Buscar

Aula_04 empregado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
2 
AULA 4: SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO (EMPREGADO) 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
EMPREGADO – CONCEITO E CARACTERES 4 
EMPREGADO DOMÉSTICO 7 
OUTROS EMPREGADOS ESPECIAIS 11 
ATIVIDADE PROPOSTA 14 
APRENDA MAIS 14 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 15 
REFERÊNCIAS 19 
CHAVES DE RESPOSTA 20 
AULA 4 20 
ATIVIDADE PROPOSTA 20 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 20 
3 
Introdução 
Daremos continuidade aos nossos estudos de Teoria Geral do Direito do 
Trabalho com o tema “Empregado”, onde abordaremos seu conceito, suas 
características e tipos especiais. Serão destacados os tópicos de relevância na 
atualidade, a exemplo da questão do trabalho a domicílio e o teletrabalho, a 
definição e o enquadramento do empregado doméstico (tipo especial de 
empregado) e as polêmicas modificações implementadas pela Emenda 
Constitucional 72; os caracteres do empregado rural, do aprendiz e do 
empregado de confiança, temas que são reiteradamente discutidos nos 
círculos jurídicos, em ações judiciais e, mesmo, na sociedade, o que demostra 
e justifica sua enorme relevância. 
Objetivos: 
1. Estudar a figura jurídica do empregado, seu conceito e características,
o diferenciando das demais espécies de trabalhador, abordando, ainda,
os tipos especiais de empregado que vem sendo objeto de debate, a 
exemplo do empregado doméstico. 
4 
Conteúdo 
Já abordamos, nas aulas anteriores, a Relação de Emprego em si, assim 
como a figura do “Empregador” e as regras aplicáveis ao mesmo. Agora 
examinaremos o Empregado, seus requisitos e características, diferenciando o 
empregado dos outros tipos de trabalhador, para, finalmente, abordar os 
tipos especiais de empregado. 
Empregado – Conceito e caracteres 
O artigo 3º da CLT preceitua: “considera-se empregado toda pessoa 
física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, 
sob a dependência deste e mediante salário”. 
Verifica-se que nessa definição estão apontados os requisitos da relação de 
emprego. Vejamos: “considera-se empregado toda pessoa física” 
(pessoalidade) “que prestar serviços de natureza não eventual” 
(habitualidade) a empregador, “sob a dependência deste” 
(subordinação) e “mediante salário” (onerosidade). 
Somado a isso, o parágrafo único do artigo 3º da CLT estabelece: “Parágrafo 
Único – não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de 
trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual”. 
Portanto, a legislação pátria adotou como um dos caracteres do empregado a 
“indistinção quanto ao tipo de trabalho”. Enquanto sujeito do contrato 
de trabalho, em sentido estrito, todos são empregados. O tipo de trabalho 
prestado nada significa do ponto de vista jurídico. Por exemplo, nas grandes 
indústrias, temos o labor do operário que, juridicamente, é empregado. No 
mesmo sentido, a Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 7º, inciso 
XXXII, estabelece a “proibição da distinção entre o trabalho manual, técnico, 
ou intelectual”. Destaca-se que esses preceitos não devem ser interpretados, 
no sentido de que as profissões não possam ter regulamentação própria, mas 
5 
curvam-se diante da lei maior, buscando um tratamento isonômico entre os 
trabalhadores. 
Outro aspecto importante e de grande repercussão na atualidade é a 
“indistinção quanto ao local da prestação de serviços”, previsto no 
Artigo 6º da CLT, cuja redação foi recentemente modificada para 
englobar de forma expressa o fenômeno do teletrabalho. Vejamos: 
Art. 6º: Não se distingue entre o trabalho realizado no 
estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do 
empregado e o realizado a distância, desde que estejam 
caracterizados os pressupostos da relação de emprego. 
(Redação dada pela Lei nº 12.551, de 2011). 
Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de 
comando, controle e supervisão se equiparam, para fins 
de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos 
de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. 
(Incluído pela Lei nº 12.551, de 2011). 
