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joel paiva de sousa CPF:36870757372 APOSTILA PREPARATÓRIA PARA O CONCURSO DA Polícia Federal Agente Administrativo Os Direitos autorais dessa obra pertencem exclusivamente a Autodidata Editora e somente poderá ser adquirida no site www.autodidataeditora.com.br Este arquivo é de uso pessoal e exclusivo de TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a distribuição ou reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais). Supervisão didática e pedagógica: Danielle Rimolo Rossi Autores: Danielle Rimolo Rossi - Eliese Almeida - Marlene .F Brahm - Maura Schwanck Maia Margere Rosa de Oliveira - Paulo Ricardo Z. Abdala - Rodrigo Leal - Jocélia Barreto Revisão: Rodrigo dos Santos - Adriana Tullio Diagramação: Rafael Rossi Autodidata Editora www.autodidataeditora.com.br e-mail: autodidataconcursos@hotmail.com Fone: (51) 3626-1743 Erratas, se necessárias, estarão disponíveis em www.autodidataeditora.com.br/errata-pf2013-2 Consulte eventualmente e sempre pressione a tecla F5 em caso de novo acesso ao link. Sumário (Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal - cargo de Agente Administrativo/2013-2014) LÍNGUA PORTUGUESA Compreensão e interpretação de textos ................................................................................................................................. 6 Tipologia textual ...................................................................................................................................................................... 12 Ortografia oficial...................................................................................................................................................................... 18 Acentuação gráfica .................................................................................................................................................................. 31 Emprego das classes de palavras ............................................................................................................................................ 34 Emprego/correlação de tempos e modos verbais .................................................................................................................. 54 Emprego do sinal indicativo de crase ...................................................................................................................................... 64 Sintaxe da oração e do período ............................................................................................................................................... 67 Pontuação ............................................................................................................................................................................... 74 Concordância nominal e verbal ............................................................................................................................................... 81 Regência nominal e verbal ...................................................................................................................................................... 88 Significação das palavras ......................................................................................................................................................... 91 Redação de Correspondências Oficiais (Manual de Redação da Presidência da República). Adequação da linguagem ao tipo de documento. Adequação do formato do texto ao gênero ...................................................................................... 96 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows) .............................................................................................. 109 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffice) .......................................................... 154 Redes de computadores .......................................................................................................................................................... 300 Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e intranet ........................................................... 307 Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares). Programas de correio eletrônico (Outlook Express, Mozilla Thunderbird e similares) .................................................................................. 318 Sítios de busca e pesquisa na Internet .................................................................................................................................... 309 Grupos de discussão. Redes sociais ......................................................................................................................................... 312 Computação na nuvem (cloud computing) ............................................................................................................................. 360 Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas ........................................... 135 Segurança da informação. Procedimentos de segurança ....................................................................................................... 351 Noções de vírus, worms e pragas virtuais ............................................................................................................................... 352 Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware etc.) ......................................................................................... 354 Procedimentos de backup ....................................................................................................................................................... 355 Armazenamento de dados na nuvem (cloud storage) ............................................................................................................ 360 RACIOCÍNIO LÓGICO Estruturas lógicas. Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões ................................................ 363 Lógica sentencial (ou proposicional). Proposições simples e compostas. Tabelas verdade. Equivalências. Leis De Morgan. Diagramas lógicos. Lógica de primeira ordem ........................................................................................................................ 367 Princípios de contagem e probabilidade ................................................................................................................................. 396 Operações com conjuntos ....................................................................................................................................................... 416 Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais ................................................................... 421 ATUALIDADES Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia .............. 461 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO Noções de organização administrativa. Centralização, descentralização, concentração e desconcentração. Administração direta e indireta. Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista .................... 536 Ato administrativo. Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies ......................................................................... 559 Agentes públicos. Legislação pertinente. Leinº 8.112/1990. Disposições constitucionais aplicáveis. Disposições doutrinárias. Conceito. Espécies. Cargo, emprego e função pública ...................................................................................... 576 Poderes administrativos. Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. Uso e abuso do poder .................................. 614 Licitação. Princípios. Contratação direta: dispensa e inexigibilidade. Modalidades. Tipos. Procedimento ............................ 621 Controle da administração pública. Controle exercido pela administração pública. Controle judicial. Controle legislativo .. 660 Responsabilidade civil do Estado. Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro. Responsabilidade por ato comissivo do Estado. Responsabilidade por omissão do Estado. Requisitos para a demonstração da responsabilidade do Estado. Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do Estado ....................................................................... 669 Regime jurídico-administrativo. Conceito ............................................................................................................................... 674 Princípios expressos e implícitos da administração pública .................................................................................................... 675 Decreto nº 1.171/ 1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal) ...................... 675 Resoluções 1 a 10 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República ....................................................................... 