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AULA 04 ANÁLISE DE CRÉDITO E RISCO - ANÁLISE FINANCEIRA EM CRÉDITO

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ANÁLISE DE CRÉDITO E RISCO 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Cleverson Luiz Pereira 
 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
Dentre as técnicas utilizadas para a análise de crédito, já conhecemos a 
coleta de informações interna e externa, o registro e confirmação delas em uma 
base de dados segura e a avaliação de riscos por intermédio dos Cs do crédito. 
Agora, vamos estudar um dos pontos mais importantes e exatos de uma análise 
de crédito, a avaliação financeira do tomador de crédito. 
A avaliação permite desenhar uma situação passada, presente a 
tendência para o futuro tanto na pessoa física quanto na jurídica, pois os 
números financeiros demonstram claramente, quando verídicos e lícitos, a 
situação da saúde financeira de uma empresa ou uma pessoa física. 
Por isso, vamos dividir nossos estudos realizando avaliações diferentes 
entre pessoas físicas e jurídicas. Aprofundar na análise dos números contábeis 
e financeiros das empresas para que possamos ao final realizar uma análise 
financeira dentro de um processo de avaliação de concessão de crédito. 
 
CONTEXTUALIZANDO 
A evolução da história da análise financeira para concessão de crédito se 
inicia no século XIX com o desenvolvimento industrial, as empresas começaram 
a buscar novas formas de captação de recursos monetários para financiar sua 
atividade produtiva. Logo o sistema bancário passou a ser requisitado pelos 
empresários na busca de dinheiro. A partir dessa necessidade por parte das 
empresas, os banqueiros norte-americanos, em 1895, foram se aprimorar na 
análise financeira de balanços e começaram a exigir esses documentos para os 
tomadores de crédito. Naquela época, eles exigiam apenas o Balanço 
Patrimonial para avaliação, daí surgiu o termo análise de balanços. 
Em 1915, o Banco Central dos Estados Unidos determinou que somente 
as empresas que divulgassem seu balanço poderiam descontar títulos junto aos 
bancos. A análise financeira chega ao Brasil em 1968, com a criação do 
SERASA, sendo a empresa que passou a operar como central de análise de 
balanço dos bancos. 
A partir do SERASA, as informações passaram a ser fundamentais e 
obrigatórias para qualquer empresa que desejasse tomar crédito junto aos 
bancos brasileiros. E o resultado com as operações que tinham uma análise 
 
 
3 
financeira de qualidade vinha por meio dos pagamentos regulares por parte dos 
tomadores de crédito. Antes disso, os analistas costumavam decidir crédito 
mediante visitas presenciais e levantamento de dados pessoais dos tomadores 
que deixavam a decisão da avaliação do crédito muito subjetiva. 
A análise financeira construiu um diagnóstico capaz de demonstrar, por 
meio de números, a real situação de uma empresa ou uma pessoa física. Mais 
tarde, essa prática passou a ser utilizada também por empresas que realizam 
transações comerciais a prazo e concediam crédito a seus clientes. 
Portanto, se crédito é confiança e gestão de riscos, a análise financeira 
constitui uma ferramenta obrigatória para que o cedente visualize uma situação 
clara de capacidade de pagamento de seu tomador de crédito. 
 
TEMA 1 – AVALIAÇÃO FINANCEIRA PESSOA FÍSICA E JURÍDICA 
A avaliação financeira é fundamental na análise de crédito, uma vez que, 
a partir dela, podemos diagnosticar a situação passada, presente e a tendência 
para o futuro do tomador de crédito, seja ele pessoa física ou jurídica. 
Tanto na pessoa física quanto na jurídica, a avaliação financeira 
proporciona um subsídio para a avaliação do capital, por meio dos principais 
indicadores econômicos financeiros, estrutura de capitais, liquidez e resultado. 
Para pessoa jurídica, a avaliação está fundamentada em: fluxo de caixa, 
patrimônios e bens, dados contábeis sobre ativo e passivo, além do 
demonstrativo de resultados, margens de operação, despesas, custos, 
endividamentos e ciclo operacional. 
Para pessoa física, a avaliação está fundamentada em geração de renda, 
patrimônios e despesas e gastos em geral. 
Mas como devemos proceder nessa análise? O primeiro ponto importante 
é coletar essas informações e verificar se elas são verdadeiras e de preferência 
se estão disponíveis para consulta no SERASA ou na CVM quando a empresa 
for de Sociedade Anônima (S.A.). Quando as empresas divulgam os números de 
seus balanços patrimoniais e demonstrativos de resultados reforçam a vontade 
de serem transparentes com o mercado e fortalecem o C do crédito relativo ao 
Caráter. No caso da pessoa física, é avaliar o documento entregue como 
declaração de imposto de renda ou holerite. É fundamental fazer pesquisa sobre 
as informações de renda ligando na empresa onde a pessoa trabalha e, no caso 
 
