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ARTIGO - USO DE PAINÉIS PRÉ-FABRICADOS COMO ESTRATÉGIA DE CONSTRUÇÃO ENXUTA

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1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO PARAÍSO 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – FORMATO ARTIGO CIENTÍFICO 
USO DE PAINÉIS PRÉ-FABRICADOS COMO ESTRATÉGIA DE 
CONSTRUÇÃO ENXUTA 
Oscar Vinícius Santana Saraiva1 
Samuell Aquino Holanda2 
 
RESUMO 
Devido à crise econômica e a diminuição de investimento público, a competitividade na 
construção civil vem aumentando, fazendo com que as construtoras busquem novas técnicas 
construtivas e estratégias de gerenciamento para que possam sobressair desse período. A 
construção enxuta surgiu na década de 1990, a partir do Sistema Toyota de Produção, com o 
intuito de introduzir nas obras um modelo construtivo que busque uma maior organização 
dentro do canteiro, com produção sem desperdícios de materiais e tempo. A utilização recente 
de pré-fabricados na construção civil, mostra a busca por aprimoramento nos canteiros de obras, 
através da utilização de novas tecnologias que facilitam e otimizam o processo de 
industrialização na construção civil. Dentro dessa crescente surge o Sistema Olé Casas, que 
busca uma produção rápida e sem desperdícios, através de um sistema construtivo inovador, 
com a instalação de uma fábrica no canteiro de obras, em que nela é realizada a produção de 
painéis pré-fabricados e em seguida através de caminhão munck é feito a montagem desses 
painéis. O presente trabalho tem como objetivo verificar o alinhamento do processo construtivo 
utilizado no sistema Olé Casas aos onze princípios da construção enxuta elaborado por Koskela, 
buscando a comparação das informações coletadas por meio de visitas in loco com às bases 
teóricas de referência, percebeu-se o alinhamento do sistema construtivo Olé Casas as práticas 
da construção enxuta. 
Palavras-chaves: Construção Enxuta. Painéis pré-fabricados. Sistema Olé Casas. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A construção civil encontra-se em ritmo desacelerado desde o último semestre de 2014, 
em virtude da crise econômica que o Brasil está enfrentando, como também a falta de 
investimento público no setor (CBIC, 2017). Com a diminuição da demanda de obras a 
 
1 Aluno formando do Curso de Graduação em Engenharia Civil do Centro Universitário Paraíso. E-mail: 
oscar.vinicius@aluno.fapce.edu.br. Artigo apresentado na data 08/12/2020 no Centro Universitário Paraiso como 
parte obrigatória para obtenção do título de bacharel em engenharia civil. 
2 Professor orientador. Engenheiro de Produção Mecânica, formado pela Universidade Regional do Cariri (2009) 
e Doutor em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Campina Grande (2017). E-mail: 
samuell.holanda@fapce.edu.br. 
2 
 
competitividade aumenta, e as empresas para se manterem vivas nesse período adverso devem 
se reinventar, buscando diminuição de custos e aumento da produtividade e da qualidade, tendo 
como propósito superar a concorrência e conquistar os seus clientes. 
As construtoras necessitam buscar práticas que tenham resultados satisfatórios no que 
tange à produção. Uma solução eficaz é a redução dos desperdícios de tempo e material, que na 
construção civil tem índices bastante elevados, e gera problemas como encarecimento e atraso 
da obra, comprometendo assim a gestão de qualidade, e tendo como consequência final o 
estouro do orçamento projetado (BRAGA, 2018). 
 Nesse cenário do setor, a Construção Enxuta (CE) apresenta-se como uma possível 
estratégia de gerenciamento. A CE se baseia na produção enxuta, e ficou conhecida depois do 
trabalho de Lauri Koskela em 1992, com o relatório técnico Application of the New Production 
Philosophy to Construction (Aplicação da Nova Filosofia de Produção à Construção). 
 A CE, é um modelo de trabalho que tem como objetivo enxugar, simplificar e otimizar 
processos, buscando identificar atividades que não agregam valor ao produto, etapas que geram 
desperdícios, redução do tempo de ciclo, redução da variabilidade e entrega do produto final 
dentro do prazo, com transparência em todos os processos (KOSKELA, 1992). 
A industrialização dos canteiros vem sendo desenvolvida e utilizada nos últimos anos, 
com o objetivo de transformar as execuções de obras em uma linha de produção semelhante ao 
que ocorre nas indústrias. Dessa forma, surgem os painéis pré-fabricados, que é um modelo 
construtivo que busca agilidade, simplicidade e diminuição de desperdícios em seu processo 
construtivo. 
A recente e grande utilização dos pré-fabricados nas construções está relacionada a 
forma de produção rápida através das montagens de peças ou placas, obtendo eficiência durante 
a execução, alinhado ao desempenho técnico de qualidade e a redução de desperdícios no 
canteiro de obras (VAN ACKER, 2002). 
Dentro desse pensamento construtivo, surge o sistema Olé Casas, que foi desenvolvido 
em 2005 pelo engenheiro André Montenegro de Holanda, que percebeu a grande demanda de 
habitações populares na região Nordeste do Brasil, e a necessidade de um novo modelo 
construtivo que alinhassem alta produtividade à qualidade nas entregas das habitações. Esse 
sistema desenvolvido está voltado para a construção de casas populares, através da fabricação 
e montagem de paredes pré-fabricadas, em que a execução desse modelo está baseada em uma 
linha de produção onde a montagem de diversos itens resulta em um produto, com padronização 
dos processos e rapidez na execução (JÚNIOR, 2013). 
3 
 
O objetivo desse trabalho é entender o funcionamento do sistema construtivo Olé Casas 
e seu alinhamento com os onze princípios da construção enxuta de Koskela, através das 
informações coletadas durante as visitas in loco e as observações diretas na base teórica de 
referência. 
 
