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Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 1 1 OBJETIVOS Para se ter um melhor entendimento sobre os fenômenos que cercam os conceitos do princípio de Bernoulli e do princípio da continuidade da massa, realizou-se um experimento onde pode-se verificar na prática os efeitos desses fenômenos em questão, no qual o experimento em questão é Tubo de Venturi. Em paralelo a isso, também foi realizada uma revisão bibliográfica afim de se poder ter um embasamento teórico para realizar uma comparação entre os resultados obtidos durante a aula prática e os resultados teóricos. O aparato de Venturi mede a vazão e a velocidade do escoamento de um líquido incompressível através da variação da pressão durante a passagem deste líquido por um tubo de seção mais larga e depois por outro de seção mais estreita. Esse fenômeno é explicado pelo princípio de Bernoulli e no princípio da continuidade da massa. O experimento realizado tem como objetivo geral a obtenção de velocidade, vazão e pressão no Venturi. Além disso, também procura-se comparar os resultados práticos com a equação teórica de Bernoulli e continuidade, e observar no experimento a influência do controle da vazão na distribuição de pressão ao longo do tubo. Serão aplicadas as formulações ao longo do medidor de Venturi para estimarmos a velocidade nas tomadas de pressão e determinarmos o coeficiente de descarga que relaciona a vazão experimental com a vazão teórica. 2 INTRODUÇÃO De forma geral podemos dizer que a equação de conservação de massa é uma expressão do princípio de conservação de massa. A equação de Bernoulli diz respeito à conservação das energias cinética, potencial e de escoamento em uma corrente de fluido, e à conservação das energias formas de energia. 2.1 Conceitos básicos A massa, assim como a energia, é uma propriedade conservada, e não pode ser criada nem destruída durante um processo. Entretanto, a massa e a energia podem ser Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 2 convertidas entre si. Para sistemas fechados, o princípio da conservação de massa é usado implicitamente com a exigência de que a massa do sistema permaneça constante durante um processo. Para os volumes de controle, porém, a massa pode cruzar as fronteiras e, assim, deve-se controlar a quantidade de massa que entra e sai do volume de controle. O princípio de conservação de massa para um volume de controle pode ser expresso como: a transferência total de massa para dentro ou para fora de um volume de controle durante um intervalo de tempo Δt é igual à variação total (aumento ou diminuição) da massa total dentro do volume de controle durante o intervalo de tempo Δt. A relação de conservação de massa de um volume de controle fixo pode ser expressa como: 𝜕 𝜕𝑡 ∫ 𝜌𝑑𝑉 𝑉𝐶 + ∫ 𝜌�⃗� 𝑑𝐴 𝑆𝐶 = 0 (1) Onde: ρ – Densidade do fluído, em Kg/m³; V – Vetor velocidade, em m/s; A – Área da seção transversal, em m²; t – Tempo, em s. A Eq. (1) afirma que a taxa de variação no tempo de massa dentro do volume de controle mais a vazão total de massa através da superfície de controle é igual a zero. A equação de Bernoulli diz respeito à conservação das energias cinética, potencial e de deslocamento em uma corrente de fluido, e à conservação entre estas formas de energia. Também pode-se dizer que é uma relação aproximada entre pressão, velocidade e elevação. Tendo como referência um tubo, conforme Figura 1), onde possui uma região de entrada A (e), e um outro ponto, D, definido como garganta (g), onde seu diâmetro é menor que o de entrada, a equação de Bernoulli pode ser expressa pela seguinte expressão: 𝑃𝑒 𝜌 + 𝑉𝑒 2 2 + 𝑔ℎ𝑒 = 𝑃𝑔 𝜌 + 𝑉𝑔 2 2 + 𝑔ℎ𝑔 (2) Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 3 Onde: Pe - Pressão no fluido na entrada, em Pa; Pg – Pressão do fluido na garganta, em Pa; - Densidade do fluido, em Kg/m³; Ve - Velocidade do fluido na entrada, em m/s; Vg - Velocidade do fluido na garganta, em m/s; g - Aceleração da gravidade, em m/s²; he - Altura de coluna do fluido na entrada, em m; hg - Altura de coluna do fluido na garganta, em m. Figura 1 - Dimensões do tudo de Venturi A equação de Bernoulli é um caso particular da equação da energia aplicada ao escoamento, e para poder ser aplicada, devemos considerar algumas hipóteses: Escoamento em regime permanente; Escoamento incompressível; Escoamento de um fluido considerado ideal; Escoamento sem troca de calor. Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 4 Através de algumas simplificações sobre as Eq. (1) e Eq (2), obtemos a velocidade na garganta Vg, conforme Eq (3). 𝑉𝑔 = √ 2𝑔(ℎ𝑒−ℎ𝑔) 1−( 𝐴𝑔 𝐴𝑒 ) 2 (3) Onde: Ag – Área da seção transversal da garganta, em m²; Ae – Área da seção transversal da entrada, em m². g - Aceleração da gravidade, em m/s²; he - Altura de coluna do fluido na entrada, em m; hg - Altura de coluna do fluido na garganta, em m. A taxa de fluxo mássico no escoamento de líquidos pode ser determinada pela velocidade do fluído, onde a mesma depende do diferencial de pressão que se aplica para força-lo a escoar por um tubo. Se a área da seção transversal do tubo é constante e conhecida, se soubermos o valor da velocidade média podemos calcular a vazão volumétrica. A relação básica para determinar a vazão do líquido é demonstrada na e Eq. (4). 𝑉 = 𝑣. 𝐴 (4) Onde: V= Vazão volumétrica, em m³/s; v= velocidade média do escoamento, em m/s; A= Área da seção transversal do tudo, em m². O desempenho dos medidores de vazão é influenciado pelo número de Reynolds e podem ser classificados de acordo com o método de medição, sendo eles: Diferença da pressão; Deslocamento positivo; Velocidade. Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 5 O método de medição utilizado no experimento em questão é através da diferença de pressão pela perda de carga, no qual é descrito pela equação de Bernoulli. 3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS Nessa seção é mostrado os equipamentos utilizados durante o experimento. 3.1 Bancada Hydraulic Bench Consiste de um reservatório de fluído principal, uma bomba submersa, um sistema de medição de vazão, um reservatório interno e uma superfície de trabalho sobre o reservatório principal. É utilizada para medição de vazão, pois direciona o fluxo para o tanque interno, o tanque interno possui um medidor de volume com escala em litros precisamente calibrado para a bancada. A Figura 2) mostra a foto desse equipamento. 3.2Medidor de Venturi É o equipamento onde a água é direcionada para dentro do tubo que possui uma seção Figura 2 - Bancada Hidráulica Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 6 transversal variável, esta variação na seção irá gerar uma diferença na velocidade do escoamento dentro do tubo. A variação da velocidade acarreta também uma variação de pressão no escoamento. Essa variação de pressão será representada pela diferença de alturas de água dentro dos canos. O equipamento consiste em um tubo Venturi horizontal, uma válvula reguladora da vazão, um painel manômetro que mantem os tubos na posição vertical, um coletor equipado com uma válvula controladora de pressão, como aparece na Figura 3). Figura 3 - Medidor de Venturi 3.3 Cronômetro Cronômetro utilizado para as medições de tempo para posterior cálculo de vazão, conforme Figura 4). Figura 4 – Cronômetro Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 7 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O experimento consiste em variar a vazão da bomba através da válvula de controle de vazão na bancada hidráulica. A cada nova variação da vazão realizada, realiza-se a leitura das alturas das onze colunas de água em cada ponto do tubo, e também mede-se o tempo que demorava para o rotâmetro preencher 15 litros com a mesma vazão, para então ser possível calcular a vazão teórica. Esse procedimento foi realizado dez vezes. 5 DADOS OBTIDOS Os resultados de alturas das colunas obtidos no experimento podem ser vistos na Tabela 1) abaixo. Originalmente, a medição não seguiu a sequência da tabela, os mesmos foram organizados de forma crescente de acordo com o tempo para o enchimento do rotâmetro em 15 litros, para melhor compreensão do comportamento. Tabela 1 - Dados de altura e tempo obtidos no experimento Tomada de pressão Altura da carga - h [mm] # 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A (he) 245 235 220 215 185 185 180 155 144 115 B 250 237 220 215 186 187 180 154 144 114 C 150 145 143 140 123 130 129 109 105 100 D (hg) 0 8 20 20 30 40 50 61 70 80 E 38 45 51 50 55 63 68 75 80 85 F 110 110 110 105 100 105 107 103 102 95 G 152 150 143 140 125 130 129 118 114 100 H 180 172 164 160 140 145 141 128 121 104 J 195 188 180 172 150 154 150 133 128 105 K 208 200 190 182 159 160 155 137 130 108 L 212 203 192 185 160 161 158 139 131 109 Tempo [s] 30,41 31,72 34,72 35,35 40,31 41,35 43,62 52,94 59,65 95,75 A Tabela 2) mostra os valores de diâmetro, área e distância da garganta das posições do tubo, que também podem ser vistas na Figura 1). Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 8 Tabela 2 - Características do tubo Posição Diâmetro [mm] Área [mm²] distância da garganta [mm] A (he) 26 530 -54 B 23,2 422,7 -34 C 18,4 265,9 -22 D (hg) 16 201,1 -8 E 16,79 221,4 7 F 18,47 267,9 22 G 20,16 319,2 37 H 21,84 374,6 52 J 23,53 434,8 67 K 25,21 499,2 82 L 26 530,9 102 A Tabela 3) mostra os valores de vazão e velocidade encontrados no experimento para cada uma das dez tomadas de pressão diferentes. Tabela 3 - Valores de velocidade e vazão experimentais Tomadas de pressão Tempo [s] Volume [m³] Vazão [m³/s] x10³ Velocidade na garganta [m/s] 1 30,41 0,015 0,493 2,45 2 31,72 0,015 0,472 2,35 3 34,72 0,015 0,432 2,15 4 35,35 0,015 0,424 2,11 5 40,31 0,015 0,372 1,85 6 41,35 0,015 0,362 1,80 7 43,62 0,015 0,343 1,71 8 52,94 0,015 0,283 1,41 9 59,65 0,015 0,251 1,25 10 95,75 0,015 0,156 0,78 6 CÁLCULO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Nessa seção são apresentados os cálculos e as comparações realizados referentes às vazões e velocidades teóricas e experimentais. 6.1 Cálculo da vazão teórica e velocidade na garganta A vazão teórica é calculada pela Eq. (3). O valor utilizado para a gravidade foi de 9,49 m/s². Valores de área da região de entrada e da garganta foram utilizados conforme dados da Tabela 2). A velocidade é definida pela Eq. (4). Os resultados obtidos da vazão teórica Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 9 são apresentados na Tabela 4). Tabela 4 - Vazão e velocidades teóricas Tomadas de pressão he [m] hg[m] Velocidade na garganta [m/s] Vazão teórica [m³/s] 1 0,245 0 2,33 0,000469 2 0,235 0,008 2,24 0,000451 3 0,22 0,02 2,11 0,000423 4 0,215 0,02 2,08 0,000418 5 0,185 0,03 1,85 0,000373 6 0,185 0,04 1,79 0,000360 7 0,18 0,05 1,70 0,000341 8 0,155 0,061 1,44 0,000290 9 0,144 0,07 1,28 0,000258 10 0,115 0,08 0,88 0,000177 6.2 Vazão e velocidade experimentais e teóricas e determinação do coeficiente de descarga No Gráfico 1) e na Tabela 5) podemos verificar a diferença entre a velocidade experimental encontrada durante a realização do experimento e a velocidade calculada teoricamente pela Eq. (3). Tabela 5 - Comparação das velocidades teóricas e experimentais Tomadas de pressão Velocidade na garganta [m/s] - Prática Velocidade na garganta [m/s] - Teórica 1 2,45 2,33 2 2,35 2,24 3 2,15 2,11 4 2,11 2,08 5 1,85 1,85 6 1,80 1,79 7 1,71 1,70 8 1,41 1,44 9 1,25 1,28 10 0,78 0,88 Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 10 Gráfico 1 - Comparação entre velocidades teóricas e experimentais na garganta Podemos verificar que as duas velocidades possuem um comportamento semelhante, com um certo erro, e ainda, em alguns pontos a curva experimental possui valores maiores e em outros pontos valores menores para uma mesma tomada de pressão comparada aos valores teóricos. As diferenças encontradas podem ser explicadas primeiramente pelo fato de a Equação de Bernoulli não levar em consideração as perdas energéticas. Outro fator que explica a falta de regularidade da curva experimental e a diferença com a curva teórica é o fato de que durante a realização do experimento, por descuido, foi movimentado o cano de saída do tubo de Venturi, ocasionando uma diferença nos resultados obtidos, que inclusive foi percebido durante o experimento. A Tabela 6) e o Gráfico 2) mostram as comparações entre as vazões e o coeficiente de descarga. O coeficiente de descarga mede as diferenças entre os valores encontrados pela equação de Bernoulli e o escoamento real, pois no mesmo há perdas de carga. Portanto, podemos descrever o coeficiente de descarga como: 𝐶𝑑 = 𝑄𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑄𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 (5) Onde Qteórica é a vazão que foi calculada teoricamente através da velocidade teórica e 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 V el o ci d ad e [m /s ] Tomada de pressão Comparação entre velocidades teóricas e experimentais Velocidade na garganta[m/s] - Prática Velocidade na garganta [m/s] - Teórica Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 11 da área da seção e Qexperimental é a vazão encontrada através da medição do tempo para enchimento do rotâmetro em 15 litros. Tabela 6 - Comparação das vazões teóricas e experimentais Tomadas de pressão Vazão na garganta [m³/s] x 10³ - Experimental Vazão na garganta [m³/s] x 10³ - Teórica Coeficiente de descarga Cd 1 0,493 0,469 0,950 2 0,473 0,451 0,954 3 0,432 0,423 0,980 4 0,424 0,418 0,985 5 0,372 0,373 1,001 6 0,363 0,360 0,994 7 0,344 0,341 0,992 8 0,283 0,290 1,024 9 0,251 0,258 1,024 10 0,157 0,177 1,130 Gráfico 2 - Comparação entre vazões teóricas e experimentais Para o caso das vazões, seguem a mesma tendência das velocidades, pois são variáveis dependentes entre si. 6.3 Distribuição da pressão teórica e pressão real Para avaliar os resultados teóricos e experimentais, definiu-se três componentes 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10V az ão [ m ³/ s] x 1 0 ³ Tomada de pressão Comparação entre vazões teóricas e experimentais Vazão na garganta [m³/s] x 10³ - Prática Vazão na garganta [m³/s] x 10³ - Teórica Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 12 adimensionais de pressão. O primeiro, indica a queda de pressão entre a entrada e a garganta do tubo. O segundo componente relaciona a queda de pressão às alturas de cargas que foram tomadas ao longo do tubo. E o último componente adimensional relaciona também a queda de pressão ao longo do tubo às alturas de cargas. Os resultados podem ser vistos nas Tabela 7) e Tabela 8). Tabela 7 - Distribuição da pressão ideal Tomadas de pressão Ag/An (Ag/An)² Pressão adimensional ideal (Ag/Ae)² - (Ag/An)² A (he) 0,379 0,144 0,000 B 0,476 0,226 -0,082 C 0,756 0,572 -0,428 D (hg) 1 1 -0,856 E 0,908 0,825 -0,681 F 0,751 0,563 -0,420 G 0,630 0,397 -0,253 H 0,537 0,288 -0,144 J 0,463 0,214 -0,070 K 0,403 0,162 -0,018 L 0,379 0,143 0,000 Tabela 8 - Distribuição da pressão real Tomadas de pressão Distância ao longo do Venturi [mm] hn [m] hn-he [m] Pressão adimensional real A (he) 0 0,245 0 0 B 20 0,25 0,005 0,0005 C 32 0,15 -0,095 -0,009 D (hg) 46 0 -0,245 -0,022 E 61 0,038 -0,207 -0,019 F 76 0,11 -0,135 -0,012 G 91 0,152 -0,093 -0,008 H 106 0,18 -0,065 -0,006 J 121 0,195 -0,05 -0,005 K 136 0,208 -0,037 -0,003 L 156 0,212 -0,033 -0,003 Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 13 Gráfico 3 - Pressão adimensional ideal Gráfico 4 - Pressão adimensional real Através dos Gráfico 3 e Gráfico 4 podemos analisar o comportamento das pressões em cada região. Para a pressão adimensional teórica, podemos concluir que a mesma não leva em consideração perdas de energias, já para a pressão adimensional real, essas perdas são levadas em consideração. Ainda, podemos ver que conforme se reduz o tamanho da seção transversal, ocorre um aumento da velocidade, e consequente redução da pressão, tendo o ponto mais crítico no ponto 4 (garganta), pois o seu diâmetro é menor. -1,000 -0,800 -0,600 -0,400 -0,200 0,000 0,200 0 2 4 6 8 10 12 P re ss ão Posições do tudo Pressão adimensional ideal -0,0120 -0,0100 -0,0080 -0,0060 -0,0040 -0,0020 0,0000 0,0020 0 2 4 6 8 10 12 P re ss ão Posições no tubo Pressão adimensional real Ministério da Educação Fundação Universidade Federal do Pampa Campus Alegrete Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa Campus Alegrete Av. Tiarajú, 810 Bairro: Ibirapuitã - Alegrete - RS - CEP: 97546-550 Tel.: +55 (55) 3421-8400 Sítio eletrônico: http://porteiras.unipampa.edu.br/alegrete/ 14 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Fox, R.W.; McDonald, A.T. “Introdução à Mecânica dos fluidos.” 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. ÇENGEL, Yunus A. Transferência de Calor e Massa: Uma Abordagem Prática, 3ª Edição. São Paulo, SP: McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda., 2009.
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