 
4 
de profissional liberal ou autônomo, solicitar também informações de 
movimentação bancária. 
 
TEMA 2 – PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO NA PESSOA FÍSICA 
As pessoas físicas apresentam um perfil de consumo elevado. Isso pode 
provocar endividamentos comprometedores em suas finanças. O poder de 
compra das pessoas é caracterizado por sua renda, idade, fatores culturais e 
sazonais. 
Por isso, nas finanças domésticas, devemos colocar na balança as 
despesas de um lado e as receitas do outro para buscarmos um equilíbrio capaz 
de gerar condições de honrar com os compromissos assumidos. Dentre as 
finanças domésticas, podemos destacar como fatores de comprometimento da 
renda a alimentação, a habitação e o transporte. Logo, esses indicadores 
precisam ser mensurados na avaliação de crédito para uma decisão assertiva 
na concessão. 
Na avaliação da concessão de crédito para pessoa física, o analista deve 
observar a capacidade de geração de caixa (rendas) em relação aos custos e às 
despesas mensais. Segundo a política creditícia do país deliberada pelo 
Conselho Monetário Nacional (CMN), o cedente não deve endividá-lo mais do 
que 30% de seu rendimento mensal. 
A modalidade de crédito a ser contratada também é um fator determinante 
na avaliação da capacidade financeira da pessoa física, pois existem produtos 
com curto e longo prazo. Vejamos alguns casos a seguir: 
O produto cheque especial representa uma concessão de crédito em que 
o valor contratado fica disponível em conta. Logo, se o cedente do crédito liberar 
ao tomador de crédito um valor equivalente à sua renda mensal e ele utilizar todo 
o limite, chegará um momento em que ele depende do banco para pagar os 
compromissos financeiros, como as despesas para manter sua casa e ele 
próprio. 
Por isso, os bancos, ao realizarem a análise financeira de uma pessoa 
física, precisam verificar um percentual potencial que não irá agravar sua 
situação financeira ao longo do tempo. 
Outro produto de crédito para a pessoa física que podemos citar é o 
consignado. Além de a taxa ser mais baixa que outras linhas, o banco pode 
operar com 30% da margem de sua renda e fazer o desconto da parcela direto 
 
 
5 
na folha de pagamento. No entanto, o cedente do crédito deve tomar cuidado 
com as despesas que possui em casa, e o tomador de crédito deve cuidar para 
não endividá-lo a ponto de gerar restritivos em seu nome no futuro e vir a ser 
inadimplente no mercado, pois, quando ele verificar que não consegue pagar os 
compromissos firmados com o salário total, poderá vir renegociar a dívida e 
aumentar seu endividamento com a cedente. 
É muito importante na análise financeira da pessoa física avaliar os fatores 
como: 
 a renda principal e adicional; 
 despesas pessoais: lazer, vestuário, alimentos, remédios, entre 
outros; 
 despesas domésticas: água, luz, telefone, aluguel, condomínio, TV 
por assinatura, entre outros; 
 responsabilidades com empréstimos e financiamentos em outros 
bancos. 
 