2 REFERECIAL TEÓRICO 
 
2.1 O SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO 
 
 Na década de 1950, após a segunda guerra mundial, a economia do Japão estava 
devastada, a indústria estava com baixa produção e sofrendo com a escassez de produtos. Nesse 
cenário se viu a necessidade de implantar um processo de produtividade que buscasse produção 
com qualidade e poucos recursos (JONES; WOMACK, 2004). 
 O Sistema Toyota de Produção (STP) surgiu na fábrica automobilística Toyotar Motor 
Company, tendo como criador o engenheiro Taichii Ohno, com a ideia principal de aumentar o 
valor do cliente, utilizando menos recurso e reduzindo os desperdícios (CORRÊA et al., 2012). 
 A mentalidade enxuta baseia-se no STP, que tem como propósito eliminar ao máximo 
todos os tipos de desperdícios durante o processo, ao mesmo tempo em que reduz o tempo entre 
o recebimento do pedido e a entre do produto acabado, aumentado a satisfação do cliente e 
removendo etapas que não agregam valor ao processo (OHNO, 1997). 
Para demostrar de maneira simples de como o STP se divide e em que sustenta, Fujio 
Cho, ex-diretor da Toyota, fez a representação com uma simples casa, conhecida como “Casa 
do STP” (LIKER, 2004). Uma boa representação dessa “casa” foi apresentada pelo Lean 
Enterprise Institute (2003). 
A Figura 1 representa uma casa que possui em sua estrutura pontos importantes do STP, 
que serão definidos e contextualizado de acordo com a sua funcionalidade no sistema de 
produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Figura 1 - Casa do STP 
 
Fonte: Casa adaptada do Lean Enterprise Institute, 2003 
 
Como toda edificação para possuir segurança na estrutura é necessária uma base estável, 
e na “casa do STP” não é diferente, pois ela possui estabilidade baseada em pontos que 
fundamentam todo o sistema, que são divididos em três: Heijunka (produção nivelada), Kaizen 
(melhoria contínua) e o trabalho padronizado (JORJE JÚNIOR, 2003). 
O primeiro elemento dessa base, a produção nivelada, tem como objetivo a estabilidade 
dos esforços entre os funcionários, através de uma sequência de pedidos em um mesmo padrão 
repetitivo, diminuindo com isso as variações diárias da produção. O elemento central, o trabalho 
padronizado, busca obter máxima produtividade, através de um métodoefetivo e organizado de 
produção sem perdas. O terceiro elemento, a melhoria contínua dos processos, consiste em 
observações das etapas produtivas, fazendo com que se identifique benefícios que possam ser 
realizados, trazendo melhora para o funcionamento do sistema, focando na eliminação de 
perdas, de forma a agregar valor ao produto com o mínimo de investimento (GALLARDO, 
2007; GHINATO, 2000). 
A “casa do STP” segue a sequência de pensamento construtivo, realizado a base do 
sistema, a próxima etapa a ser construída serão os pilares que sustentaram toda a estrutura da 
casa e do STP, que serão divididos em dois pontos, o Just in time e o Jidoka (autonomação) 
(JORJE JÚNIOR, 2003). 
 O primeiro pilar da estrutura é o Just In Time (JIT), que tem como objetivo para o 
sistema a eliminação de estoque acumulados entre as etapas de produção, tornando o fluxo 
5 
 
contínuo dos produtos e serviços, através do abastecimento dos materiais, no tempo, local e 
quantidade desejada. Uma ferramenta muito conhecida do JIT é o sistema Kanban, que trabalha 
com o controle de materiais através de gestão visual, por meio de um painel que é atualizado 
no final de cada etapa produtiva, fornecendo informações sobre a quantidade de insumos 
presente em cada serviço, demostrando o tempo, local e quantidade certa que os materiais 
devem estar no serviço, para que não falte e a atividade não pare (GALLARDO, 2007; JORJE 
JÚNIOR, 2003). 
 O segundo pilar da estrutura é o Jidoka (autonomação), que consiste em oferecer ao 
operador ou a máquina autonomia de parar toda a produção quando algo de errado estiver 
acontecendo, tendo como objetivo impedir a geração e propagação de defeitos durante o 
processo produtivo. Além de detectar a anormalidade do processo, o Jidoka tem a função de 
corrigir o problema e investigar as causas raiz desse problema, para estabelecer ações efetivas 
para que o mesmo não ocorra novamente (GHINATO, 1995). 
 Para conseguir autonomação, algumas ferramentas têm papel importante, entre elas se 
destacam o Andon e o Poka-Yoke. A ferramenta Andon tem função de comunicação, passando 
informações simples e rápidas sobre ocorrências na linha de produção para todos os envolvidos 
nos processos produtivos, sendo apresentada de forma visual com dispositivos luminosos, ou 
sonoras com toques de alerta (JORJE JÚNIOR, 2003). A ferramenta Poka-Yoke consiste em 
um sistema à prova de erros, que busca a prevenção de possíveis falha humanas em um processo 
produtivo. Existem duas maneiras nas quais esse sistema é usado; Método de controle: usado 
para correção imediata de erros, parando a produção; e o Método de advertência: usado como 
sinal de alerta que algo está errado (SHINGO, 1996). 
 Depois de apresentar a base e os pilares de sustentação do STP, a última etapa é a coberta 
da “casa do SPT” que representa os objetivos finais do sistema, que é a entrega do produto com 
melhor qualidade e o menor custo, buscando a satisfação do cliente final (GALLARDO, 2007). 
O STP nasceu com a ideia de um novo modelo produtivo, em que o pensamento 
principal é aumentar a produtividade de acordo com a redução de desperdícios, tendo como 
ponto mais importante a satisfação do cliente, entregando um produto de qualidade com todas 
as características que ele espera (OHNO, 1997). 
O pensamento enxuto nasce a partir do entendimento do STP, que é um sistema flexível 
e que pode ser aplicado em qualquer indústria. A implantação da mentalidade enxuta em outros 
processos produtivos, como na construção civil através da construção enxuta, mostra a evolução 
desse sistema de produção (VENTURINI, 2015). 
 