690 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL Constituição Federal. Conceito, classificações, princípios fundamentais ............................................................................... 704 Capítulo III Segurança Pública: artigo 144. .............................................................................................................................. 708 Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos ....................................................................... 709 Direitos sociais ......................................................................................................................................................................... 735 Nacionalidade .......................................................................................................................................................................... 755 Cidadania, direitos políticos .................................................................................................................................................... 764 Partidos políticos ..................................................................................................................................................................... 775 Organização político-administrativa. União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios ........................................... 779 Administração pública. Disposições gerais, servidores públicos ............................................................................................. 809 Poder executivo. Atribuições do presidente da República e dos ministros de Estado. Constituição Federal ........................ 841 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Características básicas das organizações formais modernas: tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios de departamentalização .......................................................................................................................................................... 845 Organização administrativa: centralização, descentralização, concentração e desconcentração; organização administrativa da União; administração direta e indireta ...................................................................................................... 845 Gestão de processos ............................................................................................................................................................... 845 Gestão de contratos. Noções de processos licitatórios .......................................................................................................... 846 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Orçamento público. Conceito ................................................................................................................................................. 848 Técnicas Orçamentárias .......................................................................................................................................................... 878 Princípios orçamentários ......................................................................................................................................................... 880 Ciclo Orçamentário .................................................................................................................................................................. 880 Orçamento público no Brasil ................................................................................................................................................... 881 Plano Plurianual na Constituição Federal ................................................................................................................................ 882 Diretrizes orçamentárias na Constituição Federal .................................................................................................................. 885 Orçamento anual na Constituição Federal .............................................................................................................................. 886 Estrutura programática ........................................................................................................................................................... 886 Créditos ordinários e adicionais .............................................................................................................................................. 887 Programação e execução orçamentária e financeira .............................................................................................................. 888 Descentralização orçamentária e financeira ........................................................................................................................... 889 Acompanhamento da execução .............................................................................................................................................. 889 Receita pública. Conceito. Classificação segundo a natureza. Etapas e estágios. ................................................................... 889 Despesa pública. Conceito. Classificação segundo a natureza. Etapas e estágios .................................................................. 891 Restos a pagar ......................................................................................................................................................................... 892 Despesas de exercícios anteriores .......................................................................................................................................... 893 Lei de Responsabilidade Fiscal. Conceitos e objetivos. Planejamento .................................................................................... 864 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES Conceitos, importância, relação com os outros sistemas de organização. A função do órgão de Gestão de Pessoas: atribuições básicas e objetivos ................................................................................................................................................ 894 Políticas e sistemas de informações gerenciais....................................................................................................................... 897 Comportamentoorganizacional: relações indivíduo/organização, motivação, liderança, desempenho ............................... 898 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS Classificação de materiais. Tipos de classificação ................................................................................................................... 905 Gestão de estoques ................................................................................................................................................................. 912 Compras. Modalidades de compra ......................................................................................................................................... 918 Cadastro de fornecedores ....................................................................................................................................................... 919 Compras no setor público. Edital de licitação ......................................................................................................................... 920 Recebimento e armazenagem. Entrada. Conferência. Critérios e técnicas de armazenagem ................................................ 928 Gestão patrimonial. Controle de bens. Inventário. Alterações e baixa de bens ..................................................................... 934 NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA Conceitos fundamentais de arquivologia. O gerenciamento da informação e a gestão de documentos. Diagnósticos. Arquivos correntes e intermediário. Protocolos. Avaliação de documentos. Arquivos permanentes ................................... 939 Tipologias documentais e suportes físicos. Microfilmagem. Automação ............................................................................... 955 Preservação, conservação e restauração de documentos ...................................................................................................... 958 LEGISLAÇÃO APLICADA À POLÍCIA FEDERAL: Lei nº 7.102/1983: dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências ............................................................................................................................................................................ 974 Lei nº 10.357/2001: estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá outras providências .......................................................................... 976 Lei nº 6.815/1980: define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração ................... 978 Lei nº 10.826/2003: Estatuto do Desarmamento ................................................................................................................... 