuir os riscos de fraudes internas, pela possibilidade de auditoria constante, aproveitar oportunidades de financiamento de projetos que podem alavancar o negócio.
Dentre os motivos apresentados, a possibilidade de alavancagem do negócio é um dos mais importantes no ambiente competitivo. A empresa pode por meio de financiamento de equipamentos, por exemplo, aumentar a qualidade de seu produto e ganhar mercado.
Existem várias formas que possibilitam se controlar as contas a pagar, mas as mais indicadas sugerem a utilização de softwares de gestão e ou planilhas eletrônicas.
Os campos que compõem esse tipo de controle são principalmente os seguintes, podendo variar de sistema para sistema.
• Data, da ocorrência do fato gerador da conta a pagar.
• Fornecedor.
• Número documento, que deu origem à conta a pagar.
• Data vencimento.
• Valor.
• Data do pagamento.
• Juros/descontos, gerados por pagamentos em atraso ou antecipados.
• Valor pago, equivalente à soma do valor original mais os juros ou descontos obtidos. Lembrar que no caso de desconto está se referindo a um valor negativo.
• Saldo do título, no caso de pagamentos parciais, ficará saldo remanescente, e no caso de pagamento total esse saldo é zerado indicando a quitação do título.
• Saldo das contas a pagar, que se refere ao saldo de todos os títulos devidos por data.
FUNÇÃO DA AUDITORIA DO CONTAS A PAGAR
Principalmente verificar a eficácia quanto às previsões de saídas de caixa, a legitimidade com que estão sendo efetuados os registros das operações de pagamento, a análise da confiabilidade documental e indiretamente a eficácia quanto à gestão do fluxo de caixa enquanto processo ligado à gestão financeira da organização. Verificar se não há indícios de desvios relacionados à numerários envolvendo o contas a pagar ou controles a ele relacionados.
É importante destacar que não basta a existência do controle, é importante que a empresa o mantenha devidamente atualizado a cada nova operação de tal forma que toda vez que seja necessário se tenha a informação sobre o saldo devedor da empresa.
Controle de tributos
A cadeia produtiva é bastante extensa e complexa. Não bastasse essa complexidade, a incidência de tributos em toda à sua extensão representa mais um desafio para as empresas.
Grande parte do preço final dos produtos é imposto embutido ao longo da cadeia produtiva. Com tanto peso, seu controle é imprescindível.
Conceitualmente tributo é considerado como e conjunto de impostos, taxas e contribuições. Os impostos possuem como característica a manutenção da máquina pública, ou seja, não pressupõem uma aplicação vinculada à sua existência. As taxas representam os valores cobrados para determinados serviços prestados pelo setor público. Já as contribuições dependem de uma definição precisa sobre sua aplicação, ou seja, pressupõem que haja uma correspondência definida quando de sua criação.
São exemplos de impostos: IPI/ICMS/ISSQN/IR.
São exemplos de taxas: taxa de coleta de lixo, taxa de renovação de alvará de licença de funcionamento ou de liberação de vistoria do corpo de bombeiros ou vigilância sanitária.
São exemplos de contribuições: PIS/COFINS/CSLL.
A tributação depende do regime no qual a empresa está enquadrada ,sendo que atualmente estão em vigência ao menos dois principais regimes tributários: normal e o simplificado denominado de simples nacional.
Pelo regime normal a apuração dos tributos segue o princípio da não cumulatividade dos tributos incidentes sobre as compras e as vendas como é o caso do ICMS, do PIS e da COFINS.
Esse tipo de apuração envolve o crédito do imposto na compra de mercadorias e insumos de produção e o débito no momento da venda. A diferença entre o crédito e o débito é o valor devido ao final do mês de apuração. O vencimento desses tributos se dá no decorrer do mês subsequente ao mês de geração.
Graficamente a apuração do tributo devido se dá conforme a Figura 1:
Figura 1: Apuração do Imposto devido pelo regime normal.
Fonte: Do autor (2012).
As alíquotas são definidas pelos regulamentos de cada tributo e podem variar de estado para estado no caso dos tributos estaduais, como é o caso do ICMS. Porém possuem alíquotas nacionais no caso de tributos federais como são os casos do PIS e da COFINS.
FUNÇÃO DA AUDITORIA DO CONTROLE DE TRIBUTOS
Principalmente verificar a eficácia quanto à geração e pagamento dos tributos relacionados à operação empresarial. Verificar se há a possibilidade de redução legal dos mesmos por meio do planejamento tributário utilizando-se do apoio de especialistas competentes. Verificar se a empresa não está descumprindo alguma obrigação principal ou acessória que venha a comprometer sua situação fiscal.
Pelo sistema simplificado de recolhimento, o SIMPLES NACIONAL, a empresa se submete a uma tabela progressiva de alíquotas tendo como base o faturamento mensal e o acumulado.
Controle de estoques
Conceitua-se estoque como sendo os bens ou direitos que estão disponíveis para serem realizados (vendidos ou consumidos) com determinada finalidade específica a ele atribuída. Caracterizam-se por serem passíveis de conversão em moeda e possuírem diferentes tempos de realização a depender de sua finalidade.
Quanto mais tempo um estoque leva para girar (ser vendido, em se tratando de estoques de venda), maior o investimento de recursos nesse item do patrimônio das empresas e consequentemente maior o custo financeiro.
Dentre os principais estoques de uma empresa se destacam:
Estoque de mercadorias de revenda – que compreendem todos os itens que a empresa tem disponível, porém ainda não realizados, ou seja, vendidos.
Estoque de matérias primas – que compreende todos os itens destinados à produção e que ainda não foram consumidos na mesma.
Estoque de produtos em elaboração – que compreende todos os produtos cuja produção tenha sido iniciada, porém não acabada e que estejam em qualquer fase independentemente do nível de proximidade de estarem finalizados e disponíveis para comercialização.
