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Apostila Noções de Direito_Penal_concurso-guarda-municipal

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Apostila para Concurso de 
Guarda Municipal
1
Noções de 
Direito Penal
2
3
Qual é a importância desta disciplina 
para a formação do Guarda Municipal?
Os guardas municipais devem conhecer o 
conceito de crime e de contravenções para 
que possam atuar no limite da legalidade. 
Por estarem inseridos no campo da 
Segurança Pública precisam saber das 
circunstâncias que ensejam a conduta ilícita 
e aquelas que excluem a ilicitude e a 
culpabilidade do agente para que não 
venham usar a força de maneira indevida ou 
abusiva. 
Direito Positivo
4
Conjunto de normas disciplinadoras 
indispensáveis ao convívio entre os indivíduos 
em uma sociedade. 
Direito Penal
5
Ramo do Direito Público dedicado 
às normas emanadas pelo Poder Legislativo 
para reprimir os delitos cominando penas com 
a finalidade de preservar a sociedade.
Baseia-se em normas jurídicas 
pelas quais o Estado proíbe 
certas condutas, sob ameaça de 
sanção penal, estabelecendo 
ainda os princípios para a 
aplicação das penas e das 
medidas de segurança.
Direito Penal
6
Visa proteger os bens jurídicos fundamentais 
(todo valor reconhecido pelo direito). 
No crime de furto, o resultado é representado 
pela ofensa ao bem jurídico "patrimônio"; 
no homicídio há lesão ao valor jurídico "vida 
humana"; na coação, uma violação à 
liberdade individual. 
Tríade fundamental de bens jurídicos 
tutelados coativamente pelo Estado: vida, 
liberdade e propriedade.
Direito Penal
7
Garante os direitos da pessoa humana frente 
ao poder punitivo do Estado. 
Esta visão vem da velha tradição liberal, 
explicitada pelo penalista espanhol Dorado 
Montero, que afirma que mesmo que se 
duvide dessa função garantista, deve ela ser 
levada em conta na formulação das normas 
penais, a fim de poder evitar que o Estado de 
Polícia se manifeste e sobreponha 
ao Estado de Direito. 
Direito Penal
8
Como diz Zaffaroni, em toda ordem jurídica, 
ainda que democrática, o Estado de Polícia 
está sempre presente e pode conduzir, a 
qualquer momento, a um regime autoritário 
em detrimento das liberdades humanas.
Infração Penal
9
A infração penal pode ser conceituada 
segundo três critérios distintos:
Formal Material
Analítico
Infração Penal
10
Critério Formal
A infração penal é aquela definida pelo Direito 
Positivo, que corresponde ao fato ao qual a ordem 
jurídica associa a sanção penal como conseqüência.
Voltar
Infração Penal
11
Critério Material
A infração penal é a conduta humana que gera lesão ou 
perigo a um interesse penalmente relevante. O 
conceito material enfatiza a proteção ao bem jurídico.
Voltar
Infração Penal
12
Critério Analítico
A infração penal é decomposta em suas partes 
constitutivas: fato típico, antijurídico e culpável (para 
alguns autores, adeptos da teoria finalista da ação, o 
crime seria apenas fato típico e antijurídico, pois a 
culpabilidade seria pressuposto de aplicação da pena). 
Voltar
Classificação das Infrações
13
Tipos de Infrações Penais
Adota-se a divisão bipartida. 
Há dois tipos de infração penal: 
Crime ou Delito Contravenção
Classificação das Infrações
14
Tipos de Infrações Penais
Não há diferença ontológica entre crime e 
contravenção. A distinção é puramente formal, 
presente no art. 1º do Decreto-Lei 3.914/41.
Crime ou delito 
É a infração penal a que a 
lei comina pena de 
reclusão ou detenção, 
isolada ou 
cumulativamente com a 
pena de multa.
Contravenção 
É a infração penal a que a 
lei comina pena de prisão 
simples ou de multa, quer 
isoladamente, ou 
alternativa ou 
cumulativamente. 
Classificação das Infrações
15
Tipos de Infrações Penais
Dentre as peculiaridades das contravenções, destaca-
se o fato da mesma não admitir tentativa, na forma 
expressa do art. 4º da Lei das contravenções (Decreto-
Lei 3.688/41) 
Elementos Constitutivos de Crime 
16
Partindo da concepção analítica de delito:
Conduta humana
Tipicidade
Antijuridicidade
Culpabilidade
Elementos Constitutivos de Crime 
17
Conduta Humana
Não há crime sem conduta humana – ação ou omissão
Tipicidade
Conseqüência do princípio da legalidade. A tipicidade 
cria o mandamento proibitivo, revendo abstratamente 
as condutas puníveis;
Antijuridicidade
Contrariedade formal e material ao direito;
Elementos Constitutivos de Crime 
18
Culpabilidade
Antigamente concebido como dolo e culpa, atualmente 
é concebido como um juízo de censura sobre o 
agente.
Além dos elementos ditos genéricos do crime, 
existem elementos específicos, que são segundo 
o art. 30, CP, as “circunstâncias elementares” 
(várias formas que assumem os requisitos 
genéricos nos diferentes tipos penais).
Sujeitos do Ilícito Penal
19
Sujeito Ativo
É aquele que realiza o fato descrito na norma penal 
incriminadora. 
• Sua atividade é subsumível ao tipo legal incriminador. 
Sujeitos do Ilícito Penal
20
Sujeito Ativo
Uma questão polêmica é sobre a responsabilidade 
penal da pessoa jurídica. 
Até a Constituição de 1988, prevalecia, de forma 
unânime, que apenas a pessoa física, isoladamente ou 
associado a outros, tinha capacidade para delinquir. 
A pessoa jurídica não podia ser sujeito ativo de crime, 
em face da máxima societas delinquere non potest. 
Sujeitos do Ilícito Penal
21
Sujeito Ativo
• Crimes Comuns: a maior parte dos crimes pode ser 
praticada por qualquer pessoa, sendo necessário 
apenas a capacidade geral. 
• Crimes Próprios ou especiais: exigem de seu sujeito 
ativo uma capacidade especial, uma posição jurídica 
(funcionário público, médico) ou de fato (gestante, 
mãe, ascendente).
Sujeitos do Ilícito Penal
22
Sujeito Ativo
Às vezes, faz-se necessária a capacidade especial do 
sujeito ativo para se valer de normas permissivas de 
exclusão de crime ou isenção de pena.
Exemplos: médico para praticar o aborto em gravidez 
resultante de estupro, parte ou procurador da parte 
para gozar da imunidade judiciária, ascendente ou 
descendente em certos crimes contra o patrimônio. 
Sujeitos do Ilícito Penal
23
Sujeito Passivo
• É o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado de 
lesão pelo comportamento criminoso. 
• Há possibilidade de existirem dois ou mais sujeitos 
passivos em um mesmo crime, e, às vezes, um 
imediato e outro mediato, como em vários crimes 
contra a Administração Pública. 
Sujeitos do Ilícito Penal
24
Sujeito Passivo
• Sujeito Passivo Formal ou Constante: titular do 
mandamento proibitivo – Estado. 
• Sujeito Passivo Material ou Eventual: titular do 
interesse penalmente tutelado – homem, pessoa 
jurídica, Estado e a coletividade destituída de 
personalidade jurídica. 
Sujeitos do Ilícito Penal
25
Sujeito Passivo
Também quanto ao sujeito passivo, em alguns casos, é 
preciso possuir uma qualidade ou condição especial 
para poder ser vítima.
Objetivo Ilícito Penal
26
Objetivo Jurídico
É o bem-interesse protegido pela norma 
penal, é o que se visa tutelar quando se 
erige certa conduta como infração penal. 
Exemplos: vida, integridade física, honra, 
patrimônio etc. 
Foi o critério escolhido pelo legislador pátrio para dividir 
em capítulos a Parte Especial do CP. Não há crime sem 
objeto jurídico, pois, em face do princípio da lesividade, 
não há crime sem lesão ou perigo de lesão a bem jurídico.
Objetivo Ilícito Penal
27
Objetivo Material
Coisa ou pessoa atingida pela ação 
delituosa, aquilo sobre o que recai 
a conduta. 