990 Lei nº 12.830/2013: dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia ............................................ 996 6 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição Aula 1 - Compreensão e interpretação de textos. Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado. As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto. Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele remete. Esse procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer. Semântica É o estudo do significado das palavras e de suas modificações de sentido. Polissemia - Consiste no fato de uma palavra poder assumir vários significados, de acordo com o contexto em que está inserida. João era o cabeça da empresa. (cabeça: líder) Maria bateu a cabeça no vidro. (cabeça: parte do corpo) Denotação - É o uso de palavras em seu sentido próprio, real. Dói-me a cabeça. Fábia comprou um espelho. Conotação - É o uso de palavras em seu sentido figurado, subjetivo. Ele é o cabeça da turma. Os olhos são o espelho da alma. Questões de concurso comentadas 1. (CESPE/2011/FUB/Nível Médio) Texto para o item seguinte- Há gente no Brasil interessada em importar dos Estados Unidos da América (EUA) o Teach for America, o mais bem-sucedido programa feito para atrair os melhores estudantes de ensino médio para a carreira de professor. No Brasil, os professores têm saído da parte menos qualificada da pirâmide — justamente aquela habitada por 20% dos alunos com o mais baixo rendimento escolar do país. Qualquer iniciativa para mudar isso será mais do que bem-vinda. O Teach for America consegue atrair os mais talentosos alunos para a docência oferecendo-lhes algo bem concreto. Depois de dois anos no papel de professor de escola pública — tempo mínimo de estada no programa —, esses jovens ingressam quase que automaticamente em algumas das maiores empresas americanas, com as quais o Teach for America estabeleceu uma produtiva parceria. Para as empresas, recrutar gente que passou por lá significa encurtar o complicado processo de busca por bons profissionais. Pela estreita peneira do programa só passam os realmente capazes. Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora... Considerando aspectos lexicais e tipológicos do texto, julgue o item subsequente. Noà te to,à oà o uloà pe ei a à ℓ.18) é empregado em sentido figurado. Comentário: Como já estudamos, no sentido figurado (ou conotativo), as palavras possuem um valor subjetivo. No texto, o te oà pe ei a àfoiàusadoà o àoàsig ifi adoàdeà seleç o ,à portanto está no sentido figurado. Gabarito: Certo 2. (Eletrobras / NCE) A frase abaixo em que a palavra febre está empregada em sentido figurado é. a) A febre não é um mal, afirmam os cientistas. b) Há uma nova febre na África que está matando os gorilas. c) Em geral, a febre vem após uma infecção no organismo. d) Há uma febre de pesquisas em todo o mundo. e) A febre é uma alta de temperatura do corpo. Comentário: No sentido figurado (conotativo) as palavras possuem um alo à su jeti o.à Naà alte ati aà d à oà te oà fe e à est à usadoà o àoàsig ifi adoàdeà desejoàa de te . Nasàde aisàalte ati as,àoà o uloà fe e à àe p egadoà em sentido real, ou seja, denotativo. Gabarito: D Como ler e interpretar bem um texto Basicamente, deve-se alcançar dois níveis de leitura: a informativa de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Dessa leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e 1 4 7 10 13 16 19 7 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras- chave e passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Esse tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. Não se pode desconsiderar que, embora a interpretaçãoseja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver essa visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação poderá ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais as marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do mais adequado , isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa. Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que, aparentemente, pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, é também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, dessa maneira a resposta será mais consciente e segura. Dicas de estudo: Abaixo passaremos algumas dicas sobre como estudar para questões de interpretação de textos e também algumas técnicas para usar durante a prova: 1) Deixe seu cérebro bem treinado: resolva o maior número possível de questões de interpretação de texto da banca organizadora da prova e também das provas anteriores do órgão ao qual você prestará o concurso. Um exemplo de site onde você poderá encontrar questões é o www.questoesdeconcursos.com.br. Nesse site você poderá selecionar as questões por assunto, banca, ano, etc., ou então procurar no Google questões de interpretação de textos, enfim, questões para você exercitar não faltarão. 2) Cronometre o tempo de resolução: lembre- -se de que você terá um tempo determinado para resolver a prova. Sendo assim, divida o número de questões pelo tempo que a banca disponibiliza para a realização da prova. Dessa forma você descobrirá o tempo médio de cada questão. Não esqueça que você deve deixar parte dele reservado para preencher o gabarito e também fazer a leitura e releitura dos textos de interpretação. Você estará bem treinado quando conseguir, em seus treinos, resolver cada questão dentro do tempo médio. Não adianta você gabaritar as questões durante os seus estudos, se você levar o dobro do tempo que terá disponível no dia da prova. 3) Aumente seu vocabulário: imprima as provas e tenha uma caneta marca texto sempre à mão. Destaque qualquer palavra que você não saiba o significado, procure o seu significado no dicionário, anote os significados perto da palavra e guarde essas provas. Depois de um tempo, leia as provas novamente e veja se você lembra dos significados. 4) Durante a prova: leia o texto e preste atenção também no título, na referência bibliográfica da fonte e no nome do autor, essas informações, muitas vezes, darão dicas importantes para reforçar a ideia central do texto. 5) As pistas estão no texto. Esse é o único tipo de uestão e ue vo ê pode ola : todas as pistas para resolver as questões estão no próprio texto, por isso, em nossa opinião, é a parte mais fácil da prova, uma vez que não exige do candidato pré- memorizações de assuntos, apenas raciocínio. É uma das poucas questões em que não há perigo de você se deparar com um assunto que não estudou ou não decorou. 6) Recursos visuais: após ler atentamente o texto uma vez, leia as perguntas de interpretação e, em seguida, releia o texto, procurando nele as informações que tornam cada alternativa Correta ou Incorreta. Você pode sublinhar, no texto, o trecho que reforça o julgamento de cada alternativa, colocando, ao lado, a sua sugestão de resposta. Por exemplo 1A (questão 1, alternativa A), 1B (questão 1, alternativa B). Isso facilitará a localização da informação, caso você tenha que reler o texto uma terceira vez, para chegar à conclusão correta. Questão de concurso comentada 1. (CESPE/2013/CNJ/ Analista Judiciário/ Área Administrativa) Um dos maiores méritos da sabedoria grega consistiu, justamente, em apresentar a moderação, ou bom senso, como a virtude suprema. No frontispício do templo de Apolo, em Delfos, uma das inscrições célebres era: nada em excesso. Aquele que exerce seu direito sem moderação acaba por perdê-lo. Do mesmo 8 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição modo, a exigência excessiva por um mal sofrido transforma o exercício do direito em uma manifestação de vingança pura e simples. Nesse caso, a justiça muda de lado: ela se desloca para o lado do adversário. [...] Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item seguinte. Depreende-se do texto que, de acordo com os gregos, o exercício do direito é uma virtude suprema. Comentário: O item está incorreto pois, de acordo com o texto temos: U à dosà aio esà itosà daà sa edo iaà g egaà o sistiu,à justamente, em apresentar a moderação, ou bom senso, como a virtude suprema. à Gabarito: Errado 2. (CESPE/2013/TRT/ 10ª REGIÃO (DF e TO)/ Técnico Judiciário) O Tribunal Regional do Trabalho da 10.ª Região (TRT), após autorização da presidenta, efetuou a doação de di e sosà e uipa e tos,à ha adosà deà passí eisà deà desfazi e to ,à aà duasà e tidades:à C e he Magia dos Sonhos e Associação dos Deficientes de Brasília, consideradas pela administração do tribunal como legalmente aptas a receber os bens. A medida é de grande importância porque equipamentos considerados obsoletos ou de baixo rendimento para o TRT — como impressoras, teclados e computadores — podem ser muito úteis para instituições voltadas ao trabalho social, que não teriam como obtê-los a não ser pela via da doação. Esse ato integra o rol de ações relacionadas à responsabilidade social do tribunal, intensificado a cada gestão. Internet: <www.trt10.jus.br> (com adaptações). Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir. De acordo com os sentidos do texto, os equipamentos foram doados porque estavam com defeitos de fabricação. Comentário: O item está incorreto pois, de acordo com o texto temos: áà edidaà àdeàg a deài po t iaàpo ueàe uipa e tosà considerados obsoletos ou de baixo rendimento para o TRT [...] podem ser muito úteis para instituições voltadas aoà t a alhoà so ialà [...]. à “e doà assi , os equipamentos foram doados por serem considerados obsoletos ou de baixo rendimento e não porque estavam com defeitos de fabricação. Gabarito: Errado 3. (CESPE / 2012 / Câmara dos Deputados / Analista / Técnico em Material e Patrimônio) O conceito atual de engenheiro — pessoa diplomada e legalmente habilitada a exercer alguma das múltiplas atividades da engenharia — é recente, ou seja, data da segunda metade do século XVIII. O primeiro estabelecimento de ensino onde se ministrou um curso regular de engenharia, com a diplomação de profissionais com esse título, parece ter sido fundado, em Paris, em 1747. Na mesma época, também em Paris, foi criada a escola que formava engenheiros de minas. Em 1818, fundou-se, em Londres, o Instituto de Engenheiros Civis, com a principal finalidade de defender e prestigiar o significado da profissão, ainda desprezada e mal compreendida,mesmo nos centros mais avançados do mundo. Antes dessa época, muita gente houve que se ocupou de diversas tarefas que, hoje, são atribuições do engenheiro. Os construtores antigos, entretanto, mesmo tendo realizado obras difíceis e audaciosas, se baseavam, principalmente, em uma série de regras práticas e empíricas, embora tivessem, evidentemente, em muitos casos, exata noção de estabilidade, de equilíbrio de forças, de centro de gravidade, entre outras. As obras que fizeram, muitas das quais até hoje causam admiração, são muito mais fruto do empirismo e da intuição do que de cálculo e de uma verdadeira engenharia, como entendida atualmente. Pode-se dizer que a engenharia científica só teve início quando se chegou a um consenso de que tudo aquilo que se fazia em bases empíricas e intuitivas era, na realidade, regido por leis físicas e matemáticas, que importava descobrir e estudar. Leonardo da Vinci e Galileu, nos séculos XV e XVII, podem ser considerados os precursores da engenharia científica. Pedro Carlos da Silva Telles. História da engenharia no Brasil. Internet: <www.ebah.com.br> (com adaptações). Com referência ao texto acima, julgue o item a seguir. Depreende-se da leitura do texto que o autor, relevando os critérios com que a e ge ha iaà ie tífi a à ℓ.à à foià definida, aproxima as atividades exercidas por o st uto esàa tigos à ℓ.à àdasà ealizadasà o à aseàe à leis da física e da matemática. Comentário: Os critérios apontados no texto, que buscam definir a e ge ha iaà ie tífi a ,à não aproximam as atividades e e idasà po à o st uto esà a tigos à dasà ealizadasà o à aseà e à leisà daà físi aà eà daà ate ti a.à Oà t e hoà Os o st uto esà…à o oàe te didaàatual e te à ℓ.à àa 23) apresenta ideia bem contrária ao que afirma o enunciado. Gabarito: Errado 4. (CESPE / 2012 / STJ / Analista Judiciário / Área Judiciária / Conhecimentos Básicos) Fundada por Ptolomeu Filadelfo, no início do século III a.C., a biblioteca de Alexandria representa uma 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 9 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição epígrafe perfeita para a discussão sobre a materialidade da comunicação. As escavações para a localização da biblioteca, sem dúvida um dos maiores tesouros da Antiguidade, atraíram inúmeras gerações de arqueólogos. Inutilmente. Tratava-se então de uma biblioteca imaginária, cujos livros talvez nunca tivessem existido? Persistiam, contudo, numerosas fontes clássicas que descreviam o lugar em que se encontravam centenas de milhares de rolos. E eis a solução do enigma. O acervo da biblioteca de Alexandria era composto por rolos e não por livros — pressuposição por certo ingênua, ou seja, atribuição anacrônica de nossa materialidade para épocas diversas. Em vez de um conjunto de salas com estantes dispostas paralelamente e enfeixadas em um edifício próprio, biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés. Ora, mas não era essa a melhor forma de colecionar rolos, preservando-os contra as intempéries? Os arqueólogos que passaram anos sem encontrar a biblioteca de Alexandria sempre a tiveram diante dos olhos, mesmo ao alcance das mãos. No entanto, jamais poderiam localizá-la, já que não levaram em consideração a materialidade dos meios de comunicação dominante na época: eles, na verdade, procuravam uma biblioteca estruturada para colecionar livros e não rolos. Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à negligência com a materialidade dos meios de comunicação? O conceito de materialidade da comunicação supõe a reconstrução da materialidade específica mediante a qual os valores de uma cultura são, de um lado, produzidos e, de outro, transmitidos. Tal materialidade envolve tanto o meio de comunicação quanto as instituições responsáveis pela reprodução da cultura e, em um sentido amplo, inclui as relações entre meio de comunicação, instituições e hábitos mentais de uma época determinada. Vejamos: para o entendimento de uma forma particular de comunicação — por exemplo, o teatro na Grécia clássica ou na Inglaterra elizabetana; o romance nos séculos XVIII e XIX; o cinema e a televisão no século XX; o computador em nossos dias —, o estudioso deve reconstruir tanto as condições históricas quanto a materialidade do meio de comunicação. Assim, no teatro, a voz e o corpo do ator constituem uma materialidade muito diferente da que será criada pelo advento e difusão da imprensa, pois os tipos impressos tendem, ao contrário, a excluir o corpo do circuito comunicativo. Já os meios audiovisuais e informáticos promovem um certo retorno do corpo, mas sob o signo da virtualidade. Compreender, portanto, como tais materialidades influem na elaboração do ato comunicativo é fundamental para se entender como chegam a interferir na própria ordenação da sociedade. João C. de C. Rocha. A matéria da materialidade: como localizar a biblioteca de Alexandria? In: João C. de C. Rocha (Org.). Interseções: a materialidade da comunicação. Rio de Janeiro: Imago; EDUERJ, 1998, p. 12, 14-15 (com adaptações) Com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue os itens a seguir. 5. Infere-se do texto que a descoberta arqueológica da tumba de Ramsés precede as investigações de arqueólogos acerca da biblioteca de Alexandria. Comentário: O erro consiste no e p egoàdaàpala aà p e ede ,àaà ualà atribui ao enunciado o sentido de que a descoberta da tumba de Ramsés aconteceu ANTES das investigações para localização da biblioteca de Alexandria. Na verdade a tumba de Ramsés foi descoberta DURANTE essas investigações, conforme informa o trecho do texto: E à vez de um conjunto de salas com estantes dispostas paralelamente e enfeixadas em um edifício próprio, a biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés. Gabarito: Errado 6. De acordo com o texto, após muitos anos de pesquisa frustrada, baseada em pressupostos culturais equivocados, os arqueólogos encontraram as ruínas da biblioteca de Alexandria e os rolos que constituíam seu acervo. Comentário: As investigações baseavam-se em numerosas fontes clássicas que descreviam o lugar onde poderiam ser encontrados centenas de milhares de rolos (eis a pressuposição: eram rolos e não livros) que constituíam a biblioteca de Alexandria. O texto não afirma sobre a existência dos rolos, mas fala em evidências. Também, não descreve a Biblioteca em ruínas. Gabarito: Errado 7. (CESPE/2012/Instituto Rio Branco) Desde 1934 — Lampião à solta, Antônio Silvino preso no Recife, Sinhô Pereira arribado para os lados de Minas Gerais — Clarival Valladares despertava para o mundo de significados que o cangaceiro carregava penduradas, afiveladas, cravadas ou costuradas no conjunto do traje e nos equipamentos, como ainda hoje se vê no aguadeiro das feiras do Marrocos, as cartucheiras envernizadas e bem ajoujadas ao corpo, a não deverem homenagem — senão a requerê-la — à guarda de um Ibn-Saud. Com a população portuguesa drenada para a aventura da Índia, foi o moçárabe, em boa parte, que veio povoar o Brasil. Presença viva na cultura brasileira, a árabe, por suas muitas composições, teve aulas a dar em maior número a um sertão de 500 mm de chuva anual que a uma faixa litorânea de fáceis 1.500 mm. O que Valladares percebeu foi a raiz pastoril da estética do cangaço, encantando-se por ver que a do guerreiro ia muito além da que pontuava as alfaias magras do pastor, por não se ver empobrecida pelo teto limitador da funcionalidade, capaz de explicar tudo na vestimenta do vaqueiro. Para ele, assim: O traje do cangaceiro é um dos exemplos demonstrativosdo comportamento arcaico brasileiro. Ao invés de procurar camuflagem para a proteção do combatente, é 1 4 7 10 13 16 19 22 10 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição adornado de espelhos, moedas, metais, botões e recortes multicores, tornando-se um alvo de fácil visibilidade até no escuro. Lembremo-nos, entretanto, que, no entendimento do comportamento arcaico, o homem está ligado e dependente ao sobrenatural, em nome do qual ele exerce uma missão, lidera um grupo, desafia porque se acredita protegido e inviolável e, de fato, desligado do componente da morte. Esta explicação, embora sumária, de algum modo justifica a incidência da superfluidade ornamental no traje do cangaceiro, que, antes de sua implicação mística, deriva do empírico traje do vaqueiro. Frederico Pernambucano de Mello. Estrelas de couro — a estética do cangaço. São Paulo: Escrituras, 2010, p. 48-9 (com adaptações). Em relação às ideias do texto, julgue os itens que se seguem. 