Buscar

AV3 - Finanças Corporativas - resolução

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

KADYNE BELLO MARTINS
Atividade Avaliativa para conclusão da disciplina
Finanças Corporativas
Tutor: Lucas Vinícius Fernandes Toledo
Universidade Candido Mendes
Pós Graduação em Controladoria e Finanças
2020
De um modo geral, as pessoas não têm uma noção clara e objetiva das taxas de juros aplicadas no mercado por parte das instituições tomadoras de crédito e das redes de lojas em suas operações. Fato que nos remete a uma certa curiosidade, já que tais organizações se fazem presentes na vida de grande parte da população, devido à falta de renda suficiente da grande maioria. 
O mundo financeiro, outrora, criava certas barreiras e se apresentava de maneira aparentemente complexa, visando inibir contestações em suas propostas comerciais e demais taxas aplicadas. Por serem detentoras do mercado, assim foi por muito tempo; até aparecerem outras instituições no mercado com um linguajar mais simples e se apresentando mais próximo do público, criando assim, maior familiaridade.
Segundo Giolo (2009), há duas maneiras de os recursos de investimento circularem pela nossa economia: diretamente do poupador para o investidor; ou indiretamente, quando os recursos passam dos poupadores para os intermediários financeiros e a partir destes, para os investidores. Desse modo, o segundo modelo constitui a intermediação financeira, que tem por finalidade viabilizar e operacionalizar os fluxos de investimento e crédito para terceiros, mediante uma taxa de juros.
A taxa de juros praticada no mercado, pelos intermediários financeiros, representa o referencial utilizado na determinação do valor dos juros a serem cobrados ou pagos em uma transação financeira, isto é, o preço do fator capital, negociado sob determinadas condições. As taxas de juros são determinadas em última instância pelo nível de equilíbrio entre a oferta de recursos financeiros e a demanda por esses recursos, definidos no mercado financeiro (PEREIRA, 2009). 
De acordo com Pereira (2009), na determinação da taxa de juros, existe uma série de variáveis levadas em consideração pela instituição credora. Ao longo do tempo e do processo de formação, essas variáveis acabam por tornar-se uma média dos fatores, fazendo com que as taxas de juros médias praticadas pelo mercado tendam para a média das expectativas. As variáveis são:
· A Inflação prevista para o período em que os recursos serão alugados a um terceiro, de forma a garantir o poder de compra do capital;
· O Risco associado ao aluguel do capital, uma vez que existe o risco desses recursos não serem devolvidos pelo tomador do crédito;
· Uma Remuneração adicional pela renúncia ao consumo presente, em troca de um consumo futuro, também chamado de custo de oportunidade;
· As Despesas a serem incorridas pelo aluguel do capital, principalmente aquelas relacionadas aos encargos fiscais.
Para a compreensão dessas variáveis, a ciência da Matemática Financeira atua como um agente facilitador, pois, ao longo do tempo, procura estabelecer relações formais entre valores expressos em diferentes períodos de tempo, sendo assim, conforme muitos autores afirmam, é uma ferramenta essencial na resolução de problemas relacionados a finanças.
Vale salientar que a comparação entre dois valores quaisquer somente é possível se ambos estiverem expressos em uma mesma data; assim, qualquer tipo de comparação entre aplicações ou financiamentos de crédito com vencimento em períodos diferentes, sendo confrontados não resultarão em uma amostra real. Pereira (2009) atribui tal fato ao conceito do valor do dinheiro no tempo.
Esse conceito está relacionado à mudança de valor sofrida pelo dinheiro, ao longo de um horizonte de tempo qualquer, seja pela perda de poder aquisitivo causada pelos processos inflacionários, seja pela possibilidade de obtermos algum tipo de remuneração através do investimento dos recursos envolvidos, conceito definido como custo de oportunidade de capital (PEREIRA, 2009).
