Buscar

Pré-operatório e Pós-operatório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRÉ-OPERATÓRIO 
a) Geral (anamnese + EF + Exames + cuidados pré op) 
b) Específico para determinadas operações. 
c) Preparo de pacientes portadores de doenças prévias. 
Os exames complementares em pacientes assintomáticos, 
só deverão ser solicitados em algumas circunstâncias: 
 Idade do paciente. 
 Tipo de ato cirúrgico e em alterações evidenciadas na 
história ou ao exame físico. 
** Não é mais recomendável a realização de exames pré-
operatórios de “ROTINA”!! 
Exames Complementares -> validade de 1 ano 
 
 Hemograma: intervenções de grande porte, suspeita 
clínica de anemia ou policitemia, insuficiência renal, 
neoplasias, esplenomegalia, uso de anticoagulantes, 
etc. 
 Coagulograma: história de sangramentos anormais, 
operações vasculares, hepatopatias, neoplasias 
avançadas, esplenomegalia. (tap e ttpa) 
 Tipagem sanguínea: procedimentos cirúrgicos de 
grande porte com possibilidade de perda sangüínea 
elevada. Deve ser acompanhada de reserva de sangue. 
 Glicemia: pacientes acima de 40 anos, história pessoal 
ou familiar de diabetes, uso de hiperglicemiantes, 
como corticóides ou tiazídicos, pancreatopatias, 
nutrição parenteral. 
 Creatinina: pacientes acima de 40 anos, história 
pessoal ou familiar de nefropatias, hipertensão arterial, 
diabetes. 
 Eletrólitos: uso de diuréticos ou corticóides, 
nefropatias, hiperaldosteronismo secundário, cardio ou 
hepatopatias. 
 Rx simples de tórax: pacientes com mais de 60 anos, 
operações torácicas ou do abdome superior, 
cardiopatas, pneumopatas e portadores de neoplasias, 
tabagistas de mais de 20 cigarros/dia. 
 ECG: Homens com mais de 40 anos e mulheres com 
mais de 50 anos, cardiopatas, coronariopatas ou com 
sintomas de angina, diabéticos, hipertensos e 
portadores de outras doenças que cursam com 
cardiopatias ou em uso de drogas cardiotóxicas. 
Risco Cirúrgico 
 Avaliação clínica e laboratorial, onde é feita a 
estimativa de risco operatório, baseando-se no estado 
de saúde geral do paciente para identificar possíveis 
anormalidades que possam aumentar o trauma 
operatório ou influenciar negativamente na 
recuperação do mesmo. 
 
 
 
 
 