Saiba mais 
Para mais informação sobre o assunto, acesse: 
http://sinescontabil.com.br/monografias/trab_profissionais/natalia.pdf 
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/19052004pof2002html.
shtm 
 
TEMA 3 – PARÂMETROSDE AVALIAÇÃO NA PESSOA JURÍDICA 
A pessoa jurídica é responsável dentro de uma economia pela 
produtividade, distribuída nos setores de agricultura ou agronegócios, indústria 
e comércio/prestação de serviços, que são também os setores que mensuram o 
Produto Interno Bruto (PIB). 
Logo, dentro do seu respectivo setor, gera atividades que serão 
necessárias para suas receitas e, a partir daí, surge a necessidade de expansão, 
implantação de projetos, entre outros, e, quando não são capitalizadas, recorrem 
a créditos com terceiros, sejam eles bancos ou empresas fornecedoras de sua 
atividade. 
Quando buscam aos bancos para tomar crédito, devem apresentar à 
instituição bancária todos os documentos que caracterizam a empresa. Portanto 
os números financeiros são os primeiros a serem avaliados. E os bancos 
http://sinescontabil.com.br/monografias/trab_profissionais/natalia.pdf
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/19052004pof2002html.shtm
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/19052004pof2002html.shtm
 
 
6 
solicitam fontes para verificar a geração de caixa da empresa e seu patrimônio 
capazes de demonstrar sua capacidade de pagamento para o valor solicitado ao 
longo do tempo. 
No Balanço Patrimonial, os analistas de crédito das instituições 
financeiras irão avaliar as fontes de pagamento sob duas ópticas: 
 Fontes primárias: fluxo de caixa da empresa para empréstimo de 
curto prazo e geração de lucros no decorrer do tempo para 
empréstimo de longo prazo. 
 Fontes secundárias: venda ou conservação de ativos imobilizados 
e injeção de capital. 
No Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE), os bancos costumam 
avaliar a performance dos indicadores que constroem um perfil sobre sua 
margem de ganho bruta, líquida e operacional. Quanto ele recolhe impostos, há 
melhora ou piora no índice de eficiência operacional. 
 
Índice de Eficiência Operacional = despesas totais / faturamento x 100 
 
Ainda no DRE, o cedente do crédito pode verificar se a empresa na sua 
gestão vem ganhando mercado com o crescimento de suas receitas ou se o 
mercado está apto a aumentos e variações de preços de produtos ou serviços. 
Já no caso do passivo da empresa, que são os recursos com terceiros, os 
bancos podem, por meio de sistemas interligados, como é o caso do SISBACEN, 
verificar o endividamento bancário da pessoa jurídica em outros bancos ou 
instituições financeiras. Para isso, basta que o cliente autorize a consulta via 
documento assinado pelos sócios. De posse dessas informações, o cedente do 
crédito poderá avaliar as características de endividamento da empresa, se ela 
está com dívida elevada a longo ou curto prazo. 
A informação do tempo é muito importante na hora de definir a modalidade 
de crédito que será utilizada para conceder o valor, pois se, ele está envidado a 
curto prazo, necessita de produtos de crédito que vão alongar sua dívida e não 
aumentar o limite disponível em curto prazo, pois deixará a empresa mais 
apertada ainda. 
 
 
 
 
 
7 
 
Saiba mais 
Para mais informação sobre o assunto, acesse: 
http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/anais/2CCF/20080717214924.pdf 
 
 
TEMA 4 – DADOS CONTÁBEIS E ÍNDICES FINANCEIROS 
De acordo com o Serasa/Experian, os principais indicadores financeiros 
são: 
 estrutura de capitais; 
 liquidez; 
 resultados. 
O termômetro locomotivo da empresa é denominado fluxo de caixa. Por 
meio dele, é possível verificar qual é a solvência da empresa para honrar com 
seus compromissos diários. 
No fluxo de caixa, as vendas à vista significam entradas imediatas de 
recursos; já nas vendas a prazo, o valor só entra no caixa quando há cobrança 
das duplicatas a receber. Essas são as principais entradas e saídas de caixa. 
Ainda podemos citar como entrada e saída de caixa os seguintes 
indicadores: 
 pagamento de salários; 
 pagamento de impostos; 
 pagamento ou recebimento de dividendos; 
 pagamento ou recebimento de juros bancários; 
 aumento ou redução de capital. 
O importante na avaliação desse indicador é que os valores das entradas 
sejam maiores que os valores de saída. 
Indicadores do Fluxo de Caixa: 
 
Necessidade de capital de giro 
Para entender a necessidade de capital de giro de uma empresa, é 
necessário antes diferenciar grupos de ativos e passivos. 
Segundo Rodrigues (2011), os principais grupos de ativos e passivos para 
calcular a necessidade de capital de giro são: 
 
http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/anais/2CCF/20080717214924.pdf
 