Exemplos: coisa alheia móvel, 
alguém, documento. 
Por vezes, o sujeito passivo do delito pode se confundir 
com o seu objeto material, como no crime de lesões 
corporais. De notar-se que existem infrações que não 
possuem objeto substancial, como o crime de ato obsceno 
e o de falso testemunho. 
Classificação dos Crimes
28
Comissivos
Omissivos Próprios
Omissivos 
Impróprios
Núcleo do tipo ação
Núcleo do tipo ação
Núcleo do tipo é uma 
ação, mas o agente 
cometepor omissão 
em face do art. 13, §
2º do Código Penal
Classificação dos Crimes
29
Consumado
Tentado
O objeto do tipo 
penal é lesionado
O objeto do tipo 
penal não lesionado 
por circunstâncias 
alheias a vontade 
do agente
Classificação dos Crimes
30
Doloso
Decorre de uma conduta (comissiva ou omissiva), 
consciente e voluntária, com finalidade de lesionar 
um bem jurídico tutelado pelo Direito Penal.
Classificação dos Crimes
31
Culposo
Decorre de uma conduta descuidada e perigosa 
(inobservância de um dever de cuidado), a qual 
enseja a lesão de um bem jurídico, sem que haja 
vontade direcionada para esse resultado. A culpa 
pode ser exteriorizada através das seguinte formas: 
imprudência (prática de ato perigoso), negligência 
(falta de precaução), ou imperícia (falta de aptidão 
técnica teórica ou prática).
Classificação dos Crimes
32
Culposo
A culpa pode ser exteriorizada através das seguintes formas:
Imprudência 
(Ato perigoso)
Negligência 
(Falta de precaução)
Imperícia 
(Falta de aptidão técnica teórica ou prática)
Classificação dos Crimes
33
Unissubsiente
Plurissubsiente
Realiza-se com um 
só ato
Perfaz-se com vários 
atos (cogitação, 
preparação, execução e 
consumação)
Cogitação Preparação Execução Consumação
Classificação dos Crimes
34
Material
Formal
Mera 
Conduta
A lei prevê um resultado 
vinculado à conduta por um 
nexo causal – a consumação 
depende da ocorrência do 
resultado.
A lei prevê o resultado, mas 
não exige sua configuração 
para a consumação do crime. 
Chama-se de delito de 
consumação antecipada.
A simples atividade 
corresponde à lesão do bem 
jurídico e consuma o delito.
Classificação dos Crimes
35
Dano
A lei exige, para consumação do 
crime a efetiva lesão ao bem 
jurídico.
Perigo
Consuma-se com a mera exposição 
do bem jurídico a perigo – poder 
ser de perigo concreto ou abstrato.
Classificação dos Crimes
36
Comum
Pode ser praticado por qualquer 
pessoa, sendo necessário apenas a 
capacidade geral – o tipo não exige 
capacidade específica. 
Impróprio
Exige de seu sujeito passivo uma 
capacidade especial, uma certa 
posição jurídica (funcionário 
público, médico). 
Classificação dos Crimes
37
Hediondos
Todos aqueles etiquetados pela lei 
8072/90. São crimes que o 
legislador entendeu merecerem 
maior reprovação por parte do 
Estado. 
Classificação dos Crimes
38
Qualificado
Decorre de uma conduta 
criminosa que, em razão de 
circunstâncias repreendidas com 
maior gravidade pelo Direito 
Penal, enseja um novo tipo 
penal. Assim, fica estabelecido 
outro preceito secundário, 
fixando pelas maiores que o 
delito na sua forma simples (sem 
a incidência de tais 
circunstâncias)
Classificação dos Crimes
39
Privilegiado
É aquele delito que desfruta de 
abrandamento punitivo, devido 
sua prática ter se dado perante 
circunstância que diminuem o 
valor do bem jurídico tutelado 
ou que influenciam 
psicologicamente o agente.
Classificação dos Crimes
40
Unissubsetivos Podem ser cometidos por 
uma só pessoa.
Plurissubsetivos
Exige o tipo legal para sua 
configuração presença de 2 
ou mais pessoas.
Concurso de Pessoas
Conceito preliminar
•A infração penal sempre é obra de um só homem. Com 
alguma frequência é produto da concorrência de várias 
condutas referentes a diferentes pessoas, que se 
dividem entre si e repartem tarefas, as quais 
realizadas integram o delito.
41
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre 
para o crime incide nas penas a este cominadas, 
na medida de sua culpabilidade.
Concurso de Pessoas
42
Autor
É o sujeito que executa o crime. 
A autoria pode ser material ou 
intelectual. Tanto o que planeja 
o crime e manda o outro 
executar quanto o que executa o 
crime e não planeja são autores.
Concurso de Pessoas
43
CoAutor
Todos participam da realização, 
sendo desnecessário que todos 
pratique o mesmo ato. A co-
autoria não é nada mais que uma 
consequência direta do sistema de 
divisão do trabalho, no qual os 
vários agentes participantes da 
ação criminosa dividem as tarefas 
visando o objetivo delituoso, 
sendo que cada uma das funções é 
fundamental à realização deste, 
inexistindo qualquer relação de 
acessoriedade.
Concurso de Pessoas
44
Partícipe
Participação moral: quando alguém 
incutir na mente do autor ou 
reforçar a ideias já existentes para 
prática de uma infração penal.
Participação material: decorre do 
auxílio para prática criminosa por 
alguém que fornece instrumentos 
para efetivação do resultado.
Crimes Contra a Pessoa
45
Homicídio
Art. 121. Matar alguém: Pena –reclusão: 6 a 20 anos
Caso de diminuição de pena
§ 1º Se o agente comete o crime 
impelido por motivo de 
relevante valor social ou moral, 
ou sob o domínio de violenta 
emoção, logo em seguida a 
injusta provocação da vítima, ou 
juiz pode reduzir a pena de um 
sexto a um terço.
Crimes Contra a Pessoa
46
Homicídio Qualificado
Art. 121. Matar alguém: Pena –reclusão: 6 a 20 anos
§ 2° Se o homicídio é cometido:
• I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou 
por outro motivo torpe;
• II - por motivo fútil;
• III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, 
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou 
de que possa resultar perigo comum;
Crimes Contra a Pessoa
47
Homicídio Qualificado
Art. 121. Matar alguém: Pena –reclusão: 6 a 20 anos
IV - à traição, de emboscada, ou mediante 
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou 
torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a 
impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena – reclusão: 12 a 30 anos.
Crimes Contra a Pessoa
48
Homicídio Culposo
Art. 121. Matar alguém: Pena –reclusão: 6 a 20 anos
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, 
de 1965)
Pena - detenção, de um a três anos.
Crimes Contra a Pessoa
49
Aumento da Pena
Art. 121. Matar alguém: Pena –reclusão: 6 a 20 anos
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 
1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância 
de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se 
o agente deixa de prestar imediato socorro à 
vítima, não procura diminuir as conseqüências do 
seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. 
Crimes Contra a Pessoa
50
Aumento da Pena
Art. 121. Matar alguém: Pena –reclusão: 6 a 20 anos
Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra 
pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 
(sessenta) anos.
(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Crimes Contra a Pessoa
51
Aumento da Pena
Art. 121. Matar alguém: Pena –reclusão: 6 a 20 anos
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz 
poderá deixar de aplicar a pena, se as 
conseqüências da infração atingirem o próprio 
agente de forma tão grave que a sanção penal se 
torne desnecessária.
(Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
Crimes Contra a Pessoa
52
Lesão Corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde 
de outrem: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações 
habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de 
membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
Crimes Contra a Pessoa
53
Lesão corporal de natureza grave
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde 
de outrem: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano
§ 2° Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou 
função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Crimes Contra a Pessoa
54
Lesão corporal de natureza grave
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde 
de outrem: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias 
evidenciam que o agentenão quis o resultado, 
nem assumiu o risco de produzi-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Diminuição de pena
Crimes Contra a Pessoa
55
Lesão corporal de natureza grave
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde 
de outrem: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por 
motivo de relevante valor social ou moral ou sob o 
domínio de violenta emoção, logo em seguida a 
injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir 
a pena de um sexto a um terço.