Estoque de produtos acabados – que compreende todos os produtos que tenham chegado ao final da fase produtiva e que possam ser considerados prontos para a venda (comercialização). Neste caso, não restam quaisquer elementos a serem adicionados ao produto para que ele seja vendido.
Estoque de materiais de expediente – que compreende os itens destinados à manutenção da atividade, geralmente administrativas da empresa. A classificação pode variar de empresa para empresa, porém de modo geral engloba materiais como: papel para impressora, clips, grampos, cola, canetas, borrachas, marcadores de texto entre outros.
Estoque de materiais de consumo – similar ao anterior engloba itens necessários à atividade da empresa, porém neste caso está mais relacionado às atividades específicas de departamentos. Como um bom exemplo pode-se citar o material de limpeza, que atende especificamente a uma finalidade do departamento de manutenção e conserva.
FUNÇÃO DA AUDITORIA DO CONTROLE DE ESTOQUES
Principalmente verificar a eficácia quanto à gestão dos estoques envolvendo os custos e a aplicação de recursos em elementos de revenda e consumo. Verificar a correta aplicação dos itens de estoque de acordo com sua finalidade. Verificar se os processos de avaliação desses elementos não ferem os princípios contábeis. Verificar se não há indícios de desvios materiais/físicos de elementos dos estoques.
FÓRUM: Agora que você terminouessa unidade, vá até o fórum da disciplina e comente sobre a importância da auditoria interna não apenas no sentido de conferência e verificação de erros e fraudes, mas também como apoio à gestão empresarial. Seria uma área capaz de apoiar a gestão das empresas de que forma?
INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL. Quem somos. 2012. Disponível em: < http://www.iiabrasil.org.br/new/quemsomos.html > Acesso em: 16 nov. 2012.
MANUAL de auditoria interna. COAUD – Coordenadoria de Auditoria Interna. 2008. Disponível em < http://www.conab.gov.br/downloads/regulamentos/ManualdeAuditoriaInterna.pdf >. Acesso em: 22 nov. 2012.
NORMAS de auditoria independente das demonstrações contábeis - NBCT. Portal de Contabilidade. 2012. Disponível em: < http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t11.htm >. Acesso em: 18 out. 2012.
SANTOS, Marcos Igor da Costa. Auditoria interna como instrumento formador da eficiência e eficácia dos resultados organizacionais. CONGRESSO DE PESQUISA E INOVAÇÃO DA REDE NORTE NORDESTE DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA JOÃO PESSOA, 2. Anais... 2007. Disponível em < http://www.redenet.edu.br/publicacoes/arquivos/20080922_105130_GEST-011.pdf >. Acesso em: 02 dez. 2012
 
SUGESTÕES DE LEITURA
ALMEIDA, Cavalcanti Marcelo. Auditoria. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
CREPALDI, Aparecido, Silvio. Auditoria contábil teoria e prática. 2.ed. São Paulo: Atlas 2002.
GONÇALVES, Antônio. A evolução das metodologias de auditoria. Revisores e Auditores, jul./set. 2008. Disponível em < http://www.oroc.pt/fotos/editor2/Revista/JulSetembro2008/Auditoria.pdf >. Acesso em: 02 dez. 2012.
Av1 - Especialização em Contabilidade, Perícia e Auditoria - Auditoria Interna
1)Dentre as alternativas abaixo e considerando que a auditoria é uma atividade importante no contexto das organizações, indique a que melhor contempla os motivos que levam uma empresa à adoção desse procedimento.
Alternativas:
· a)
O cenário atual do ambiente das organizações vem demandando, cada vez mais, a adoção de medidas e técnicas de acompanhamento e controle que visam minimizar falhas e evitar problemas.
Alternativa assinalada
· b)
Toda empresa é obrigada a manter um departamento de auditoria para que possa executar os processos de planejamento e orçamentação.
· c)
Já é uma obrigação legal no Brasil a manutenção de um departamento de auditoria interna em todas as empresas que sejam Sociedades Anônimas independentemente do porte ou faturamento.
· d)
Ter um departamento de auditoria significa ter a certeza de que não haverá erros ou fraudes na empresa.
· e)
Quando menor a empresa maior a probabilidade de se ter erros e fraudes e isso explica o fato de pequenas e médias empresas investirem tanto em auditorias internas ultimamente.
2)São muitos os objetivos relacionados à auditoria interna, porém selecionamos alguns que passam a ser listados a seguir. Qual dos apresentados não representa um objetivo da auditoria interna?
Alternativas:
· a)
adequação e eficácia dos controles.
· b)
integridade e confiabilidade das informações e registros.
· c)
compatibilidade das operações e programas com os objetivos, planos e meios de execução estabelecidos.
· d)
Focar sua atenção na redução sistemática do pagamento de tributos. 
Alternativa assinalada
· e)
mensuração dos problemas e riscos, assim como o oferecimento de alternativas de solução.
3)As possibilidades de erros em uma organização são muitos e a auditoria necessita estar atenta a isso. Qual alternativa contempla os dois principais tipos de erros relacionados à contabilidade nominados no material didático?
Alternativas:
· a)
Erros de princípio e erros de interpretação.
· b)
Erros de escrituração e erros de base.
· c)
Erros de interpretação e erros de escrituração.
· d)
Erros de base e erros de interpretação.
· e)
Erros de escrituração e de erros de princípio.
Alternativa assinalada
4)Considerando nosso material didático e o conteúdo tratado na disciplina. Quando ocorre de um profissional da contabilidade não efetuar um lançamento contábil que deveria ter sido registrado, está caracterizado um erro denominado de:
Alternativas:
· a)
Comissão.
· b)
Compensação.