8. Pelas relações estabelecidas no texto, conclui-se que a cultura árabe influenciou a cultura brasileira do sertão. Comentário: A veracidade do que afirma o enunciado pode ser comprovada com a seguinte passagem do texto: "Presença viva na cultura brasileira, a árabe, por suas muitas composições, teve aulas a dar em maior número a um sertão..." Gabarito: Certo 9. Pela análise da vestimenta do cangaceiro, pretende-se demonstrar o caráter profundamente místico desse o ate teà depe de teàaoàso e atu al ,à ueà o t astaà o à oà a uei o,à a a te izadoà peloà tetoà limitador da fu io alidade ,à se à ual ue à a seioà ísti oà ouà submissão às crenças relacionadas ao sobrenatural. Comentário: Estaà expli aç o, embora sumária, de algum modo justifica a incidência da superfluidade ornamental no traje do cangaceiro, que, antes da sua implicação mística, deriva do empírico traje de vaqueiro ℓ. -33) Ou seja, a vestimenta do cangaceiro DERIVA do traje do vaqueiro e não CONTRASTA com ele, conforme afirma o enunciado. Gabarito: Errado 10. (CESPE / 2011 / IFB / Cargos de Nível Médio) Viver em ambiente sem gravidade faz coisas curiosas com o corpo — afinal, toda a fisiologia evoluiu na presença de gravidade. Nos primeiros dias no espaço, astronautas sentem enjoo, uma condição tratada no ja g oàdaàNá“áà o oà o s i iaàdoàest ago .ààFluidosà corporais que, na Terra, ficam assentados, sobem para a cabeça, deixando os astronautas com as pernas finas e os rostos inchados, eliminando rugas e fazendo as tripulações parecerem anos mais jovens, ainda que temporariamente. Por outro lado, muitos astronautas se sentem congestionados no espaço e perdem parte dos sentidos do olfato e do paladar. Além disso, sem a gravidade, ossos e músculos também começam a se desgastar. Para cada mês no espaço, os astronautas perdem em torno de 2% da massa óssea e, por isso, a tripulação costuma passar pelo menos duas horas do dia se exercitando. The Guardian. In: O Estado de S.Paulo, 31/10/2010 (com adaptações). Acerca dos sentidos e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir. O principal objetivo do texto é enumerar os efeitos causados no organismo humano pela falta de gravidade. Comentário: As primeiras linhas do texto introduzem essa ideia de enumeração dos efeitos causados no organismo humano pela falta de gravidade. As linhas subsequentes apontam esses efeitos, tais como: fluídos corporais que deixam as pernas finas e os rostos inchados; perda dos sentidos do olfato e paladar; desgaste de ossos e músculos. Gabarito: Certo Texto para questão seguinte: O principal agente de transmissão das infecções hospitalares são os próprios profissionais de saúde. A maioria das contaminações ocorre pela falta de um h itoàà si oàdeàhigie e.àà Po ààp essaààouààat àààpo àààfaltaààà de costume, alguns profissionais não lavam as mãos deà à à fo aà à à ade uada ,à à dizà à oà à i fe tologistaà à à Pauloàà Olzon, da Universidade Federal de São Paulo. A experiência do Hospital Albert Einstein mostra como o problema pode ser resolvido de maneira simples. Até 2004, apenas metade dos profissionais da instituição cumpria o ritual completo de higienização das mãos exigido no ambiente hospitalar — a lavagem antes e depois de tocar no paciente. Com a instalação de um porta-gel antisséptico ao lado de cada leito, 80% dos funcionários passaram a fazer a limpeza como convém. Adriana Dias Lopes. In: Veja, 27/10/2010 (com adaptações). 11. (CESPE / 2011 / IFB / Cargos de Nível Médio) Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item seguinte. Infere-se, a partir da leitura do texto, que, até 2004, não havia porta-géis instalados ao lado de todos os leitos do Hospital Albert Einstein. 25 28 31 11 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição Comentário: áà e p ess oà at à à u à o e ti oà te po alà e p egadoà pa aà a a à aà o de à dosà fatosà aà li haà doà te po.à Sendo assim, sabemos que, antes de 2004, os profissionais da saúde não faziam a higienização adequada das mãos e, após essa data, passaram a realizá- la satisfatoriamente. A razão da mudança no hábito desses profissionais se deve ao fato de o procedimento de higiene ter sido facilitado com a instalação dos porta-géis próximo a todos os leitos do hospital. Logo, a conclusão a que chegamos é que esses porta-géis não existiam para todos os leitos antes do ano 2004. Gabarito: Certo 12. (CESPE / 2011 / Correios / Agente de Correios / Operador de Triagem e Transbordo) Que tipo de gente joga lixo na rua pela janela do carro ou deixa a praia emporcalhada quando sai? Uma das respostas corretas é: um tipo que está se tornando mais raro. Sim. A atual geração de adultos foi criança em um tempo em que jogar papel de bala ou caixa vazia de biscoitos pela janela do carro quase nunca provocava uma bronca paterna. Foi adolescente quando amassar o maço vazio de cigarros e chutá-lo para longe não despertava, na audi ia,à e hu aà eaç oàespe ial,àal àdeàu à aiàse à pe aà deà pauà assi à aà Chi a .à à Chegouà à idadeà adultaà dando como certo que aquelas pessoas de macacão com a sigla do serviço de limpeza urbana estampada nas costas precisam trabalhar e, por isso, deve contribuir sujando as ruas. Bem, isso mudou. O espírito do nosso tempo pode não impedir, mas, pelo menos, não impele mais ninguém com algum grau de conexão com o atual estágio civilizatório da humanidade a se livrar de detritos em lugares públicos sem que isso tenha um peso, uma consequência. É feio. É um ato que contraria a ideia tão prevalente da sustentabilidade do planeta e da preciosidade que são os mananciais de água limpa, as porções de terra não contaminadas e as golfadas de ar puro. E, no entanto, as pessoas ainda sujam, e muito, as cidades impunemente. Veja, 9/3/2011, p. 72-3 (com adaptações). Com base na leitura do texto, é correto afirmar que a) sujar ruas, calçadas ou praias, no estágio civilizatório atual, gera implicações financeiras. b) o comportamento atual do brasileiro, pautado na ideia de sustentabilidade e preservação do planeta, tem impedido o descarte de lixo em lugares inapropriados. c) as novas gerações são mais conscientes da necessidade de preservar o meio ambiente. d) jogar lixo nas ruas sempre foi alvo de recriminação, seja no âmbito familiar, seja no governamental. e) a profissão de gari deixaria de existirse não houvesse lixo nas ruas. Comentário: a) Incorreta. O texto afirma que hoje já não há estímulos para que as pessoas continuem descartando o lixo que produzem no chão. A irresponsabilidade desse ato não pesa no bolso, pesa na consciência, no enfrentamento com as forças naturais desenfreadas pela destruição do p p ioà eioào deà i eàesseà idad o . b) Incorreta. As ações que estão sendo realizadas, visando a sustentabilidade e preservação do meio ambiente, não têm conseguido impedir o descarte de lixo em lugares inapropriados, mas, sim, têm estimulado para que essa prática seja extinta. Essa informação está concentrada na forma do verbo impelir (ℓ. 8), que significa estimular. Logo, a leitura rápida e desatenciosa pode confundir o candidato na hora de responder a questão. c) Correta. Logo no início do texto, fica subentendido isto: ueà asà o asà ge aç esà s oà aisà o s ie tesà daà e essidadeà deà p ese a à oà eioà a ie te .à O a,à seà oà autor acusa a geração atual de poluir o planeta e ainda afirma que este tipo de gente está se tornando rara, significa que isso está acontecendo porque as novas gerações estão sendo educadas com vistas à preservação do meio ambiente. d) Incorreta. O ato de jogar lixo na rua não era recriminado quando a atual geração de adultos era criança ou adolescente. e) Incorreta. O autor fala sobre a profissão de gari de forma irônica, relatando o que pensa a geração atual de adultos de acordo com a educação ambiental (ou falta dela) que receberam quando crianças. Gabarito: Certo 13. (CESPE / 2011 / CBM-ES / Oficial Bombeiro Militar Combatente) Em pleno sertão do Cariri, no sul do Ceará, um meio de transporte causa estranheza na paisagem árida. Cobrindo os 14 quilômetros que separam Crato e Juazeiro do Norte, um misto de metrô e ônibus transporta passageiros. Trata-se do primeiro veículo leve sobre trilho (VLT) do Brasil, um tipo de transporte coletivo capaz de melhorar o trânsito nas cidades sem acarretar tantos malefícios ao ambiente. Além de custar menos que o metrô, transporta muito mais passageiros que o ônibus e é até 93% menos poluente que este. Descendentes dos velhos bondes, esses eí ulosà ode osà eà aisà e des à à de e à ga ha ààà espaço também em outras cidades do Nordeste, que já estudam implantar VLTs – que circulariam sobre antigas linhas abandonadas pertencentes à Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Trata-se de uma forma sustentável e barata de restabelecer essas rotas e melhorar o transporte dos moradores de toda a região. Revista Vida Simples, dez./2010, p. 65 (com adaptações). 