A primeira questão de enorme relevância acerca do tema é que, na verdade, 
a CLT já protegia o trabalho a distância na versão original do Artigo 6º, desde 
que presente o requisito da subordinação. Essa proteção era (e é) aplicável 
ao empregado que trabalha em sua casa, longe dos olhos do empregador, a 
exemplo das clássicas costureiras que fazem overloque, há muito citadas pela 
doutrina trabalhista. E a mesma proteção vem reforçada pela regra do artigo 
83 da CLT, relativo ao salário mínimo. 
O projeto da lei que alterou o artigo 6º da CLT apresenta como justificativa a 
revolução tecnológica e a as transformações no mundo do trabalho como 
exigências de alteração da ordem jurídica. Alega-se que a tradicional inspeção 
realizada pelo empregador diretamente do ambiente de trabalho, hoje, é 
6 
substituída pelo controle mediante o uso de meios telemáticos, sem que isso 
afete ou diminua a subordinação jurídica da relação de emprego. 
De acordo com o sociólogo Domenico De Masi,1 o teletrabalho pode ser
definido como: 
“Um trabalho realizado longe dos escritórios empresariais e dos 
colegas de trabalho, com comunicação independente com a 
sede central do trabalho e com outras sedes, através de um uso 
intensivo das tecnologias de comunicação e da informação, mas 
que não são, necessariamente, sempre de natureza informática. 
(...) não se trata de uma simples descentralização espacial do 
trabalho para unidades autônomas, mas, sobretudo, de uma 
experimentação social que age tanto na dimensão espacial do 
trabalho como na sua organização, na sua cultura e na maneira 
como o trabalho é vivido individualmente.” 
A subordinação estará presente na medida em que o empregador controla o 
trabalho pelas ordens técnicas que dá, pela qualidade e quantidade de 
trabalho produzido, como já se dava ao tempo da antiga redação. 
Portanto, a atual redação do artigo 6º da CLT tem a proposta de equiparar o 
trabalho à distância ao realizado no interior da unidade de trabalho e igualar 
o meio de controle indireto – por meios telemáticos e informatizados – ao
controle direto e pessoal do empregador sobre o empregado, o que já vinha
sendo aplicado pelos tribunais para fins de reconhecimento da Relação de
Emprego.
Destaca-se, por fim, que a figura do empregado à domicílio é diferente 
do empregado doméstico, que analisaremos a seguir. O doméstico é tipo 
de empregado especial, expressamente excluído da CLT em seu artigo 7º. O 
1 DE MASI, Doménico. O Ócio Criativo: entrevista a Maria Serena Palieiri; tradução de Léa Manzi. Rio 
de Janeiro: Sextante, 2000, p. 204-205. 
7 
doméstico presta serviços de natureza não econômica, no âmbito residencial 
do empregador. O empregado à domicílio trabalha em sua casa, longe da 
fiscalização direta do empregador, mas inserido na movimentação de bens e 
serviços. 
Empregado doméstico 
Empregado Doméstico é regido pela Lei Complementar 150/2015 que 
revogou a Lei nº 5.589/72, assim o novo conceito está no artigo 1º da LC 
150/2015, conforme abaixo:
Art. 1o: Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta 
serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade 
não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 
2 dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para 
desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 
1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 
6.481, de 12 de junho de 2008. 
8 
Outros empregados especiais 
Empregado Rural 
O Empregado Rural também é excluído da CLT por previsão expressa do 
artigo 7º, sendo disciplinado pela Lei 5889/73. A CRFB, no art. 7º, equiparou 
o trabalhador rural ao urbano ao definir que “são direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social” não havendo distinção entre taiscategorias quanto aos direitos fixados constitucionalmente. 
De acordo com a lei, “empregado rural é toda pessoa física que, em 
propriedade rural ou prédio rústico, presta serviço de natureza não 
eventual a empregador rural, sob dependência deste e mediante salário”. 
Vemos que o conceito de empregado rural não apresenta muita diferença do 
conceito de empregado urbano, sendo sua nota distintiva a atividade 
desenvolvida. Há aqui ampla controvérsia doutrinária e jurisprudencial. 
Apresentamos sua síntese em duas principais correntes. 
