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DISCIPLINA: ANESTESIOLOGIA DOCENTE: LUCIANE FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Mecânica da Ventilação Pulmonar Musculatura que permite a ventilação Músculos inspiratórios: produzem a expansão pulmonar: Diafragma, músculos intercostais externos, esternocleidomastoideo, serrátil anterior (puxam várias costelas) e escalenos (puxam as duas primeiras costelas). Músculos da expiração forçada: músculos reto abdominais, transverso do abdome, oblíquo externo e oblíquo interno. Dinâmica pressórica que permite a ventilação O pulmão flutua na cavidade torácica cercado por uma fina camada de líquido pleural que lubrifica os seus movimentos dentro da cavidade. ● Pressão Pleural ● Pressão Alveolar - Complacência – é o quão facilmente o pulmão se distende. Lei de Boyle-Mariotte Pressão Transpulmonar Surfactante, tensão superficial e colapso alveolar Tensão superficial Volumes e capacidades pulmonares Funções das Vias Respiratórias Reflexo da tosse A laringe, a traqueia, os bronquíolos e os alvéolos são muito sensíveis, de modo que pequenas quantidades de corpos estranhos podem causar irritação. Reflexo do espirro É semelhante ao reflexo da tosse, mas ocorre nas vias aéreas nasais; Ocorre devido à estimulação do N. Trigêmio. Funções respiratórias normais do nariz 1. Aquecimento; 2. Umidificação; 3. Filtração parcial. Vocalização Para que haja vocalização, é preciso duas funções mecânicas: 1. Fonação (laringe); 2. Articulação (boca). Pressões no Sistema Pulmonar Pressões no Sistema Pulmonar ● Ventrículo D= 25/1 mmHg ● Artéria pulmonar = 25/8 mmHg média - 15 mmHg ● Capilar pulmonar= 7 mmHG ● Átrio E e veias pulmonares = 1 a 5 mmHg Pressão pulmonar em cunha Volume Sanguíneo dos Pulmões ● Volume normal - 450 ml ➢ 70 ml nos capilares ➢ Restante nas artérias e veias ➢ Pode vaiar da metade até o dobro deste volume Expiração forçada Hipovolemia Estenose mitral Insuficiência do VE Líquidos na Cavidade Pleural CAUSAS: ● Bloqueio linfático ● Insuficiência cardíaca ● Redução da pressão coloidosmótica do plasma ● Lesão capilar Física da difusão dos gases DIFUSÃO DE OXIGÊNIO ALVÉOLO-CAPILAR Dissolvido no plasma - 2% Oxihemoglobina (HbO2) - 98% Po2 alveolar - 104 Po2 sangue - 40 Física da difusão dos gases ● Difusão dos gases através da membrana respiratória ● Unidade respiratória: Cada alvéolo: 0,2 mm ❖ Parede unidade respiratória: delgada ❖ Capilares Membrana respiratória ou Membrana pulmonar Membrana Respiratória Camadas da membrana respiratória: 1. A camada de líquido surfactante 2. Epitélio alveolar 3. Membrana basal epitelial 4. Espaço intersticial 5. Membrana basal capilar 6. Membrana endotelial capilar Estrutura da membrana respiratória e difusão do O2 do alvéolo para a hemácia e a difusão do CO2 na direção oposta Fatores que afetam a velocidade da difusão gasosa através da membrana respiratória Fatores que afetam a velocidade da difusão gasosa através da membrana respiratória 1) A espessura da membrana Fatores que afetam a velocidade da difusão gasosa através da membrana respiratória 2) A área superficial da membrana Fatores que afetam a velocidade da difusão gasosa através da membrana respiratória 3) O coeficiente de difusão do gás na substância da membrana •A transferência de gás através da Membrana respiratória é dependente: Solubilidade na membrana •CO2 (se difunde através da membrana): 20 x mais rápido que o O2 •O2: 2 x mais rápido que o N2 Fatores que afetam a velocidade da difusão gasosa através da membrana respiratória 4) A diferença de pressão parcial do gás entre os dois lados da membrana Capacidade de difusão da membrana respiratória •Habilidade Membrana Respiratória ↔ trocar gás entre alvéolos e sangue Capacidade de difusão: Volume de um gás que se difunde através da membrana a cada minuto para uma diferença de pressão de 1 mm Hg (x ml/1/min/1mmhg) Capacidade Aumentada de Difusão do Oxigênio Capacidade de difusão para O2 