Crimes Contra a Pessoa
56
Lesão corporal seguida de Morte
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde 
de outrem: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano
Substituição da pena
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda 
substituir a pena de detenção pela de multa, de 
duzentos mil réis a dois contos de réis:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo 
anterior;
II - se as lesões são recíprocas.
Crimes Contra a Pessoa
57
Lesão corporal seguida de Morte
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde 
de outrem: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano
Lesão corporal culposa
§ 6° Se a lesão é culposa:
(Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Crimes Contra a Pessoa
58
Lesão corporal seguida de Morte
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde 
de outrem: Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano
Aumento de pena
§ 7º - Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer 
qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º. (Redação 
dada pela Lei nº 8.069, de 1990)
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do 
art. 121.(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990)
Crimes Contra a Pessoa
59
Violência Doméstica
Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, 
descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou 
com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, 
prevalecendo-se o agente das relações domésticas, 
de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada 
pela Lei nº 11.340, de 2006)
Pena - detenção, de 3 meses a 3 anos.
(Redação dada pela Lei nº 11.340, de 006).
(Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006)
Crimes Contra a Pessoa
60
Violência Doméstica
Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste 
artigo, se as circunstâncias são as indicadas no §
9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um 
terço). (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004)
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será 
aumentada de um terço se o crime for cometido 
contra pessoa portadora de deficiência.
(Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006)
Crimes Contra a Pessoa
61
Da Violência Doméstica e 
Familiar contra a Mulher
Lei nº 11.343 de 2006
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura 
violência doméstica e familiar contra a mulher 
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que 
lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou 
psicológico e dano moral ou patrimonial.
Crimes Contra a Pessoa
62
Omissão de Socorro
Art. 135
Deixar de prestar assistência, quando possível 
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou 
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao 
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não 
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade 
pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Crimes Contra a Pessoa
63
Omissão de Socorro
Lei nº 11.343 de 2006
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, 
se da omissão resulta lesão corporal de natureza 
grave, e triplicada, se resulta a morte.
Crimes Contra a Pessoa
64
Rixa
Art. 137
Participar de rixa, salvo para separar os 
contendores:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou 
multa.
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal 
de natureza grave, aplica-se, pelo fato da 
participação na rixa, a pena de detenção, 
de 6 meses a 2 anos.
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Pessoal
65
Constrangimento Ilegal
Art. 146
Constranger alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por 
qualquer outro meio, a capacidade de resistência, 
a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que 
ela não manda:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Pessoal
66
Constrangimento Ilegal
Art. 146
Aumento de pena
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em 
dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem 
mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as 
correspondentes à violência.
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Pessoal
67
Constrangimento Ilegal
Art. 146
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste 
artigo:
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o 
consentimento do paciente ou de seu 
representante legal, se justificada por iminente 
perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio.
Dos Crimes Contra a 
Inviolabilidade do Domicílio
68
Violação de Domicílio
Art. 150
Entrar ou permanecer, clandestina ou 
astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou 
tácita de quem de direito, em casa alheia ou em 
suas dependências:
Pena - detenção, de 1 a 3 meses, ou multa.
Dos Crimes Contra a 
Inviolabilidade do Domicílio
69
Violação de Domicílio
Art. 150
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou 
em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou 
de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, além da pena 
correspondente à violência.
Dos Crimes Contra a 
Inviolabilidade do Domicílio
70
Violação de Domicílio
Art. 150
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é 
cometido por funcionário público, fora dos casos 
legais, ou com inobservância das formalidades 
estabelecidas em lei, ou com abuso do poder.
Dos Crimes Contra a 
Inviolabilidade do Domicílio
71
Violação de Domicílio
Art. 150
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência 
em casa alheia ou em suas dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades 
legais, para efetuar prisão ou outra diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum 
crime está sendo ali praticado ou na iminência de o 
ser.
Dos Crimes Contra a 
Inviolabilidade do Domicílio
72
Violação de Domicílio
Art. 150
§ 4º - A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde 
alguém exerce profissão ou atividade.
Dos Crimes Contra a 
Inviolabilidade do Domicílio
73
Violação de Domicílio
Art. 150
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra 
habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a 
restrição do n.º II do parágrafo anterior;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
Dos Crimes Contra o Patrimônio
74
Furto
Art. 155
Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é 
praticado durante o repouso noturno.
Dos Crimes Contra o Patrimônio
75
Furto
Art. 155
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno 
valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena 
de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a 
dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou 
qualquer outra que tenha valor econômico.
Dos Crimes Contra o Patrimônio
76
Furto Qualificado
Art. 155
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e 
multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à 
subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, 
escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
Dos Crimes Contra o Patrimônio
77
Furto Qualificado
Art. 155
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a 
subtração for de veículo automotor que venha a ser 
transportado para outro Estado ou para o exterior.(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Dos Crimes Contra o Patrimônio
78
Furto de coisa comum
Art. 156
Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si 
ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a 
coisa comum:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Dos Crimes Contra o Patrimônio
79
Furto de coisa comum
Art. 156
§ 1º - Somente se procede mediante representação.
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum 
fungível, cujo valor não excede a quota a que tem 
direito o agente.
Do Roubo e da Extorsão
80
Roubo
Art. 157
Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, 
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou 
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.
Do Roubo e da Extorsão
81
Roubo
Art. 157
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de 
subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa 
ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade 
do crime ou a detenção da coisa para si ou para 
terceiro.
Do Roubo e da Extorsão
82
Roubo
Art. 157
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego 
de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de 
valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que 
venha a ser transportado para outro Estado ou para o 
exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Do Roubo e da Extorsão
83
Roubo
Art. 157
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, 
restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 
9.426, de 1996)
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a 
pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da 
multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a 
trinta anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada 
pela Lei nº 9.426, de 1996) Vide Lei nº 8.072, de 
25.7.90
Do Roubo e da Extorsão
84
Extorsão
Art. 158
Constranger alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, e com o intuito de obter para si ou para 
outrem indevida vantagem econômica, a fazer, 
tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.
Do Roubo e da Extorsão
85
Extorsão
Art. 158
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais 
pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a 
pena de um terço até metade.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante 
violência o disposto no § 3º do artigo anterior. Vide 
Lei nº 8.072, de 25.7.90
Do Roubo e da Extorsão
86
Extorsão
Art. 158
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da 
liberdade da vítima, e essa condição é necessária 
para a obtenção da vantagem econômica, a pena é 
de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da 
multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, 
aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 
3o, respectivamente.
(Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009)
Do Roubo e da Extorsão
87
Extorsão mediante sequestro
Art. 159
Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou 
para outrem, qualquer vantagem, como condição 
ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
Pena - reclusão, de 8 a 15 anos.
(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Do Roubo e da Extorsão
88
Extorsão mediante sequestro
Art. 159
§ 1º Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) 
horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou 
maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é 
cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei nº 
8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 
10.741, de 2003)
Pena - reclusão, de 12 a 20 anos.
(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Do Roubo e da Extorsão
89
Extorsão mediante sequestro
Art. 159
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza 
grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
Pena - reclusão, de 16 a 24 anos.
(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Do Roubo e da Extorsão
90
Extorsão mediante sequestro
Art. 159
§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 
25.7.90
Pena - reclusão, de 24 a 30 anos.
(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Do Roubo e da Extorsão
91
Extorsão mediante sequestro
Art. 159
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o 
concorrente que o denunciar à autoridade, 
facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua 
pena reduzida de um a dois terços. (Redação dada 
pela Lei nº 9.269, de 1996)
Do Dano
92
Dano
Art. 163
Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
Do Dano
93
Dano Qualificado
Art. 163
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
II - com emprego de substância inflamável ou 
explosiva, se o fato não constitui crime mais grave
III - contra o patrimônio da União, Estado, 
Município, empresa concessionária de serviços 
públicos ou sociedade de economia mista; (Redação 
dada pela Lei nº 5.346, de 3.11.1967)
Do Dano
94
Dano Qualificado
Art. 163
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo 
considerável para a vítima:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e 
multa, além da pena correspondente à violência.