A primeira corrente, à qual nos filiamos, é defendida por Vólia Bomfim 
Cassar 2 , que defende o enquadramento a partir da atividade do 
empregador. Destaca, a autora, os elementos conceituais da Lei 5.889/73, 
que, no seu artigo 2º, prevê: “empregado rural é toda pessoa física que, em 
propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não 
2 CASSAR, Vólia Bonfim. Direito do Trabalho. 8ª. ed. São Paulo: Método, 2013, p. 389-397. 
9 
eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante 
salário”. 
Complementa explicando que o conceito de empregado rural estatuído no art. 
7º, alínea b, da CLT foi revogado tacitamente pelo antigo Estatuto do 
Trabalhador Rural. Portanto, o enquadramento legal do empregado decorre 
da Lei 5889/73, sendo empregado rural quem trabalha para empregador 
rural. E se existir atividade industrial desenvolvida pelo empregador, 
o empregado não será rural.
Na segunda corrente, o tipo de atividade do empregado é que vai nos 
mostrar se o sujeito é empregado urbano ou rural. Essa corrente sustenta 
que no mesmo local de trabalho, para o mesmo empregador, pode haver 
empregado urbano e rural. Exemplificando: numa fazenda de produção de 
café e gado; todos os empregados ligados ao plantio, colheita, tratamento do 
gado, são rurais. Mas se existe, dentro da fazenda, uma indústria para a 
transformação e produção de café e derivados (balas, doces, bolos), por ser 
atividade industrial, os empregados ligados a essas atividades seriam 
urbanos. 
Divergimos dessa corrente, predominante na 3ª Região, por considerar que o 
mero desenvolvimento de atividade industrial (com transformação de matéria 
prima) já é suficiente para descaracterizar o empregador como rural. 
Portanto, seus empregados também não seriam. Mas a questão é 
controversa. 
OBS.: Prédio rústico vem a ser o prédio ou propriedade imobiliária situada 
no campo ou mesmo na cidade que se destine à pecuária ou exploração 
agrícola de qualquer natureza. Lei 5889/73, Estatuto da Terra e Decreto 
73626/74. O que reforça a tese da 1ª corrente. 
Aprendiz 
10 
É o empregado maior de 14 e menor de 24 anos, que recebe ensinamentos 
metódicos de uma profissão (CLT, artigos 428, § 1º e 3º, e 403). O texto 
consolidado é aplicável aos seus contratos. 
O art. 428 da CLT apresenta o conceito de aprendizagem, que é um contrato 
especial (visto que há combinações do ensinamento com a prestação de 
serviço), que deve ser escrito e conter prazo determinado. 
A aprendizagem deve garantir acesso ao ensino regular. Para a Lei 8069/90 
(ECA art. 62), considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional 
ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor. 
Já a Lei 9349/96, que trata das Diretrizes e Bases da Educação (art. 40), 
cita que as diretrizes educacionais envolvem aprendizagem no ambiente de 
trabalho. A aprendizagem pode ser industrial, comercial ou rural. 
Empregado de Confiança 
Dentro de uma empresa existe a chamada hierarquia funcional, que nada 
mais é do que o escalonamento entre seus empregados nas várias e 
determinadas funções existentes. Alguns empregados são titulares da 
denominação de empregados de confiança. 
Todo empregado, de certa forma, é detentor da confiança de seu patrão, 
uma vez que a fidúcia é essencial às relações de trabalho. Contudo, alguns 
empregados possuem Poder de Mando ou Gestão, isto é, a chamada 
confiança imediata, conforme artigos 62, II, e 499 da CLT. 
O empregado que a detém é aquele que responde pela empresa, podendo 
assumir obrigações em nome da mesma. Tem poder de decisão decorrente 
da impossibilidade do dono da empresa estar em todos os locais ao mesmo 
tempo. 
11 
Atividade proposta 
Examine o seguinte caso concreto acerca de empregado doméstico. 