· c)
Omissão.
Alternativa assinalada
· d)
Esquecimento.
· e)
Imperícia.
5)Dentro do contexto de uma organização podem haver vários tipos de fraudes que foram destacadas na disciplina. Dentre as listadas abaixo, qual se refere a uma subtração envolvendo valores financeiros por falta de controle da empresa?
Alternativas:
· a)
Apropriação indevida de bens.
· b)
Falsificação ou manipulação de contas.
· c)
Vitrine, situação de fachada ou limpeza de janela (Imagem melhor que o real).
· d)
Apropriação indevida de dinheiro.
Alternativa assinalada
· e)
Reservas secretas (Imagem pior que o real).
CONTABILIDADE, PERÍCIA E AUDITORIA
WEBAULA 1
Unidade 2 – Auditoria Interna
A EXECUÇÃO DA AUDITORIA
Não podemos pensar que o trabalho do auditor seja algo que possa ser iniciado sem o mínimo de organização, afinal, nada em nossa vida ocorre dessa forma, você concorda? Se não organizamos nossos afazeres, certamente seremos pegos pelo acúmulo de tarefas e pela ineficácia mais cedo ou mais tarde, causando prejuízos para nós e para todos à nossa volta.
Assim também ocorre com o trabalho do auditor interno que necessita cuidar adequadamente do tempo e espaço que serão necessários para o exercício dos procedimentos de auditoria e acima de tudo a definição de quais recursos ele necessitará para desenvolver adequadamente seu trabalho.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: A educação continuada pode ser uma exigência para que o auditor interno se mantenha atualizado e apto para o exercício da atividade?
O registro de tudo o que é executado pela auditoria é um imperativo para futuras consultas e esclarecimentos devido à importância do trabalho do auditor e principalmente pelo fato de que geralmente o resultado dos processos de auditoria envolve suscitar problemas que nem sempre são do interesse de todos na organização, portanto deixar tudo bem às claras é fundamental.
O cuidado com o planejamento da auditoria é algo que influencia na qualidade do trabalho final do auditor, conforme se pode verificar em (CREPALDI, 2002; ALMEIDA, 2003).
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO: Para você aprofundar seu conhecimento sobre uma importante questão envolvendo os papéis de trabalho e o registro das atividades do auditor, você pode recorrer ao trabalho que indicaremos no link abaixo. Trata-se de uma defesa à ideia de que os registros do trabalho do auditor representa a Gênese da auditoria, tamanha a importância. CORDEIRO, Claudio Marcelo Rodrigues. Papéis de trabalho: a gênese da atividade diária do auditor. Disponível em: < http://www2.masterdirect.com.br/adm/arquivosclientes/448892/Pap%C3%A9is%20de%20Trabalho%20-%20Prof.%20Cl%C3%A1udio%20Marcelo.pdf?tipo=1664 >. Acesso em: dez. 2012.
 
PAPÉIS DE TRABALHO
Os papéis de trabalho representam os elementos assessórios utilizados pelos auditores para registro de suas anotações relacionadas às averiguações sobre os registros e procedimentos auditados. Toda e qualquer anotação, desde que resguardados os aspectos básicos exigidos pela norma brasileira de contabilidade relativa à auditoria é considerada um papel de trabalho e deve integrar o rol de documentos de fundamentação do parecer do auditor, ficando à disposição para futuras consultas.
No link abaixo você terá acesso a um modelo de parecer de auditoria que ilustra a questão da fundamentação.
LINK: http://www.portaldecontabilidade.com.br/modelos/parecer.htm
É como prevê a própria norma que determina que o auditor deve documentar, no exercício de sua atividade profissional de auditoria (por meio de papéis de trabalho), todos os elementos significativos dos exames efetuados por ele ou por sua equipe e que evidenciam ter sido a auditoria, independentemente aqui de ser interna ou externa, executada de acordo com as normas aplicáveis à legislação vigente (Normas..., 2012).
Para que os papéis de trabalho atendam a essas exigências e sirvam de fundamentação para os pareceres na forma da lei eles precisam atender a algumasprerrogativas como seguem:
Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes para propiciar o entendimento e o suporte da auditoria executada, compreendendo a documentação do planejamento, a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria, bem como o julgamento exercido pelo auditor e as conclusões alcançadas. Os papéis de trabalho devem ser elaborados, organizados e arquivados de forma sistemática e racional (NORMAS..., 2012, p. 1).
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: Você já imaginou o que seria do processo de auditoria sem as normas que buscam a harmonização e padronização do trabalho do auditor?
A norma contábil acrescenta ainda a necessidade de que se averigue, no caso da utilização de análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos fornecidos pela entidade, a sua exatidão e autenticidade.
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO: Para você aprofundar seu conhecimento sobre as normas de auditoria e perícia, você pode acessar a íntegra das normas no link CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios fundamentais e normas brasileiras de contabilidade de auditoria e perícia. 2. ed. Brasília: CFC, 2005. Disponível: < http://www.cfc.org.br/uparq/livro-nbc-auditoria.pdf >. Acesso em: dez. 2012.
Algumas características dos papéis de trabalhos sempre estão dispostas nas normativas relacionadas aos procedimentos de auditoria interna e se referem principalmente aos cuidados com a autenticidade, clareza e confiabilidade deles: Segundo o Manual... (2008, p. 18) eles: “[...] a) devem ser concisos de forma que outro leitor entenda sem a necessidade de explicações da pessoa que os elaborou; b) devem ser objetivos, de forma que se entenda onde o auditor interno pretende chegar [...]” que são características que destacam a clareza. No mesmo sentido, Manual... (2008, p. 18) acrescenta que eles: “[...] devem estar limpos de forma a não prejudicar o seu entendimento; devem ser elaborados de forma lógica quanto ao raciocínio, na sequência natural do objetivo a ser atingido; devem ser completos, por si só.” Que são características mais focadas no aspecto formal e de confiabilidade.