 
8 
 
O Ativo financeiro: valores disponíveis para uso imediato que a empresa possui em 
seus ativos. Componentes: caixa, aplicações financeiras e os saldos em contas 
bancárias; O Ativo operacional: valores da atividade da empresa oriundos da 
compra – transformação – venda – recebimento. Componentes: contas a receber, 
estoque, impostos a recuperar e demais ativos de curto e longo prazo; O Passivo 
imediato: valores cujo não pagamento compromete a manutenção imediata da 
atividade da empresa. Componentes: valores a pagar a fornecedores. O Passivo 
operacional: valores da atividade operacional da empresa. Componentes: imposto 
sobre vendas, obrigações sociais, obrigações tributárias, imposto de renda (IR), 
Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e demais passivos operacionais. 
 
A importância de entender a diferença entre as contas dos balanços está 
no fato de o administrador conseguir analisar se sua operação é financiada com 
recursos próprios ou de terceiros como os bancos. Isso pode ser avaliado por 
meio do indicador Necessidade de Capital de Giro (NCG). 
NCG = Ativo disp. + Ativo Operac. – Passivo Imed. – Passivo 
Operac. 
 
Geração operacional bruta de caixa 
A geração operacional bruta de caixa é mensurada pelo indicador Ebitda 
(Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), sendo sua 
tradução para o português “lucros antes de juros, impostos, depreciação e 
amortização”. Logo, isso fornecerá uma visão clara aos sócios e/ou 
administradores da empresa sobre sua produtividade e capacidade operacional, 
uma vez que retira do cálculo fatores de decréscimo que impactam no resultado 
final da empresa. O Ebtida é muito utilizado por investidores que desejam 
comprar ou investir em uma empresa como balizador sobre o potencial 
apresentado pelo negócio. 
Ebitda = LO + Depreciação + Amortização + Despesas financeiras 
líquidas. 
 
Estrutura de capitais 
Não apenas aponta a forma como a empresa se financia, mas também 
mostra em que ativos aplica esses financiamentos. Os capitais arrecadados de 
terceiros representam recursos não provenientes de sócios, de curto e longo 
prazo – passivo circulante + exigível a longo prazo. Os índices que compõem a 
estrutura de capitais são: 
 
 
 
9 
 
Endividamento 
Geral = Financiamento Curto Prazo + Financiamento Longo Prazo x100 
 Passivo Total 
Esse indicador demonstra o risco de crédito da empresa em função dos 
recursos captados de terceiros. 
Endividamento Geral alto = risco alto 
Curto Prazo = Financiamento Curto Prazo x100 
 Passivo Circulante 
 
Endividamento Curto Prazo (ECP) alto = dificuldades de implantar novos 
projetos expansionistas em curto prazo pelo alto grau de compromisso a pagar 
exigido pelo endividamento. 
Bancário Líquido = (Financiamento Curto Prazo – Caixa – Bancos – 
Aplicações / Passivo Circulante) x 100 
Quanto maior for o Endividamento Bancário Líquido (EBL) da empresa, 
maior será sua dependência da liquidação de ativos circulantes para o 
pagamento da dívida de curto prazo. 
Imobilização do patrimônio Líquido = (ativo permanente / capital próprio) 
x 100 
 
Demonstra a adequação do uso das fontes próprias de recursos. 
Agora vamos estudas a Liquidez; veja seus indicadores: 
 
Liquidez geral 
LG = Ativo total / Passivo 
total – Patrimônio líquido 
Demonstra se aempresa possui ativos 
suficientes para o 
pagamento de 
obrigações adquiridas 
por meio de terceiros. 
Quanto maior o índice, 
maior será a capacidade 
geral de pagamento das 
dívidas. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Liquidez corrente 
LC = Ativo circulante / 
Passivo circulante 
Demonstra se a 
empresa possui ativo a 
curto prazo suficiente 
para o pagamento de 
obrigações adquiridas 
por meio de terceiros 
no curto prazo. 
Quanto maior o índice, 
maior será a capacidade 
no curto prazo de 
pagamento das dívidas da 
empresa. 
 