A enfermeira formada Marilene Olimpio foi contratada para cuidar de Pedro 
Aguiar Filho, em sua residência, quando este se recuperava de um acidente 
automobilístico. Prestou serviços durante dois anos ininterruptos, sem nunca 
ter recebido férias, trezenos, FGTS, horas extras, parcelas da rescisão e 
seguro desemprego. Em virtude disso, ajuizou reclamação trabalhista em face 
do réu requerendo vínculo de emprego e condenação nas verbas acima. 
Defende-se o réu alegando que a autora era enfermeira autônoma, sem 
direito a registro na CTPS. Ademais, ainda que fosse empregada, seria 
doméstica, portanto não teria direito a FGTS e seguro desemprego, por serem 
facultativos. Por fim, quanto às horas extras, afirma que a dispensa ocorreu 
em janeiro de 2013, não sendo aplicável a nova redação do artigo 7º, 
párágrafo único, da CF/88. A instrução processual confirma a atuação como 
enfermeira, de forma contínua, junto ao reclamado, tendo a dispensa 
efetivamente ocorrida em janeiro de 2013. 
Decida a respeito do enquadramento legal da autora como empregada e 
quais os direitos de sua categoria que podem ser deferidos. 
Aprenda mais 
- Leia os objetivos e o conteúdo da aula;
- Leia o artigo da Revista Veja e assista ao vídeo que consta
do link; 
- Leia os capítulos 10, 11 e 12 do livro “Direito do Trabalho”,
de Vólia Bonfim Cassar, Editora Método; 
- Faça os exercícios propostos e estude os gabaritos, pois eles
complementam a aula; 
- Avalie se você assimilou o conteúdo proposto;
- Tire suas dúvidas no Fórum e participe do debate proposto.
12
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Marque a resposta correta: 
a) Ao menor de quatorze anos de idade é permitido o exercício de
qualquer trabalho compatível com o seu desenvolvimento, desde que
autorizado pelo juiz e em virtude das necessidades econômicas de sua
família.
b) Aos aprendizes maiores de 14 anos são assegurados os direitos
trabalhistas e previdenciários.
c) O cálculo do salário do aprendiz pode ser feito abaixo do mínimo legal.
d) É proibido qualquer trabalho, mesmo na condição de aprendiz, em
virtude de disposição constitucional que fixa a idade mínima de
dezesseis anos para o exercício de atividade laborativa.
Questão 2 
Nos termos da legislação que regula a atividade do trabalhador doméstico, 
marque a resposta incorreta: 
a) É empregada doméstica a dama de companhia de uma senhora idosa
que presta serviços na residência desta pessoa, com continuidade e
remuneração.
b) É empregado doméstico o caseiro de uma chácara destinada à locação
para eventos corporativos, que reside no local e recebe percentual
sobre as locações.
c) É empregado doméstico o motorista particular que atua no
deslocamento de empresário e de toda a sua família para diversos
locais por eles determinados, recebendo remuneração fixa mensal.
d) A Emenda Constitucional nº 72, de 2013, não igualou os
trabalhadores domésticos aos trabalhadores celetistas.
13 
Questão 3 
Karina e Mariana residem no pensionato de Ester, local em que dormem e 
realizam as suas refeições, já que Gabriela, proprietária do pensionato, 
contratou Abigail para exercer as funções de cozinheira. Jaqueline reside em 
uma república estudantil que possui como funcionária Helena, responsável 
pela limpeza da república, além de cozinhar para os estudantes moradores. 
Abigail e Helena estão grávidas. 
a) Nesse caso, nenhuma das empregadas é doméstica, mas ambas terão
direito à estabilidade provisória decorrente da gestação.
b) Ambas são empregadas domésticas e terão direito à estabilidade
provisória decorrente da gestação.
c) SomenteHelena é empregada doméstica, mas ambas terão direito à
estabilidade provisória decorrente da gestação.
d) Somente Abigail é empregada doméstica, mas ambas terão direito à
estabilidade provisória decorrente da gestação.
e) Ambas são empregadas domésticas, mas não terão direito à
estabilidade provisória decorrente da gestação.
14 
Questão 4 
Os altos empregados são assim entendidos como aqueles que, dentro do 
universo interno empresarial de hierarquia e distribuição de poderes, acabam 
por concentrar prerrogativas de direção e gestão próprias do empregador. 
