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Anatomia das Mamas Introdução Nos homens, as glândulas mamárias são rudimentares e não funcionais, sendo formadas apenas por pequenos ductos ou cordões epiteliais; e, em geral, a gordura encontrada nas mamas masculinas não é diferente da encontrada em outras partes do corpo. Assim como na mama feminina, a mama masculina também apresenta uma aréola e um mamilo/papila mamária. A mama feminina Na parte anterior da mama se encontra a papila mamária, uma proeminência cônica ou cilíndrica, situada no centro da aréola. A papila não apresenta gordura, pelos ou glândulas sudoríparas. Sua extremidade é fissurada e os ductos lactíferos se abrem nela. A papila é formada por fibras musculares lisas circulares que comprimem esses ductos lactíferos durante a lactação, causando a ereção das papilas em resposta à estimulação, como quando um bebê começa a sugar. A aréola é uma estrutura cutânea pigmentada circular, rica em glândulas sebáceas, que auxiliam na lubrificação da região, especialmente na gravidez e lactação. As aréolas e papilas também aumentam na puberdade. O leito mamário se estende transversalmente da margem lateral do esterno até a linha axilar média e verticalmente da costela II à VI. 2/3 do leito são formados pela fáscia peitoral, sobre o músculo peitoral maior e 1/3 é formado pela fáscia que cobre o músculo serrátil anterior. A mama está apoiada sobre o leito e entre ela e essa fáscia peitoral existe o espaço retromamário, um plano de tecido conjuntivo frouxo, que apresenta pouca gordura e permite a movimentação da mama pela fáscia peitoral. As glândulas mamárias estão firmemente fixadas à derme da pele sobrejacente através dos ligamentos suspensores da mama (de Cooper), que são condensações de tecido conjuntivo fibroso que ajudam a sustentar os lobos e lóbulos da glândula. Uma pequena parte da glândula mamária pode se estender ao longo da margem inferolateral do músculo peitoral maior, em direção à fossa axilar, formando um processo axilar (cauda de Spencer), que no período menstrual pode aumentar de tamanho. O parênquima da glândula mamária é constituído por entre 15 a 20 lobos da glândula mamária. Cada lobo é formado pelos lóbulos da glândula mamária, que são drenados pelos ductos lactíferos. Os ductos lactíferos convergem para constituir ductos principais, que apresentam uma parte dilatada, que se abre independente, situada profundamente à aréola: o seio lactífero. A mama na gravidez e amamentação Os alvéolos ou ácinos são estruturas que contêm células que secretam leite e têm aparência de cachos de uva. Após a produção do leite, ele segue pelos ductos lactíferos e uma pequena gotícula se acumula no seio lactífero. No momento que um bebê começa a sugar, a compressão da aréola expele as gotículas acumuladas e estimulam o bebê a continuar a sugar, enquanto ocorre o reflexo de ejeção do leite, mediado por hormônios. Outra transformação que ocorre durante a gravidez é o aumento da substância oleosa advinda das glândulas sebáceas localizadas nas aréolas. Essa substância atua como lubrificante protetor para a aréola e papila, pois essas estruturas estão sujeitas a fissuras e irritação no início da amamentação. Vasculatura A irrigação arterial da mama é realizada por: ● Ramos mamários mediais de ramos perfurantes, originados da artéria subclávia; ● Ramos intercostais anteriores da artéria torácica interna, originados da artéria subclávia; ● Artéria torácica lateral, ramo da artéria axilar; ● Artéria toracoacromial, ramo da artéria axilar; ● Artérias intercostais posteriores, ramos da parte torácica da aorta nos 2º, 3º e 4º espaços intercostais. A drenagem venosa é realizada por: ● Veia axilar; ● Veia torácica interna. Drenagem linfática A linfa proveniente da papila, aréola e lóbulos das glândulas mamárias drena para o plexo linfático subareolar. Aproximadamente 75% da linfa, especialmente aquela oriunda dos quadrantes laterais da mama, drena para os linfonodos axilares, inicialmente para os linfonodos anteriores ou peitorais. Parte dessa linfa drena para outros linfonodos axilares, para os linfonodos interpeitorais, deltopeitorais, supraclaviculares ou cervicais profundos inferiores. A linfa proveniente dos quadrantes mediais da mama drena para os linfonodos paraesternais ou para a mama oposta. A linfa dos quadrantes inferiores drena profundamente para os linfonodos abdominais (frênicos inferiores subdiafragmáticos). A linfa da pele da mama (menos da aréola e papila) drena para os linfonodos axilares, cervicais profundos inferiores, infraclaviculares ipsilaterais e para os linfonodos paraesternais de ambos os lados. A linfa dos linfonodos axilares drena para os linfonodos infraclaviculares e supraclaviculares e segue para o tronco linfático subclávio. A linfa dos linfonodos paraesternais drena para os troncos linfáticos broncomediastinais. Ambos os troncos se fundem com o tronco linfático jugular, formando assim o ducto linfático direito curto no lado direito ou o entram no ducto torácico do lado esquerdo.
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