Do Dano
95
Introdução ou abandono de animais 
em propriedade alheia
Art. 164
Introduzir ou deixar animais em propriedade 
alheia, sem consentimento de quem de direito, 
desde que o fato resulte prejuízo:
Pena - detenção, de 15 dias a 6 meses, ou multa.
Do Dano
96
Dano em coisa de valor artístico, 
arqueológico ou histórico
Art. 165
Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela 
autoridade competente em virtude de valor 
artístico, arqueológico ou histórico:
Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa.
Do Dano
97
Alteração de local especialmente 
protegido
Art. 166
Alterar, sem licença da autoridade competente, o 
aspecto de local especialmente protegido por lei:
Pena - detenção, de 1 mês a 1 ano, ou multa.
Do Dano
98
Ação Penal
Art. 167
Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo 
e do art. 164, somente se procede mediante 
queixa.
Dos Crimes Contra a Propriedade 
Imaterial
99
Violação de direito autoral
Art. 184
Violar direitos de autor e os que lhe são conexos:
(Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.
(Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Dos Crimes Contra a Propriedade 
Imaterial
100
Violação de direito autoral
Art. 184
§ 1º Se a violação consistir em reprodução total ou 
parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por 
qualquer meio ou processo, de obra intelectual, 
interpretação, execução ou fonograma, sem 
autorização expressa do autor, do artista intérprete 
ou executante, do produtor, conforme o caso, ou 
de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 
10.695, de 1º.7.2003)
Dos Crimes Contra a Propriedade 
Imaterial
101
Violação de direito autoral
Art. 184
Pena – reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Dos Crimes Contra a Propriedade 
Imaterial
102
Violação de direito autoral
Art. 184
§ 2º Na mesma pena do § 1º incorre quem, com o intuito de 
lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, 
aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, 
original ou cópia de obra intelectual ou fonograma 
reproduzido com violação do direito de autor, do direito de 
artista intérprete ou executante ou do direito do produtor 
de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra 
intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos 
titulares dos direitos ou de quem os represente. (Redação 
dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Dos Crimes Contra a Propriedade 
Imaterial
103
Violação de direito autoral
Art. 184
§ 3º Se a violação consistir no oferecimento ao público, 
mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer 
outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da 
obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugarpreviamente determinados por quem formula a demanda, 
com intuito de lucro, direto ou indireto, sem autorização 
expressa, conforme o caso, do autor, do artista intérprete 
ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os 
represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 
1º.7.2003)
Dos Crimes Contra a Propriedade 
Imaterial
104
Violação de direito autoral
Art. 184
Pena – reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Dos Crimes Contra a Propriedade 
Imaterial
105
Violação de direito autoral
Art. 184
§ 4º O disposto nos §§ 1º, 2º e 3º não se aplica quando 
se tratar de exceção ou limitação ao direito de autor 
ou os que lhe são conexos, em conformidade com o 
previsto na Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, 
nem a cópia de obra intelectual ou fonograma, em um 
só exemplar, para uso privado do copista, sem intuito 
de lucro direto ou indireto. (Incluído pela Lei nº 
10.695, de 1º.7.2003)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
106
Estupro
Art. 213
Constranger alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou 
permitir que com ele se pratique outro ato 
libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 
2009)
Pena - reclusão, de 6 a 10 anos.
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
107
Estupro
Art. 213
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de 
natureza grave ou se a vítima é menor de 18 
(dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 a 12 anos.
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
108
Estupro
Art. 213
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei 
nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 a 30 anos
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 214 - (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
109
Violação sexual mediante fraude
Art. 215
Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso 
com alguém, mediante fraude ou outro meio que 
impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade 
da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 
2009)
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos.
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
110
Violação sexual mediante fraude
Art. 215
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim 
de obter vantagem econômica, aplica-se também 
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 216. (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
111
Assédio sexual
Art. 216 - A
Constranger alguém com o intuito de obter vantagem 
ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente 
da sua condição de superior hierárquico ou 
ascendência inerentes ao exercício de emprego, 
cargo ou função." (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 
de 2001)
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído 
pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
112
Assédio sexual
Art. 216 - A
Parágrafo único. (VETADO)
(Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a 
vítima é menor de 18 anos. (Incluído pela Lei nº 
12.015, de 2009)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
113
Sedução
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 217 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
114
Estupro de Vulnerável
Art. 217 - A
Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso 
com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei 
nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 a 15 anos.
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
115
Estupro de Vulnerável
Art. 217 - A
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações 
descritas no caput com alguém que, por enfermidade 
ou deficiência mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer 
resistência. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
116
Estupro de Vulnerável
Art. 217 - A
§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza 
grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 10 a 20 anos.
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Dos Crimes Contra a Liberdade 
Sexual
117
Estupro de Vulnerável
Art. 217 - A
§ 4o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela 
Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 a 30 anos.
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Corrupção de Menores
118
Definição
Art. 218
Induzir alguém menor de 
14 (catorze) anos a 
satisfazer a lascívia de outrem:
(Redação dada pela Lei 
nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 a 5 anos.
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. (VETADO).
Corrupção de Menores
119
Satisfação de lascívia mediante 
presença de criança ou adolescente
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 218-A
Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) 
anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou 
outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia 
própria ou de outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 
2009)
Pena - reclusão, de 2 a 4 (anos.” (Incluído pela Lei nº 
12.015, de 2009)
Corrupção de Menores
120
Favorecimento da prostituição ou outra 
forma de exploração sexual de vulnerável
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 218-B
Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra 
forma de exploração sexual alguém menor de 18 
(dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência 
mental, não tem o necessário discernimento para a 
prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a 
abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Corrupção de Menores
121
Favorecimento da prostituição ou outra 
forma de exploração sexual de vulnerável
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 218-B
Pena - reclusão, de 4 a 10 anos. (Incluído pela Lei nº 
12.015, de 2009)
§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter 
vantagem econômica, aplica-se também 
multa. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Corrupção de Menores
122
Favorecimento da prostituição ou outra 
forma de exploração sexual de vulnerável
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 218-B
§ 2o Incorre nas mesmas penas: (Incluído pela Lei 
nº 12.015, de 2009)
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato 
libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e 
maior de 14 (catorze) anos na situação descrita 
no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 12.015, 
de 2009)
Corrupção de Menores
123
Favorecimento da prostituição ou outra 
forma de exploração sexual de vulnerável
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 218-B
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo 
local em que se verifiquem as práticas referidas 
no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.015, 
de 2009)
Corrupção de Menores
124
Favorecimento da prostituição ou outra 
forma de exploração sexual de vulnerável
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 218-B
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui 
efeito obrigatório da condenação a cassação da 
licença de localização e de funcionamento do 
estabelecimento.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 
2009)
Do Ultraje Público ao Pudor
125
Ato Absceno
Art. 233
Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou 
exposto ao público:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.
Dos Crimes Contra a 
Administração Pública
126
Dos crimes praticados por funcionário público
contra a administração em geral
Art. 327 – Funcionário Público
Considera-se funcionário público, para os efeitos 
penais, quem, embora transitoriamente ou sem 
remuneração, exerce cargo, emprego ou função 
pública.
Dos Crimes Contra a 
Administração Pública
127
Dos crimes praticados por funcionário público
contra a administração em geral
Art. 327 – FuncionárioPúblico
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce 
cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e 
quem trabalha para empresa prestadora de serviço 
contratada ou conveniada para a execução de 
atividade típica da Administração Pública. 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Dos Crimes Contra a 
Administração Pública
128
Dos crimes praticados por funcionário público
contra a administração em geral
Art. 327 – Funcionário Público
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando 
os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem 
ocupantes de cargos em comissão ou de função de 
direção ou assessoramento de órgão da administração 
direta, sociedade de economia mista, empresa 
pública ou fundação instituída pelo poder público.
(Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)
Dos Crimes Contra a 
Administração Pública
129
Peculato
Art. 312
Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor 
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, 
de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, 
em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
Dos Crimes Contra a 
Administração Pública
130
Peculato
Art. 312
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário 
público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor 
ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja 
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se 
de facilidade que lhe proporciona a qualidade de 
funcionário.
Dos Crimes Contra a 
Administração Pública
131
Peculato Culposo
Art. 312
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o 
crime de outrem:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do 
dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a 
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a 
pena imposta.