12 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição Considerando o texto acima, julgue o seguinte item. Da leitura do texto, infere-se que o veículo leve sobre trilho é muito menos poluente que o metrô e o ônibus. Comentário: Releia o trecho: Além de custar menos que o metrô, transporta muito mais passageiros que o ônibus e é até 93% menos poluente que este . No texto, o referente do pronome demonstrativo este é sempre o mais próximo ou último citado (no caso, a pala aà i us .à Casoà oà auto quisesse se referir à pala aà et ,à de e iaà e p ega à oà p o o eà a uele .à Portanto, a partir da leitura do texto, infere-se que o veículo leve sobre trilho é muito menos poluente que o ônibus. Em relação ao metrô, ele tem menos custo. Gabarito: Errado Texto para as questões seguintes. Cachorro se parece mesmo é com criança: vive o agora, alegra-se com o simples prazer de uma caminhada, corre, pula, brinca, diariamente. Aliás, o que mais incomoda o homem no comportamento canino é a constante alegria do seu melhor amigo. Em geral, não estamos acostumados a viver 24 horas por dia de puro prazer, ainda mais quando levamos uma vida de cachorro. Sentimo-nos, talvez, desrespeitados pela impertinência de um contentamento desmesurado, principalmente quando algo ou alguém patrocinou-nos alguma desventura. Laudimiro Almeida Filho. Vida de cachorro. In: Acontessências. Brasília: Gráfica e Editora Positiva, 1999, p. 37 (com adaptações). 14. (CESPE / 2011 / Correios / Agente de Correios / Atendente Comercial) áà e p ess oà doà seuà elho à a igo à ℓ.5) remete a um ditado popular. Assinale a opção correspondente a esse ditado. a) Cão que ladra não morde. b) Cão picado de cobra tem medo de linguiça. c) Cão feroz, dono atroz. d) Quem não tem cão caça com gato. e) O cão é o melhor amigo do homem. Comentário: áà e p ess oà doà seuà elho à a igo à e eteà aoà ditadoà popula à Oà oà à oà elho àa igoà doàho e ,à uma vez ueà a igo à à aà pala a-chave para se estabelecer a relação semântica desejada, a qual não aparece nas demais alternativas. Gabarito: E 15. (CESPE / 2011 / Correios / Agente de Correios / Atendente Comercial) De acordo com o texto, o comportamento dos cachorros a) evidencia que eles gostariam de ser crianças. b) revela o carinho deles pelas crianças. c) assemelha-se ao das crianças. d) provoca medo nas crianças. e) irrita as crianças. Comentário: O texto descreve como é o comportamento dos cachorros (correm, pulam, brincam, vivem o presente e alegram-se facilmente). Esses comportamentos são comparados ao das crianças, estabelecendo entre eles uma relação de semelhança. Gabarito: C Aula 2 – Tipologia textual Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor, que é transmitida por meio de figuras; é impregnado de subjetivismo. Predomina a conotação. Ex: um romance, um conto, uma poesia... Texto não literário: preocupa-se em transmitir uma mensagem de forma clara, objetiva, informativa, com sentido real. Predomina a denotação. Ex: uma notícia de jornal, uma bula de medicamento. Tipos de composição Descrição: descrever é representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos, de pormenores individualizantes. Requer observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir uma impressão autêntica. Por isso, impõe- se o uso de palavras específicas, exatas. Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. São seus elementos constitutivos: personagens, 13 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de personagens atuantes que estão quase sempre em conflito. Elementos envolvidos na Narração: a) Quem? Personagem. b) Quê? Fatos, enredo. c) Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos. d) Onde? O lugar da ocorrência. e) Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos. f) Por quê? A causa dos acontecimentos. Dissertação: dissertar é apresentar ideias, analisá- las; é estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O raciocínio é que deve imperar nesse tipo de composição e, quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho. Questões de concurso Comentadas (CESPE / 2012 / Instituto Rio Branco / Diplomata) Fragmento I 1 Macunaíma No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói da nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera,que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: — Ai! Que preguiça!... e não dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força do homem. Fragmento II 9 Carta pras icamiabas Às mui queridas súbditas nossas, Senhoras Amazonas. Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis, São Paulo. Senhoras: Não pouco vos surpreenderá, por certo, o endereço e a literatura desta missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas linhas de saudade e muito amor, com desagradável nova. É bem verdade que na boa cidade de São Paulo — a maior do universo, no dizer de seus prolixos habitantes — não sois o he idasà o oà i a ia as ,à ozà espú ia,à si oà ueà pelo apelativo de Amazonas; e de vós, se afirma, cavalgardes ginetes belígeros e virdes da Hélade clássica; e assim sois chamadas. Muito nos pesou a nós, Imperator vosso, tais dislates da erudição, porém heis de convir conosco que, assim, ficais mais heroicas e mais conspícuas, tocadas por essa plátina respeitável da tradição e da pureza antiga. (...) Macunaíma, Imperator Mário de Andrade. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 13, 97 e 109. Considerando os aspectos linguísticos e a estrutura da narrativa nos fragmentos apresentados, extraídos da obra Macunaíma, o Herói Sem Nenhum Caráter, julgue os itens subsequentes. 1. Ambos os fragmentos apresentam a estrutura textual típica da narrativa, recurso empregado pelo autor como forma de manter a coerência dos fatos narrados. Comentário: Apenas o fragmento I apresenta a estrutura textual típica da narrativa com os elementos: enredo, personagens, narrador, tempo, espaço. O fragmento II é uma carta e apresenta linguagem dissertativa/argumentativa. Gabarito: Errado 2. Osàt e hosà filhoàdoà edoàdaà oite à ℓ. àeà Fi a aà oà canto da maloca, trepado no ji auàdeàpa iú a à ℓ. -11) exemplificam a linguagem conotativa que caracteriza o fragmento I. Comentário: Os dois fragmentos apresentam sentidos e linguagens diferentes: "Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba" = sentido literal, linguagem denotativa, do dicionário. Filhoà doà edoà daà oite à =à “e tidoà figu ado,à linguagem conotativa. Gabarito: Errado 3. (CESPE / 2012 / STJ / Técnico Judiciário / Telecomunicações e Eletricidade) A um coronel que se queixava da vida de quartel, um jornalista disse: - E o senhor não sabe como é chato militar na imprensa. Sírio Possenti. Os humores da língua. São Paulo: Mercado de Letras, 1998, p. 86. Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do trecho acima, julgue o item a seguir. Oà e p egoà doà o uloà hato ,à ujoà se tidoà à pejorativo, é inadequado ao gênero do texto em questão. 1 4 7 10 13 1 4 7 10 14 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição Comentário: Oà o uloà hato à o stituiàpa teàdeàu aàfalaà i di adaà pelo travessão) e reproduz linguagem informal. Tendo-se em vista a indicação da fonte como texto de humor, a linguagem informal não é inadequada. Gabarito: Errado. 4. (CESPE / 2012 / Advocacia-Geral da União / Procurador Federal de 2.ª categoria) Texto A O sistema de cotas — no qual um determinado número de vagas, seja na universidade ou em uma empresa privada, é destinado a afro-descendentes — faz parte de um conjunto de políticas de ação afirmativa. Como o objetivo é corrigir desvantagens provocadas pela defasagem socioeconômica e educacional dos negros, costuma ser praticado durante um período de tempo determinado, ou seja, até que as distorções sejam corrigidas. Vários países adotam sistema. In: Correio Braziliense, / / ,à Te aàdoàdia ,àp.à à o àadaptaç es .à Texto B Ora, parece-me fora de dúvida que o problema da desproporção da presença de afro-descendentes nas universidades tem raiz anterior: a falta de acesso a um ensino fundamental (e médio) público, de boa qualidade, que habilite qualquer dos excluídos, sejam negros, indígenas, pobres ou trabalhadores vindos das classes sociais menos favorecidas, a concorrer, em paridade com osà e - as idos ,àaàu aà agaà asàu i e sidades.