As finalidades principais dos papéis de trabalho se resumem em fundamentar os pareceres dos auditores explicando e evidenciando aquilo que eles constataram durante o exercício de suas atividades. Essas finalidades, no entanto, podem ter desmembramentos como se pode ver em Manual... (2008, p. 18) que considera serem finalidades: “[...] racionalizar e auxiliar na execução do trabalho; garantir o alcance dos objetivos; evidenciar o trabalho feito e as conclusões emitidas; fundamentar e servir de suporte à minuta do relatório de auditoria ou da nota técnica [...]” que está de acordo com o principal objetivo de fundamentação do parecer do auditor.
VÍDEO AULA 03
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Na sequência se podem enumerar outras finalidades voltadas aos aspectos de revisibilidade ou conferência que são variações da fundamentação do parecer como se pode ver em Manual... (2008, p. 18).
[...] facilitar e fornecer um meio de revisão do trabalho por parte dos gerentes do Titular da Unidade de Auditoria Interna; constituir um registro que possibilite consultas posteriores, a fim de se obter detalhes relacionados com a atividade de auditoria realizada; fornecer orientação para futuros trabalhos.
Vamos ver um vídeo no qual o professor Cesar Abicalaffe, aborda a tecnologia do Instituto Indicare discorrendo desde as suas raízes. Nele você verá alguns pontos sobre a gestão que se relacionam com o que estamos discutindo nesta unidade como proposta para uma auditoria interna mais proativa.
VÍDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=oePC3dIlQ3Y
O que você achou da metodologia apresentada pelo Professor? Interessante não é. Mesmo que não consideremos a questão técnica científica como parâmetro para uma avaliação mais profunda, podemos considerar que há muitas informações que coincidem com o que estamos discutindo sobre o papel da auditoria como instrumento de apoio à gestão.
A possibilidade de revisão dos papéis de trabalho é fundamental uma vez que o trabalho da auditoria constantemente é questionado. Por suscitar questões que geralmente não agradam a todos dentro de uma organização, podem haver os chamados “pedidos de revisão” dos procedimentos de auditoria. Isso quando não estão envolvidas questões de ordem judicial que implicam o levantamento de provas documentais que exigirão ainda mais em termos de confiabilidade e de clareza e detalhamento dos processos de auditoria.
PLANEJAMENTO DE AUDITORIA
A auditoria interna necessita ser extremante organizada desde sua concepção até sua execução para que contribua efetivamente para a garantia de evidenciação da confiabilidade dos registros contábeis, dos documentos de suporte, da eficácia processual, enfim, para que ela atinja seus objetivos de forma satisfatória, contribuindo para a boa gestão empresarial.
Link: No site do Instituto dos Auditores Internos do Brasil disponível no link: < http://www.iiabrasil.org.br/new/ > você encontra muita informação útil em relação à atividade do auditor e da auditoria interna.
A própria atividade do auditor interno se organiza de forma associativa no sentido de discutir as atividades da auditoria e buscar manter-se atualizados em termos de técnicas e saberes relacionados à profissão como se pode ver em relação ao IIABRASIL – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.
O Instituto dos Auditores Internos do Brasil é uma entidade civil sem fins lucrativos com o objetivo de proporcionar aos associados informações que agregue valor a carreira do auditor interno levando conhecimento, novas técnicas, atualizando e certificando estes profissionais (INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL, 2012, p. 1).
O planejamento é a etapa fundamental para o sucesso do trabalho do auditor interno, sendo imprescindível que seja alocado o tempo adequado para sua realização. A tentativa de abreviar o tempo destinado ao planejamento muitas vezes redunda em problemas na execução, que poderão provocar acréscimo no tempo total de realização do trabalho, além de repercussões negativas em sua qualidade (MANUAL..., 2008, p. 14).
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: Você conhece algum trabalho que possa ser realizado sem que haja um planejamento prévio? Muito possivelmente não, porque o planejamento é base do sucesso das atividades humanas não é mesmo?
	
	Nesse mesmo curso você tem uma disciplina exclusivamente voltada para a discussão dos controles internos. Você verá durante o desenvolvimento dela que a gama de controles é grande e que eles são fundamentais para o bom andamento da atividade empresarial. Aqui separamos apenas três exemplos para ilustrar o trabalho da auditoria interna.
O processo de planejamento de auditoria deverá levar em conta alguns aspectos importantes sendo que dentre eles se destacam os seguintes:
Materialidade: que leva em consideração os valores ou montantes que estão envolvidos nas operações que serão objeto da auditoria em cada unidade auditada da organização. O que está em questão nessa perspectiva é o quanto de recurso foi aplicado em cada área sob a qual havia um responsável com determinada alçada para aplicação de recurso.
Relevância: leva em consideração o peso ou importância de uma situação ou fato em relação ao contexto em análise, tanto em termos de valores ou montante como em relação a outros aspectos qualitativos que possam significar violação de conduta ou comprometimento de ordem normativa ou processual no contexto e que mereçam uma atenção especial.
Criticidade: se refere a uma matriz de pontos fracos ou fragilidades do sistema de controle que devem ser considerados no processo de análise da auditoria. São pontos que comprometem a segurança do sistema de operações da organização e que devem passar por um exame crítico no sentido de se rever os processos e procedimentos até que essas fragilidades sejam corrigidas.
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO: Para vocêaprofundar seu conhecimento sobre o Plano Anual de Auditoria que você verá na sessão seguinte, veja o exemplo de um plano do Tribunal de Justiça de São Paulo no link. PLANO anual de auditoria interna: exercício 2012. Disponível em: < http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/PlanoAnualdeAuditoria2012.pdf >. Acesso em: dez. 2012.