sob condições de repouso 21 ml/min/mm Hg Diferença de pressão de O2 através da membrana durante respiração: 11 mm Hg 21 x 11 = 230 mililitros de O2/mi Aumento na Capacidade de Difusão de Oxigênio durante o Exercício Fluxo sanguíneo: aumenta Ventilação: aumenta Difusão de O2: aumenta Máximo de 65 ml/min/mmHg (3x + repouso) -> (3x 21 ml) Provocada pela Abertura de capilares pulmonares Aumento da área superficial Capacidades de difusão para monóxido de carbono, oxigênio e dióxido de carbono em pulmões normais Capacidade de difusão para dióxido de carbono a) Difusão rápida pela membrana b) Diferença média menor que 1 mmHg No entanto: As medidas de difusão de outros gases mostram que : a capacidade de difusão: relaciona-se à difusão do gás em foco Capacidade de difusão do dióxido de carbono: Sob condições de repouso - 400 a 450 mL/min/mmHg Durante o exercício - 1.200 a 1.300 mL/min/mmHg Respiração Artificial Ressuscitador Tanque de Respiração (“Pulmão de Ferro”) Efeito do Ressuscitador e do Tanque de Respiração no Retorno Venoso Transporte de Dióxido de Carbono no Sangue Formas químicas em que o CO2 é transportado 1. Saída de CO2 dos tecidos → forma molecular dissolvida. 2. Ao sair dos tecidos, o CO2 adentra os capilares e inicia diversas reações químicas. Transporte de CO2 na forma dissolvida Uma pequena parcela é transportada dessa forma. (7%) ● Pressão do CO2 no sangue venoso misto = 45 mmHg. 2,7 mL/dL de CO2 está dissolvido. ● Pressão do CO2 no sangue arterial = 40 mmHg. 2,4 mL/dL de CO2 está dissolvido. A diferença entre os dois volumes (0,3 mL) corresponde a quantidade dissolvida transportada. Transporte de CO2 na forma de bicarbonato Água reage com CO2 e forma ácido carbônico nas hemácias. ● É lento, não fosse a enzima anidrase carbônica. ○ Alta velocidade de reação ○ Equilíbrio quase completo ○ Grandes quantidades de CO2 reagem com a água Corresponde a maior porcentagem de CO2 que é transportado (70%) O ácido carbônico pode se dissociar em íons hidrogênio e bicarbonato 1. Íons hidrogênio Associam-se à hemoglobina das hemácias (função de tampão) 2. Íons bicarbonato Difundem-se das hemácias para o plasma sendo substituídos por íons cloreto (desvio de cloretos) Transporte de CO2 conjugado com hemoglobina O CO2 se associa à hemoglobina formando a carbaminoemoglobina. ● Reversível ● Instável ➔ Libera facilmente CO2 ● Processo semelhante ocorre com proteínas plasmáticas ● Corresponderia a 30% da quantidade de CO2 transportada ➔ Reação mais lenta Efeito Haldane Oxigênio tende a deslocar o CO2 do sangue ao se ligar à hemoglobina Hemoglobina funciona como ácido mais forte: 1. Quanto mais ácida, menos o CO2 tende a se ligar. 2. Aumento de acidez → hemoglobina libera íons hidrogênio. ➔Associam-se com CO2 formando ácido carbônico ➔Ácido carbônico se dissocia em água e CO2. Efeito haldane em: Capilares dos tecidos: Oxigênio é removido da hemoglobina, o efeito aumenta a captação de CO2. Pulmões: Oxigênio é captado pela hemoglobina, o efeito aumenta a liberação de CO2. Centro Respiratório Centro Respiratório ● Composto por: ○ Grupo Respiratório Dorsal (GRD): ■ Porção dorsal do Bulbo -> Inspiração. ○ Grupo Respiratório Ventral (GRV): ■ Parte ventrolateral do Bulbo -> Expiração. ○ Centro Pneumotáxico (CPT): ■ Porção dorsal superior da Ponte -> Controle de Frequência e da Amplitude Respiratória. Grupo Respiratório Dorsal ● Situa-se no Núcleo do Trato Solitário; ● Desempenha o papel mais importante do controle da respiração; ● É responsável pelo Ritmo Respiratório, gerando surtos repetitivos de potenciais de ação neuronais inspiratórios; ● Sinal respiratório em “Rampa”* ○ Controle da Velocidade do Aumento do Sinal em Rampa; ○ Controle do Ponto Limítrofe da Interrupção Súbita da Rampa. Grupo Respiratório Ventral ●Situa-se no Núcleo Ambíguo; ● Difere do GRD: ○ Os neurônios do GRV permanecem quase que totalmente inativos durante a respiração normal e tranquila; ○ Parecem não participar da oscilação