6 
 
2.2 CONSTRUÇÃO ENXUTA 
 
A CE surgiu na década de 1990, com o propósito de reduzir ao máximo todos os tipos 
de desperdício na construção Civil. Tem seu pensamento de produção baseado em diferentes 
modelos administrativos, tendo sua origem sustentada principalmente pelos fundamentos do 
Just in time e da qualidade total (KOSKELA, 1992). 
Esse sistema de qualidade surge na construção civil devido a uma necessidade de maior 
organização dentro do canteiro, em que todo o processo seja coordenado, sem gerar perdas de 
materiais ou tempo, aprimorando etapas que não agregavam valor, com o objetivo de entregar 
o produto com qualidade no menor tempo possível (ELIAS; MAGALHÃES, 2003; KOSKELA, 
1992). 
Para Ballard e Howell (1996), a CE possui dois focos que a diferencia do processo 
tradicional, um deles é a redução de desperdícios de tempo e material; o outro é o gerenciamento 
de fluxos, melhorando o sistema de gestão de processos juntamente com as etapas de produção. 
 Os fluxos de materiais, informações e os serviços devem ser observados, identificando 
quais dessas atividades praticadas não agregam valor ao produto, e as perdas de tempo com a 
entrada e saída dos materiais que o produto está sofrendo. Por isso é de grande importância o 
layout do canteiro está bem definido para que toda atividade de recebimento, estocagem e 
transporte aconteça de maneira rápida, tornando o fluxo de material ágil, e minimizando assim 
perdas de tempo em atividades que não agregam valor (KOSKELA, 1992; KUREK, 2005). 
 Koskela (1992), define onze princípios para que ocorra a melhoria dos processos, 
caracterizando cada uma. A implementação de todos esses princípios é fundamental para 
execução da construção enxuta em um canteiro de obra. 
1- Reduzir a parcela de atividades que não geram valor: Esse princípio consiste em 
aumentar a eficiência das etapas dos serviços, diminuindo os desperdícios de tempo, recursos e 
espaço que não agregam valor ao produto. Um exemplo relacionado a esse princípio é o 
dimensionamento do layout que minimize as distâncias entre os locais de utilização dos 
materiais da área de descarga e estocagem, sendo assim possível reduzir uma boa parcela do 
tempo gasto com transporte, consequentemente reduzindo atividades que não agregam valor 
(SANTOS, 1999). 
2- Aumentar o valor do produto através da consideração nas necessidades do cliente: 
Para conseguir esse princípio deve-se identificar com clareza as necessidades do cliente, seja 
ele o cliente que receberá o produto (cliente externo), ou então o que receberá a atividade 
subsequente (cliente interno), com esse entendimento deve ser projetado os processos de 
7 
 
produção de modo a atender as duas necessidades (VENTURINI, 2015). Esse pensamento é 
observado quando a construtora faz pesquisas de mercado buscando saber qual a preferência do 
cliente no momento, ou conversa diretamente com o comprador para saber sua preferência, 
como também quando realiza avaliações pós-ocupação dos imóveis (ISATTO et al., 2000). 
3- Reduzir variabilidade: Para alcançar esse princípio é preciso padronizar os processos 
produtivos, definindo quais métodos devem ser utilizados, os instrumentos que devem ser 
usados, e as tecnologias que devem ser entregues, reduzindo assim a variabilidade nas etapas 
de produção e nos fluxos de materiais durante o processo (SHINGO, 1996). Para introduzir esse 
pensamento na construtora é preciso que seja criado um procedimento modelo para cada 
execução de serviço, sendo repassado para todos os envolvidos através de treinamento e 
capacitação, garantindo o padrão do procedimento operacional (ISATTO et al., 2000). 
4- Reduzir o tempo de ciclo: O tempo de ciclo é a soma de todos os tempos para 
produção de um produto. Dessa forma, esse princípio está relacionado a redução de todo o 
tempo utilizado para a produção. A aplicação dele busca a otimização do tempo disponível para 
realizar determinada tarefa, reduzindo ao máximo a duração das atividades de fluxo, bem como 
otimizando as atividades da produção, através por exemplo da redução ou eliminação de 
atividades de retrabalho, redução da variabilidade, trocas de atividades que acontecem 
sequencialmente que dependendo da natureza podem acontecer paralelas, reduzindo assim o 
tempo total da produção(KOSKELA, 1992). 
5- Simplifique o processo através da redução do número de passos ou partes: É a 
redução do número de etapas presente na produção, pois quanto mais atividades acontecem 
durante o processo, mais movimentação de material ocorrerá, com esse pensamento, a redução 
de número de etapas, leva a redução das atividades que não agregam valor. Esse processo é 
observado com o e uso de pré-moldados nos canteiros, pois eles reduzem etapas para a execução 
de uma atividade específica, como por exemplo, o uso de verga e contraverga pré-moldadas em 
substituição das fabricadas no local da instalação (KOSKELA, 1992; BERNARDES, 2003). 
6- Aumentar a flexibilidade de saída: Tem como ideia a geração de valor, fazendo com 
que possa mudar as configurações dos produtos entregues aos clientes, sem aumento dos custos. 
Esse princípio é observado na adaptação durante a produção no canteiro, com o uso de mão de 
obra polivalente, redução do tamanho de lote, utilização de processos construtivos que 
permitam mudanças futuras nas características do produto (ISATTO et al.,2000). 
7- Aumentar a transparência do processo: Esse princípio busca minimizar a 
possibilidade de erros durante a produção, sendo mais transparentes nas informações, 
disponibilizando através de meios físicos, dispositivos e indicadores, buscando disseminar as 
8 
 