Plano anual de auditoria interna
Geralmente as áreas responsáveis pela auditoria interna de uma organização ou de um grupo de organizações desenvolve um planejamento anual a fim de garantir com a devida antecedência os procedimentos que serão desenvolvidos em cada época e em cada unidade.
No vídeo a seguir você verá os principais desafios da auditoria dentre os quais estão os aspectos de apoio à gestão.
VÍDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=71tXGfb_Hzw
Viu que os desafios para a auditoria não são poucos? Por isso todo cuidado com as atividades e com o planejamento adequado.
Tanto o momento como o local a ser auditado podem comprometer as atividades operacionais em termos de rotina voltada ao atendimento à demanda normal da organização podendo gerar prejuízos aos clientes, por exemplo. É o caso de uma auditoria de estoques executada em pleno mês de dezembro em uma empresa com sazonalidade de vendas no mês do Natal.
O plano anual de auditoria deve ser elaborado e revisado em termos de execução pelo departamento de auditoria interna e em relação aos aspectos que forem passíveis de compartilhamento, serem disseminados entre as unidades para que se permita um planejamento de todos os envolvidos.
 
Programa de auditoria
O programa de auditoria representa o elemento que orientará a equipe de auditoria no exercício de suas atividades e deriva do plano anual. O programa contempla as orientações de onde serão executadas as auditorias, como serão executados os trabalhos, o quanto de recursos estará envolvido, quem estará escalado entre outras informações importantes para nortear o trabalho do auditor.
Como exemplo, vejam a seguir alguns elementos constantes de um programa real de auditoria:
a) Sistema organizacional a ser auditado;
b) Conceituação;
c) Áreas envolvidas;
d) Período;
e) Objetivos;
f) Cronograma dos trabalhos;
g) Equipe de auditores internos;
h) Custos envolvidos;
i) Tick-marks utilizadas;
j) Procedimentos;
k) Questionário de Avaliação - Controles Internos Administrativos (QACI);
l) Campo para observações dos auditores internos;
m) Conceito dos auditores internos;
n) Orientações gerais (MANUAL..., 2008, p. 15-16).
O planejamento da auditoria, como você pode perceber se torna importante na medida em que facilita a posterior execução dos trabalhos dos auditores que passam a contar com um documento (plano) orientativo.
Cabe ressaltar que o desenvolvimento da auditoria pode alterar aquilo que foi planejado uma vez que o resultado dos procedimentos de auditoria podem sugerir novas ações em novos locais e prazos. Por isso o plano pode e deve estar aberto a modificações e ajustes desde que devidamente fundamentados e executados com a participação de todos os envolvidos.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: Você concorda que todo trabalho oferece algum tipo de risco a quem o executa?
 
RISCOS DA AUDITORIA INTERNA
Todo trabalho impõe risco a quem o executa. Alguns com consequências mais graves outros menos, mas todos apresentam certo grau de risco e dessa forma não poderia ser diferente com a auditoria.
No sentido do exercício da atividade de auditoria independentemente de ser interna ou externa “risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas” (Normas..., 2012, p.1).
Ocorre que diante de demonstrações que apresentam problemas de inconsistências o risco de emissão de pareceres com erros se torna considerável devido à falta de um parâmetro seguro.
A busca de evidências e a investigação pormenorizada são substanciais até que se chegue a um ponto no qual se tenha minimamente a certeza sobre que tipo de situação de divergência com a qual se está lidando e dessa forma se possa elaborar uma opinião, devidamente fundamentada nos papéis de trabalho, de forma segura.
Segundo Normas... (2012, p. 1) “A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos considerando a relevância em dois níveis” que contribuem no sentido de minimizar as possibilidades de erro.
Os dois níveis nos quais se devem efetuar as análises de risco de auditoria são o geral e o específico e envolvem as demonstrações e os respectivos saldos das contas contábeis nelas constantes:
a) em nível geral, considerando as demonstrações contábeis tomadas no seu conjunto, bem como as atividades, qualidade da administração, avaliação do sistema contábil e de controles internos e situação econômica e financeira da entidade; e
b) em níveis específicos, relativos ao saldo das contas ou natureza e volume das transações (NORMAS..., 2012, p. 1).
No vídeo a seguir você verá que nem sempre a auditoria dá resposta em termos de apontamento de fraude e erro.
VÍDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=aQpyWaQZPKs
Como você viu na entrevista a auditoria pode contribuir para o incremento e a confiabilidade empresarial sem ser um “peso” para os colaboradores da empresa. Por isso a prevenção dos erros e dos riscos deve estar no todo do planejamento para não se tornar uma medida corretiva depois.
Os riscos de auditoria envolvem ainda a análise ambiental e uma averiguação em relação aos principais elementos que serão contemplados pela auditoria sob o aspecto de domínio da organização, ou seja, aquilo que está sob o espectro de ação da organização e de seus dirigentes.
Conforme a Normas... (2012, p. 1) “Para determinar o risco da auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade, compreendendo: a) a função e envolvimento dos administradores nas atividades da entidade; [...]” que envolve principalmente o aspecto de domínio dos gestores da organização.
Também estão sendo avaliados aspectos relacionados à estrutura organizacional, tanto em termos físicos como instalações, espaços e disposições de imobilizações como também organizacionalmente. Segundo a Normas... (2012, p. 1) são avaliados “[...] b) a estrutura organizacional e os métodos de administração adotados, especialmente quanto a limites de autoridade e responsabilidade; c) as políticas de pessoal e segregação de funções [...]”.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: Porque a estrutura organizacional também necessita ser auditada? Ela interfere de alguma forma no sucesso das atividades?
