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Todos os reflexos neuronais se iniciam com um estímulo que a ativa um receptor sensorial. Essa informação sensorial é integrada em todos os níveis do Sistema Nervoso, gerando respostas motoras apropriadas através de reflexos musculares relativamente simples que se iniciam na medula espinal e podem se estender para o tronco cerebral, onde se é gerado respostas mais complexas, se estendendo então para o prosencéfalo, onde as habilidades musculares mais complexas são controladas . A medula espinal é de extrema importância para o controle da função muscular. Sem os circuitos neuronais da medula, mesmo os sistemas mais complexos do encéfalo, como as regiões de tronco cerebral e prosencéfalo não poderiam gerar qualquer movimento muscular intencional. Um exemplo é o andar: no encéfalo não existe nenhum circuito que gere o movimento alternado das pernas necessário para andar, esses circuitos estão na medula, o encéfalo apenas envia os sinais de comando para que se inicie o processo de andar. A medula é dividida em substancia cinzenta e substancia branca que contrapõe a posição dessa substância no encéfalo. Na medula a substância cinzenta é a área integrativa para os reflexos espinais, onde estão localizados os corpos neuroniais e os interneurônios. Cada segmento da medula espinal contém milhões de neurônios na substância cinzenta, sendo estes de dois tipos: neurônios motores anteriores e interneurônios. Os neurônios motores anteriores são em média 50% a 100% maiores do que os demais neurônios. Estão localizados em cada segmento do corno anterior da substância cinzenta medular. Esse tipo de neurônio é divido em mais dois tipos: neurônios motores alfa e neurônios motores gama. Os neurônios alfa dão origem às fibras nervosas motoras grandes. A estimulação de uma só fibra alfa excita de três a centenas de fibra musculares esqueléticas, sendo esse conjunto chamado de unidade motora. Os neurônios gama têm aproximadamente metade do tamanho dos alfa e se localizam nos cornos anteriores da medula espinal. São fibras nervosas muito menos calibrosas que inervam as pequenas fibras musculares esqueléticas especiais, chamadas de fibras intrafusais. Essas fibras constituem o centro do fuso musculares, que auxilia no controle do tônus muscular básico. Os interneurônios estão presentes nos cornos dorsais, cornos anteriores e nas áreas intermediarias, ou seja, estão presentes em todos os sítios da substância cinzenta medular. Essas células são aproximadamente 30x mais numeras do que os neurônios motores anteriores. Um fato importante é que somente poucos sinais sensoriais aferentes que vêm dos nervos espinais ou sinais do encéfalo terminam diretamente nos neurônios motores anteriores. Em vez disso, quase todos esses sinais são transmitidos, primeiro, para os interneurônios. Os neurônios apresentados são essenciais para que haja um reflexo muscular efetivo. Embora nem sempre estejamos conscientes deles, esses reflexos estão envolvidos em quase tudo que fazemos. Os receptores que detectam as alterações nos movimentos articulares, na tensão muscular e no comprimento do musculo referente ao estiramento mandam para o SNC as informações que podem ser respondidas de duas formas: Se for necessário a contração muscular, o SNC ativa os neurônios motores somáticos que inervam as fibras musculares, caso contrario, se o musculo precisa relaxar para produzir a resposta esperada, os estímulos sensoriais ativam interneurônios inibidores do SNC que inibem a atividade dos neurônios motores somáticos que controlam o músculo. Ou seja, a ativação dos neurônios motores somáticos sempre provoca a contração do musculo esquelético. Não há neurônio inibidor que faça sinapse com músculos esqueléticos e os faça relaxar, ao contrário, o relaxamento resulta da ausência de estímulo excitatório pelo neurônio motor somático. Para fornecer as informações para o SNC, os reflexos musculares esqueléticos possuem os receptores sensoriais, denominados propioceptores. Estes estão localizados nos músculos esqueléticos, nas cápsulas articulares e nos ligamentos e são responsáveis por fornecer informações posicionais contínuas sobre os membros e o corpo para o SNC. A sinalização originada dos propioceptores é enviada ao SNC através de neurônios sensórias. Esse sinal aferente integra o SNC através de vidas de interneurônios excitatórios e inibidores. Já o sinal eferente é enviado ao músculo através dos neurônios motores somáticos que inervam as fibras musculares esqueléticas contráteis, chamados de neurônios motores alfa. Três tipos de propioceptores são encontrados no corpo: receptores articulares, órgãos tendinosos de Golgi e fusos celulares. Os receptores articulares são encontrados nas cápsulas e nos ligamentos localizados ao redor das articulações do corpo. São estimulados pela distorção ou deformação mecânica decorrente das mudanças da posição relativa dos ossos unidos por articulações flexíveis. A informação sensorial de receptores articulares é integrada principalmente no cerebelo. O fuso muscular é um receptor de estiramento que envia informação para a medula espinal e o encéfalo sobre o comprimento