àÉ,àe à suma, a correção da profunda desigualdade social e econômica da sociedade brasileira que está a merecer das autoridades uma solução. Não resolve o problema da discriminação a garantia de acesso à universidade aos que não tiveram assegurado o ensino básico em escolas públicas, com a mesma qualidade do que é oferecido na maioria das escolas particulares e confessionais. Tratar do problema de acesso à educação no Brasil, país de grandes desigualdades econômicas e sociais, é o mesmo que tratar da exclusão social. O problema tem, na verdade, raiz na desigualdade, e forçoso é convir que também o descendente de branco, mas pobre, não ingressa na universidade, especialmente nas públicas. O afro-descendente, se não tem acesso ao ensino superior, não é porque é negro, mas porque é, em geral, pobre. Sendo pobre, continuará freqüentando escolas públicas que não lhe darão condições para uma posterior formação universitária. Quem duvida de que, assegurado a todos — afro-descendentes ou não — o acesso ao ensino básico de qualidade, a luta por uma vaga na universidade não seria mais justa e menos discriminatória? Mônica Sifuentes. A quota de afro-descendentes nas universidades. In: Correio Braziliense,à Di eitoà&àJustiça ,à / / ,àp.à à o à adaptações). Em relação aos textos A e B, julgue o item a seguir: O texto A é expositivo, aproxima-se da linguagem conceitual da definição, enquanto o texto B é argumentativo e defende uma ideia contrária à adoção da medida conceituada no texto A. Comentário: O texto A - é expositivo, conceitua o que é um siste aàdeà otas . O texto B – dissertativo-argumentativo e defende ideia o t aàaoàsiste aàdeà otas:àE .:à N oà esol eàoàp o le aà da discriminação a garantia de acesso à universdade aos que não tiveram assegurado o ensino médio em escolas públicas, com a mesma qualidade do que é oferecido na maioria das escolas pa ti ula esàeà o fessio ais. Gabarito: Certo 5. (CESPE / 2012 / MPE/PI / Analista Ministerial / Área Documentação) Na era das redes sociais, algumas formas de comunicação arcaicas ainda dão resultado. O canadense Harold Hackett que o diga. Morador da Ilha Príncipe Eduardo, uma das dez províncias do Canadá, ele enviou mais de 4.800 mensagens em uma garrafa e recebeu 3.100 respostas de pessoas de várias partes do mundo. De acordo com a BBC, o canadense envia as mensagens desde 1996. O seu método é simples. Harold utiliza garrafas de suco de laranja e se certifica de que as mensagens estão com data. Antes de enviá-las, checa o sentido dos ventos — que devem rumar de preferência para oeste ou sudoeste. Algumas cartas demoraram 13 anos para voltar para ele. As respostas vieram de regiões como África, Rússia, Holanda, Reino Unido, França, Irlanda e Estados Unidos da América. Ele acabou fazendo amigos com as mensagens, c ia doà í ulos à— recebeu até presentes e cartões de Natal. O canadense diz que continua adorando se comunicar dessa maneira e afirma que o método chega a ser, muitas vezes, aisà efi az àdoà ueàaà o u i aç oàpo àFa e ookàeàT itte . Intencionalmente, nunca coloca o número de telefone nas mensagens, para recebê-las de volta da mesma maneira. Amanda Camasmie. Canadense prova que comunicação em alto mar é eficaz. In: Época Negócios. Internet: <http://colunas.epocanegocios.globo.com> (com adaptações). O textoapresenta caracerísticas narrativas e dissertativas. Comentário: O texto é narrativo porque conta a história do canadense Harold Hackett, situando o leitor no tempo e espaço da narrativa. Ao mesmo tempo, possui traços de texto dissertativo, pois deixa transparecer pontos de vista do auto à a e aàdosà fatosà a ados,à taisà o o:à Na era das 1 4 7 10 13 16 19 15 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição redes sociais, algumas formas de comunicação arcaicas ainda dão resultado à ℓ.à - à/à O seu método é simples à ℓ. . Gabarito: Certo 6. (CESPE - 2008 - INSS - Analista - Direito) Tempo livre A questão do tempo livre — o que as pessoas fazem com ele, que chances eventualmente oferece o seu desenvolvimento — não pode ser formulada em generalidade abstrata. A expressão, de origem recente — aliás, antes se dizia ócio, e este era um privilégio de uma vida folgada e, portanto, algo qualitativamente distinto e muito mais grato —opõe-se a outra: à de tempo não-livre, aquele que é preenchido pelo trabalho e, poderíamos acrescentar, na verdade, determinado de fora. O tempo livre é acorrentado ao seu oposto. Essa oposição, a relação em que ela se apresenta, imprime-lhe traços essenciais. Além do mais, muito mais fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situação geral da sociedade. Mas esta, agora como antes, mantém as pessoas sob um fascínio. Decerto, não se pode traçar uma divisão tão simples entre as pessoas em si e seus papéis sociais. (...) Em uma época de integração social sem precedentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o que resta nas pessoas, além do determinado pelas funções. Isso pesa muito sobre a questão do tempo livre. Mesmo onde o encantamento se atenua e as pessoas estão ao menos subjetivamente convictas de que agem por vontade própria, isso ainda significa que essa vontade é modelada por aquilo de que desejam estar livres fora do horário de trabalho. A indagação adequada ao fenômeno do tempo li eàse ia,àhoje,àesta:à Co àoàau e toàdaàp oduti idadeà no trabalho, mas persistindo as condições de não- liberdade, isto é, sob relações de produção em que as pessoas nascem inseridas e que, hoje como antes, lhes prescrevem as regras de sua existência, o que ocorre com oà te poà li e? à ... à “eà seà uidasseà deà espo de à à questão sem asserções ideológicas, tornar-se-ia imperiosa a suspeita de que o tempo livre tende em direção contrária à de seu próprio conceito, tornando-se paródia deste. Nele se prolonga a não-liberdade, tão desconhecida da maioria das pessoas não-livres como a sua não-liberdade em si mesma. Podemos esclarecer isso de maneira simples por meio da ideologia do hobby. Na naturalidade da pergunta sobre qual hobby se tem, está subentendido que se deve ter um, provavelmente também já escolhido de acordo com a oferta do negócio doàte poà li e.àLi e dadeào ga izadaà à oe iti a:à áiàdeà ti se não tens um hobby, se não tens ocupação para o tempo livre! Então tu és um pretensioso ou antiquado, um bicho raro, e cais em ridículo perante a sociedade, a qual te impinge o que deve se à oà teuà te poà li e. à Talà coação não é, de nenhum modo, somente exterior. Ela se liga às necessidades das pessoas sob um sistema funcional. No camping — no antigo movimento juvenil, gostava-se de acampar — havia protesto contra o tédio e o convencionalismo burguês. O que os jovens queriam era sair, no duplo sentido da palavra. Passar a noite a céu aberto equivalia a escapar da casa, da família. Essa necessidade, depois da morte do movimento juvenil, foi aproveitada e institucionalizada pela indústria do camping. Ela não poderia obrigar as pessoas a comprar barracas e motor homes, além de inúmeros utensílios auxiliares, se algo nas pessoas não ansiasse por isso; mas a própria necessidade de liberdade é funcionalizada e reproduzida pelo comércio; o que elas querem lhes é, mais uma vez, imposto. Por isso, a integração do tempo livre é alcançada sem maiores dificuldades; as pessoas não percebem o quanto não são livres lá onde mais livres se sentem, porque a regra de tal ausência de liberdade lhes foi abstraída. T. W. Adorno. Palavras e sinais, modelos críticos 2. Maria Helena Ruschel (Trad.). Petrópolis: Vozes, 1995, p. 70-82 (com adaptações). Julgue certo ou errado: De acordo com a tipologia textual, o texto classifica-se como descritivo-narrativo, visto que descreve como as pessoas se comportam na sociedade em relação ao tempo livre e narra como os jovens, no antigo movimento juvenil, protestavam contra o tédio e o convencionalismo burgueses. Comentário: É um texto dissertativo, visto que fala sobre um fato estabelecendo pontos de vista baseados em argumentos. Gabarito: Errado. 7. (CONESUL/ Assistente Administrativo -2008) Instrução: Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão: Os bem vizinhos de Naziazeno Barbosa assistem ao pega com o leiteiro. Por detrás das cercas, mudos, com a mulher e um que outro filho espantado já de pé àquela hora, ouvem. Todos aqueles quintais conhecidos têm o mesmo silêncio. Noutras ocasiões, quando era apenas a briga com a mulher, esta, como um último desaforo de vítima, dizia-lhe: Olha, que os vizinhos estão ouvindo . Depois, à hora da saída, eram aquelas caras curiosas à janela, com os olhos fitos nele, enquanto ele cumprimentava . 