As normas e regulamentos que são praticados pela organização podem oferecer riscos de fraudes que comprometem a identificação de problemas pela auditoria ou agravam os riscos de parecerem equivocados, portanto também são objetos de análise visando a prevenção de erros e minimização do risco.
Nesse sentido, devem ser analisadas conforme a Normas... (2012, p. 1) “[...] d) a fixação, pela administração, de normas para inventário, para conciliação de contas, preparação de demonstrações contábeis e demais informes adicionais [...]”,  o que podemos considerar como inclusos no mesmo escopo de análise já que pertencem ao mesmo objeto informacional “[...] e) as implantações, modificações e acesso aos sistemas de informação computadorizada, bem como acesso a arquivos de dados e possibilidade de inclusão ou exclusão de dados [...]”.
No link abaixo você terá acesso a um trabalho que discute a questão do controle interno e a sua importância para evitar os problemas aqui levantados.
LINK: http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/contabilidade/article/view/6505
Finalmente a Normas... (2012, p. 1) considera os aspectos de minimização do risco pautados na avaliação dos sistemas de aprovação de contas e alçadas determinando a avaliação do “[...] f) o sistema de aprovação e registro de transações; g) as limitações de acesso físico a ativos e registros contábeis e/ou administrativos; e h) as comparações e análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados.”PROCEDIMENTOS
Trata-se do conjunto de procedimentos e técnicas profissionalmente executadas pelo auditor interno que visam possibilitar a emissão de sua opinião sobre as demonstrações contábeis, bem como os relatórios internos, processos e atividades auditadas. É por meio desse conjunto de procedimentos que o auditor levantará evidências que fundamentam seu parecer técnico profissional.
Existem vários procedimentos utilizados pelo auditor e muitos deles se confundem com técnicas e procedimentos de perícia uma vez que os objetivos secundários da auditoria envolvem o levantamento de erros e fraudes.
Podemos destacar dentre os principais:
Testes de Controle: visam a verificação de que os controles internos estão garantindo em nível satisfatório seus objetivos quanto a evitarem erros e fraudes relacionados aos objetos sob seus domínios.
Procedimento Substantivo: visam a verificação da eficiência dos sistemas contábeis e administrativos da organização em termos de geração de informações sendo que as análises se concentram em testes de saldo e testes de transações.
Alguns procedimentos e técnicas utilizadas pelos auditores visam a verificação da existência de problemas ou validação de registros, presença de imobilizações declaradas etc. conforme segue:
Inspeção: envolve a averiguação detalhada de registros e documentos contábeis e gerenciais, internos ou externos dependendo do objetivo da auditoria, o que se dá na forma de visualização e checagem física (papel), na forma eletrônica ou em outras mídias conforme se observa no contexto atual. Também há inspeção relacionada a imobilizado que visa se averiguar a sua presença denominada de exame físico de um ativo.
Observação: consiste no exame do processo ou atividade operacional executado por unidades administrativas ou de produção. O objetivo é de analisar tanto a questão de possibilidade de falhas que possam dar margem a fraudes quanto a análises envolvendo eficácia operacional no caso da auditoria interna constante e permanente.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: Observar um processo sob o ponto de vista de quem está fora é diferente de estar participando do processo? Pode-se ver aquilo que não se vê quando se participa?
Recalculo: consiste na verificação da exatidão em termos de volume monetário ou de quantidades contidas nos documentos ou nos registros contábeis ou gerenciais. O recálculo pode ser realizado manualmente, porém atualmente é bem mais comum se contar com sistemas que desenvolvem esse processo de forma automática.
Indagação: consiste na busca de informações por processos de entrevistas e questionamento perante pessoas que tenham conhecimento relacionado ao objeto em análise.  Essas pessoas são questionadas em relação a qualquer detalhe envolvendo aquilo sobre o que se tem alguma duvida que se necessite esclarecimento.
Reexecução: Trata-se de uma auditoria realizada por um auditor independente sobre um trabalho já realizado por uma auditoria interna e se realiza com o objetivo confirmatório ou de refutação de hipóteses sempre que se constata que houve algum motivo para que a primeira auditoria não tenha sua validade confirmada.
Procedimentos analíticos: consistem na avaliação das informações executadas via estudo de relacionamentos entre dados financeiros e não financeiros, como por exemplo, a investigação de flutuações e relações identificadas entre valores constantes em orçamentos ou previsões que estão muito aquém ou além dos valores realizados.
Confirmação: Procedimento de busca de resposta junto a terceiros, geralmente clientes, fornecedores, advogados, ex-funcionários etc. com o objetivo de se fundamentar alguma informação obtida a partir dos registros contábeis que remetam a eles. Geralmente essas informações são obtidas de forma escrita utilizando-se cartas enviadas por correio.
VÍDEO AULA 05
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METODOLOGIA
As metodologias de auditoria interna tem como base as metodologias da auditoria externa e por isso podem ser vistas como uma evolução ou uma base testada do conjunto dos procedimentos utilizados nesta última.
Necessariamente, existe uma forte relação entre as metodologias adoptadas pelos auditores externos e os auditores internos. Em termos gerais, poderemos dizer que de algum modo se verifica o acompanhamento ao nível da auditoria interna das metodologias já anteriormente implementadas e testadas pelos auditores externos (GONÇALVES, 2008, p. 2).
Por outro lado é necessário se reconhecer que a auditoria interna deve ir além dos aspectos meramente voltados à verificação de autenticidade ou veracidade dos fatos ou relatórios e avançar ao campo da gestão.
O cuidado metodológico da auditoria deve vislumbrar seu caráter informativo além do aspecto da verificação dos demonstrativos em termos regulamentares como é caso da adequação quanto aos princípios contábeis.
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: A forma de se executar a auditoria pode interferir no seu resultado?
