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Nome: Aline kelly Galvão RA: N3945b7 ATIVIDADE 01 – Biossegurança 1. Descrever quais as principais características de biossegurança em laboratório de análises clínicas. R: As principais características são: luvas descartáveis; luvas especiais, para situações de muito frio ou calor; avental, touca e sapatos fechados, para evitar o contato com agentes infectantes; óculos e máscaras. 2. Quais as normas regulamentadoras para biossegurança no laboratório de análises clínicas? R: No ambiente laboratorial, os profissionais precisam tomar alguns cuidados específicos, como manter os cabelos presos, evitar o uso de acessórios, como brincos e anéis, e estar sempre com os devidos EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual — são requisitos básicos das normas de biossegurança. Eles devem ser utilizados, obrigatoriamente, de acordo com cada situação.) Os principais são: luvas descartáveis; luvas especiais, para situações de muito frio ou calor; avental, touca e sapatos fechados, para evitar o contato com agentes infectantes; óculos e máscaras. A limpeza e a higienização do local precisam ser constantes. O manejo das amostras e dos equipamentos deve seguir padrões preestabelecidos para evitar contaminações, tanto do conteúdo a ser examinado quanto do próprio funcionário! Além dos cuidados individuais, é fundamental que o local seja corretamente sinalizado. Ambientes restritos devem manter um aviso na porta, com a indicação do símbolo referente ao risco que eles oferecem. O estabelecimento também deve contar com rotas de fuga bem sinalizadas e planos de contingência para os principais eventos passíveis de acontecer. Lembrando que as amostras e os itens envolvidos no transporte também precisam ser devidamente identificados. 3. Quais as normas, características e níveis específicas de biossegurança para laboratórios que possuem setor de microbiologia? R: Os EPIs e EPCs básicos recomendados para uso nos laboratórios de ensino de microbiologia e parasitologia devem estar em conformidade com a Portaria MTB n° 3.214, (BRASIL, 1978) e consistem em: EPIs para proteção da cabeça: óculos de segurança para prevenir os respingos nos olhos, os quais possam causar infecção, principalmente os provenientes das culturas de agentes e amostras biológicas, que possam ocasionar irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de soluções e reagentes usados no laboratório; partículas que possam ferir os olhos. Devem ser usados, também, protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões produzidas por diversas partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas. Membros superiores: luvas e/ou mangas de proteção devem ser usados em trabalhos em que haja perigo de agravos provocados por: agentes biológicos oriundos dos diferentes materiais biológicos; materiais ou objetos pérfuro- cortantes; produtos químicos (corrosivos, cáusticos, tóxicos, solventes orgânicos, etc.); materiais ou objetos geradores de temperaturas extremas (aquecidos ou frios). -Membros inferiores: calçado de proteção impermeável, solado liso e antiderrapante, sendo resistente aos agentes biológicos patogênicos; produtos químicos; umidade; riscos de acidentes (escorregões, tropeços e quedas). Tronco: vestimentas de proteção para atividades em que haja perigo de danos provocados especialmente por riscos de origem biológica, química, física, tais como: jalecos, aventais e macacões. Sistema respiratório: equipamentos de proteção respiratória (EPR) são os dispositivos usados para evitar a exposição aos diferentes agentes presentes nos laboratório de microbiologia e parasitologia, em concentrações prejudiciais à saúde dos usuários, de acordo com os limites estabelecidos na NR-6 do MTB (BRASIL, 1978), incluindo: máscaras autônomas de circuito aberto ou fechado para proteção das vias respiratórias. As máscaras do tipo cirúrgicas não são efetivas em proteger o indivíduo contra os aerossóis. EPCs: também devem seguir as especificações indicadas conforme a legislação vigente (BRASIL, 1978) e as instruções que constam nos manuais disponíveis (WHO, 2004; CDC, 2009) e incluem: sinalização de segurança: nos laboratórios de microbiologia e parasitologia, servem para indicar onde há presença dos riscos. Exemplo: símbolo de risco biológico afixado na porta de entrada nos locais de manipulação e armazenamento de agentes biológicos (a partir do NB-2); símbolos de líquidos inflamáveis, explosivos, produto tóxico, veneno, etc., para indicar presença de risco químico; os símbolos de elementos radioativos, apontando para risco físico; mapa de risco, sinais para as saídas de emergência, escadas, extintores de incêndio, faixas de demarcação, etc. Extintor de incêndio: o número, o tipo e a distribuição desses extintores devem estar adequados; sua manutenção e/ou reposição devem ser periódicas, bem como o pessoal do laboratório deve ser treinado para o seu uso. -Capela química: cabine construída de forma aerodinâmica, de maneira que o fluxo de ar ambiental não ocasione turbulências e correntes, reduzindo o perigo de inalação e a contaminação do operador e do ambiente. Borrifador de teto: sistema de segurança acionado pela elevação de temperatura, lançando fortes jatos de água no ambiente. Luz ultravioleta (UV): lâmpadas germicidas, com comprimento de onda ativo de 240nm. Devem estar presentes nas cabines de segurança biológica, tem ação efetiva por 15 minutos e o tempo médio de uso é aproximadamente de 3.000 horas. Pipetadores e pipetas mecânicos e automáticos: dispositivos de sucção para pipetas e ponteiras, como: pera de borracha, pipetador automático, pipetas mono e multicanais, etc. Contenção para equipamentos como: homogeneizador, agitador, ultrassom, etc. Equipamentos produtores de aerossóis devem ser cobertos com anteparo autoclavável e, preferencialmente, abertos dentro das cabines de segurança biológica. Containers para desprezar os materiais contaminados e perfuro-cortantes: precisam estar disponibilizados recipientes resistentes e autoclaváveis para desprezar os materiais que irão para o descarte. - Conjunto (kit) de primeiros socorros: compostos por material comumente preconizado para socorro imediato e antídotos especiais para produtos tóxicos usados nos laboratórios de ensino de microbiologia e parasitologia. Chuveiro e lava-olhos: devem estar presentes em todos os laboratórios em perfeito estado de funcionamento e higienizado. A água para os lava- olhos deve ser preferencialmente filtrada. -Cabine de segurança biológica (CSB): classes I e II (BRASIL, 2006). 