Dos Crimes Contra a 
Administração Pública
132
Peculato mediante erro de outrem
Art. 313
Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, 
no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
Pena - reclusão, de 1 a 4anos, e multa.
Dos Crimes Contra a 
Administração Pública
133
Inserção de dados falsos em sistema 
de informações
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313 - A
Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a 
inserção de dados falsos, alterar ou excluir 
indevidamente dados corretos nos sistemas 
informatizados ou bancos de dados da Administração 
Pública com o fim de obter vantagem indevida para si 
ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela 
Lei nº 9.983, de 2000)
Dos Crimes Contra a 
Administração Pública
134
Inserção de dados falsos em sistema 
de informações
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313 - A
Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Dos Crimes Contra a 
Administração Pública
135
Modificação ou alteração não autorizada de 
sistema de informações 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313 - B
Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de 
informações ou programa de informática sem 
autorização ou solicitação de autoridade 
competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – detenção, de 3 meses a 2 anos, e multa.
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Dos Crimes Contra a 
Administração Pública
136
Modificação ou alteração não autorizada de 
sistema de informações 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313 - B
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um 
terço até a metade se da modificação ou alteração 
resulta dano para a Administração Pública ou para o 
administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Concussão
137
Definição
Art. 316
Exigir, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de 
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e multa.(...)
Concussão
138
Corrupção Passiva
Art. 317
Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de 
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou 
aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Concussão
139
Corrupção Passiva
Art. 317
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em 
conseqüência da vantagem ou promessa, o 
funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato 
de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
Concussão
140
Corrupção Passiva
Art. 317
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou 
retarda ato de ofício, com infração de dever 
funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.
(...)
Concussão
141
Prevaricação
Art. 319
Retardar ou deixar de praticar, 
indevidamente, ato de ofício, 
ou praticá-lo contra disposição 
expressa de lei, para satisfazer 
interesse ou sentimento 
pessoal:
Pena - detenção, de 3 meses a 
1 ano, e multa.
Crimes Praticados por Particular 
Contra a Administração em Geral
142
Usurpação de função pública
Art. 328
Usurpar o exercício de função pública:
Pena - detenção, de 3 meses a 2 anos, e multa.
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.
Crimes Praticados por Particular 
Contra a Administração em Geral
143
Resistência
Art. 329
Opor-se à execução de ato legal, mediante 
violência ou ameaça a funcionário competente 
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando 
auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
Crimes Praticados por Particular 
Contra a Administração em Geral
144
Resistência
Art. 329
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se 
executa:
Pena - reclusão, de 1 a 3 anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem 
prejuízo das correspondentes à violência.
Crimes Praticados por Particular 
Contra a Administração em Geral
145
Desobediência
Art. 330
Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de 15 dias a 6 meses, e multa.
Crimes Praticados por Particular 
Contra a Administração em Geral
146
Desacato
Art. 331
Desacatar funcionário público no exercício da 
função ou em razão dela:
Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa.
Corrupção Ativa
147
Definição
Art. 333
Oferecer ou prometer vantagem indevida a 
funcionário público, para determiná-lo a praticar, 
omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Corrupção Ativa
148
Definição
Art. 333
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, 
se, em razão da vantagem ou promessa, o 
funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o 
pratica infringindo dever funcional.
Contrabando ou Descaminho
149
Definição
Art. 334
Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, 
no todo ou em parte, o pagamento de direito ou 
imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo 
consumo de mercadoria:
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos.
Contrabando ou Descaminho
150
Definição
Art. 334
§ 1º - Incorre na mesma pena quem: (Redação dada 
pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos 
permitidos em lei; (Redação dada pela Lei nº 4.729, 
de 14.7.1965)
b) pratica fato assimilado, em lei especial, a 
contrabando ou descaminho; (Redação dada pela 
Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
Contrabando ou Descaminho
151
Definição
Art. 334
c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, 
de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou 
alheio, no exercício de atividade comercial ou 
industrial, mercadoria de procedência estrangeira 
que introduziu clandestinamente no País ou 
importou fraudulentamente ou que sabe ser 
produto de introdução clandestina no território 
nacional ou de importação fraudulenta por parte de 
outrem; (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
Contrabando ou Descaminho
152
Definição
Art. 334
d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio 
ou alheio,no exercício de atividade comercial ou 
industrial, mercadoria de procedência estrangeira, 
desacompanhada de documentação legal, ou 
acompanhada de documentos que sabe serem 
falsos. (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
Contrabando ou Descaminho
153
Definição
Art. 334
2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os 
efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio 
irregular ou clandestino de mercadorias 
estrangeiras, inclusive o exercido em 
residências. (Redação dada pela Lei nº 4.729, de 
14.7.1965)
Contrabando ou Descaminho
154
Definição
Art. 334
§ 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de 
contrabando ou descaminho é praticado em 
transporte aéreo. (Incluído pela Lei nº 4.729, de 
14.7.1965)
Uso de Drogas
155
Definição
Art. 28
Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, 
transportar ou trouxer consigo, para consumo 
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar será 
submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a 
programa ou curso educativo.
Uso de Drogas
156
Definição
Art. 28
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para 
seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe 
plantas destinadas à preparação de pequena 
quantidade de substância ou produto capaz de 
causar dependência física ou psíquica.
Uso de Drogas
157
Definição
Art. 28
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a 
consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à 
quantidade da substância apreendida, ao local e às 
condições em que se desenvolveu a ação, às 
circunstâncias sociais e pessoais, bem como à 
conduta e aos antecedentes do agente.
Uso de Drogas
158
Definição
Art. 28
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput 
deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 
5 (cinco) meses.
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas 
nos incisos II e III do caput deste artigo serão 
aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
Uso de Drogas
159
Definição
Art. 28
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será 
cumprida em programas comunitários, entidades 
educacionais ou assistenciais, hospitais, 
estabelecimentos congêneres, públicos ou privados 
sem fins lucrativos, que se ocupem, 
preferencialmente, da prevenção do consumo ou da 
recuperação de usuários e dependentes de drogas.
Uso de Drogas
160
Definição
Art. 28
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas 
educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II 
e III, a que injustificadamente se recuse o agente, 
poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:
I - admoestação verbal;
II - multa.
Uso de Drogas
161
Definição
Art. 28
§ 7o O juiz determinará ao Poder Público que 
coloque à disposição do infrator, gratuitamente, 
estabelecimento de saúde, preferencialmente 
ambulatorial, para tratamento especializado.
Tráfico de Drogas
162
Definição
Art. 33
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, 
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, 
ter em depósito, transportar, trazer consigo, 
guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo 
ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de 500 
a 1.500 dias-multa..
Tráfico de Drogas
163
Definição
Art. 33
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, 
adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, 
tem em depósito, transporta, traz consigo ou 
guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto 
químico destinado à preparação de drogas.
Tráfico de Drogas
164
Definição
Art. 33
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem 
autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar, de plantas que se constituam 
em matéria-prima para a preparação de drogas;
Tráfico de Drogas
165
Definição
Art. 33
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de 
que tem a propriedade, posse, administração, 
guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele 
se utilize, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de 
drogas.
Tráfico de Drogas
166
Definição
Art. 33
§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso 
indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa de 100 a 
300 dias-multa
Tráfico de Drogas
167
Definição
Art. 33
§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem 
objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, 
para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e pagamento 
de 700 a 1.500 dias-multa, sem prejuízo das penas 
previstas no art. 28.
Tráfico de Drogas
168
Definição
Art. 33
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste 
artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto 
a dois terços, vedada a conversão em penas 
restritivas de direitos, desde que o agente seja 
primário, de bons antecedentes, não se dedique às 
atividades criminosas nem integre organização 
criminosa.
