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MECÂNICA DO CICLO CARDÍACO

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MECÂNICA DO CICLO CARDÍACO
· É o período que decorre entre o início de um batimento cardíaco até o início do batimento seguinte. Cada ciclo tem início quando é gerado um potencial de ação espontâneo no nodo sinusal;
· Esse potencial de ação se propaga pelo átrio direito (através das junções abertas), atinge o Feixe AV e se encaminha em seguida para os ventrículos. Esta disposição permite um atraso de 1/10s na passagem do impulso dos átrios para os ventrículos, permitindo que os átrios se contraiam antes dos ventrículos, e colaborando com o enchimento ventricular antes da contração.
· SÍSTOLE = Período de contração da musculatura, durante o qual o coração ejeta o sangue. Dura cerca de 0,15 segundos;
· DIÁSTOLE = Período de relaxamento da musculatura, durante o qual o coração se enche de sangue. Dura cerca de 0,30 segundos.
· FUNÇÃO DA BOMBA DO CORAÇÃO: 
 O sangue flui de forma contínua das grandes veias (cava superior, inferior e seio venoso cardíaco) para os átrios. Deste volume atrial, cerca de 75% do sangue flui diretamente dos átrios para os ventrículos pela simples ação da gravidade, antes mesmo de acontecer contração atrial. Então, com a contração atrial, acontece um enchimento adicional dos ventrículos de 25%. Portanto, os átrios funcionam, simplesmente, como bombas de escorva, que aumentam a eficiência do bombeamento ventricular (débito cardíaco) em até 25%.
· Enchimento dos Ventrículos = Durante a sístole ventricular, uma grande quantidade de sangue se acumula nos átrios, uma vez que as válvulas AV se encontram fechadas. Ao final da sístole, as pressões ventriculares encontram-se baixas, ao ponto de permitir a abertura das válvulas AV, e viabilizar o enchimento dos ventrículos, período este denominado período de enchimento rápido dos ventrículos. Este período perdura por todo o primeiro terço da diástole. No qual, o sangue flui para os ventrículos, por causa do enchimento dos átrios pelas veias que chegam ao coração. No terço final da diástole, os átrios se contraem, e dão o impulso final ao influxo de sangue para os ventrículos.
· Contração Isovolumétrica (Isométrica) = Imediatamente após o início da contração ventricular, a pressão nos ventrículos aumenta abruptamente, causando o fechamento das válvulas AV, sendo necessário mais 0,02 a 0,03 s para que o ventrículo gere pressão suficiente para abrir as válvulas semilunares (aórtica e pulmonar). A contração isovolumétrica, caracteriza-se pela contração do ventrículo sem que haja o seu esvaziamento.
Obs.: Eletricamente a sístole ventricular compreende o intervalo entre o início do QRS e o final da onda T (intervalo QT).
· Período de Ejeção = Com a contração ventricular, a pressão intraventricular ultrapassa a pressão das grandes artérias, abrindo as válvulas semilunares. Grande quantidade de sangue flui dos ventrículos para as grandes artérias, com rápida diminuição do volume e pressão intraventricular. Durante o primeiro terço de ejeção, cerca de 70% do sangue deixa os ventrículos, sendo os 30% restantes esvaziados nos dois terços finais. É por isso que o terço inicial é chamado de período de ejeção rápida e os dois terços finais, período de ejeção lenta.
· Período de Relaxamento Isovolumétrico (Isométrico) = Ao final da sístole, tem-se o início abrupto do período de relaxamento ventricular, quando as pressões intraventriculares diminuem rapidamente. Como as pressões arteriais encontram-se elevadas, há uma tendência natural de retorno do sangue aos ventrículos, evento este que promove o fechamento das válvulas aórtica e pulmonar. Por cerca de 0,03 a 0,06 s, o músculo ventricular continua a relaxar, sem que haja qualquer alteração no volume ventricular, produzindo-se o chamado período de relaxamento isovolumétrico. A partir de então, as válvulas AV se abrem para dar início ao bombeamento ventricular.
· Durante a diástole, o volume de cada ventrículo aumenta, normalmente até o valor de 110 a 120 mL, volume este denominado volume diastólico final. Durante a sístole, o volume do sangue ejetado de cada ventrículo é de cerca 70 mL, volume que recebe o nome de débito sistólico. O volume restante em cada ventrículo, ou seja, algo em torno de 40 a 50 mL, é denominado de volume sistólico final. A fração correspondente à chamada fração de ejeção é cerca de 60% do volume diastólico final. 
· Quando ocorre a contração ventricular, e a pressão interior do ventrículo esquerdo chega a cerca de 80 mmHg, ocorre abertura da válvula aórtica, o que permite que o sangue seja ejetado para a aorta. Este sangue ejetado faz com que haja um estiramento das paredes da aorta, fato que eleva a pressão para cerca de 120 mmHg. Mesmo depois de fechada a válvula aórtica, e o ventrículo esquerdo ter entrado em diástole, a alta pressão no interior da aorta é mantida, graças à retração elétrica das artérias. 