particularidades dos processos para todos envolvidos (KOSKELA, 1992; JUNQUEIRA, 2006). 
A ideia de transparência pode ser atendida com algumas ações simples dentro do canteiro, como 
por exemplo: retirada de obstáculos visuais, como tapumes; utilização de dispositivos visuais, 
como cartazes e sinalizações; e emprego de indicadores de desempenho, tornando visíveis 
características do processo (ISATTO et al., 2000). 
8- Focar no controle do processo global: É a busca pelo o controle completo da obra, a 
partir do envolvimento de todos os níveis de produção, indo além dos limites do canteiro, 
envolvendo clientes e fornecedores, buscando o comprometimento de todos para o mesmo 
propósito (LORENZON, 2008). A aplicação desse princípio nas construtoras facilita a 
identificação e correção de possíveis problemas que venham a acontecer durante a produção, 
devido ao controle global do processo e entendimento de todos os envolvidos no que está 
acontecendo durante a execução (BERNARDES, 2003). 
9- Introduzir melhoria contínua no processo: Esse princípio busca esforço para manter 
a continuidade da eficácia dos processos, garantindo estabelecimento de condições melhores de 
produtividade e competitividade. As construtoras que introduzem a melhoria contínua em seu 
processo, buscam avanços tanto em seu processo construtivo, como nas atividades de fluxos. 
Essas melhorias são medidas e monitoradas buscando o avanço em cada atividade, através de 
estabelecimento de metas e apresentando propostas para atingi-las (LORENZON, 2008). 
10- Manter equilíbrio entre melhorias nos fluxos e nas conversões: Para as atividades 
de produção, a melhoria de fluxo está relacionada diretamente com a melhoria de conversão. 
Os fluxos que estão diretamente ligados aos desperdícios de tempo, sendo eles otimizados irão 
exigir menos capacidade de conversão, que estão ligadas diretamente ao processo produtivo, 
gerando assim menos investimentos em equipamentos e redução no uso de matéria prima. 
Como também tendo fluxos controlados, a aplicação de uma nova técnica construtiva fica mais 
fácil, devido maior controle de dos transportes dessas atividades (KOSKELA, 1992). 
 11- Referenciais de ponta (Benchmark): Esse princípio faz com que a construtoras 
busque conhecer boas práticas de outras empresas, verificando os processos e entendendo como 
essas atividades são praticadas, e como poderiam ser incorporadas e inseridas dentro da 
construtora e do sistema de produção (ISATTO et al., 2000). 
 
2.3 SISTEMAS PRÉ-FABRICADOS 
 
 A construção civil vem buscando o aprimoramento nas obras, através de tecnologias 
implantadas nos canteiros, como também processos mais racionalizados, que entreguem ao 
9 
 
cliente um produto com qualidade, e dentro do prazo. Nesse contexto o uso de pré-fabricados 
nas obras está em crescente evolução, pois é um método que busca trazer benefícios 
econômicos, de sustentabilidade e qualidade (SOARES, 2017). 
 Segundo a NBR 9062 (ABNT, 2017) define os pré-moldados como elementos 
previamente moldados fora do local de utilização definitiva, tendo o controle e qualidade 
estabelecida, dispensando o uso de laboratório e instalações similares. Já os pré-fabricados são 
executados industrialmente, em instalações permanentes de empresas destinadas para este fim, 
tendo o uso de mão de obra treinada e especializada para esse serviço, com alto controle de 
qualidade, e uso de laboratório para controle dos materiais e dos produtos. 
 Van Acker (2002), cita que a maneira de melhor eficiência para industrializar a 
construção civil é transferir o trabalho realizado nos canteiros de obras para as fábricas, tendo 
em vista que uma fábrica possibilitará processos de produção mais eficientes, controle de 
qualidade, e repetição de tarefas com trabalhos especializados. 
 Apesar do sistema de pré-fabricados demostrar muitas vantagens, existem algumas 
limitações para esse sistema, como por exemplo, a necessidade de mão de obra especializada 
para manuseio das peças, outra limitação é quanto a movimentação dos elementos na fábrica e 
transporte para fora dela, que muitas vezes será necessário equipamentos de grande porte para 
esse trabalho (SOARES, 2017). 
A construção com pré-fabricados está relacionada à rapidez de execução, tendo em vista 
uma casa toda pré-moldada, as etapas construtivas serão mais rápidas e mais simples, pois a 
execução consistirá na montagem de peças pré-fabricadas, com isso ocorrerá a diminuição de 
etapas e otimização de processos quando comparado à construção tradicional (SOARES, 2017). 
 Outra vantagem que os pré-fabricados trazem é realizar uma obra que agrida menos o 
meio ambiente, pois reduz a quantidade de materiais utilizados e consequentemente de 
desperdícios durante o processo. Algumas fábricas também já estão trabalhando com 
reciclagem de matérias, podendo futuramente trabalhar com um sistema de produção fechado, 
onde todo material desperdiçado pode ser processado e utilizado novamente (VAN ACKER, 
2002). 
 A pré-fabricação é um processo construtivo que está ligado diretamente à 
racionalização, possuindo o objetivo de eliminar desperdícios de materiais e tempo, como 
também está ligado ao aumento de produtividade, tornando a execução uma montagem de peças 
(PEIXOTO, 2015). 
 Nos últimos anos alguns sistemas construtivos utilizando painéis pré-fabricados vêm 
sendo desenvolvidos no Brasil, entre eles se destacam Jet Casas, Casas Express e Olé Casas. 
10 
 
Todos esses sistemas se assemelham quanto à forma de produção no molde industrial, 
utilizando painéis pré-fabricados, visando a redução de desperdícios de materiais e tempo, bem 
como a rapidez de entrega da obra. 
 
3 METODOLOGIA 
 
Este trabalho foi realizado a partir de visitas in loco realizadas durante o estágio 
extracurricular, em uma obra de um conjunto habitacional do programa do governo federal 
Minha Casa Minha Vida (MCMV), em que fora utilizado o sistema Olé Casas para a execução 
das habitações, possibilitando assim uma observação direta do sistema e de suas 
particularidades quanto à forma de execução na prática e na forma de organização do canteiro 
e da fábrica. 
Paralelo às observações do sistema construtivo, foi realizado um estudo sobre a 
Construção Enxuta e sobre os princípios de Koskela, em que foi possível fazer uma comparação 
buscando identificar dentro do sistema Olé Casas procedimentos que se adequem aos princípios 
da Construção Enxuta. 
 