A auditoria interna tem um papel fundamental quanto ao aspecto de gestão por fornecer oportunamente por meio de seus procedimentos se resguardados os procedimentos metodológicos adequados subsídios fundamentais para correções de processos, embora como se vê abaixo não seja o que acontece na maioria dos casos.
Por um lado, pode ser ressaltado que a não implantação de práticas de auditoria interna está também relacionada ao pouco conhecimento dos gestores sobre as vantagens e os benefícios desta ferramenta, não possuindo, portanto, uma visão gerencial que pode repercutir nos resultados organizacionais. Mas, por outro lado, deve ser registrado que os mecanismos de controle econômico-financeiro usado pela empresa estão de acordo com as normas brasileiras de contabilidade (SANTOS, 2007, p. 9).
Longe de se desencorajar que procedimentos metodológicos voltados para a averiguação de processos também sejam o foco do auditor interno além das questões de averiguação de confiabilidade dos relatórios emanados das atividades, a constatação acima deve incentivar um repensar e uma busca por uma ampliação do escopo de trabalho da auditoria interna sem prejuízo à sua finalidade principal. O planejamento e o programa de trabalho executados de forma profissional e organizada são pressupostos para se atingir esse objetivo.
No link abaixo você encontra um exemplo de plano de auditoria.
LINK:
http://www.cnpma.embrapa.br/eventos/2011/pimopicgoiaba/palestras/20111108/plano_auditoria.pdf
A evolução metodológica da auditoria é uma constante e precisa o ser para que o objetivo de contribuir para uma gestão mais eficaz seja atingido. Gonçalves (2008) demonstra como as metodologias da auditoria evoluíram ao longo do tempo conforme se pode verificar nas etapas abaixo:
· AUDITORIA COM BASE NOS CONTROLES – que vem deste a época anterior à década de 80 e tem seu foco nos controles internos e na averiguação de erros e fraudes que as falhas nesses instrumentos possam gerar. A análise documental era a fundamental metodologia aplicada.
· AUDITORIA COM BASE NOS PROCESSOS – que vem desde a década de 80 tem seu foco na análise dos processos críticos da atividade empresarial. Isso se deveu ao aumento do volume e da complexidade das atividades empresariais.
· AUDITORIA COM BASE NO RISCO – que vem desde meados da década de 80 e início da década de 90 com a ocorrência de emblemáticos casos de insolvência de empresas americanas dando origem ao estabelecimento de normativas de utilização geral como o Internal Control-Integrated Framework que representa um conjunto de normas de auditoria interna de utilização obrigatória para empresas americanas com ações em bolsa. Um referencial comum para a auditoria interna.
· AUDITORIA COM BASE NA GESTÃO DO RISCO – que surge em meados da década de 1990 como evolução da auditoria com base no risco e visa principalmente a governança corporativa.
ESTRUTURA
A estrutura de auditoria envolve o ambiente de controle que corresponde à organização e aos elementos que a ela pertenceme que serão auditados. Por outro lado também pertence à estrutura de auditoria todos os elementos envolvidos no processo de planejamento e execução.
A tabela a seguir exemplifica a estrutura dos controles e auditoria interna segundo a perspectiva da metodologia vigente:
APROFUNDANDO O CONHECIMENTO: Para você aprofundar seu conhecimento sobre as funções e processos envolvendo a estrutura da auditoria acesse o trabalho disponível no link MARTINS, Izabel; MORAIS, Georgina. Auditoria interna: função e processo. Millenium on Line , n. 13, jan. 1999. Disponível em: < http://www.ipv.pt/millenium/ect13_3.htm >. Acesso em: dez. 2012.
Quadro 1 - Estrutura dos fatores do controle interno auditado.
	ELEMENTOS PRINCIPAIS
	DESCRITIVOS DE AVALIAÇÃO
	Comunicação e enfoque relacionados à integridade e nos valores culturais.
QUESTÃO: Qual é nossa cultura e onde queremos chegar?
	Elemento essencial que influencia a eficácia ao nível do desenho, da administração e do monitoramento dos controles. (QUESTÃO: controle e monitoramento)
	Compromisso com as habilidades e competências no exercício das atividades.
QUESTÃO: Podemos fazer melhor?
	Preocupação dos responsáveis da gestão em garantirem níveis de competência adequado relativamente às funções críticas, bem como a forma como eles se traduzem em requisitos ao nível do conhecimento e qualificações no exercício dessas atividades. (QUESTÃO: constante aprimoramento e busca da excelência pelo treinamento e aprendizado)
	Filosofia relacionada à gestão dos negócios.
QUESTÃO: Que riscos podemos e queremos assumir?
	Abordagem dos responsáveis da gestão quanto ao modo como assumem e gerem os riscos de negócio, e sua atitude relativamente às funções associados ao relato financeiro, processamento de informação, contabilidade e pessoal.
(QUESTÃO: adequação das ações à filosofia estabelecida para a gestão)
	Estrutura organizacional.
QUESTÃO: Qual é nossa estrutura?
	Enquadramento no contexto no qual são desenvolvidas as atividades de planejamento, execução e controle de uma entidade de modo a garantir a busca dos seus objetivos.
(QUESTÃO: foco nos objetivos e no resultado final)
	Atribuição de responsabilidades e de alçadas para tomada de decisões.
QUESTÃO: Quem responde pelo que?
	Como é efetuada a atribuição da autoridade e responsabilidade ao nível das atividades operacionais e qual o modelo de comunicação entre os envolvidos nas atividades.
(QUESTÃO: foco no indivíduo responsável pela decisão relevante influenciadora da tarefa)
	Políticas e procedimentos relativos aos recursos humanos.
QUESTÃO: Quais os critérios de admissão e manutenção em nosso quadro de colaboradores?
	Recrutamento, treinamento, formação, avaliação, progressão de carreira, compensações e outras políticas relacionadas com os recursos humanos da empresa.