Trata-se de ocupantes de cargos de chefia, direção ou demais funções de 
gestão que se caracterizam pela elevada fidúcia do empregador e recebem 
tratamento legislativo diferenciado, posto que, não raras vezes, a sua atuação 
confunde-se com a do próprio titular do empreendimento. São eles: 
a) Os empregados ocupantes de cargos ou funções de gestão ou de
confiança, regidos pelo artigo 62, inciso II, da CLT.
b) Os empregados ocupantes de cargos ou funções de confiança
bancária, regidos pelo artigo 222 da CLT.
c) Os acionistas minoritários com o status jurídico de empregados
subordinados.
d) Os prepostos da pessoa jurídica com o status jurídico de empregados
subordinados.
15 
Questão 5 
Relativamente ao trabalho rural, assinale a proposição incorreta: 
a) A indústria rural, ou seja, aquela que, não inserida na noção de
empresa estabelecida pela Consolidação das Leis do Trabalho, explora
a atividade industrial em estabelecimento agrário, será considerada
como empregador rural, ex vi legis, desde que não haja alteração
relativa à natureza dos produtos agrários objeto dessa atividade
empresarial.
b) Equiparar-se-á ao empregador rural, obrigando-se, portanto, à
satisfação de todos os direitos afetos aos rurícolas, a pessoa física ou
jurídica que, habitualmente, em caráter profissional e por conta de
terceiros, executar serviços de natureza agrária, mediante utilização do
trabalho de outrem.
c) Empregado rural será a pessoa física que presta serviço não eventual a
empregador rural, a quem estará juridicamente subordinado, no
exercício de atividade agroeconômica, consistente em exploração de
natureza agrícola ou pastoril com finalidade econômica, exercida de
forma permanente ou temporária.
d) Ao utilizar o termo rural, a lei não se refere apenas à destinação
agrícola ou pastoril do trabalho executado, mas também à zona ou
região da prestação pessoal de serviços, segundo o que for
determinado pela legislação que estabelece o zoneamento no âmbito
de cada município.
e) Nenhuma das proposições anteriores.
16 
Referências 
BARROS, Alice Monteiro. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 9ª 
Ed., 2013. 
CASSAR, Vólia Bonfim. Direito do Trabalho. São Paulo: Método, 2013. 
DE MASI, Doménico. O Ócio Criativo: entrevista a Maria Serena Palieiri; 
tradução de Léa Manzi. Rio de Janeiro: Sextante, 2000, p. 204-205. 
DELGADO, Murício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 
12ª Ed., 2013. 
17 
Aula 4 
Atividade proposta 
Resposta: Doméstico é a pessoa física que trabalha de forma subordinada, 
continuada e mediante salário, para outra pessoa física que não explore 
atividade lucrativa – art. 1º da Lei 5.859/72. 
Portanto, não importa a atividade desempenhada pelo empregado, se 
faxineira, cozinheira, motorista, piloto de avião, médico, enfermeira, 
professor, acompanhante etc. O essencial é que o prestador de serviço 
trabalhe para uma pessoa física que não explore qualquer atividade com 
intuito de lucro, mesmo que os serviços não se limitem ao âmbito residencial 
do empregador. 
Desta forma, o médico que trabalha 4 vezes por semana na casa de um 
enfermo é doméstico. O piloto do avião de uma pessoa física é doméstico e a 
enfermeira Marilene Olímpio era doméstica, pois cuidava de uma pessoa física 
no âmbito residencial desta, sem qualquer exploração de atividade lucrativa. 
Por se tratar de empregado doméstico, improcedem os pedidos de seguro 
desemprego e FGTS, já que não houve provas ou alegação de que o 
empregador ajustou pagar o FGTS, sendo o mesmo facultativo. Quanto às 
horas extras, por força das regras de aplicação da lei no tempo e da data de 
dispensa da empregada, são indevidas, sob pena de ser dado efeito retroativo 
à nova redação do artigo 7º, parágrafo único, da Constituição Federal. 