Liquidez seca 
LS = Ativo circulante –
Estoques / Passivo 
circulante 
É o mais eficiente e 
conservador, pois 
demonstra se a 
empresa tem 
condições de pagar as 
dívidas apenas com 
valores para conversão 
imediata em dinheiro, 
sem considerar os 
estoques. 
Quanto maior o índice, 
maior será a capacidade 
de pagamento das dívidas 
da empresa, 
independentemente das 
vendas dos estoques. 
 
Outros indicadores relacionados a liquidez 
Ciclo operacional 
O Ciclo Operacional demonstra o período potencial em que a empresa 
compra, transforma e vende seu produto ou serviço. 
Para Rodrigues (2011), o ciclo operacional é dividido em: 
O Prazo Médio Recebimento Vendas (PMRV): determina a média de 
recebimento das vendas se a empresa mantiver seus níveis de duplicatas a 
receber e de receitas operacionais líquidas. 
PMRV = clientes x n(dias) / Receita Operacional Líquida 
O Prazo Médio Renovação Estoques (PMRE): determina o prazo médio 
onde os estoques serão totalmente consumidos e vendidos, caso mantido o 
nível de produção atual da empresa. 
PMRE = Estoques x n(dias) / Custo de produção 
O Prazo Médio Pagamento Fornecedores (PMPF): representa o prazo 
médio de pagamento aos fornecedores responsáveis por suprir a 
necessidade de insumos da atividade produtiva da empresa. 
PMPF = fornecedores x n(dias) / Custo produção 
 
 
11 
Ciclo operacional (CO): 
CO = PMRE + PMRV 
Ciclo Financeiro (CF): 
CF = CO – PMPV 
Margem 
 Margem Bruta (MB): representa se a empresa possui processo de
produção eficiente. 
MB = (Lucro bruto / Receita operacional líquida) x 100 
 Logo: Quanto maior for a sua MB, melhor será sua eficiência 
produtiva. 
 Margem Operacional (MO): representa se a empresa possui um
processo administrativo comercial eficiente capaz de evitar
despesas exageradas.
MO = (Lucro Operacional / Receita Operacional Líquida) x 100 
 Logo: Quanto maior for sua MO, melhor será sua eficiência nos 
processos burocráticos que evitam despesas desnecessárias. 
Margem Líquida: representa, além de processo operacional eficiente, 
condições de cumprir com os gastos de situações adversas, ou seja, dos quais 
não tenha controle. 
 ML = (Lucro Líquido / Receita operacional liquida) x 100 
Logo: Quanto maior for sua ML, melhor será a capacidade de cumprir com 
as responsabilidades operacionais ou não operacionais. Maior será a 
remuneração dos sócios da empresa. 
TEMA 5 – FORMALIZAÇÃO DE GARANTIAS 
Como em todas as operações de crédito, é fundamental realizar um 
estudo para apurar os riscos que podem levar à perda no futuro. Para isso, é 
importante também definir métodos para reduzir a exposição para esses riscos. 
As garantias são utilizadas para inibir possíveis inadimplências e perdas no 
futuro. Para isso, o cedente do crédito precisa definir a garantia que o tomador 
do crédito disponibilizará, além de formalizar corretamente em contrato para, 
quando preciso, poder exigir sua utilização. A garantia nos faz estudar alguns 
 
 
12 
fatores na ausência do conhecimento do grau de risco do tomador de crédito, 
sendo eles: 
 histórico do crédito do cliente no mercado; 
 histórico do crédito do cliente com o banco ou a empresa; 
 fluxo de caixa no presente; 
 quadro de lucratividade; 
 tempo da empresa; 
 experiência de gerenciamento; 
 estabilidade; 
 perspectivas financeiras futuras; 
 certeza e capacidade de conversão das fontes de pagamento 
primárias e secundárias; 
 finalidade e duração do empréstimo. 
Tipos de garantia: 
Existem dois tipos: 
 Reais – vinculam um ou mais bens ao cumprimento da obrigação: 
hipoteca, penhor e alienação fiduciária. 
 Clean ou pessoais – não vinculam um ou mais bens ao 
cumprimento da obrigação, sendo elas: aval e fiança. 
Nas garantias reais, o cedente deve levar em consideração os seguintes 
tópicos: 
 avaliação do bem dado em garantia; 
 liquidez do bem; 
 depreciabilidade do bem; 
 capacidade de comercialização do bem no mercado de vendas; 
 controlabilidade sobre o bem, principalmente na questão de 
formalização via contrato de concessão de crédito. 
 