Risco Anestésico 
A escala mais utilizada é a da Sociedade Americana de 
Anestesiologia (ASA): 
 Risco I: paciente saudável e normal. 
 Risco II: paciente com doença sistêmica leve a 
moderada. 
 Risco III: paciente com doença sistêmica grave, com 
limitação, sem ser, porém, incapacitante. 
 Risco IV: paciente com doença sistêmica incapacitante. 
 Risco V: paciente moribundo, não espera-se que o 
mesmo sobreviva com ou sem a cirurgia proposta. 
 Risco VI: Paciente em morte cerebral. 
Avaliação Nutricional 
 Indicada em pacientes desnutridos, emagrecidos, 
candidatos ao tratamento cirúrgico da obesidade 
mórbida, com doenças consumptivas ou que afetem a 
capacidade de absorção do trato gastrintestinal. 
 Inclui parâmetros antropométricos e laboratoriais, e 
tem por objetivo quantificar as reservas corpóreas. 
 Perda ponderal igual ou superior a 5%, nos últimos 30 
dias, sugere uma intensa depleção protéica e baixa da 
imunidade, com aumento da morbidez pré e pós - 
operatórias. 
 Dosagem de albumina menor que 3,5g/dl e contagem 
de linfócitos abaixo de 1.500/mm3 sugerem mau 
prognóstico. 
Cuidados Pré-operatórios 
Dieta 
• A restrição da dieta é decorrente do tipo de anestesia, 
da doença e do tipo de procedimento cirúrgico que 
será realizado. 
• Qualquer procedimento cirúrgico, sob anestesia geral, 
deve respeitar jejum mínimo de oito horas, para evitar 
estímulo à produção de secreção gástrica e 
possibilidade de broncoaspiração, durante a indução 
anestésica ou a intubação orotraqueal. 
• Pacientes obesos, gestantes, portadores de hérnia 
hiatal, ou com grandes tumores intra-abdominais, têm 
maior risco de bronco-aspiração e devem fazer jejum 
de 12 hora 
Medicações 
• Anticoagulantes cumarínicos: têm vida média 
prolongada e, por isso, devem ser substituídos por 
heparina, cerca de 5 dias antes. 
• Hbpm suspensa 24 horas antes e retornar em entre 12- 
24horas 
• A heparina deve ser suspensa 6-12h antes do 
procedimento cirúrgico e reiniciada 12-24 horas 
depois. Antidoto: protamina (1/100) 
• Nas operações de urgência, deve-se transfundir plasma 
fresco (15-20mi/kg), para garantir níveis adequados 
dos fatores da coagulação. 
• AAS: suspende x não suspende (?) 
• Clopidogrel: suspenso 5 dias antes. 
• Aines: alteram a função plaquetária e devem ser 
suspensos 24-48 horas antes da operação 
• Antidepressivos: em especial, os inibidores da 
monoaminoxidase (IMAO) devem ser retirados 3-5 dias 
antes do ato operatório. 
• Hipoglicemiantes orais: devem ser substituídos por IR 
ou NPH na véspera do ato cirúrgico. Aqueles em uso de 
NPH devem receber apenas 1/3- 1/2 da dose pela 
manhã da operação, seguida da infusão de soro 
glicosado a 5%. 
• Medicamentos que devem ser mantidos até o dia da 
operação: 
o Betabloqueadores 
o Insulina. 
o Anti-hipertensivos 
o Antialérgicos. 
o Cardiotônicos 
o Anticonvulsivantes. 
o Broncodilatadores 
o Medicação psiquiátrica 
o Corticóides 
o Potássio. 
Tricotomia 
 A depilação com lâmina está contra-indicada pelo 
maior risco de infecção da ferida operatória. 
 Método preconizado : aparagem dos pelos apenas na 
área da incisão. 
 Deve ser realizada o mais próximo possível do 
momento da operação e, até mesmo, na sala cirúrgica. 
Preparo da pele 
 Boa higiene e banho no dia anterior à intervenção, 
lavando em especial, a região que será incisada. 
 Na sala de cirurgia: realização de degermação com 
soluções antissépticas (ex: clorexidina). 
Cateterismo vesical 
 Só deve ser feito quando há necessidade absoluta de 
monitorização da perfusão tecidual e em operações 
pélvicas ou das vias urinárias. 
 Quando indicado, deve ser realizado no centro 
cirúrgico. 
 Risco da sonda de gerar infecção urinária ou bacteriúria 
assintomática prolongada 
 Proscrito lavagem 
Preparo psicológico 
 Esclarecimento em relação ao procedimento cirúrgico, 
suas possíveis complicações, assim como sobre sondas, 
drenos e cateteres que estarão presentes ao recuperar 
a consciência. 
 A relação médico-paciente no pré-operatório é 
fundamental para que ele tenha confiança na equipe 
cirúrgica e coopere no pós-operatório. 
Sedação 
 Todos que estejam muito tensos devem ser medicados 
no préoperatório, para diminuir o grau de ansiedade e 
medo. EX: diazepam (VO), nos dias que antecedem a 
operação, e sedação com midazolam sublingual (SL), 30 
minutos antes. 
 Visita pré-operatória pelo anestesista: melhor 
terapêutica ansiolítica. 
A boa técnica operatória é o principal fator de prevenção 
das infecções cirúrgicas 
Antibiocoprofilaxia 
 Pacientes sujeitos a risco de infecção do sítio cirúrgico, 
particularmente da ferida operatória, ou aqueles com 
baixo risco, porém, com alta morbidez e mortalidade, 
em caso de infecção, se beneficiam do uso profilático 
de antibióticos. 
 Os mais suscetíveis são aqueles com riscos cirúrgicos 
ASA III, IV e V, submetidos a operações potencialmente 
contaminadas ou contaminadas e de longa dura 
 Os procedimentos cirúrgicos infectados requerem 
terapêutica antibiótica e não profilaxia 
 