4 RESULTADO E DISCUSSÕES 
 
4.1 DESCRIÇÃO DO SISTEMA CONSTRUTIVO 
 
A partir da observação in loco foi possível conhecer detalhadamenteo sistema 
construtivo desenvolvido pela empresa, chamado de Sistema Olé Casas. 
O Olé Casas foi iniciado em 2005, com o objetivo de ser uma saída para o déficit 
habitacional na região nordeste, a partir de um processo construtivo inovador, que busca 
aumento da produtividade reduzindo os desperdícios de materiais e tempo, e entregando 
habitações com alto controle de qualidade (JÚNIOR, 2013). 
O sistema pode ser dividido em duas fases, sendo que a primeira consiste na fabricação 
dos painéis/paredes; enquanto a segunda fase compreende montagem dos painéis. Os 
acabamentos da habitação são realizados por processos construtivos tradicionais. 
A fabricação dos painéis pode ocorrer dentro do canteiro ou em uma fábrica fixa fora 
do espaço de construção. As fábricas instaladas tanto dentro da obra como fora dela, contam 
com o mesmo controle tecnológico, possuindo laboratório para rompimento de corpo de prova 
e, dependendo da necessidade, podem contar com usina de concreto instalada na fábrica. 
11 
 
 A montagem dos painéis é realizada através do uso de caminhão munck, que levanta os 
painéis da fábrica e os transportam para o local final destinado à futura habitação, onde será 
executado a montagem e fixação dos painéis, para em seguida receber os serviços 
complementares. A Figura 2 apresenta um fluxograma com as etapas do sistema construtivo 
Olé Casas, que serão detalhadas no próximo tópico. 
 
Figura 2 – Fluxograma de execução do sistema Olé Casas 
 
Fonte: Autoria Própria 
 
4.1.1 Descrição e Procedimento do Processo Construtivo 
 
A fundação desse sistema construtivo pode ser adequada de acordo com a localidade e 
as características geotécnicas presentes. A Figura 3 demostra a fundação de radier de concreto 
reforçado com fibras, como também os pilares locados no radier, esperando a montagem dos 
painéis. 
 
12 
 
Figura 3 – Radier com pilares locados. 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
Os pilares desse sistema são posicionados entre as duas habitações e tem função de ligar 
4 paredes, sendo duas de geminação (parede que divide duas casas iguais) e duas internas da 
edificação. A Figura 4 demostra como se dá a ligação do pilar com as paredes. 
 
Figura 4 – Ligação do Pilar com os painéis 
 
Fonte: JUNIOR (2013, p.185) 
 
Os painéis pré-fabricados do sistema Olé Casas são compostos por camadas de concreto 
armado, blocos cerâmicos e argamassa, sendo moldadas horizontalmente sobre uma base de 
concreto. Os painéis são utilizados como paredes internas e externas tendo espessura de 122 
mm. A Figura 5 é um corte horizontal na parede em que é possível verificar como estão 
dispostos os três materiais citados anteriormente. 
 
13 
 
Figura 5 – Corte no painel 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
 Para iniciar a fabricação dos painéis utiliza-se formas metálicas, que delimitarão as áreas 
das paredes, janelas e portas de acordo com o projeto. A Figura 6 mostra a realização de dois 
serviços em sequência, sendo eles: a aplicação do desmoldante em toda área delimitada na pista 
como também nos perfis metálicos; como também a distribuição de espaçadores da armadura 
que irão garantir o cobrimento mínimo. 
 
Figura 6 – Aplicação do desmoldante e distribuição dos espaçadores 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
As armaduras utilizadas no painel fazem parte de um conjunto formado pela união de 
tela eletrosoldada, treliças e armadura de reforço, sendo dispostas sobre os espaçadores, onde 
elas entraram em contato com o concreto. A Figura 7 demostra as telas eletrosoldadas, assim 
como a armadura de reforço que é utilizada pelo o caminhão munck para levantar o painel. 
 
14 
 
Figura 7 – Locação da armadura do painel 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
Durante a fabricação dos painéis, as instalações elétrica, telefônica e hidráulica são 
instaladas de acordo com o projeto de cada parede, podendo ficar do lado do concreto ou do 
lado da argamassa. Para a instalação são feitos kits de acordo com cada painel, sendo dispostos 
e fixados nas telas da armadura, tendo sua saída na camada de concreto ou de argamassa. A 
Figura 8 demostra a locação das instalações em uma parede que terá saída hidráulica e caixinha 
elétrica dos dois lados. 
 
Figura 8 – Instalação nos painéis 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
Realizadas todas as atividades descritas anteriormente, o painel finalmente receberá o 
lançamento e adensamento do concreto. A Figura 9 está demostrando o adensamento do 
concreto com o auxílio de régua vibratória. 
15 
 
Figura 9 – Adensamento do concreto 
 
Fonte: JUNIOR (2013) 
 
Após a primeira camada de concreto executada, o próximo passo é a distribuição dos 
blocos previamente umedecidos, preenchendo toda a superfície do painel e seguindo a 
paginação específica de acordo com o projeto de paginação. A Figura 10 mostra a distribuição 
dos blocos cerâmicos no painel. 
 
Figura 10 – Distribuição dos blocos cerâmicos 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
Realizada a distribuição dos blocos cerâmicos, é executado o lançamento e adensamento 
da argamassa, a última camada de material do painel pré-fabricado. A Figura 11 mostra o 
acabamento de argamassa da superfície do painel feito com régua. 
 
16 
 
Figura 11 – Acabamento de argamassa do painel com o uso de régua. 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
Após a finalização com o uso de régua, é feito outro acabamento para retirar as 
imperfeições com o uso de ferramentas manuais como, desempenadeira de madeira. Retirando 
as imperfeições, o painel é coberto com lona plástica por 24 horas, para a cura da peça. A Figura 
12 mostra o painel acabado, esperando ser coberto por a lona plástica. 
 