16 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição O leiteiro diz-lhe aquelas coisas, despenca-se pela escadinha que vai do portão até à rua, toma as rédeas do burro e sai a galope, fustigando o animal, furioso, sem olhar para nada. Naziazeno ainda fica um instante ali sozinho. (A mulher havia entrado.) Um ou outro olhar de criança fuzila através das frestas das cercas. As sombras têm uma frescura que cheira a ervas úmidas. A luz é doirada e anda ainda por longe, na copa das árvores, no meio da estrada avermelhada. Naziazeno encaminha-se então para dentro de casa. Vai até ao quarto. A mulher ouve-lhe os passos, o barulho de abrir e fechar um que outro móvel. Por fim, ele aparece no pequeno comedouro, o chapéu na mão. Senta-se à mesa, esperando. Ela lhe traz o alimento. Ele não aceita mais desculpas... Naziazeno não fala. A mulher havia-se sentado defronte dele, enquanto ele toma o café. Vai nos deixar ainda sem leite... Ele engole o café, nervoso, com os dedos ossudos e cabeçudos quebrando o pão em pedaços miudinhos, sem olhar a mulher. É o que tu pensas. Temores... Cortar um fornecimento não é coisa fácil. Porque tu não viste então o jeito dele quando te declarou: Lhe dou mais um dia! (Adaptado de: MACHADO, Dyonélio. Os Ratos). Pelas características apresentadas, o texto todo é a) um depoimento de Naziazeno. b) uma narração em 1ª pessoa. c) uma narração em 3ª pessoa. d) apenas uma descrição. e) um misto de descrição e de dissertação. Comentários. Descrição é o ato de se descrever uma imagem, sem movimento; narração, por sua vez, é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários; dissertação é a forma de apresentar-se discussão sobre um fato ou tema, sempre voltado ao emprego de argumentos. O texto tem característica narrativa e é narrado em terceira pessoa, pois Naziazeno profere apenas algumas palavras em brevíssimo diálogo com a esposa durante toda a narrativa. Portanto trata-se de narrativa em terceira pessoa. Gabarito: C 8. (CESPE / 2011 / EBC / Cargos de Nível Médio / Conhecimentos Básicos) No Brasil, falar em mídia pública parece não despertar simpatia. Isso ocorre devido ao fato de o debate sobre o tema ter sido apagado durante quasetodo o século XX. Não por caso o país desenvolveu um sistema de comunicação de perfil majoritariamente comercial — principalmente sob o incentivo do regime militar, após os anos 60 — e relegou o projeto de um sistema público de comunicação ao esquecimento, que subsistiu apenas por meio de algumas experiências isoladas. Como explica o professor Murilo César Ramos, da Universidade de Brasília, a radiodifusão no Brasil nasceu pública, na forma da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, criada por Edgard Roquette-Pinto e Henrique Moritze em 1923, mas foi muito cedo transformada em um sistema comercial lu ati o.àà Quando a televisão chegou, nos anos 50 do século passado, já chegou comercial, privatizada e desregulamentada ao extremo, e assim permanece até hoje. O público não comercial sempre foi marginal e assim seà a t à osàdiasàatuais ,àa alisaàRa os. Em relação ao texto acima, julgue o item a seguir. O texto é predominantemente dissertativo, mas há nele fragmentos de teor narrativo. Comentários. O texto dissertativo consiste na exposição de um ponto de vista. O texto narrativo, por sua vez, relata fatos, por meio de um narrador, localizando o leitor no tempo e no espaço, de forma a (re)construir uma história. No caso do texto em discussão, o autor argumenta sobre a falta de simpatia dos brasileiros em relação ao assunto mídia pública, ao passo que também cita uma passagem narrativa de cunho histórico – a chegada da televisão ao Brasil. Gabarito: Certo 9. (CESPE/ 2011/ EBC/ Cargos de Nível Médio/ Conhecimentos Básicos) Quando se fala em sistema público de comunicação, pensa-se justamente em um conjunto de mídias públicas (nos diversos suportes, como rádio, televisão, Internet etc.) que operam de modo integrado e sistêmico, tendo como horizonte o interesse dos cidadãos. Para o professor Laurindo Leal Filho, da Universidade de São Paulo, um dos pioneiros na pesquisa sobre mídia pública no Brasil, esse não é um conceito fe hado.à Po à p i ípio,à todoà oà siste aà deà o u i aç oà deveria ser público, uma vez que a sua missão é prestar um serviço público. Nesse sentido, poderiam até variar as formas de financiamento, mas o controle deve ser da sociedade. De algum modo, é o que acontece em alguns países onde órgãos reguladores estabelecem as diretrizes para o todo o setor das comunicações eletrônicas. De maneira mais restrita, costumamos chamar de público o sistema não comercial e, de alguma forma, independente do Estado. E aí temos inúmeras nuanças: de sistemas ditos públicos, mas que sofrem forte controle estatal, até outros em que essa relação àààt ue ,àe pli aàLealàFilho. Com base no texto acima, julgue o item a seguir. 17 Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição O trecho de citação da fala do professor da Universidade de São Paulo é predominantemente narrativo. Comentário: O trecho de citação da fala do professor da Universidade de São Paulo é predominantemente dissertativo, uma vez que expõe seu ponto de vista sobre a temática textual e apresenta fundamentações em defesa dele. Gabarito: Errado 10. (CESPE/ 2011/ FUB / Cargos de Nível Médio) Há gente no Brasil interessada em importar dos Estados Unidos da América (EUA) o Teach for America, o mais bem-sucedido programa feito para atrair os melhores estudantes de ensino médio para a carreira de professor. No Brasil, os professores têm saído da parte menos qualificada da Pirâmide — justamente aquela habitada por 20% dos alunos com o mais baixo rendimento escolar do país. Qualquer iniciativa para mudar isso será mais do que bem-vinda. O Teach for America consegue atrair os mais talentosos alunos para a docência oferecendo-lhes algo bem concreto. Depois de dois anos no papel de professor de escola pública — tempo mínimo de estada no programa —, esses jovens ingressam quase que automaticamente em algumas das maiores empresas americanas, com as quais o Teach for America estabeleceu uma produtiva parceria. Para as empresas, recrutar gente que passou por lá significa encurtar o complicado processo de busca por bons profissionais. Pela estreita peneira do programa só passam os realmente capazes. Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm Direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora. É essa rigorosa seleção que atrai os próprios estudantes. Sobreviver a ela é um sinal claro de excelência, algo que faz todo mundo querer ostentar um carimbo do Teach for America no currículo. No final, uma parcela deles acaba optando pela carreira de professor, coisa que jamais haviam pensado antes. A maioria, no entanto, acaba deixando o programa depois dos dois anos previstos, mas não sem antes causar um impacto gigantesco no nível do ensino. Os estudantes certamente irão beneficiar-se desse empurrão ao longo de toda a vida escolar. Mais do que isso: muitos dos que já passaram pelo Teach for America continuam envolvidos com educação, em diferentes graus e áreas de atuação. Por tudo isso, não faria mal ao Brasil trilhar caminho parecido. Mônica Weinberg. Tomara que dê certo. Internet: <veja.abril.com.br> (com adaptações). Considerando aspectos lexicais e tipológicos do texto, julgue o item subsequente. Há, no texto, elementos que permitem classificá-lo como dissertativo-argumentativo. Comentário: O texto dissertativo-argumentativo tem como objetivo expor uma opinião a respeito de determinado tema e argumentar no sentido de influir, persuadir o ponto de vista do leitor, com vistas a mudar seu comportamento. Assim acontece no texto em questão: o autor, já no primeiro parágrafo, anuncia o seu tema e logo vai enumerando uma série de fatores que envolvem o leitor de tal forma a acreditar que aquela ideia é, de fato, vantajosa. Ele fala da precariedade da realidade educacional brasileira (trabalhando com estatísticas), do programa Teach for America, que foi bem-sucedido nos EUA e explica em detalhes a forma de aplicação do programa. Por fim, o autor conclui sua exposição com u aà a tada à e àsugesti a,àte i a doàdeà o e e àoà leitor a respeito da ideia que defende. Ele diz: Po àtudoà isso, não faria mal ao Brasil trilhar cami hoàpa e ido. Gabarito: Certo 11. (CESPE / 2010 / MPU / Técnico Administrativo) As projeções sobre a economia para os próximos dez anos são alentadoras. Se o Brasil mantiver razoável ritmo de crescimento nesse período, chegará ao final da próxima década sem extrema pobreza. Algumas projeções chegam a apontar o país como a primeira das atuais nações emergentes em condições de romper a barreira do subdesenvolvimento e ingressar no restrito mundo rico. Tais previsões baseiam-se na hipótese de que o país vai superar eventuais obstáculos que impediriam a economia de crescer a ritmo continuado de 5% ao ano, em média. Para realizar essas projeções, o Brasil precisa aumentar a sua capacidade de poupança doméstica e investir mais para ampliar a oferta e se tornar competitivo. No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos inadequada, o país deve priorizar investimentos que expandam a produção e contribuam simultaneamente para o aumento de produtividade, como é o caso dos gastos com educação. É dessa forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, geradoras de renda, de maneira sustentável. O Globo, Editorial, 12/7/2010 (com adaptações). Com relação às ideias e aspectos linguísticos do texto, julgue o item seguinte. Pelas estruturas
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