(tipos de cirurgias) 
 Quanto à escolha da droga para profilaxia, deve-se 
considerar a microbiota que coloniza habitualmente o 
órgão manipulado. 
Sendo assim: 
 Operações limpas (hérnias com prótese, mama, 
intervenção vascular e ortopédica com prótese, 
cardíaca. 
o Germe mais frequente: S. aureus. 
o ATB: cefalosporinas de primeira geração. 
 Operações potencialmente contaminadas (árvore 
traqueobrônquica, estômago/duodeno com 
hipocloridria, jejuno sem obstrução, vias biliares, 
histerectomias, cesarianas) 
o Germes mais frequentes: enterobactérias. 
o ATB: cefalosporinas de primeira geração. 
 Operaçõespotencialmente contaminadas (próstata e 
vias urinárias com cultura préoperatória de urina 
negativa). 
o Germes mais frequentes: enterobactérias. 
o ATB: ciprofloxacina. 
 Operações contaminadas (jejuno com obstrução, íleo, 
cólon, reto, apendicite aguda sem perfuração). 
o Germes mais frequentes: Gram negativos 
aeróbios e anaeróbios. 
o ATB: gentamicina + cIindamicina ou 
metronidazol; amoxicilina cIavulanato. 
Próximos passos 
 Determinar as doses dos antibióticos, o momento do 
início da profilaxia e sua duração. 
 O início da antibioticoprofilaxia deve ser durante a 
indução anestésica e por via venosa. Obs: Iniciar o 
antimicrobiano com maior antecedência, ou depois do 
início da operação, reduz a eficácia da profilaxia. 
 A cobertura antibiótica deve ser feita somente 
durante o ato operatório!!! 
 O efeito profilático máximo é obtido quando as 
concentrações plasmáticas e teciduais da droga 
situam-se em níveis elevados durante todo o 
transcorrer da operação. 
 EX: esquema de profilaxia com cefalotina (meia-vida 
de Ih) seria de 2g na indução anestésica seguida de 1g, 
a cada duas horas, enquanto durar o ato cirúrgico. 
 
 
 
 
Preparos Especiais 
1) Paciente Ictérico 
2) Estenose Pilórica 
3) Paciente Diabético 
4) Cirurgia Do Cólon 
5) Hipertireoidismo 
6) Feocromocitoma 
7) Sd De Cushing 
 
PÓS-OPERATÓRIO 
 Pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos 
sofrem alterações súbitas das funções metabólicas e 
fisiológicas normais. 
 IMPORTÂNCIA: Conhecer os ajustes homeostáticos e as 
medidas necessárias para restabelecimento dos 
parâmetros hemodinâmicos, nutricionais e 
cardiovasculares, que irão propiciar adequada 
cicatrização e reabilitação do paciente. 
 
Exame Clínico Diário 
 Nível de consciência; 
 Estado hemodinâmico: PA, Pulso, PVC, Débito 
 Grau de hidratação; 
 Urina: volume, com e densidade 
 Aparelho respiratório; 
 Ausculta cardíaca; 
 Adbome; 
 Ferida operatória; 
 Cateter nasogástrico (CNG); 
 Drenos; 
 Panturrilhas. 
 EXAME CLÍNICO DIÁRIO: EXAMES COMPLEMENTARES 
Prescrição Médica 
 Medicamentosa: 
o Reposições, analgesia, profilaxias e doenças de 
base; 
 Cuidados pós-operatórios: 
o Dieta, cateteres e drenos, curativos. 
 