Figura 12 – Painel acabado 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
É realizado a rastreabilidade do concreto e argamassa dos painéis de acordo com cada 
caminhão, sendo moldados 3 pares de corpos de provas, que serão rompidos em três datas, 24 
horas, 7 dias e 28 dias, sendo necessário atingir resistência de compressão para concreto de 7 
MPa, 17,6 MPa e 25 MPa nas respectivas datas, e para a argamassa será necessário atingir 
resistência de compressão de 4 MPa, 7 MPa e 10 MPa nas respectivas datas. 
Para o painel ser liberado para o içamento e montagem é necessário que após 24 horas 
a resistência a compressão do concreto seja de 7 MPa, e da argamassa seja de 4 MPa. Atingindo 
esse valor após o rompimento, os painéis serão liberados para a montagem. Não atingindo, 
17 
 
espera mais 24 horas para romper novamente outro corpo de prova. Ainda não obtendo a 
resistência necessária os painéis serão acompanhados e investigado qual o motivo do dos 
materiais, concreto e argamassa, não atingir a resistência, e em seguida a gerência decide qual 
será o procedimento, se ainda irá esperar mais alguns dias para romper novamente o corpo de 
prova ou se descartará o painel. A Figura 13 mostra o painel sendo levantado por um caminhão 
munck, que em seguida será levado para o local da montagem. 
 
Figura 13 – Içamento dos painéis para transporte 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
Chegando no local definitivo da habitação, os painéis serão montados sobre argamassa 
de assentamento com aditivo impermeabilizante, sendo verificado o prumo e o esquadro, para 
em seguida ser escorado. A Figura 14 demostra o acabamento na argamassa de assentamento, 
tendo o painel já escorado, e o prumo e o esquadro já verificado, mostra também no canto 
inferior esquerdo, que está destacado na imagem, o uso de solda para fixação dos painéis. 
 
Figura 14 – Acabamento na argamassa de assentamento. 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
18 
 
A ligação entre os painéis ocorre por meio de parte das armaduras que ficam expostas 
na lateral de cada painel, sendo fixadas através do uso de pontos de solda entre as ligações. As 
armaduras e os pontos de soldas são protegidos de corrosão pelo o uso de anticorrosivo.A 
Figura 15 mostra três tipos de ligações possíveis entre os painéis, a ligação do “tipo L” que 
ocorre através da ligação de duas laterais dos painéis, e as duas ligações do “tipo T”, que ocorre 
uma através da união de três painéis (a ligação que está no meio), e a outra a união de dois 
painéis em que é ligado a lateral de um painel com a parte central de outro painel. 
 
Figura 15 – Três tipos de ligação entre os painéis. 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
Para preenchimento das juntas e cobrimento das armaduras, é montada uma forma 
metálica nas juntas para preenchimento com graute e em seguida é feito o acabamento dessas 
juntas utilizando argamassa. A Figura 16, mostra o acabamento das juntas com argamassa. 
 
Figura 16 – Acabamento das juntas com argamassa. 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
19 
 
Após a execução das atividades competentes ao sistema Olé Casas, é iniciado o processo 
das atividades de sistemas convencionais para finalizar a habitação, atividades como: coberta, 
revestimento cerâmico, instalação de portas, pinturas, instalação de esquadrilhas e acessórios, 
entre outros serviços. As Figuras 17 mostra a frente de duas habitações e a lateral de uma 
habitação. 
 
Figura 17 – Casa do sistema olé pronta 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
4.2 COMPARAÇÃO DO SISTEMA OLÉ CASAS COM OS PRINCÍPIOS DA 
CONSTRUÇÃO ENXUTA 
 
Nessa parte do trabalho, os 11 princípios da construção enxuta de Koskela, serão 
descritos e comparados de acordo com as práticas do Sistema Olé Casas, com o intuito de obter 
como reposta para esse trabalho, se o Sistema Olé Casas se adequa à Construção Enxuta. 
1- Reduzir a parcela de atividades que não agregam valor: 
Segundo Formoso (2000), a maior parte dos princípios da construção enxuta está 
relacionado com a ideia de reduzir atividades que não agregam valor, seja ela de transporte ou 
espera. A redução ou eliminação dessas atividades gera economia de tempo, recurso e espaços, 
minimizando as perdas dentro do canteiro. 
Nesse pensamento, a descarga de materiais (concreto e argamassa) para a fabricação do 
painel, é realizado pelo o caminhão betoneira, já dentro da forma, reduzindo assim o transporte 
20 
 
e a espera do material, fazendo com que os colaboradores tenham somente a função de espalhar 
o material. A Figura 18 mostra a descarga de concreto feita pelo caminhão betoneira já dentro 
da forma, e os colaboradores vibrando e espalhando o material. 
 
Figura 18 – Descarga de concreto dentro da forma 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
 2 - Aumentar o valor do produto através da consideração nas necessidades do cliente: 
 Formoso (2005), destaca que as necessidades tanto do cliente externo (consumidor 
final), como a do cliente interno (Colaborador que receberá a próxima atividade), devem ser 
consideradas na hora da elaboração do projeto, e durante a gestão da produção, para que possam 
ser atendidas e gerenciadas durante todo o processo produtivo. 
Dentro desse pensamento, entende que as necessidades do cliente externo para o sistema 
Olé Casas, são que as habitações possuam segurança em sua estrutura e seja confortáveis, tendo 
em vista que esse sistema construtivo só é utilizado em obras do programa Minha Casa Minha 
Vida (MCMV) faixa 1. O Sistema Olé casas para atender a esses requisitos possui tecnologia 
certificada no Sinat com DATec 021-b, obedecendo ainda todos os requisitos da norma de 
desempenho NBR 15575/2003. 
 Para o cliente interno, todas as atividades do sistema Olé Casas devem ser entregues 
completas e com a mesma qualidade para as etapas subsequente, de acordo com as instruções 
e inspeções de serviços, onde o responsável por receber cada etapa só libera para a próxima 
atividade quando todos os requisitos presentes nas instruções de trabalhos forem atendidos. 
 3 – Reduzir variabilidade: 
 Isatto et al. (2000), destaca que a utilização de procedimentos padronizados de 
execução, tem como finalidade a redução de possíveis problemas que venham a acontecer 
durante a produção, eliminando assim os serviços de retrabalhos. Bernardes (2003), destaca 
21 
 
