Buscar

A GUERRA FRIA (1981-1989) A CRISE DO SOCIALISMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

HISTÓRIA I
PRÉ-VESTIBULAR 339PROENEM.COM.BR
A GUERRA FRIA (1981-1989): 
A CRISE DO SOCIALISMO31
CONTEXTO
A história do colapso da União Soviética deve ser contada 
a partir da década de 1970, quando o país dava pequenas 
mostras de que o regime político e econômico não ia bem. Após 
sufocar os movimentos liberais de 1956, na Hungria e 1968, na 
Tchecoslováquia, os soviéticos envolveram-se na ação militar do 
Afeganistão em 1979.
A AÇÃO SOVIÉTICA NO AFEGANISTÃO
Em 17 de julho de 1973, um golpe de estado, fomentado 
por militares comunistas, destituiu o rei Shah Zaher. O chefe do 
novo governo republicano, Mohammed Daud, porém, começa a 
demonstrar uma linha de política externa independente, afastando-
se da União Soviética. Daud acaba sendo derrubado em 27 de abril 
de 1978, na chamada “revolução de Saur”. A República Democrática 
do Afeganistão, dirigida por Nur-Mohammed Taraki, é reconhecida 
imediatamente pelo governo soviético de Leonid Brejnev, sucessor 
de Kruschev no Kremlin. 
A administração Taraki inicia uma série de medidas proibitivas 
que levariam o país ao colapso social definitivo. O islamismo é 
considerado ilegal, e o Alcorão é queimado em praça pública. A 
guerra civil começa.
A União Soviética presta auxílio ao governo comunista afegão, 
utilizando caças Migs para bombardear cidades dominadas pelos 
rebeldes muçulmanos Mujahedin. A situação piora quando o Khalq 
e o Partcham disputam o poder. Taraki é assassinado, sendo 
substituído por Hafizullah Amin. Um comando soviético executa 
Amin, colocando o títere Babrak Karmal na Presidência do país. Em 
27 de dezembro de 1979, atendendo a uma solicitação de Karmal, 
Brejnev desencadeia a operação Borrasca 333. A invasão soviética 
ao Afeganistão, que perduraria até 1989, começara.
O motivo que levou a uma intervenção militar de Moscou 
não foi apenas a tradicional política de expansão russa 
para o mar, que o historiador Eric J. Hobsbawn vai alcunhar 
como teoria de “atlas escolar”. A manutenção de um regime 
favorável ao Kremlin era imprescindível. Seria extremamente 
perigoso para a superpotência perder o controle do governo 
comunista no Afeganistão. A queda de Karmal poderia excitar 
um “nacionalismo islâmico” nas repúblicas soviéticas da Ásia 
Central. 
PROEXPLICA
A resistência dos afegãos era composta por cerca de sete 
grupos sunitas, guarnecidos pelo Paquistão, e oito grupos xiitas, 
incentivados pelo Irã. Contudo, não foram apenas os gritos de “Allah 
o Akbar! (“Deus é grande!”)” que decidiram a vitória islâmica contra os 
soviéticos. A Guerra Fria fez com que os Estados Unidos da América a 
auxiliassem em oposição ao regime comunista de Cabul. Os mísseis 
antiaéreos portáteis Stinger, de fabricação norte-americana, nas 
mãos do Mujahedin, começaram a abater helicópteros Mi-24 da 
União Soviética.
O diretor da CIA, William Casey, desenvolveu a guerra de 
infiltração: dez mil volumes do Alcorão, em idioma uzbeque, 
foram enviados para a região. O Kremlin, temendo que soldados 
soviéticos das repúblicas islâmicas pudessem se sensibilizar com 
o conflito, substitui estes grupamentos militares por contingentes 
da Rússia, Ucrânia e repúblicas bálticas.
O presidente americano Jimmy Carter protesta formalmente 
contra a invasão soviética, boicotando os Jogos Olímpicos de 
Moscou (1980). Cerca de 30 países não comparecem aos Jogos, 
ratificando a posição norte-americana. A Grã-Bretanha e a França, 
aliadas dos Estados Unidos, entretanto, enviam delegações para 
a URSS.