 
 
Reposição Hidroeletrolítica 
PO Imediato: 
• Avaliar perdas e ganhos durante a cirurgia; 
• Sinais vitais; 
• Débito urinário horário. 
• CORRIGIR DÉFICITS E NECESSIDADES BÁSICAS: 
• Ringer simples. 
• Minimizar déficit calórico e de líquidos. 
Dia de PO 1 a 3: 
• Perdas insensíveis (até 1500ml, em caso de 
hipermetabolismo, febre ou hiperventilação): Glicose 
5% 
• Urina (800 - 1500ml): Ringer S ou L 
• CNG/Drenos: Ringer 
• K+ : 4-5g/d 2g/L de perda gastrintestinal. 
 
 
Analgesia 
• Deve ser feita regularmente e não apenas nos 
momentos da sintomatologia dolorosa. 
Antieméticos: 
• Metoclopramida: Uso cuidadoso –> Síndrome 
Extrapiramidal; 
• Ondansetrona: Casos mais acentuados. 
 
Profilaxia de TVP 
• 40% em pacientes em po de cirurgia geral: 1% morre 
de tep 
• Os locais mais comuns de formação de trombos são as 
panturrilhas 
• Baixo risco: meia e deambulação 
 
Profilaxia De Ulcera De Estresse 
• Grandes queimados 
• Traumas graves e choque hipovolêmico 
• Sepse 
• Insuficiência respiratória 
• Insuficiência de múltiplos órgãos 
 
 
Cuidados 
1) NUTRIÇÃO 
2) CATETER NASOGÁSTRICO (CNG) 
3) CATETER VESICAL 
4) DRENOS 
5) POSIÇÃO NO LEITO E CUIDADOS RESPIRATÓRIOS 
6) CURATIVOS 
Nutrição 
• Redução da atividade propulsiva do TGI 
o Manuseio das alças e aumento da atividade 
simpática dos nn esplâncnicos; 
o Geralmente: reinício da peristalse no ID em 24 
horas, gástrica 24-48h e cólon 48h; 
• Reinício da alimentação oral 
o Após passar o efeito da anestesia administrada, 
de modo que o paciente esteja consciente 
o Se jejum prolongado -> parenteral ou CNG. 
• Sondas 
o Pré-op, Peri-op, complicações, idade do paciente. 
Cateter Nasogástrico 
• Principal indicação: operações do tubo digestivo alto; 
• Diminui a distensão e a ocorrência de vômitos; 
• Deve ser retirada quando volume drenado < 400 ml e 
RHA presentes; 
• Dificilmente ultrapassa 72h. 
Cateter Vesical 
• Necessidade de monitoramento da perfusão tecidual 
em operações pélvicas ou das vias urinárias; 
• Retirado logo que possível (reestabelecimento e 
manutenção do estado hemodinâmico). 
Drenos 
• Profilática/Terapêutica (coleções ou abscessos). 
• Sistema fechado 
• Inserção – contra-incisão. 
• Retirar o mais precocemente possível. 
Posição no leito e Cuidados respiratórios 
• PO imediato de intervenções abdominais -> posição de 
Fowler; 
• Se limitação prolongada –> mobilização ativa e passiva. 
Curativos 
• Síntese primária –> reepitelização dentro de 24h 
(impermeáveis) + Manter por até 48h desde que limpo 
seco; 
• Fechamento por segunda intenção –> diariamente com 
SF, desbridamento físico ou químico (S/N) e oclusão 
com curativos estéreis; 
• Antissépticos e desinfetantes –> efeito irritativo. 
• Em vigência de infecção –> abrir toda a extensão e 
tratar como fechamento por segunda intenção. 
• ATB: apenas em imunodeprimidos ou infecções mais 
graves como celulite ou fasciíte associada (EV + 
desbridamento e eventual hiperbárica).

Continue navegando