outra razão para a redução da variabilidade durante o processo, que é a fabricação de um produto 
padronizado tem melhor aceitação do cliente final. 
Para conseguir a padronização nos processos construtivos, o sistema Olé Casas possui 
manual técnico para os serviços que são realizados na central de ferragens, central de argamassa 
e concreto, montagem e instalação de kits elétricos e hidráulicos, e na produção e montagem 
dos painéis, onde todos os colaboradores devem seguir o mesmo padrão descrito no manual. 
 O sistema Olé Casas também possui todas as habitações seguindo o mesmo padrão 
construtivo, com a mesma sequência de passos desde a fabricação até a conclusão da casa, 
diminuindo assim a possibilidades de erros de execução, tendo em vista que será o mesmo 
procedimento usado para toda as residências. 
 4 - Reduzir o tempo de ciclo de produção: 
 Segundo Formoso (2000), esse princípio é definido como sendo a soma de todos os 
tempos para produzir um produto. A aplicação desse pensamento está relacionada à necessidade 
de otimizar o tempo disponível desde o início da produção até a entrega do produto final, 
reduzindo ao máximo atividades de fluxos. 
Nesse pensamento de otimizar o tempo de trabalho, o sistema Olé Casas possui várias 
equipes trabalhando simultaneamente em diferentes serviços, para que possam chegar mais 
rápido ao produto final. Como por exemplo, durante a fabricação de painéis várias atividades 
estão sendo executadas simultaneamente na fábrica e ao seu redor. Serviços de montagem de 
forma, concretagem, instalação de armadura, montagem e instalação de kits hidráulicos e 
elétricos, podem estar acontecendo ao mesmo tempo em diferentes lugares, otimizando assim 
o tempo de produção, onde na obra em que foi realizada a observação, chegava-se à produzir 
quatorze casas, que eram distribuídas sua fabricação em sete pistas. 
 5 – Simplificar através da redução de passos ou partes: 
 Para Bernardes (2003), a simplificação significa a redução dos componentes presentes 
em um processo, ou a redução do número de passos ou partes no fluxo de trabalho. Essa 
quantidade de atividade reduzida, faz com que diminua as atividades que não agregam valor 
que estão presentes nas etapas. 
O sistema Olé Casas, por trabalhar com painéis pré-fabricados, reduz muitas etapas 
quando comparada com a execução de habitações utilizando técnicas construtivas tradicionais, 
podendo destacar o fato de que os painéis já são liberados para a montagem com todas as 
instalações elétricas, hidráulicas e telefônicas, como também com todas as janelas já instaladas, 
com as vergas e contravergas já embutida nos painéis, onde é concretada junto com as 
armaduras. A Figura 19 mostra as instalações elétricas e hidráulicas já fixada nas telas e sendo 
22 
 
concretada. A Figura 20 demostra a armadura do painel com as vergas e contravergas, reforço 
lateral e janela instaladas. 
 
Figura 19 – Instalações elétricas e hidráulicas no painel 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
Figura 20 – Painel com janela instalada 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
 6 – Aumentar a flexibilidade na execução do produto: 
 Segundo Isatto et al. (2000), esse princípio demostra a capacidade de alterar as 
características finais do produto de acordo com os requisitos imposto pelo o cliente, fazendo 
essas mudanças com o menor custo possível. Esse princípio é obtido através de redução no 
tamanho de lotes, uso de mão de obra polivalente e processos construtivos que permitam 
flexibilidade do produto sem perda na produção (ISATTO et al., 2000). 
23 
 
 O sistema Olé casas possui limitação para esse pensamento, por se tratar de um modelo 
construtivo que só é utilizado para obras do programa MCMV, tendo sua arquitetura limitada 
aos padrões desse programa. Outra limitaçãotambém acontece depois da casa pronta, pois 
algumas mudanças ficam restringidas, devido ao fato de a casa conter paredes que possuem 
funções estruturais, e alterações nelas podem comprometer toda a estrutura da casa. Portanto, 
devido a essas limitações de configuração na habitação, conclui-se que o sistema Olé Casas não 
se adequa a esse princípio. 
 7 – Aumentar a transparência no processo: 
 Segundo Koskela (1992), esse princípio busca a transparência dos processos produtivos, 
tendo como propósito o acesso rápido às informações, como também a identificação de 
problemas no canteiro de obras. Isatto et al. (2000), apontam maneiras de aumentar a 
transparência durante a produção, através da remoção de obstáculos visuais, utilização de 
dispositivos visuais, uso de indicadores de desempenho e aplicação de programas de melhorias 
e organização de canteiro. 
 Esse princípio no sistema Olé Casas, é obtido através do uso de sinalizadores e placas 
utilizada em todo o canteiro, informando aos funcionários e visitantes, tanto como se proteger 
contra acidentes dentro do canteiro, como também informando sobre a obra e sobre cada setor 
de produção. 
 Utilizado na produção para controle visual, o cartão kanban serve para otimizar e 
controlar as solicitações de traços da obra, seja ele de argamassa, concreto ou graute. A 
utilização desse método de controle, consiste em uma solicitação preenchida pelo responsável 
da equipe de trabalho, seja ele mestre ou encarregado de obras, com as informações do material, 
a quantidade, data, local e hora. A Figura 21 mostra um cartão kanban preenchido. 
 
Figura 21 – Cartão kanban preenchido 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
24 
 
 A solicitação depois de feita é armazenada no quadro kanban para controle visual, e de 
informação durante o dia, contendo informações a respeito da necessidade de material e qual o 
horário para ser entregue. A Figura 22 ilustra o quadro kanban com as solicitações organizadas. 
 