O saldo da guerra do Afeganistão é desastroso para o Kremlin. 
No campo diplomático, o ataque é condenado mundialmente, 
aliando temporariamente inimigos irreconciliáveis, como Arábia 
Saudita, China, Estados Unidos, Irã e Paquistão. As estatísticas não 
são mais animadoras para os soviéticos: mais de 13 mil militares 
do Exército Vermelho morrem durante a ocupação. A economia 
do país, já debilitada pela corrida armamentista contra os Estados 
Unidos, acelera seu processo de falência. O secretário-geral do 
Partido Comunista da União Soviética, Mikhail Gorbatchev, cumpre 
o acordo de paz de Genebra, retirando, em 15 de fevereiro de 1989, 
a última guarnição militar soviética estacionada no Afeganistão: 
a 201ª divisão de reconhecimento, comandada pelo tenente-
coronel Boris Gromov. O governo comunista afegão de Mohammed 
Najibullah é abandonado à própria sorte, até a vitória dos rebeldes 
muçulmanos em 1992.
O Afeganistão, arrasado por quase 30 anos de guerras, é o 
retrato da miséria. Um saldo de mais de dois milhões de mortos, 
além da ausência de atividades econômicas e milhares de 
refugiados nos países vizinhos. Com a queda de Najibullah, o islã, 
vilipendiado pelo materialismo histórico de Moscou, triunfa. As 
rivalidades entre os grupos muçulmanos, entretanto, estenderam a 
guerra pela década de 1990. A milícia talibã conquista Cabul em 27 
de setembro de 1996, passando a impor seu radicalismo religioso. 
A “Idade Média” do Crescente proíbe mulheres de frequentar 
escolas e destrói imagens milenares sob a pecha da idolatria.
PERESTROIKA E GLASNOT: AS 
REFORMAS DE GORBACHEV
Mikhail Gorbachev
Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/dc/
Gorbachev_%28cropped%29.png/450px-Gorbachev_%28cropped%29.png
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR340
HISTÓRIA I 31 A GUERRA FRIA (1981-1989): A CRISE DO SOCIALISMO
A linha de sucessão do poder na União Soviética foi inaugurada 
por Vladimir Lênin com a revolução de outubro de 1917. Depois da 
morte de Lênin, em 1924, Stalin e Trotsky disputaram a sucessão, 
sendo Stalin o novo líder soviético até 1953, ano de sua morte. 
Kruschev, stalinista ucraniano, substituiria o “Grande Irmão”, 
até ser deposto pelo Politburo em 1964, quando Leonid Brejnev 
assumiria. Com a morte de Brejnev, dois idosos comunistas 
ortodoxos preencheram o mais importante posto político do mundo 
comunista. Yuri Andropov e Chernenko, juntos, governaram a União 
Soviética por menos de cinco anos, pois ambos faleceram no 
exercício da função. O Politburo, o Parlamento comunista, decidiu-
se então por um jovem político chamado Mikhail Gorbachev, que, 
em março de 1985, assumiu a cadeira que foi de Lênin, o pai 
fundador da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Já em 1986, durante o XXVII Congresso do Partido Comunista 
da União Soviética, Gorbachev faria o anúncio de um conjunto de 
reformas que dariam o impulso final que faltava para o colapso 
político da URSS. A perestroika, reestruturação econômica, e a 
glasnost, transparência/abertura política, foram anunciadas com 
pouco alarde, contudo, promoveriam uma revolução no Leste 
Europeu como não se via desde os movimentos nacionalistas e 
liberais do século XIX. O poderio da Rússia soviética, construído por 
mais de setenta anos, começava a ruir pelas próprias contradições 
do sistema socialista soviético.