Abuso de Autoridade
169
Definição
Art. 3
Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
a) à liberdade de locomoção;
b) à inviolabilidade do domicílio;
c) ao sigilo da correspondência;
d) à liberdade de consciência e de crença;
e) ao livre exercício do culto religioso;
f) à liberdade de associação;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao 
exercício do voto;
Abuso de Autoridade
170
Definição
Art. 3
h) ao direito de reunião;
i) à incolumidade física do indivíduo;
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao 
exercício profissional. (Incluído pela Lei nº 
6.657,de 05/06/79)
Abuso de Autoridade
171
Definição
Art. 4
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da 
liberdade individual, sem as formalidades legais ou 
com abuso de poder;
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a 
vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;
Abuso de Autoridade
172
Definição
Art. 4
c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz 
competente a prisão ou detenção de qualquer 
pessoa;
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão 
ou detenção ilegal que lhe seja comunicada;
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se 
proponha a prestar fiança, permitida em lei;
Abuso de Autoridade
173
Definição
Art. 4
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade 
policial carceragem, custas, emolumentos ou 
qualquer outra despesa, desde que a cobrança não 
tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer 
quanto ao seu valor;
g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade 
policial recibo de importância recebida a título de 
carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer 
outra despesa;
Abuso de Autoridade
174
Definição
Art. 4
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa 
natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou 
desvio de poder ou sem competência legal;
i) prolongar a execução de prisão temporária, de 
pena ou de medida de segurança, deixando de 
expedir em tempo oportuno ou de cumprir 
imediatamente ordem de liberdade. (Incluído 
pela Lei nº 7.960, de 21/12/89)
Abuso de Autoridade
175
Definição
Art. 5
Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, 
quem exerce cargo, emprego ou função pública, de 
natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente 
e sem remuneração
Dos Crimes de Trânsito
176
Definição
Art. 291
Aos crimes cometidos na direção de veículos 
automotores, previstos neste Código, aplicam-se as 
normas gerais do Código Penal e do Código de 
Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de 
modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de 
setembro de 1995, no que couber.
Dos Crimes de Trânsito
177
Definição
Art. 291
§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsitode lesão 
corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da 
Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se 
o agente estiver: (Renumerado do parágrafo único 
pela Lei nº 11.705, de 2008)
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra 
substância psicoativa que determine 
dependência; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
Dos Crimes de Trânsito
178
Definição
Art. 291
II - participando, em via pública, de corrida, disputa 
ou competição automobilística, de exibição ou 
demonstração de perícia em manobra de veículo 
automotor, não autorizada pela autoridade 
competente; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
III - transitando em velocidade superior à máxima 
permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta 
quilômetros por hora). (Incluído pela Lei nº 11.705, 
de 2008) 
Dos Crimes de Trânsito
179
Definição
Art. 291
§ 2º Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, 
deverá ser instaurado inquérito policial para a 
investigação da infração penal. (Incluído pela Lei nº 
11.705, de 2008)
Dos Crimes de Trânsito
180
Definição
Art. 292
A suspensão ou a proibição de se obter a permissão 
ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode 
ser imposta como penalidade principal, isolada ou 
cumulativamente com outras penalidades.
Dos Crimes de Trânsito
181
Definição
Art. 293
A penalidade de suspensão ou de proibição de se 
obter a permissão ou a habilitação, para dirigir 
veículo automotor, tem a duração de dois meses a 
cinco anos.
§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, 
o réu será intimado a entregar à autoridade 
judiciária, em quarenta e oito horas, a permissão 
para dirigir ou a carteira de habilitação.
Dos Crimes de Trânsito
182
Definição
Art. 293
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de 
se obter a permissão ou a habilitação para dirigir 
veículo automotor não se inicia enquanto o 
sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver 
recolhido a estabelecimento prisional.
Dos Crimes de Trânsito
183
Definição
Art. 294
Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, 
havendo necessidade para a garantia da ordem 
pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de 
ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou 
ainda mediante representação da autoridade 
policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão 
da permissão ou da habilitação para dirigir veículo 
automotor, ou a proibição de sua obtenção.
Dos Crimes de Trânsito
184
Definição
Art. 294
Parágrafo único. Da decisão que decretar a 
suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir 
o requerimento do Ministério Público, caberá 
recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.
Dos Crimes de Trânsito
185
Definição
Art. 295
A suspensão para dirigir veículo automotor ou a 
proibição de se obter a permissão ou a habilitação 
será sempre comunicada pela autoridade judiciária 
ao Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, e ao 
órgão de trânsito do Estado em que o indiciado ou 
réu for domiciliado ou residente.
Dos Crimes de Trânsito
186
Definição
Art. 296
Se o réu for reincidente na prática de crime previsto 
neste Código, o juiz aplicará a penalidade de 
suspensão da permissão ou habilitação para dirigir 
veículo automotor, sem prejuízo das demais sanções 
penais cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 11.705, 
de 2008)
Dos Crimes de Trânsito
187
Definição
Art. 297
A penalidade de multa reparatória consiste no 
pagamento, mediante depósito judicial em favor da 
vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com 
base no disposto no § 1º do art. 49 do Código Penal, 
sempre que houver prejuízo material resultante do 
crime.
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao 
valor do prejuízo demonstrado no processo.
Dos Crimes de Trânsito
188
Definição
Art. 297
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos 
arts. 50 a 52 do Código Penal.
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa 
reparatória será descontado.
Dos Crimes de Trânsito
189
Definição
Art. 298
São circunstâncias que sempre agravam as 
penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do 
veículo cometido a infração:
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou 
com grande risco de grave dano patrimonial a 
terceiros;
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas 
ou adulteradas;
Dos Crimes de Trânsito
190
Definição
Art. 298
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de 
Habilitação;
IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de 
Habilitação de categoria diferente da do veículo;
V - quando a sua profissão ou atividade exigir 
cuidados especiais com o transporte de passageiros 
ou de carga;
Dos Crimes de Trânsito
191
Definição
Art. 298
VI - utilizando veículo em que tenham sido 
adulterados equipamentos ou características que 
afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de 
acordo com os limites de velocidade prescritos nas 
especificações do fabricante;
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou 
permanentemente destinada a pedestres
Dos Crimes de Trânsito
192
Definição
Art. 298
VI - utilizando veículo em que tenham sido 
adulterados equipamentos ou características que 
afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de 
acordo com os limites de velocidade prescritos nas 
especificações do fabricante;
VII - sobre faixa de trânsito temporária ou 
permanentemente destinada a pedestres
Art. 299. (VETADO) Art. 300. (VETADO)
Dos Crimes de Trânsito
193
Definição
Art. 301
Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de 
trânsito de que resulte vítima, não se imporá a 
prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar 
pronto e integral socorro àquela.
Dos Crimes de Trânsito
194
Definição
Art. 302
Praticar homicídio culposo na direção de veículo 
automotor:
Penas - detenção, de 2 a 4 anos, e suspensão ou 
proibição de se obter a permissão ou a habilitação 
para dirigir veículo automotor.
Dos Crimes de Trânsito
195
Definição
Art. 302
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na 
direção de veículo automotor, a pena é aumentada 
de um terço à metade, se o agente:
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de 
Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
Dos Crimes de Trânsito
196
Definição
Art. 302
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-
lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, 
estiver conduzindo veículo de transporte de 
passageiros.
V - (Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008)
Dos Crimes de Trânsito
197
Definição
Art. 303
Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo 
automotor:
Penas - detenção, de 6 meses a 2 anos e suspensão 
ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação 
para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à 
metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do 
parágrafo único do artigo anterior.
Dos Crimes de Trânsito
198
Definição
Art. 304
Deixar o condutor do veículo, na ocasião do 
acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, 
não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, 
deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de 6 meses a 1 ano, ou multa, se o 
fato não constituir elemento de crime mais grave.
Dos Crimes de Trânsito
199
Definição
Art. 304
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste 
artigo o condutor do veículo, ainda que a sua 
omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de 
vítima com morte instantânea ou com ferimentos 
leves.
Dos Crimes de Trânsito
200
Definição
Art. 305
Afastar-se o condutor do veículo do local do 
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil 
que lhe possa ser atribuída.
Penas - detenção, de 6 meses a 1 ano, ou multa.
Dos Crimes de Trânsito
201
Definição
Art. 306
Conduzir veículo automotor, na via pública, estando 
com concentração de álcool por litro de sangue igual 
ou superior a 6(seis) decigramas, ou sob a influência 
de qualquer outra substância psicoativa que 
determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 
11.705, de 2008) Regulamento
Penas - detenção, de 6 meses a 3 anos, multa e 
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a 
habilitação para dirigir veículo automotor.