Imotivada a dispensa, procedente é o pedido de pagamento das parcelas da 
rescisão, bem como férias e trezenos de todo o período. 
Exercícios de fixação 
Questão 1: B 
18 
a) Errada – por violação expressa ao artigo 7º, XXX, da CRFB/88.
b) Correta – nos moldes do art. 65 do Estatuto da Criança e do
adolescente, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.
c) Errada – a lei garante ao aprendiz o direito ao salário-mínimo/hora,
observando-se, caso exista, o piso estadual. No entanto, o contrato de
aprendizagem, a convenção ou o acordo coletivo da categoria poderá
garantir ao aprendiz salário maior que o mínimo (art. 428, § 2º, da
CLT e art. 17, parágrafo único, do Decreto nº 5.598/05).
d) Errada – não está em consonância com o artigo 7º, XXX, da CRFB/88.
Questão 2: B 
a) Correta – é considerado trabalhador doméstico aquele que presta
serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou
família no âmbito residencial destas, conforme estabelecido pela Lei nº
5.859, de 1972. São exemplos de ocupações dos empregados
domésticos, dentre outros: mordomo, motorista, governanta, babá,
jardineiro, copeira, arrumador, cuidador de idoso e cuidador em saúde.
b) Incorreta – é considerado trabalhador urbano, pois inserido na
movimentação de bens e serviços, leia-se, atividade econômica. O
empregador aufere lucro com a atividade profissional do trabalhador.
c) Correta – é considerado trabalhador doméstico aquele que presta
serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou
família para âmbito residencial destas, conforme interpretação do
artigo 3º, Lei nº 5.859, de 1972.
d) Correta – a Emenda Constitucional nº 72, de 2013, estendeu outros
direitos aos trabalhadores domésticos, entretanto não os igualou aos
trabalhadores celetistas.
Questão 3: C 
Somente Helena é empregada doméstica, mas ambas terão direito a 
estabilidade, pois é considerado trabalhador doméstico aquele que presta 
serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou 
19
família no âmbito residencial destas, conforme estabelecido no artigo 3º, Lei 
n.º 5.859, de 1972. A atividade do pensionato envolve a movimentação de
bens e serviços, ao passo que a república não, enquadrando-se no grupo de 
pessoas que se reúne de forma espontânea e habita o mesmo local, sem 
finalidade lucrativa.3 A empregada enquadrada como doméstica, urbana ou 
rural, tem direito a estabilidade provisória, desde a confirmação da gravidez 
até cinco meses após o parto (art. 4º-A da Lei 5859/72, com alterações da Lei 
11.324/2006). 
Questão 4: A 
a) Correta – pois se aplica aos empregados com poderes de gestão
dentro da hierarquia organizacional da empresa, com atribuições
diferenciadas e com subordinados sob o seu comando. Seu poder de
mando é passível, inclusive, de causar graves prejuízos à organização
empresarial, uma vez que atua como o próprio empregador, tendo em
vista que o cargo requer um grau de fidúcia especial.
b) Incorreta – o artigo 222 da CLT está revogado.
c) Incorreta – não se verifica na hipótese poder de gestão com
atribuições especiais e, tampouco, o recebimento de gratificação de
função superior não inferior a 40% do salário.
d) Incorreta – não se verifica na hipótese poder de gestão com
atribuições especiais e, tampouco, o recebimento de gratificação de
função superior não inferior a 40% do salário.
Questão 5: D 
O artigo 3º da Lei nº 5.889/73 desconsidera a zona ou a região da prestação 
pessoal dos serviços, dizendo apenas a necessidade de exploração de 
atividade agroeconômica,em caráter permanente ou temporário, diretamente 
ou através de prepostos e com auxílio de empregados. Alternativas a, b e c 
3 No mesmo sentido, CASSAR, Vólia Bonfim. Direito do Trabalho. São Paulo: Método, 8ª ed., 2013, p. 
348.
20 
verdadeiras (cópias dos artigos 2º, 3º, caput e 4º da Lei nº 5.889/73 e 2º, §§ 
3º, 4º, I e II, e 5º do Decreto nº 73.626/74).

Outros materiais