O primeiro problema que os soviéticos enfrentavam era o atraso 
tecnológico, no qual estavam ficando perigosamente para trás 
em relação aos Estados Unidos. Em março de 1983, o presidente 
norte-americano Ronald Reagan anunciara o sistema strategic 
defense iniative, apelidado pela imprensa como “projeto Guerra nas 
Estrelas”, que consistia em um investimento orçado em trilhões 
de dólares para o desenvolvimento e construção de um escudo 
antimísseis a partir da equipagem de satélites artificiais com feixes 
de laser que pudessem destruir projéteis lançados contra o território 
americano. O recado de Reagan era claro: os Estados Unidos 
estavam alcançando um nível de desenvolvimento tecnológico que 
acabaria com o elemento de dissuasão da Guerra Fria, ou seja, o 
risco de suicídio nuclear. Os Estados Unidos, portanto, poderiam 
desfechar um ataque nuclear contra a União Soviética, pois teriam 
condições de repelir o contra-ataque. Ademais, o recado estendia-
se no âmbito econômico: se os soviéticos ousassem competir 
ainda no plano tecnológico e bélico, teriam que comprometer 
suas já debilitadas finanças. A União Soviética perdia a corrida 
tecnológicae a III Revolução Industrial.
Em abril de 1986, um acidente nuclear na usina de Chernobyl, 
localizada na república soviética da Ucrânia, deixava em evidência 
a fragilidade do sistema tecnológico soviético. Este episódio 
representou o maior desastre radioativo da humanidade até 
então, desencadeando grande preocupação com o significativo 
número de mortos e afetados diretamente pela radiação, assim 
como realizando críticas ao governo soviético na condução 
destes acontecimentos. Além disso, as reformas de Gorbatchev 
mostravam-se necessárias por conta de outros graves problemas. 
As nacionalidades subordinadas ao poder moscovita clamavam por 
maior liberdade dentro da União Soviética. A URSS era, na realidade, 
um Estado multinacional, no qual os russos desempenhavam um 
papel de vanguarda por conta de sua grandiosidade territorial e 
demográfica. Outros Estados, contudo, compunham a União das 
Repúblicas Socialistas Soviéticas: Ucrânia, Bielorrússia, Estônia, 
Letônia, Lituânia, Azerbaijão, Turcomenistão, Cazaquistão, 
Uzbequistão. Ademais, o péssimo padrão de qualidade dos bens 
de consumo duráveis na União Soviética gerava um contraste 
intolerável. A URSS era um dos países de preponderância da corrida 
aeroespacial, contudo, o soviético comum era obrigado a conviver 
com racionamentos diários de produtos cotidianos e consumir 
bens de péssima qualidade. Uma minoria privilegiada, denominada 
em russo de nomenklatura, entretanto, gozava de privilégios dentro 
do Estado soviético. A nomenklatura era a burocracia estatal da 
União Soviética que obtinha, por exemplo, acesso aos bens de 
consumo do ocidente, proibitivos dentro do mundo comunista.
AS REVOLUÇÕES LIBERAIS DE 1989
O anúncio das reformas de Gorbatchev começou a contagiar o 
Leste Europeu de um modo surpreendentemente rápido, levando à 
derrocada do sistema socialista soviético.
Em julho de 1989, o sindicato polonês Solidariedade, graças às 
reformas de Gorbatchev, as quais preconizavam um considerável 
liberalismo político, obteve uma das mais esmagadoras vitórias 
eleitorais da história da Europa, mostrando o quanto a população 
da Polônia comunista mostrava-se contrária à este modelo político-
econômico. O sindicalista católico Lech Walesa tornaria-se o primeiro 
presidente não comunista do país desde a Segunda Guerra Mundial.
No mês seguinte, na Praça Tiananmen, conhecida pelos 
ocidentais como Praça da Paz Celestial, em Pequim, ocorreu o 
mais terrível massacre comunista perpetrado contra manifestantes 
empolgados com o anúncio das reformas Gorbatchev. Os jovens 
estudantes chineses reuniram-se na Praça da Paz Celestial, centro 
do poder político chinês, com o objetivo de forçar o governo a 
adotar as reformas recomendadas por Gorbatchev. Os estudantes 
chegaram a construir uma estátua de gesso, apelidada de Deusa 
da Democracia, uma referência clara à estátua da liberdade dos 
Estados Unidos. O governo comunista, contudo, dispersou a 
manifestação empregando o exército.