rítmica; ○ A área respiratória ventral também contribui para o controle respiratório extra; ○ Contribuem tanto para a inspiração quanto para a expiração (sinais expiratórios vigorosos para os músculos abdominais). Centro Pneumotáxico • Situa-se no Núcleo Parabraquial; • Transmite sinais para a área inspiratória; • Controla o ponto de “desligamento” da rampa inspiratória, gerando controle na duração da fase de expansão do ciclo pulmonar; • Sinal intenso -> inspiração pode durar até 0,5s -> leve expansão dos pulmões; • Sinal fraco -> inspiração pode durar 5s ou mais -> enchendo os pulmões com excesso de ar; • Função de limitação da inspiração; • Sinal Pneumotáxico Intenso pode aumentar a frequência respiratória para 30 a 40 movimentos respiratórios por minuto, e vice versa. *Sinal Respiratório em “Rampa” ○Sinal Nervoso -> Músculos Inspiratórios (p. Diafragma); ○Não apresenta surto instantâneo dos potenciais de ação; ○Esse sinal exibe um início débil com elevação constante, na forma de rampa por cerca de 2s; ○ Interrupção pelos próx. 3s; ○Desativa a excitação do diafragma e permite a retração elástica dos pulmões e da parede torácica, produzindo a expiração; ○Reinício do sinal respiratório; ○ Indução de aumento constante do volume dos pulmões durante a inspiração. Reflexo de Insuflação de Hering-Breuer ●Receptores de estiramento situados nas porções musculares das paredes dos brônquios e bronquíolos, no parênquima pulmonar; ● Transmite sinais através dos Nervos Vagos para o GRD em caso de pulmões excessivamente distendidos; ● Simula sinais advindos do CPT ou ativam a resposta feedback que “desativa” a rampa inspiratória; ● Interrompe a Inspiração. Controle Químico da Respiração Controle Químico da Respiração ● A área quimiossensível situa-se bilateralmente, à 0,2 milímetro da superfície ventral do Bulbo; ● Muito sensível às alterações sanguíneas da Pco2 ou da concentração de hidrogênio. Íons de Hidrogênio ● Provável Estímulo Primário; ● Estimulam a área quimiossensível; ● Contudo, Íons de H não atravessam a barreira hematoencefálica com facilidade; ● Alterações de concentração sanguínea de H+ têm efeito menor que alterações de concentração do CO2. Dióxido de Carbono ● Estímulo Secundário; ● Reage com a água dos tecidos, formando ácido carbônico, que se dissocia em íons hidrogênio e íons bicarbonato. Esses íons H atuam estimulando a área; ● Alta permeabilidade da barreira hematoencefálica ao dióxido de carbono; ● Pco2 sanguínea aumenta = aumento da Pco2 no líquido intersticial do Bulbo e no líquido cefalorraquidiano; ● Exerce potente efeito agudo, porém fraco efeito crônico. Hipóxia e Terapia com Oxigênio Efeitos da hipoxia no corpo ● Hipoxia grave → morte celular por todo o corpo. ● Hipoxia menos intensa: ○ Depressão da atividade mental ○ Redução da capacidade muscular Causas ● Oxigenação inadequada por causas extrínsecas ● Doença pulmonar ● Desvios arteriovenosos ● Inadequação do transporte de O2 ● Inadequação da capacidade tecidual de usar O2 ○ Envenenamento por cianeto Terapia com oxigênio É administrada de 3 formas: 1. Tenda 2. Máscara 3. Cateter intranasal NÃO INDICADA: ➔ Metabolização tecidual é incapaz de utilizar o O2. Cianose Tom de pele azulada causada pelo acúmulo de hemoglobina desoxigenada nos vasos. Condições de atenção: Anemia- dificilmente ocorrerá cianose Policitemia vera- frequentemente leva à cionase Hipercapnia - Excesso de Dióxido de Carbono nos Líquidos Corporais Pco2 acima de 60 a 75 mmHg: ● Ocorre dispneia; ● Respiração rápida e profunda. Pco2 entre 80 a 100 pode resultar em: ● Letargia; ● Estado semicomatoso. Pco2 entre 120 a 150 pode induzir: ● Anestesia e morte. Dispneia Significa incapacidade de ventilar suficientemente os pulmões. Fatores envolvidos na sensação de dispneia: 1. anormalidade dos gases respiratórios nos líquidos pleurais; 2. trabalho realizado pelos músculos respiratórios; 3. estado mental.
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