Figura 22 – Quadro kanban 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
 Os próximos princípios da construção enxuta estão mais voltados para o direcionamento 
do sistema de gestão da empresa em que o sistema Olé Casas é utilizado. Essa empresa possui 
certificações como a ISO 9001 e Sistema de Gestão PBQP-H Nível A, esse alinhamento as 
normas de certificação garantem a aplicação desses próximos princípios e são de grande 
importância para o funcionamento dos sete princípios anteriores. 
 8 – Focar o controle no processo global: 
Segundo Koskela (1992), controlar a obra por etapas ou serviços pode trazer perdas, 
pois não está envolvendo todos no mesmo processo ou objetivo. Por isso é de grande 
importância o envolvimento de todos, desde os fornecedores até os colaboradores, buscando 
melhores práticas de controle no canteiro. 
Nesse pensamento a construtora controla e qualifica todos os fornecedores, em um 
software integrado de gestão comercial, onde através de uma consulta de qualificação são 
observados os fornecedores e prestadores de serviços melhores avaliados, e a partir dessa lista, 
são selecionados os aprovados para a contratação ou compra de material. A construtora busca 
durante todo o processo construtivo uma relação aberta com todos os fornecedores contratados, 
para que possa contar com a disponibilidade deles de otimizar as datas de entregas, para 
períodos precisos, em que a obra precisará do material. 
25 
 
 9 – Introduzir melhoria contínua no processo: 
 Segundo Koskela (2002), para obter esse princípio é necessário que os esforços para a 
redução de desperdícios e aumento do valor do produto ocorram sempre, de maneira que a 
melhoria dos processos possa ser atingida à medida que todos os outros princípios da construção 
enxuta forem cumpridos. 
Para se alcançar esse princípio a empresa busca ações de melhoria de desempenho e 
eficácia do sistema, através de prevenção ou redução de problemas indesejáveis, como também 
treinamentos para os colaboradores sobre todas as medidas de melhorias e qualidade que serão 
implantadas no sistema de produção. A Figura 23, demostra treinamento do setor da qualidade 
para colaboradores. 
 
Figura 23 – Treinamento de colaboradores 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
 10 – Manter equilíbrio entre melhorias nos fluxos e nas conversões: 
 Segundo Isatto et al. (2000), para a aplicação desse princípio é necessário o equilíbrio 
entre as atividades de fluxo e conversão. Para uma atividade de conversão ser efetiva, o fluxo 
de material tem que acompanhar a produção, para que não falte suporte durante a atividade. 
Esse princípio para ser obtido, a empresa fez duas mudanças em relação a produção dos 
painéis, uma foi na forma de transporte dos blocos, entendida como atividade de fluxo, que 
passaram a ser organizados em paletes e distribuídos ao lado das formas. Outra mudança, foi 
em relação as características dos blocos, entendida como atividade de conversão, passando a 
ser comprados blocos maiores que os convencionais, garantindo assim uma menor quantidade 
26 
 
de blocos e menos esforço do colaborador para preencher toda a forma. Agilizando assim as 
atividades de fluxos e conversão. A Figura 24 mostra os paletes de blocos cerâmicos ao lado 
das formas onde serão utilizados. 
 
Figura 24 – Execução dos painéis 
 
Fonte: Acervo da empresa estudada 
 
 11 – Referências de ponta (Benchmarking): 
 Segundo Isatto et al. (2000), esse princípio tem como objetivo a observação das práticas 
adotadas em outras empresas, como também a adaptação dessas práticas a construtora e a sua 
aplicação. Koskela (1992), define quatro aplicações para implementação desse princípio. O 
primeiro é o conhecimento próprio da empresa e dos seus processos de produção, buscando um 
ambiente propício para desenvolvimento dessa filosofia. O segundo é verificação no mercado 
das boas práticas que outras estão realizando. O terceiro é o entendimento dessas práticas desde 
a sua origem. E o último é a adaptação dessas práticas à empresa e à execução delas. 
Não foi possível ver todas as aplicações desse princípio como Isatto et al. (2000) e 
Koskela (1992) sugerem, pois durante as observações não foi possível ter contato com o setor 
administrativo da empresa que faz esse serviço. Contudo, algumas práticas como: atualizações 
de procedimentos operacionais feitas pela empresa, como também mudanças nos manuais 
técnicos e nas instruções de trabalho que acontecem na medida que processos construtivos são 
revistos, são indicativos que a empresa pratica o benchmarking baseado na atualização dos 
processos internos, mas que pode passar a olhar para o mercado procurando exemplos de boas 
práticas. 
27 
 
5 CONCLUSÃO 
 
O trabalho buscou demostrar a aplicação da construção enxuta nos painéis pré-
fabricados do sistema Olé Casas. Onde primeiro foi realizado o conhecimento sobre os 11 
princípios da Construção Enxuta, e depois o entendimento e descrição do sistema Olé Casas, 
fazendo assim um comparativo entre eles. 
Os sete primeiros princípios da construção enxuta são facilmente associados ao modelo 
construtivo. Desses sete pensamentos enxutos, o sistema Olé Casas só não atendeu ao princípio 
seis. Os quatros últimos princípios estão mais associados aos sistemas de gestão da organização, 
não sendo possível perceber a prática clara do princípio onze, mas algumas medidas que podem 
se adequar ao princípio. 
Assim, como o objetivo do trabalho era analisar a adequação dos painéis pré-fabricados 
do sistema Olé Casas à construção enxuta, como modelo e não da organização como um todo, 
pode-se concluir que existe um bom alinhamento entre o sistema construtivo Olé Casas aos 
princípios da Construção Enxuta proposto por Koskela, já que dos sete princípios voltados para 
o método, apenas um não estava completamente alinhado. 
Como sugestão para trabalhos futuros, pode ser feita uma análise da adequação da 
empresa ao pensamentoenxuto, a partir de questionários disponibilizado na literatura que 
medem o nível de implementação dentro de grandes áreas relacionadas à filosofia enxuta, como 
sistema de gestão de qualidade, gestão da cadeia de suprimentos, planejamento e controle da 
produção e gestão de projetos. 
 
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