Leitura obrigatória 
Realizar a leitura do capítulo 6 da obra: Rodrigues, C. M. Análise de 
crédito e risco. Curitiba: Ibpex, 2011. 
 
 
 
 
 
13 
 
Saiba mais 
Um gestor de empresas deve visualizar nos balanços e demonstrativos 
financeiros a real situação operacional financeira da companhia, uma vez que 
avaliar apenas os números não resolverá problemas, se existirem, e nem lhe 
possibilitará gerar mais resultados satisfatórios. Por isso, na administração 
moderna, o diagnóstico financeiro é uma ferramenta fundamental para o 
progresso e sustentação de um negócio empresarial. 
Para saber mais sobre análise financeira, pesquise: 
https://www.youtube.com/watch?v=zJmVhD1CISw 
https://www.youtube.com/watch?v=WUQUMW3smFM 
 
TROCANDO IDEAIS 
A empresa precisa avaliar constantemente a vida financeira de seus 
tomadores do crédito para estar sempre próxima de um diagnóstico de 
capacidade de pagamento ou dificuldade em honrar com o crédito. Quando a 
empresa ou banco se distancia dos tomadores do crédito, por falta de 
acompanhamento de seus números contábeis e de resultado, pode passar por 
possíveis situações de default ou perda no futuro. 
Em crédito, analisar e acompanhar são pilares fundamentais para 
resultados satisfatórios e redução de risco. 
 
NA PRÁTICA 
Um cliente pessoa jurídica solicita um crédito de R$ 80.000,00 para capital 
de giro a um prazo de 24 meses para pagá-lo. Quais indicadores financeiros da 
empresa devemos avaliar? 
Seguindo a premissa de avaliação financeira, precisaremos definir qual a 
sua real situação nos indicadores de Liquidez Geral, Corrente e Seca. De 
Margem Bruta, Operacional e Líquida. De endividamento Geral, a Curto Prazo e 
o Bancário. No Ciclo Operacional, devemos descobrir o Prazo Médio de 
Recebimento de Vendas (PMRV), o Prazo Médio de Renovação de Estoques 
(PMRE) e o Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores (PMPF). E, por fim, o 
fluxo de caixa com os indicadores de Necessidade de Capital de Giro (NCG) e a 
Geração Operacional Bruta de Caixa (Ebitda). 
https://www.youtube.com/watch?v=zJmVhD1CISw
https://www.youtube.com/watch?v=WUQUMW3smFM
 
 
14 
 
SÍNTESE 
A análise financeira de uma pessoa física ou jurídica fornece ao cedente 
do crédito uma real situação da saúde financeira do tomador do capital 
principalmente para avaliá-lo no que se refere à capacidade de gerar recursos 
no curto e longo prazo para honrar com a responsabilidade adquirida. 
Por isso, fazer com cuidado e atento aos detalhes de repostas dos 
indicadores financeiros representará uma situação mais próxima da realidade 
em que se encontra o possível tomador de crédito, seja ele pessoa física ou 
jurídica. 
 
REFERÊNCIAS 
CARVALHO, K. W. de; MELO, M de P.; BARROS, L. E. V.; AGOSTINI, C. 
A importância da análise das demonstrações contábeis na concessão de 
crédito. Disponível em: 
<http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos14/17120254.pdf>. Acesso em: 20 
out. 2016. 
CROUHY, M.; GALAI, D.; MARK, R. Gerenciamento do risco: 
abordagem conceitual e prática. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. 
FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. Rio de Janeiro: 
Qualitymark, 2002. 
LIMA JÚNIOR, P de T. O uso das demonstrações contábeis para a 
concessão de crédito bancárioa empresas. Disponível em: 
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/25739/000751643.pdf>. 
Acesso em: 17 out. 2016. 
RODRIGUES, C. M. Análise de crédito e risco. Curitiba: Ibpex, 2011. 
ZANLUCA, J. de S. Ciclos econômicos, operacional e financeiro. 
Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm>. 
Acesso em: 20 out. 2016.

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