Dos Crimes de Trânsito
202
Definição
Art. 306
Parágrafo único. O Poder Executivo federal 
estipulará a equivalência entre distintos testes de 
alcoolemia, para efeito de caracterização do crime 
tipificado neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.705, 
de 2008)
Dos Crimes de Trânsito
203
Definição
Art. 307
Violar a suspensão ou a proibição de se obter a 
permissão ou a habilitação para dirigir veículo 
automotor imposta com fundamento neste Código:
Penas - detenção, de 6 meses a 1ano e multa, com 
nova imposição adicional de idêntico prazo de 
suspensão ou de proibição.
Dos Crimes de Trânsito
204
Definição
Art. 307
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o 
condenado que deixa de entregar, no prazo 
estabelecido no § 1º do art. 293, a permissão para 
dirigir ou a carteira de habilitação.
Dos Crimes de Trânsito
205
Definição
Art. 308
Participar, na direção de veículo automotor, em via 
pública, de corrida, disputa ou competição 
automobilística não autorizada pela autoridade 
competente, desde que resulte dano potencial à 
incolumidade pública ou privada:
Penas - detenção, de 6 meses a 2 anos, multa e 
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a 
habilitação para dirigir veículo automotor.
Dos Crimes de Trânsito
206
Definição
Art. 309
Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a 
devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, 
ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo 
de dano:
Penas - detenção, de 6 meses a 1 ano, ou multa.
Dos Crimes de Trânsito
207
Definição
Art. 310
Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo 
automotor a pessoa não habilitada, com habilitação 
cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, 
ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou 
mental, ou por embriaguez, 
não esteja em condições de 
conduzi-lo com segurança:
Penas - detenção, de 6 meses a 
1 ano, ou multa.
Dos Crimes de Trânsito
208
Definição
Art. 311
Trafegar em velocidade incompatível
com a segurança nas proximidades 
de escolas, hospitais, estações de 
embarque e desembarque de 
passageiros, logradouros estreitos, 
ou onde haja grande movimentação 
ou concentração de pessoas, 
gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de 6 meses a 1 ano, ou multa.
Dos Crimes de Trânsito
209
Definição
Art. 312
Inovar artificiosamente, em caso de acidente 
automobilístico com vítima, na pendência do 
respectivo procedimento policial preparatório, 
inquérito policial ou processo penal, o estado de 
lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro 
o agente policial, o perito, ou juiz:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Dos Crimes de Trânsito
210
Definição
Art. 312
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, 
ainda que não iniciados, quando da inovação, o 
procedimento preparatório, o inquérito ou o 
processo aos quais se refere.
211
Vamos debater 
alguns casos?
Caso 1
212
O Caso do Guarda Zébio
O guarda municipal Zébio, de serviço na praça Sans
Peña visualizou uma pessoa sendo assassinada em
frente à entrada do metrô. Zébio refugiou-se atrás de
um poste de iluminação enquanto o responsável pelo
crime saiu em disparada pela rua Conde de Bonfim.
Nesse momento, o guarda abandonou o posto de
serviço e foi para casa desesperado. Informou às
pessoas que estavam no local que nada podia fazer
pelo fato de não ser policial ou bombeiro para
conduzir aquela ocorrência. Além disso, deixou um
bilhete na Unidade de Ordem Pública com a seguinte
declaração: “minha vida vale mais que a do morto
para aqueles que me amam, por isso estou na defesa
do meu direito como pessoa humana”.
213
O GM Zébio , no caso em análise, estava na condição 
de agente garantidor para efeitos penais?
Será qua a conduta de Zébio é penalmente relevante a 
ponto de ensejar algum a infração penal? 
Existiria diferença no caso se Zébio fosse policial 
militar?
É possível defender Zébio, a fim de que não responda 
criminalmente com base nas declarações escritas no 
bilhete?
Caso 1
Caso 2
214
O Caso do Guarda Euzio
Euzio, guarda municipal lotado na Unidade de Ordem
Pública, observou um casal discutindo na Praça Sans
Peña e, enquanto se aproximava para verificar o que
estava acontecendo, o homem que discutia deu um
“soco” (mãos fechadas) no rosto da mulher que o
chamava de “traidor”. Ela gritou por socorro. Nesse
momento, o guarda Euzio abordou o agressor e
perguntou o que estava havendo. O homem logo
respondeu de forma ríspida: “Em briga de marido e
mulher, ninguém mete a colher!”
Diante desse cenário, o GM Euzio pediu desculpas e
seguiu em direção a UOP para almoçar.
Caso 2
215
O Caso do Guarda Euzio
Durante o almoço, Euzio assistiu o noticiário da TV
que mostrava o fato ocorrido e presenciado por ele,
informando que a mulher (vítima das agressões)
sofreu graves lesões e morreu em seguida por não ter
sido atendida quando gritava por socorro. As pessoas
que passavam pelo local e viram o procedimento
adotado pelo guarda Euzio prestaram informações ao
Delegado responsável pelo caso.
216
O GM Euzio adotou o procedimento correto?
Existe a possibilidade de Euzio responder penalmente 
mesmo não tendo vínculo familiar e doméstico com a 
vítima? 
É possível recair sobre ele a lei Maria da Penha?
Euzio poderia alegar em sua defesa que intervir na 
vida conjugal de outrem poderia configurar 
constrangimento ilegal e por isso não interrompeu o 
desentendimento do casal?
Caso 1
Caso 3
217
O Caso do Guarda Éubio
O GM Éubio, lotado na Unidade de Ordem Pública, ao
assumir o serviço verificou que dois adolescentes
pichavam um patrimônio histórico localizado na Praça
Sans Peña. Imediatamente, dirigiu-se ao local e os
abordou, informando que ambos estavam apreendidos
em flagrante de ato infracional. Diante dessa situação,
os adolescentes perguntaram por qual razão seriam
apreendidos se não havia motivo para tanto, pois
estavam apenas mostrando sua arte para a população.
Éubio ficou em dúvida e buscou informação junto a
base operacional quanto a autorização para a prática
de grafitagem naquela área.
Caso 3
218
O Caso do Guarda Éubio
Entretanto, devido ao fato dos canais de comunicação
estarem congestionados, ele acabou liberando os
adolescentes que seguiram em disparada para a
estação do metrô.
219
Os adolescentes cometiam algum ilícito penal no caso 
apresentado? Seriam passíveis de pena? Poderiam ser 
presos em flagrante delito?
Éubio agiu corretamente? Poderia alegar em sua 
defesa que agiu em prol da proteção dos direitos dos 
adolescentes quanto a liberdade de expressão através 
da arte?
Caso Éubio efetuasse a apreensão em flagrante de ato 
infracional se valendo do uso de algemas, estaria ele 
comentendo abuso de autoridade e/ou violação ao 
Estatuto da Criança e do Adolescente?
Caso 3
Caso 4
220
O Caso do Sr. Erizíbio
Erizíbio era um senhor que todos os dias ia até a
Praça Saens Peña jogar dominó e paquerar as
senhoras. Em razão disso, passou a ficar conhecido
pelos GMs da UOP (Unidade de Ordem Pública) da
Tijuca como Tio Sukita. No dia 25 de dezembro de
2010, após beber algumas cervejas, Sr. Erizíbio se
dirigiu para a entrada do metrô e urinou próximo às
escada de acesso, local onde inúmeras pessoas
transitavam durante aquela data natalina. Os guardas
Zerônio e Lesadro, ao visualizarem a cena, seguiram
em direção ao ancião e pediram que os
acompanhassem até a delegacia por estar em
flagrante delito.
Caso 4
221
O Caso do Sr. Erizíbio
Nesse momento, Tio Sukita (alcunha), imediatamente,
pediu desculpas e alegou que tinha problemas renais.
Exclamou aos agentesque caso não urinasse ali
naquela hora iria sofre graves complicações, conforme
orientação de seu médico. Diante disso, Zerônio disse
a Lesadro que tratava-se de um caso de estado de
necessidade. Assim sendo, O GM Lesadro disse: “O
bom velhinho tem direito de passar o natal aliviado!”
Por fim, os GMs dispensaram o Sr. Erizíbio para ir pra
casa.
