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Resumo artigo Da relação entre trabalho e saúde à relação entre trabalho e saúde mental

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Psicologia do Trabalho 
Gisele Marasini 
                      
 
Semipresencial I 
→ Artigo: Da relação entre trabalho e saúde à relação 
entre trabalho e saúde mental. 
→ Autora: Izabel Cristina Ferreira Borsoi 
O trabalho humano por muito tempo não foi considerado 
como parte do adoecimento psíquico das pessoas. 
Até hoje muitos profissionais da saúde não fazem a 
leitura do indivíduo como participante de uma jornada 
de trabalho. Assim, o artigo pesquisou sobre a relação 
do trabalho X saúde/saúde mental. 
O trabalho, de acordo com Marx (1844), antes de ser um 
meio de satisfação das necessidades, aparecia como 
meio de esgotamento, infelicidade, etc. Já no 
capitalismo vivenciado por Marx, ele presenciou 
tecnologia disponível, mas também duras jornadas de 
trabalho, salários baixos; onde os trabalhadores 
precisavam e pensavam apenas em sobreviver. 
Diante deste quadro, o Estado passa a intervir com 
algumas medidas mínimas para adequar o trabalho às 
necessidades dos trabalhadores. 
Ao final da década de 1960, a automação do trabalho 
está presente, e se antes se exigia muito esforço físico 
do trabalhador, iniciava-se um período onde a 
capacidade psíquica do sujeito era demanda. 
Percebe-se que trabalho tem se restringindo ao que 
Hanna Arendt chama de labor: atividade vinculada à 
sobrevivência imediata, baseada na repetição dos 
gestos e do que ele produz. 
A autora do artigo exemplifica que mesmo uma “doença 
física” é difícil de ser entendida e vinculada ao trabalho, 
e no que se refere ao adoecimento mental, esta 
dificuldade aumenta. Outro ponto é que por vezes pode 
ocorrer o sofrimento psíquico, mas se este não estiver 
vinculado à um transtorno clássico, ele passa a ser 
desconsiderado. 
O trabalho entra na vida das pessoas, na maioria das 
vezes, na adolescência, onde o indivíduo ainda está 
desenvolvendo sua identidade; a partir desta entrada 
no trabalho, sua vida passa a ser organizada em função 
das necessidades do lugar. 
A compreensão das relações de adoecimento e trabalho 
passam a ser investigas pelas teorias sobre estresse; a 
psicodinâmica do trabalho, de base psicanalítica; a 
abordagem epidemiológica e/ou diagnóstica; e os 
estudos sobre subjetividade e trabalho que se realizam 
numa perspectiva sócio-histórica. 
Nem todo trabalhador adoece da mesma forma e é 
preciso levar em consideração os aspectos relacionados 
ao trabalho, assim como a história de vida do 
trabalhador. 
Para entendimento do problema, do sofrimento e de 
suas características; a história de vida, as 
subjetividades, as características do trabalho do 
indivíduo devem ser levadas em consideração. 
Tanto os trabalhadores quanto os profissionais de saúde 
devem tomar consciência sobre o sofrimento ou 
transtorno psíquico e legitimá-los, assim como qualquer 
outra doença.

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