(QUESTÃO: busca de critérios justos de admissão e manutenção do fator humano, além dos fatores motivacionais que garantam bons níveis de atividade)
Fonte: Adaptado de Gonçalves (2008).
Em termos de estrutura do departamento de auditoria responsável pela execução do trabalho em si podemos citar a existência das seguintes funções:
• CHEFIA DA AUDITORIA
• SUPERVISOR DE AUDITORIA
• AUDITOR SÊNIOR/PLENO
• AUDITOR JÚNIOR
QUESTÃO PARA REFLEXÃO: Você já se imaginou como um Chefe de auditoria?
Em termos operacionais a comunicação no departamento de auditoria deve fluir bem para que o trabalho ocorra eficazmente e atinja seus objetivos. A diretriz abaixo é um exemplo da normativa da Conab referente à auditoria interna que destaca esse aspecto comunicacional.
O auditor interno comunicará previamente ao Titular da Unidade de Auditoria Interna qualquer situação em que exista, ou possa razoavelmente inferir-se, conflito de interesses ou de ideias preconcebidas sobre pessoas, unidades organizacionais ou sistemas administrativos a serem auditados (MANUAL..., 2008, p. 6).
De forma resumida, a estrutura da auditoria interna deve estar a serviço de pelo menos dois objetivos: i) buscar atender aos itens destacados no Quadro 1 e que se referem às perspectivas voltadas à boa gestão empresarial;  e ii) garantir o objetivo primário de averiguação da confiabilidade e autenticidade dos relatórios contábeis e gerenciais.
FUNÇÃO DA AUDITORIA DO CONTROLE DE ESTOQUES
Principalmente verificar a eficácia quanto à gestão dos estoques envolvendo os custos e a aplicação de recursos em elementos de revenda e consumo. Verificar a correta aplicação dos itens de estoque de acordo com sua finalidade. Verificar se os processos de avaliação desses elementos não ferem os princípios contábeis. Verificar se não há indícios de desvios materiais/físicos de elementos dos estoques.
FÓRUM: Agora que você terminou a unidade II de nossa disciplina, vá até o fórum e comente sobre a seguinte questão: a auditoria interna é aplicável a todo tipo de organizações? Existe alguma restrição para sua aplicação ou ela é desejável sempre que a empresa tenha condições de manter uma estrutura de auditoria interna?
ALMEIDA, Cavalcanti Marcelo. Auditoria. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MANUAL de auditoria interna. COAUD – Coordenadoria de Auditoria Interna. 2008. Disponível em < http://www.conab.gov.br/downloads/regulamentos/ManualdeAuditoriaInterna.pdf >. Acesso em: 22 nov. 2012.
CREPALDI, Aparecido, Silvio. Auditoria contábil teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas 2002.
INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL. Quem somos. 2012. Disponível em: < http://www.iiabrasil.org.br/new/quemsomos.html > Acesso em: 16 nov. 2012.
NORMAS de auditoria independente das demonstrações contábeis - NBCT. Portal de Contabilidade. 2012. Disponível em: < http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t11.htm >. Acesso em: 18 out. 2012.
SANTOS, Marcos Igor da Costa. Auditoria interna como instrumento formador da eficiência e eficácia dos resultados organizacionais. CONGRESSO DE PESQUISA E INOVAÇÃO DA REDE NORTE NORDESTE DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA JOÃO PESSOA, 2. Anais... 2007. Disponível em < http://www.redenet.edu.br/publicacoes/arquivos/20080922_105130_GEST-011.pdf >. Acesso em: 02 dez. 2012.
Av2 - Especialização em Contabilidade, Perícia e Auditoria - Auditoria Interna
1)Os documentos que representam os elementos assessórios utilizados pelos auditores para registro de suas anotações relacionadas às averiguações sobre os registros e procedimentos auditados são denominados de:
Alternativas:
· a)
Anotações técnicas.
· b)
Fichas de anotações.
· c)
Lançamentos de auditoria.
· d)
Papeis de trabalho.
Alternativa assinalada
· e)
Relatório de auditoria.
2)Quando o auditor necessita utilizar demonstrações e relatórios da empresa para executar seu trabalho há uma recomendação ou determinação feita pela norma brasileira de auditoria. Qual seria essa orientação?
Alternativas:
· a)
Descartar os relatórios que apresentarem problemas.
· b)
A necessidade de que se averigue a sua exatidão e autenticidade.
Alternativa assinalada
· c)
Submeter à perícia grafotécnica antes de serem utilizados.
· d)
Preferencialmente não se utilizar esses tipos de documentos por mais de uma vez durante o processo de auditoria.
· e)
Somente utilizar na presença do contador que as elaborou.
3)Durante os procedimentos de auditoria três aspectos devem ser considerados, sendo dois deles a:
Alternativas:
· a)
Materialidade e montante.
· b)
Relevância e montante.
· c)
Materialidade e confiabilidade.
· d)
Materialidade e relevância.
Alternativa assinalada
· e)
Relevância e confiabilidade.
4)Os dois documentos elaborados no sentido de organizar e parametrizar o trabalho dos auditores orientando o exercício de suas atividades são denominados de:
Alternativas:
· a)
Papeis de trabalho e Parecer de auditoria.
· b)
Parecer de auditoria e plano de auditoria.
· c)
Plano anual de auditoria e parecer de auditoria.
· d)
Papeis de trabalho e plano de auditoria.
· e)
Plano anual de auditoria e programa de auditoria.
Alternativa assinalada
5)A possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretasé denominada:
Alternativas:
· a)
Erro.
· b)
Fraude.
· c)
Risco de auditoria.
Alternativa assinalada
· d)
Plano de auditoria.
· e)
Contingência.

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