Em novembro de 1989, o Muro de Berlim cairia. O símbolo 
maior da bipolaridade entre perspectivas socialistas e capitalistas 
durante a Guerra Fria no continente europeu foi colocado abaixo 
após a Alemanha Comunista permitir que a população de Berlim 
Oriental pudesse transitar livremente para a Berlim Ocidental. 
A população alemã, empolgada, começou a destruir o muro. 
Em outubro de 1990, as duas Alemanhas finalmente passariam 
pelo processo de reunificação política, que, infelizmente, foi 
acompanhado pelo discreto retorno de manifestações xenofóbicas 
e neonazistas, que tinham como alvos principais os imigrantes do 
Leste Europeu e da Turquia.
Em dezembro de 1989, o vento da liberdade oriental varreria de 
modo extremamente violento a ditadura comunista da Romênia. 
O ditador Nicolau Ceaucescu, não aceitando a perda do poder, 
acabaria enfrentando uma manifestação popular que nem mesmo 
a sekuritat, a polícia secreta romena, conseguiria barrar. O casal 
Ceaucescu seria fuzilado próximo à noite de Natal de 1989.
Em julho de 1991, após a declaração de independência da 
Eslovênia e da Croácia, começa a guerra civil da Iugoslávia, 
que levaria à fragmentação política do país, na qual a Bósnia-
Herzegovina e a Macedônia também se desligariam.
Em agosto de 1991, uma junta da linha-dura soviética tenta, 
em vão, barrar as reformas de Gorbatchev que, efetivamente, 
acabariam com o socialismo na Europa oriental. O golpe, contudo, 
enfrenta a resistência da população russa, liderada por Boris 
Yeltsin, futuro presidente da Rússia democrática. Gorbatchev 
acaba sendo libertado e imediatamente as repúblicas bálticas, 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
31 A GUERRA FRIA (1981-1989): A CRISE DO SOCIALISMO
341
HISTÓRIA I
acompanhadas posteriormente por Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, 
declaram independência, formando a Comunidade dos Estados 
Independentes. Em 25 de dezembro de 1991, formalmente a União 
Soviética deixava de existir. Em 1993, a Revolução de Veludo, na 
qual a República Tcheca e a Eslováquia se separam pacificamente, 
completou o quadro da crise do socialismo.
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Analise a atuação soviética no Afeganistão no contexto da 
Guerra Fria.
02. Explique as propostas soviéticas dos anos 1980: perestroika e 
glasnost.
03. Indique as razões que justifiquem a adoção da perestroika e 
glasnost na União Soviética.
04. Analise o simbolismo da queda do muro de Berlim em 1989.
05. Apresente brevemente o processo que desencadeou na 
desestruturação da União Soviética em 1991.
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. (UERJ)
O QUE É UMA NAÇÃO?
O homem não é escravo nem de sua raça, nem de sua língua, 
nem de sua religião, nem do curso dos rios, nem da direção das 
cadeias de montanhas. Um grande agrupamento de homens, de 
espírito sadio e coração ardoroso, cria uma consciência moral que 
se chama nação. Enquanto puder provar sua força através dos 
sacrifícios que exigem a abdicação dos indivíduos em prol de uma 
comunidade, essa consciência moral será legítima, terá o direito 
de existir. Se surgem dúvidas quanto a fronteiras, consultem-se as 
populações envolvidas. Elas têm bem o direito de ter uma opinião 
na questão.
ERNEST RENAN Conferência na Universidade de Sorbonne, 1882. revistas.usp.br
Ao longo do século XX, houve acontecimentos vinculados a projetos 
nacionalistas similares à concepção defendida pelo historiador 
Ernest Renan, em 1882.
Identifica-se como um desses acontecimentos a:
a) emancipação do Vietnã na pacificação da Indochina
b) divisão da Polônia no curso da Segunda Guerra Mundial
c) criação da Iugoslávia no final da Primeira Guerra Mundial
d) reunificação da Alemanha no contexto da crise da U.R.S.S.