4. Quais as normas e características específicas de biossegurança para laboratórios que possuem setor de biologia molecular? R: O laboratório de biologia molecular é classificado no nível de Biossegurança 2, adequado para “qualquer trabalho que envolva sangue humano, líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas primarias onde a presença de um agente infeccioso pode ser desconhecido “. De acordo com a citada Resolução, os procedimentos que envolvem um alto potencial para produção de salpicos ou aerossóis que possam aumentar os riscos de exposição dos funcionários, devem ser conduzidos com um equipamento de contenção primária ou com dispositivos como a cabine de segurança biológica ou os copos de segurança da centrífuga, além da utilização de barreiras primaria, como os escudos para borrifos, proteção facial, aventais e luvas. Tem que ter áreas como: Área para separação das Amostras, Áreas de Preparação (Préamplificação), Área de Amplificação e Detecção. Segundo portaria N 1.312/MS, 30 de novembro de 2000, o laboratório de biologia molecular, para fins de cadastramento no SUS, está classificado em tipo II, “com capacidade instalada e técnica apta a realizar procedimentos de histocompatibilidade por meio de sorologia e biologia molecular de baixaa alta resolução” Departamento de normas Técnicas. Resolução RDC n 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimento assistenciais de saúde. 5. Quais as responsabilidades do Farmacêutico na biossegurança do laboratório de análises clínicas? R: O farmacêutico tem papel fundamental em estabelecer as instruções de Biossegurança uma vez que é o profissional responsável pelo cumprimento das normas legais, capacitado para padronizar a forma de execução dos serviços de forma segura dentro de um laboratório de análises clínicas e/ou posto de coleta, visto ser o detentor do conhecimento técnico e o responsável direto pelo atos técnicos desempenhados dentro do seu local de trabalho, devendo ter completa autonomia para padronizar e modificar os procedimentos sempre que necessário. 6. Existe norma regulamentadora para descarte de material biológico? Comente. R: O descarte de material biológico tem tanta importância quanto o correto manuseio dos agentes, como o uso de EPI adequado e como o conhecimento de práticas seguras. O descarte de materiais perfuro cortantes (agulhas, seringas, tubos quebrados, tubos contendo material biológico) deve ser realizado em recipientes de paredes rígidas com tampa (por exemplo, latas de leite em pó) e sinalizado como “INFECTANTE”, ou em caixas coletoras próprias para o material infectante. 7. Existe norma regulamentadora para acidentes relacionados a material biológico? R: Sim, o objetivo maior exigidas pela Norma Regulamentadora NR-32 é identificar os acidentes de trabalho com exposição à material biológico ocorridos em um hospital universitário, discutindo os resultados com o processo de implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores. 8. Defina os termos abaixo: R: AEROSSÓIS: são partículas microscópicas que permanecem suspensas no ar e podem carrear elementos químicos, biológicos, radioativos e outros. DESCONTAMINAÇÃO: é um processo que consiste na remoção física dos contaminantes, nada mais é do que a continuação da limpeza, visa tornar mais seguro o manuseio dos objetos, diminuindo o risco de contaminação. DESINFECÇÃO: nesse processo que ocorre a destruição na forma mais vegetativa de todos os micro-organismos. Pode ser de maneira química (uso de desinfetantes) ou física (radiações ultravioleta). EPI: é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. EPC: trata-se de todo dispositivo ou sistema de âmbito coletivo, destinado à preservação da integridade física e da saúde dos trabalhadores, assim como a de terceiros. ESTERILIZAÇÃO: é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes químicos ou físicos. INFECÇÃO: penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no organismo do homem ou de outro animal. MATERIAL PERFURO-CORTANTE: são seringas, agulhas, escalpes, ampolas, vidros de um modo geral ou, qualquer material pontiagudo ou que contenha fios de corte capazes de causar perfurações ou cortes. MICRO-ORGANISMOS: são seres microscópicos pertencentes a diferentes reinos biológicos, como fungos, bactérias, protozoários e vírus. PATOGENICIDADE: é um conceito absoluto que determina se uma bactéria é ou não capaz de causar doença em um hospedeiro, enquanto a virulência é uma unidade contínua e se refere à intensidade do dano causado, podendo variar conforme a cepa ou o ambiente em que a interação com o hospedeiro se dá. RESÍDUOS: são as partes que sobram de processos derivados das atividades humanas e animal e de processos produtivos como a matéria orgânica, o lixo doméstico, os efluentes industriais e os gases liberados em processos industriais ou por motores.
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