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ANATOMIA DAS MAMAS

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ANATOMIA DAS MAMAS: disposta no interior da fáscia superficial, anterior à região
superior do tórax, espalhado-se lateralmente. A base da mama se estende verticalmente a
partir da 2ª/3ª à 6ª costela, e no plano transversal da borda esternal medialmente até a linha
média axilar lateralmente.
O quadrante superolateral é prolongado em direção à axila, ao longo da borda
inferolateral do músculo peitoral maior. O sistema fascial superficial do tronco se divide para
envolver a mama para formar as lamelas anterior e posterior. Extensões posteriores do
sistema fascial superficial conectam a mama à fáscia peitoral. A prega inframamária é uma
zona de aderência do sistema fascial superficial à parede torácica.
Mama: se encontra sobre a fáscia peitoral profunda, a qual por sua vez recobre os
músculos peitoral maior e serrátil anterior superiormente, e o músculo oblíquo externo do
abdome. Entre a mama e a fáscia profunda, o tecido conjuntivo frouxo no “espaço
submamário” permite um grau de movimento à mama sobre a fáscia peitoral profunda. Um
carcinoma mamário avançado pode, por invasão, causar aderência ou fixação da mama à
musculatura subjacente.
Papila mamária: se projeta a partir do centro da mama. Seu formato e sua projeção
variam dependendo de fatores nervosos, hormonais e de desenvolvimento. Sua posição
depende do tamanho e do formato das mamas, mas se dispõe sobre o 4º espaço
intercostal.
A pele que recobre a papila mamária e a aréola apresenta uma superfície enrugada.
Ela contém glândulas sudoríparas e sebáceas que se abrem na superfície. A secreção
oleosa destas glândulas sebáceas atua como um lubrificante protetor e facilita a apreensão
da papila mamária pelo recém-nascido durante a lactação. É rica em melanócitos.
As mamas são compostas de lobos, contêm uma rede de tecido glandular que
consiste de ductos ramificados e lóbulos secretores terminais em meio a um estroma de
tecido conjuntivo. A unidade secretora terminal dos lóbulos, conhecida como alvéolo
mamário, é o componente funcional secretor de leite da mama, e que patologicamente dá
origem a lesões malignas primárias no interior da mama. Esse estroma que envolve os
lóbulos é denso e rico em fibras colágenas, enquanto o tecido conjuntivo intralobular tem
uma textura frouxa que permite a rápida expansão do tecido secretor durante a gravidez.
Lâminas fibrosas (condensações de tecido conjuntivo) se estendem entre a camada
da fáscia profunda que recobre os músculos da parede torácica anterior e a derme. Estes
ligamentos suspensores da mama (de Cooper) são bem desenvolvidos na parte superior e
suportam o tecido mamário, ajudando a manter seu formato. O tecido fibroso circunda os
componentes glandulares e se estende para a pele e para a papila mamária. O estroma
interlobular contém quantidades variáveis de tecido adiposo, o qual é responsável por
grande parte do aumento de tamanho da mama durante a puberdade.
As mamas são supridas por ramos da artéria torácica interna e por algumas artérias
intercostais. A artéria axilar fornece sangue através da artéria torácica superior, dos ramos
peitoral da artéria toracoacromial, da artéria torácica lateral e da artéria subescapular. A
artéria torácica interna supre os ramos perfurantes para a parte ântero medial da mama. As
artéria intercostais anteriores da segunda à quarta fornecem ramos perfurantes mais
lateralmente na região anterior do tórax: a segunda artéria perfurante é a maior e supre a
região superior da mama, a papila mamária, a aréola, e o tecido mamário adjacente.
O sangue é drenado pelo plexo venoso circular ao redor da aréola e do tecido
glandular da mama para as veias axilares, torácicas internas e intercostais através de veias
que acompanham as artérias correspondentes.
A drenagem linfática dominante da mama é derivada da rede dérmica. A direção
do fluxo linfático dentro da mama é paralelo às principais tributárias venosas. A maioria
destes vasos linfáticos drenam para o grupo axilar de linfonodos regionais, seja diretamente
ou através do plexo linfático retroareolar. Os vasos linfáticos derivados da mama esquerda
terminam no ducto torácico e na veia subclávia esquerda. À direita, os vasos linfáticos
drenam para a veia subclávia direita. Parte da face medial da mama direita tem sua linfa
drenada em direção ao grupo torácico interno de linfonodos. Os linfonodos axilares
recebem mais de 75% da linfa derivada da mama. Existem 20-40 linfonodos, agrupados
artificialmente como peitorais (anteriores), subescapulares (posteriores), centrais e apicais.
Pode existir um ou dois outros linfonodos entre os músculos peitoral menor e maior; este
grupo interpeitoral de linfonodos também é conhecido como linfonodos de Rotter. A
maioria dos vasos drena para os linfonodos paraesternais a partir das partes medial e
lateral da mama; eles acompanham os ramos perfurantes da artéria torácica interna.
A mama é inervada por ramos anteriores e laterais do quarto ao sexto nervos
intercostais, que conduzem fibras sensitivas e simpáticas eferentes. A papila mamária é
suprida pelo ramo anterior do ramo cutâneo lateral de T4, que forma um plexo no interior da
papila mamária; suas fibras sensitivas terminam próximo ao epitélio como terminações
livres, corpúsculos de Meissner e terminações em disco de Merkel. Estas são essenciais na
sinalização da sucção para o sistema nervoso central. As atividades secretoras da glândula
são grandemente controladas pelos hormônios ováricos e hipofisiais, em vez de sê-lo por
fibras motoras eferentes. A aréola tem menos terminações sensoriais.
Os ductos são revestidos por um epitélio cilíndrico. Nos ductos maiores, esse
epitélio tem duas camadas de células, porém, nos ductos menores, apenas uma camada de
células cilíndricas ou cubóides está presente. As bases destas células estão em contato
com células mioepiteliais de origem ectodérmica. As células mioepiteliais são tão
numerosas, que elas formam uma camada distinta que circunda os ductos e os alvéolos,
dando ao epitélio uma aparência biestratificada. Os ductos lactíferos que drenam cada
lobo da mama passam através da papila mamária e se abrem como 15-20 orifícios. Próximo
ao seu orifício, cada um destes ductos é levemente expandido como um seio lactífero.
Consequentemente, cada ducto lactífero está conectado a um sistema de ductos e lóbulos,
circundado pelo estroma de tecido conjuntivo, coletivamente formando um lobo da glândula
mamária.
Os lóbulos consistem de porções das glândulas que têm potencial secretor. Na mama
madura em repouso, cada lóbulo consiste de um agregado de dúctulos ramificados, em
fundo cego, cujas porções terminais não apresentam alvéolos, os quais são os locais de
secreção de leite na mama em lactação.
Nos seios lactíferos, o revestimento epitelial estratificado cúbico é substituído por um
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, contínuo com a epiderme, próximo às
aberturas dos ductos lactíferos na papila mamária. Internamente, a papila mamária é
composta principalmente de tecido conjuntivo denso rico em colágeno, e contém numerosas
fibras elásticas as quais enrugam a pele suprajacente.
Abaixo da papila mamária e da aréola, feixes de células musculares lisas estão
organizados radialmente e circunferencialmente em meio ao tecido conjuntivo.

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