muscular e suas alterações. Cada fuso consiste em uma cápsula de tecido conjuntivo que têm de 3 a 10mm de comprimento constitudo por três a 12 fibras intrafusais muito finas e que são pontiagudas em suas extremidades e estão ligadas ao glicocálice das fibras grandes e circunjacentes musculares esqueléticas, chamadas de extrafusais. Cada fibra muscular intrafusal é a fibra muscular esquelética muito pequena, entretanto a região central de cada uma dessas fibras tem quase ou nenhum filamento de actina, portanto, essa porção central não se contrai quando as extremidades se contraem. Em vez disso, ela funciona como receptor sensorial, ou seja, seus polos são contráteis e sua região central não. Com exceção do músculo da mandíbula, cada músculo esquelético do corpo possui muitos fusos musculares. Um pequeno músculo do dedo indicador de um ser humano RN possui em média cerca de 50 fusos. Quando um músculo está no seu comprimento de repouso, a região central de cada fuso muscular é estirada o suficiente para ativas a fibras sensoriais. Desta forma, os neurônios sensoriais do fuso mantêm-se tonicamente ativos, enviando um fluxo constante de potenciais de ação à medula espinal. Os neurônios sensoriais fazem sinapse diretamente com neurônio motores alfa que inervam o músculo no qual estes fusos se encontram. Os neurônios sensoriais tonicamente ativos levam a uma atividade tônica dos neurônios alfa que mantêm a contração muscular. Com isso, mesmo um músculo em repouso apresenta um certo nível de tensão, denominada tônus muscular. Os fusos estão em paralelo às fibras musculares extrafusais. Qualquer movimento que aumenta o comprimento do músculo estende os fusos musculares e faz suas fibras sensoriais dispararem com maior frequência. O estiramento do músculo e do fuso gera uma contração muscular reflexa para evitar danos por estiramento excessivo. O órgão tendinoso de golgi é um receptor sensorial encapsulado pelo qual passam fibras tendinosas musculares. Aproximadamente 10 a 15 fibras musculares estão conectadas a cada órgão tendinoso de Golgi, sendo o órgão estimulado quando esse pequeno feixe de fibras é tensionado pela contração ou estiramento do músculo. Assim a principal diferença entre o órgão e o fuso é que o fuso detecta o comprimento do músculo e as alterações no comprimento do músculo, enquanto o órgão detecta a tensão do músculo refletida no próprio tendão. O estiramento muscular ativa os fusos musculares. É comum pensar que a contração do músculo faria com que houvesse uma redução da tensão no centro das fibras intrafusais, na ausência de atividade de neurônios motores gama, diminuiria a frequência de disparo das fibras aferentes do fuso. No entanto, a presença de neurônios motores gama em um músculo normal mantém os fusos musculares ativos, não importandoo comprimento do músculo. Quando os neurônios motores alfa disparam, o músculo encurta, diminuindo a tensão na cápsula do fuso muscular. Para manter o fuso funcionando normalmente, os neurônios motores gama, que inervam as extremidades contráteis do fuso muscular também disparam ao mesmo tempo. Os neurônios motores gama fazem as fibras dos fusos intrafusais contraírem e encurtarem. Essa contração alonga a região central do fuso e mantém o estiramento nas terminações nervosas sensoriais. Como resultado, o fuso permanece ativo mesmo quando o músculo contrai. Essa excitação simultânea é chamada de coativação alfa-gama. O movimento em torno das articulações corporais mais flexíveis é controlado por grupos de músculos sinérgicos e antagonistas que atuam de forma coordenada. O reflexo mais simples de estiramento envolve apenas dois neurônios: neurônio sensorial do fuso muscular e o neurônio motor somático que se dirige para o músculo. O reflexo do tensão patelar é um exemplo. Esse reflexo pode ser induzido pela percussão do tendão da patela com martelo de reflexo. Instantaneamente, o músculo quadríceps estira e ativa o reflexo do estiramento dinâmico que faz com que a perna se lance para a frente. Acontece pois o estiramento do musculo ativa os fusos que enviam potenciais de ação através das fibras sensoriais para a medula espinal. Os neurônios sensoriais fazem sinapse diretamente com os neurônios motores que controlam a contração do musculo em questão. Para que a contração muscular estenda a perna, os músculos flexores antagonistas devem relaxar, um processo denominado inibição recíproca. Na perna, isso requer o relaxamento dos músculos isquiotibiais dispostos na parte de trás da coxa. O único estimulo da percussão no tendão efetua tanto a contração do quadríceps quanto a inibição recíproca dos isquiotibiais. Algumas ramificações ativam neurônios motores que inervam o quadríceps femoral, ao passo que outras ramificações fazem sinapse com interneurônios inibidores. Esses interneurônios suprimem a atividade dos neurônios motores que controlam os isquiotibiais. O resultado é o relaxamento dos isquiotibiais, permitindo que a contração do quadríceps femoral prossiga sem oposição. 27105 PBL Ccomtroeecouecmovimenhouicmveuelcçerpincrl cinrroauegnoo Cpuopeoerrtouso Cmeurôniosu Crefreenoapaular
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