222
Existe norma penal que proíba a conduta de urinar ou 
defecar no espaço público?
o Sr. Erizíbio pode responder por algum crime sendo 
ele pessoa idosa com idade superior a 70 (setenta 
anos)?
Os guardas municipais deveriam ter adotado outro 
procedimento ou agiram corretamente já que 
visualizaram um suposto estado de necessidade, 
conforme entendimento de Zerônio?
Caso 4
Caso 5
223
O Caso do Guarda Dorezébio
Dorezébio, guarda municipal lotado na Unidade de
Ordem Pública da Tijuca, pegou a viatura da GM-Rio e
deslocou-se, sem autorização, até o bairro de
Sepetiba para levar 10 (dez) sacos de cimento que
tinha subtraído das obras que estavam sendo
realizadas na UOP, a fim de fazer melhorias na sua
residência. Ao chegar em casa, fora surpreendido por
policiais civis que efetuaram sua prisão em flagrante.
224
Dorezébio cometeu qual (ou quais) crime (ou 
crimes)?
Poderia ele responder por furto de viatura oficial 
(bem de uso especial)?
Se os sacos de cimento fossem levados por Dorezébio 
para a casa do Inspetor, sob determinação 
hierárquica, com intuito de construir uma piscina para 
os momentos de lazer compartilhado entre suas 
famílias, seria possível justificar a conduta por uma 
excludente de culpabilidade?
Caso 5
Caso 6
225
O Caso do Ambulante Locássio
Os guardas municipais Marreta e Martelo solicitaram
que os ambulantes, que ocupavam as calçadas da rua
Conde de Bonfim de maneira irregular, retirassem
imediatamente suas bancadas dali, sob pena de sofrer
sanções de cunho administrativo, como a apreensão
da materiais e mercadorias.
Nesse momento, um ambulante identificado como
Locássio Surtado se amarrou ao poste, juntamente
com suas mercadorias e materiais negando-se a sair do
local, resistindo de forma passiva.
226
Diante do caso, os GMs Marreta e Martelo poderiam 
tomar alguma medida?
Poderiam enquadrar a conduta passiva do ambulante 
Locássio Surtado em algum tipo penal?
Caso Locássio Surtado usasse de violência ou grave 
ameaça para evitar a ações do guardas, haveria alguma 
repercussão jurídico-penal distinta do fato apresentado?
Marreta e Martelo poderiam utilizar o gás de pimenta, a 
taser e em seguida a tonfa na cabeça do ambulante para 
imobilizá-lo com amparo no uso legítimo da força 
justificado pelas circunstâncias?
Caso 6
Caso 7
227
O Caso do Condutor Nóbio
Os guardas muncipais do UOP Tijuca prenderam em
flagrante delito o condutor Nóbio Etílico em razão
dele ter atropelado duas senhoras na rua Conde de
Bonfim no momento em que elas atravessavam o sinal
vermelho para o trânsito de veículos, sobre a faixa de
pedestre. Além disso, ficou constatado pelo bafômetro
que Nóbio Etílico apresentava uma quantidade muito
superior a 0,06 decigramas de álcool por litro de
sangue. Cabe ressaltar que as vítimas morreram no
local do acidente.
228
O fato apresentado configura crime de trânsito?
Existe diferença entre dolo eventual, dolo direto , culpa 
consciente e culpa inconsciente?
É legal a aferição da quantidade de álcool no sangue 
através do bafômetro?
Caso houvesse negativa quanto ao teste do bafômetro 
por parte do condutor, seria legal a aferição visual de 
estado de embriaguez pelo guarda municipal?
Caso 7
Caso 8
229
O Caso do Traficante Zildo
Zildo foi encontrado pelos agentes da guarda
municipal com 10 (dez) pedras de crack em plena luz
do dia na Praça Sans Peña. Foi preso em flagrante e
conduzido à delegacia da área. Ao ser apresentado à
autoridade policial, os guardas informaram que
tratava-se de um traficante.
230
Existe quantidade determinada na lei para efeito de 
tipificação por tráfico de drogas ilícitas?
O traficante e o usuário são submetidos à pena de 
prisão?
O uso de drogas ilícitas é considerado crime hediondo 
assim como o tráfico?
Caso 8
Caso 8
231
O Caso dos Flanelinhas
Os guardas municipais Euze e Zeno identificaram três
flanelinhas solicitando R$ 5,00 (cinco reais) a uma
senhora que pretendia estacionar seu carro na Praça
Sans Peña para ir ao banco.
Os flanelas ameaçaram a Srª e disseram que era
conveniente que ela pagasse o preço, sob pena de não
encontrar mais seu automóvel naquele local.
Diante disso, os GMs abordaram os guardadores
irregulares e efetuaram a prisão em flagrante,
conduzindo-os para a Delegacia de Polícia.
232
O exercício da atividade de flanelinha configura ilícito 
penal?
Os guardadores irregulares alegaram que estavam agindo 
na defesa do patrimônio público, a fim de evitar o 
estacionamento desorganizado de veículos sobre a Praça 
Sans Peña. Além disso, disseram que o valor cobrado era 
simbólico e destinado a manter a alimentação dos 
guardiões do bem público, sustentando que estavam no 
exercício regular de um direito. Essas alegações são 
pertinentes diante da atual ordem jurídica?
Caso 8
Caso 9
233
O Caso dos Flanelinhas
Plaimombiu foi preso em flagrante delito pelos
guardas municipais por estar assaltando na Praça Sans
Peña com uma arma de brinquedo (pistola de água
envolvida em fita isolante). Os objetos, frutos do
último assalto, foram recuperados e entregues a
vítima.
234
Diante do caso, marque a alternativa correta:
A conduta de Plaimombiu equivale a:
( ) crime de furto porque não houve ameaça com arma 
de fogo, havendo somente a subtração do objeto:
( ) crime de roubo simples porque a o emprego de 
arma de brinquedo não enseja aumento de pena:
( ) crime de ameça porque o roubo não se consumou 
por circunstâncias alheias a vontade do agente:
( ) conduta atípica porque a postura de Plaimombiu 
não passou de mera brincadeira.
Caso 9
235
Seria possível vislumbrar algum crime do Estatuto do 
Desarmamento no caso em análise?
Qual delito cometeriam os guardas municipais ao não 
devolverem os objetos recuperados à vítima?
Caso 9
Resumindo
O que vimos nesta Disciplina?
• Direito Positivo
• Direito Penal
• Infração Penal e classificação das Infrações
• Elementos Constitutivos de Crime 
• Sujeitos e Objetivo Ilícito Penal
• Classificação dos Crimes
• Concurso de Pessoas
• Crimes Contra à Pessoa
• Crimes Contra a Liberdade Pessoal
• Crimes Contra a Inviolabilidade do Domicílio
• Crimes Contra o Patrimônio
• Roubo e Extorsão
• Dano
236
Resumindo
O que vimos nesta Disciplina?
• Crimes Contra a Propriedade Imaterial
• Crimes Contra a Liberdade Sexual
• Corrupção de Menores
• Ultraje Público ao Pudor
• Crimes Contra a Administração Pública
• Concussão
• Crimes Praticados por Particular Contra a Administração 
em Geral
• Corrupção Ativa
• Contrabando ou Descaminho
• Uso e Tráfico de Drogas
• Abuso de Autoridade
• Crimes de Trânsito
237
Glossário
238
Ontologia significa em grego "conhecimento do 
ser“.
É a parte da filosofia que trata da natureza do ser, 
da realidade, da existência dos entes e das 
questões metafísicas em geral. 
A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser 
concebido como tendo uma natureza comum que é 
inerente a todos e a cada um dos seres. 
Ontológica
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Glossário
239
Qualidade de um fato que abrange todos os 
elementos da definição de um delito. 
É a adequação perfeita do fato com a norma penal 
proibitiva.
Tipicidade
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Glossário
240
Ou ilicitude.
Pode ser conceituada como a contrariedade da 
conduta com o ordenamento jurídico. Isto porque 
temos que a antijuridicidade em seu significado 
literal quer dizer: anti (contrário) juridicidade 
(qualidade ou caráter de jurídico, conformação ao 
direito; legalidade, licitude), ou seja, é o que é 
contrário a norma jurídica. 
Antijuridicidade
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