Buscar

Embriologia hepática

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
 
 
 
A diferenciação do fígado se inicia precocemente, em torno da 22ª semana de gestação, 
através da proliferação de células endodérmicas na extremidade distal do intestino primitivo na 
região anterior. Exatamente na parede endodérmica continua ao septo transverso e ao 
mesoderma pró-cardiogênico. 
Essa proliferação celular dará origem à placa hepática. 
O epitélio da Placa Hepática se organiza por meio de uma diferenciação, a partir de um epitélio 
colunar em um epitélio pseudoestratificado. Essa placa hepática dará origem ao divertículo ou 
broto hepático. 
O divertículo hepático se desenvolve, dentro de uma semana, formando os cordões hepáticos, 
que são chamados de primórdios do fígado. Logo ele, irá formar o fígado no final do seu 
desenvolvimento. 
O divertículo hepático também originará os ductos biliares, a vesícula biliar, o ducto cístico e 
broto pancreático 
ventral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embriologia Hepática 
 
2 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
O divertículo hepático se estende para o septo transverso. Esse septo transverso é uma massa de 
mesoderma esplânico, entre o coração em desenvolvimento e o intestino médio. 
O divertículo aumenta de tamanho e se divide em 2 partes, enquanto cresce entre as camadas 
do mesogástrio ventral. 
A porção cranial maior do divertículo é o primórdio do fígado, a porção caudal menor, torna-se 
a vesícula biliar. 
 
Conforme as células endodérmicas se proliferam (hepatoblastos), vai ocorrendo a formação dos 
cordões hepáticos. Esses cordões vão se desenvolvendo e se entrelaçando, e vão formando um 
epitélio de células hepáticas parenquimatosas. 
Então, no mesoderma do septo transverso, os cordões hepáticos entremeiam-se aos capilares, 
que se formam nessa região, entre as veias vitelínicas Onfalomesentéricas e a veia vitelínica 
Umbilical. Forma-se então, os primórdios dos sinusoides hepáticos. 
 
Os sinusoides são os primeiros vasos a se formarem dentro do parênquima hepático, e surgem do 
mesênquima pró-epicárdico e do septo transverso. De onde surgem também células estreladas, 
que armazenam vitamina A e residem no espaço de Disse. Esse espaço de Disse fica localizado 
entre o hepatócito e o epitélio sinusoidal. 
 
3 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
Os hepatócitos continuam a proliferar ate o final do desenvolvimento pós-natal. Essa proliferação 
é induzida por mecanismos autocrinos. A partir dai as células requerem fatores de crescimento 
externo e hepáticos. 
O tecido fibroso, hematopoiético e as células de Kupfer, são derivados do mesênquima do septo 
transverso. O fígado cresce rapidamente da 5ª a 10ª semana, e preenche uma grande parte da 
cavidade abdominal superior. 
Com o crescimento das estruturas do fígado, este vai extrapolar os limites do septo transverso. E 
ele se projeta para a cavidade abdominal, sendo recoberto externamente por uma camada 
translucida de tecido conjuntivo, que vai formar a cápsula hepática. 
O mesoderma do septo, que se localiza entre o fígado e a parede abdominal ventral, forma o 
ligamento falciforme. Já o mesoderma que fica entre o fígado e o intestino anterior, forma o 
Omento Menor. Em conjunto, essas estruturas (Ligamento falciforme e omento menor), são 
designadas de mesentério ventral. 
 
A superfície cranial hepática permanece sem uma cobertura conjuntiva, e é denominada de 
superfície nua do fígado. Essa região mantem contato com o septo transverso original e dá 
origem ao tendão central do diafragma. 
Nesta fase precoce de desenvolvimento, os hepatócitos já expressam genes para produção de 
alfa-fetoproteina e de albumina, característicos das células do fígado adulto. Outra função que 
se inicia precocemente, e progride durante o período fetal, são o armazenamento do glicogênio 
e a produção de enzimas associadas à síntese de ureia, a partir de metabolitos nitrogenados. 
Nesse corte histológico de um fígado fetal, podemos visualizar a organização estrutural do 
parênquima hepático no período fetal, que é basicamente aquele observado na vida pós-natal. 
Nessa fase, em torno da 10ª semana de desenvolvimento, o fígado inicia suas funções 
hematopoiéticas. Então, ilhotas de células hematopoiéticas, inicialmente oriundas do saco 
vitelínico e posteriormente das regiões aórticas gonodal e mesonéfrica, vão colonizar a região 
entre os hepatócitos e os vasos circunjacentes para produzir células sanguíneas (eritrócitos e 
leucócitos). 
Na região 9 da imagem, vemos ilhotas de células hematopoiéticas, ou seja, proliferação de 
eritrócitos nessa região. Nessa fase, o peso do fígado atinge aproximadamente 10% do peso 
fetal, em razão dos sinusoides que estão em formação. Ao nascimento, essa relação cai para 
5%. A função hematopoiética do fígado decai gradativamente, restando ao final da vida 
intrauterina, poucas áreas com essas funções. 
 
4 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
O fluxo sanguíneo hepático fetal vai ser derivado da artéria hepática, veia porta e umbilical, 
formando o seio portal. 
Vamos ter o parênquima se organizando em cordões de células hepáticas, entre os quais se 
situam seios que drenam para a veia central. Temos primórdios de sinusóides, que vão drenar 
para a veia central. 
No aumento menor, nos temos aglomerados de núcleos (pequenos, redondos, intensamente 
corados), que são as ilhotas de células hematopoiéticas, produzindo eritrócitos. No aumento 
maior, temos os detalhes dos eritrócitos, que estão em maturação ainda (presença de núcleo), 
que vão ficando localizados entre as células hepáticas e o revestimento endotelial dos futuros 
sinusoides. 
 
Ao nascimento, o fluxo sanguíneo hepático é cerca de 5% do peso total do corpo, sendo que no 
adulto esse valor é em torno de 2,5%. 
O fígado ao nascimento é capaz de desempenhar todas as atividades funcionas. E após o 
segundo mês de vida, a função hematopoiética estará ausente. 
BILE 
 
A produção da Bile vai ocorrer por volta da 12ª semana de desenvolvimento. Ela vai ser formada 
a partir da quebra da hemoglobina, e essa bile vai percorrer pelo sistema de ductos biliares 
recém-formados e vai se acumular na vesícula biliar. 
Sua liberação ocorre no duodeno, e faz com que ocorra a formação de um tom verde-escuro 
no conteúdo intestinal, que é aquele característico do mecônio. 
Esse processo é mediado por genes que são ativados à medida que a função hematopoiética 
do órgão diminui.

Continue navegando