O Dicionário Financeiro (2017) reforça que custo de oportunidade é um conceito teórico que mensura o custo daquilo que se deixa de fazer quando é preciso fazer uma escolha de qualquer tipo; e que custo se diferencia de um custo real, também conhecido como um custo contábil, que acontece de maneira direta e quantitativa. O Custo de Oportunidade se baseia em um "custo qualitativo" daquilo que poderia ser feito e foi renunciado. 
Existem quatro tipos de custos de oportunidade, são eles: Custo de Oportunidade Escondido; Custo de Oportunidade Aberto; Custo de Oportunidade Ambiental e Custo de Oportunidade Contábil.
O Custo de Oportunidade Escondido é aquele que, como o próprio nome diz, está camuflado, não sendo possível saber exatamente o que será perdido em uma tomada de decisão; assim, ele não consegue ser mensurável. Por vezes, acaba por ser somado automaticamente em a um determinado tipo de investimento.
O Custo de Oportunidade Aberto, diferentemente do escondido não é baseado no conceito de camuflagem; o seu valor não é embutido automaticamente em uma operação. Desse modo, é possível fazer a comparação de ambas as opções e escolher aquela que tenha a melhor performance ou custo-benefício.
O Custo de Oportunidade Ambiental é baseado no valor máximo que pode ser obtido pelo desfrute de algum recurso natural. Entretanto, é preciso se atentar à legislação vigente no país com relação à extração de recursos naturais, caso o contrário, a empresa poderá arcar com custos relacionados a multas e demais penalidades que podem ser aplicadas.
O Custo de Oportunidade Contábil representa o custo de oportunidade em relação a quanto uma empresa teve o seu lucro sacrificado por ter investido dinheiro em determinado recurso em detrimento de outro. Pode ser exemplificado pela escolha do melhor sistema tributário para a sua instituição, que poderá gerar mais ou menos impostos a serem pagos, além de outros benefícios que poderão atingir diretamente ou indiretamente a contabilidade empresarial.
Todos os elementos mencionados estão atrelados ao Regime de Capitalização, logo, sua apresentação faz-se necessária para melhor compreensão da abordagem. O Regime de Capitalização é um modelo de aplicação financeira que pega as contribuições e valores pagos pelos contribuintes e as redireciona para diferentes investimentos, funcionando como uma espécie de poupança ou fundo.
O Regime de Capitalização pode ser analisado sob duas perspectivas; Regime de Capitalização Simples e Regime de Capitalização Composto; com a incidência respectivamente, de Juros Simples e o Juros Compostos. Stumpf (2019) salienta que o juro nada mais é que o valor do dinheiro no tempo., desse modo, o cálculo dos juros é chamado de capitalização.
De acordo com Souza (2015) Capitalização Simples é aquela em que a taxa de juros incide somente sobre o capital inicial, não incidindo assim, sobre os juros acumulados. A taxa varia linearmente em função do tempo, e exemplifica que se quisermos converter a taxa diária em mensal, basta multiplicar a taxa diária por 30; e se desejarmos uma taxa anual e tendo a mensal, basta multiplicar por 12, e assim por diante.
Desse modo, quando tratamos de juros simples ou Capitalização Simples, estamos falando sobre os juros que incidem apenas sobre o valor inicial, sem que haja a incidência de juros sobre juros. Para melhor compreensão, tomamos como exemplo um empréstimo feito a um parente ou amigo, emprestando R$ 1.000,00 a uma taxa de 1% ao mês com juros simples, por 12 meses.
Para tal situação a taxa de juros de 1% será equivalente a quantia de R$10,00 mensais que irá incidir apenas sobre os R$ 1.000,00 iniciais. Assim, ao final do prazo, o tomador do empréstimo terá pago R$120,00, que será o rendimento recebido através dos juros simples, tendo o capital crescendo de forma linear.
No Regime de Capitalização Simples ou de juros simples, os juros são calculados a cada período, sempre tomando como base de cálculo o capital inicial empregado; não incidindo, portanto, juros sobre os juros acumulados em períodos anteriores, ou seja, não existindo a capitalização dosjuros (PEREIRA, 2009). 