· Antes que o ventrículo se contraia novamente, a pressão no interior da aorta cai para cerca de 80 mmHg, sendo esta pressão chamada de pressão diastólica, que representa dois terços da chamada pressão sistólica (120 mmHg).
Obs.: A curva de pressão na artéria pulmonar é similar da aorta, porém as pressões são bem menores, cerca de um sexto da pressão aórtica.
· As válvulas atrioventriculares impedem o retorno de sangue dos ventrículos para os átrios durante a sístole, e as válvulas semilunares (válvulas aórtica e pulmonar) impedem o retorno de sangue das artérias aorta e pulmonar para os ventrículos, durante a diástole. Todas estas se fecham e se abrem passivamente, sendo reguladas pelo gradiente de pressão e sentido do sangue impostos a elas. 
Obs. 1: Os músculos papilares, que se prendem as válvulas pelas cordas tendíneas, contraem-se, enquanto as paredes ventriculares contraem-se, mas eles não ajudam no fechamento das válvulas. Eles impem a eversão das válvulas para os átrios durante a contração ventricular.
Obs. 2: Se a corda tendínea é rompida, ou se um dos músculos papilares ficar paralisado, ocorre prolapso de válvula, predispondo ao refluxo sanguíneo ventrículo- atrial, o que pode causar incapacidade cardíaca grave, ou até mesmo, letal.
· BULHA CARDÍACA:
 Quando se ausculta o coração, não se pode ouvir o som da abertura das válvulas, mas sim o som resultante de seu fechamento, associado à vibração dos líquidos a elas circundantes. Este som se propaga em todas as direções pelo tórax.
· Primeira Bulha Cardíaca (B1) = produzido pelo fechamento das válvulas A-V. A vibração é de timbre grave e relativamente longo e contínuo;
· Segunda Bulha Cardíaca = produzido quando as válvulas aórticas pulmonar se fecham, ouvindo um estalido rápido, resultado do fechamento rápido, e de breve vibração dos líquidos que circundam estas válvulas;
· Terceira Bulha Cardíaca = por conta da velocidade do sangue no enchimento rápido;
· Quarta Bulha Cardíaca = resultado da oscilação do sangue na contração atrial.
· REGULAÇÃO DO BOMBEAMENTO CARDÍACO:
 Os mecanismos básicos pelos quais o volume bombeado pelo coração é regulado são a regulação cardíaca intrínseca do bombeamento, em resposta às variações no volume de sangue que flui para o coração e o controle de frequência cardíaca e da força do bombeamento pelo sistema nervoso autonômico.
· Mecanismo de Frank-Starling (Lei do coração) = a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto é determinada, quase que completamente, pelo volume de sangue que flui das veias para o coração, o que é chamado de retorno venoso. Isto é, o coração automaticamente bombeia sangue para as artérias sistêmicas, de modo que ele possa fluir de novo pelo circuito. Essa capacidade intrínseca do coração para se adaptar aos volumes variáveis de sangue que chega é chamado de mecanismo cardíaco de Frank-Starling, que explica: quanto mais o músculo é distendido durante seu enchimento, maior a força de contração e maior a quantidade de sangue bombeada para a aorta. Outro modo de expressar esse mecanismo é: dentro dos limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que nele chega, sem permitir o represamento excessivo de sangue nas veias;· Controle Cardíaco pelo SNA = a eficiência do bombeamento cardíaco também é controlada pelos nervos simpáticos e parassimpáticos que abundantemente inervam o coração. Para determinado valor de pressão atrial, a quantidade de sangue bombeada a cada minuto (débito cardíaco), pode ser aumentada por mais de 100% pela estimulação simpática. Ao contrário, esse débito pode ser reduzido para até zero, ou quase zero, pela estimulação vagal (parassimpática);
· Débito Cardíaco (DC) = é o volume total de sangue bombeado pelo coração por unidade de tempo. É expresso em litros/minuto. Seus valores dependem de dois fatores: volume de sangue e número de batimentos do coração por minuto. É proporcional a superfície corpórea. Alguns fatores afetam diretamente o débito: o nível do metabolismo do corpo, o exercício, a idade da pessoa e o tamanho corporal. Para jovens sadios, o DC é, em média, de 5,6 litros/min;
· Volume Sistólico = volume de sangue que o coração ejeta a cada batimento. O volume ejetado no coração humano varia em torno de 70 ml (mililitros). O valor do volume sistólico resulta de uma interação complexa entre a força com que a fibra se contrai (contratilidade cardíaca), o volume de sangue que chega previamente à contração (pré-carga) e a resistência que o sistema circulatório impõe à ejeção do sangue (pós-carga). Este mecanismo participa de um sistema mais amplo, que estabelece o controle do débito cardíaco (o volume de sangue que o coração ejeta a cada minuto). O volume sistólico é influenciado por três fatores: quantidade de sangue que retorna ao coração (pré-carga); a pressão (força) que o ventrículo tem que vencer para ejetar o sangue (pós-carga); a contratilidade miocárdica.

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