Dando prosseguimento a segunda perspectiva do Regime de Capitalização, Souza (2015) ressalta que a Capitalização Composta é aquela em que a taxa de juros incide sobre o principal acrescido dos juros acumulados até o período anterior. Neste regime de capitalização a taxa varia exponencialmente em função do tempo. 
Dissemelhante da Capitalização Simples, na Capitalização Composta ou nos juros compostos há a incidência de juros sobre juros. Tomando por referência os mesmos valores do empréstimo exposto com o juro simples, notaremos uma diferença significativa de valores.
Emprestando R$ 1.000,00 a uma taxa de 1% ao mês, porém agora com a capitalização composta, desta vez então, os juros de 1% irão incidir sobre o valor atual da dívida, sendo assim, juros sobre juros. Logo, se o empréstimo levar 12 meses para ser pago o valor atualizado será mais de R$ 1.126,83; tendo o capital crescendo de forma geométrica, pois quanto maior o tempo decorrido, maiores serão os juros.
No Regime de Capitalização Composta ou de juros compostos, os juros de cada período são incorporados ao principal em cada intervalo de tempo, a que se referir à taxa de juros, e passam a gerar rendimentos para o período seguinte. Esse processo é o que se convencionou chamar de juros sobre juros ou capitalização de juros (PEREIRA, 2009).
Diante o exposto, conclui-se que enquanto nos juros simples a correção aplicada em todo o período leva em consideração apenas o valor inicial envolvido, nos juros compostos a correção é feita em cima de valores já corrigidos, logo, os juros compostos também são chamados de juros sobre juros, pois o valor é corrigido sobre um valor que também já foi corrigido.
De tal modo, para períodos maiores de aplicação ou empréstimo a correção por juros compostos fará com que o valor final a ser recebido ou pago seja bem maior que o valor inicialmente aplicado ou emprestado.
É excedente mencionar que os juros incidem habitualmente sobre quaisquer transações de tomada de crédito; porém, é importante evidenciar que a incidência da referida taxa é prática indispensável para os credores financeiros continuarem com as intermediações; já que o risco maior recai para o agente credor e não o tomador. Ao tomador, cabe analisar a melhor proposta ofertada e principalmente a real necessidade do crédito.
BIBLIOGRAFIA 
BLOG RICO. O que é Custo de Oportunidade, Como Calcular e Exemplos. 2018. Disponível em: https://blog.rico.com.vc/custo-oportunidade-o-que-e#:~:text=O%20custo%20de%20oportunidade%20%C3%A9,e%20tentar%20uma%20rentabilidade%20maior. Acesso em: 06. out. 2020.
CAPITAL EMPREENDEDOR. Saiba o que é custo de oportunidade e como pode ajudar a sua empresa. 2020. Disponível em: https://www.capitalempreendedor.com.br/blog/o-que-e-custo-de-oportunidade/. Acesso em: 06. out. 2020.
DICIONÁRIO FINANCEIRO. Custo de oportunidade. 2017. Disponível em: https://www.dicionariofinanceiro.com/custo-de-oportunidade/. Acesso em: 06. out. 2020.
GIOLO, Aguimar. A Formação da Taxa de Juros nas Instituições Financeiras. 2009. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/26266/000745365.pdf?.. Acesso em: 06. out. 2020. 
PEREIRA, Agnaldo Santos. Finanças Corporativas. IESDE; Curitiba. 2009.
SOUZA, Edson Andrade de. Capitalização Composta. 2015. Disponível em: https://www.algosobre.com.br/matematica-financeira/capitalizacao-composta.html. Acesso em: 06. out. 2020.
______. Capitalização Simples. 2015. Disponível em: https://www.algosobre.com.br/matematica-financeira/capitalizacao-simples.html. Acesso em: 06. out. 2020.
STUMPF, Kléber. Capitalização Simples x Capitalização Composta. 2019. Disponível em: https://www.topinvest.com.br/capitalizacao-simples-e-capitalizacao-composta/. Acesso em: 06. out. 2020.

Continue navegando