02. (ENEM PPL) A Guerra Fria foi, acima de tudo, um produto 
da heterogeneidade no sistema internacional – para repetir, da 
heterogeneidade da organização interna e da prática internacional 
– e somente poderia ser encerrada pela obtenção de uma nova 
homogeneidade. O resultado disto foi que, enquanto os dois 
sistemas distintos existiram, o conflito da Guerra Fria estava 
destinado a continuar: a Guerra Fria não poderia terminar com o 
compromisso ou a convergência, mas somente com a prevalência 
de um destes sistemas sobre o outro.
HALLIDAY, F. Repensando as relações internacionais. Porto Alegre: EdUFRGS, 1999.
A caracterização da Guerra Fria apresentada pelo texto implica 
interpretá-la como um(a)
a) esforço de homogeneização do sistema internacional negocia-
do entre Estados Unidos e União Soviética.
b) guerra, visando o estabelecimento de um renovado sistema 
social, híbrido de socialismo e capitalismo.
c) conflito intersistêmico em que países capitalistas e socialistas 
competiriam até o fim pelo poder de influência em escala 
mundial.
d) compromisso capitalista de transformar as sociedades homo-
gêneas dos países socialistas em democracias liberais.
e) enfrentamento bélico entre capitalismo e socialismo pela 
homogeneização social de suas respectivas áreas de influência 
política.
03. (UERJ) A Europa passou por grandenúmero de reconfigurações 
territoriais, em virtude das disputas seculares entre os povos do 
continente. No mapa abaixo, elaborado em 2014, estão assinalados, 
para cada país europeu, o nome da última potência estrangeira a 
desocupar aquele espaço nacional e o ano em que isso ocorreu.
A desocupação estrangeira na Europa Oriental, após a Segunda 
Guerra Mundial, está associada ao seguinte contexto geopolítico:
a) fim da Guerra Fria
b) fundação da União Europeia
c) término da Crise dos Mísseis
d) início da Coexistência Pacífica
04. (UERJ)
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR342
HISTÓRIA I 31 A GUERRA FRIA (1981-1989): A CRISE DO SOCIALISMO
A política externa praticada pelos EUA no governo de Ronald 
Reagan, entre 1980 e 1988, reaqueceu os antagonismos que 
caracterizaram o período da Guerra Fria. A ilustração acima faz 
uma representação irônica dos continentes, condizente com as 
ideias propagadas pelo líder estadunidense.
Durante o governo Reagan, duas características importantes da 
geopolítica dos EUA são:
a) ênfase no combate às ditaduras – antagonismo com os países 
do Sul
b) incentivo à fragmentação territorial – envolvimento em 
conflitos religiosos
c) estímulo ao expansionismo colonial – estabelecimento de 
alianças militares
d) acentuação da rivalidade ideológica – práticas de imperialismo 
econômico
05. (ENEM PPL) Foi em meados da década de 70 que a União 
Soviética começou a perder o “bonde da história”. Ficava evidente, 
mesmo para os próprios soviéticos, que o império vermelho era 
uma superpotência apenas pelo poderio militar, pelo arsenal 
nuclear e pela capacidade de destruição em massa. Devido ao 
seu baixo dinamismo econômico, a produtividade industrial não 
acompanhava, nem de longe, os avanços dos países capitalistas 
desenvolvidos mais competitivos. Seu parque industrial, sucateado, 
era incapaz de produzir bens de consumo em quantidade e 
qualidade suficientes para abastecer a própria população. As 
filas intermináveis eram parte do cotidiano dos soviéticos e o 
descontentamento se generalizava.
Em outras palavras, na União Soviética,
a) a falta de dinamismo econômico e de progresso social era 
devida à economia liberal.
b) o parque industrial era obsoleto, não atendendo à demanda da 
população.
c) o descontentamento popular expressava-se em imensas filas 
de protesto contra a carência de certos bens.
d) a incapacidade de produzir bens de consumo era compensada 
pela indústria pesada, em qualidade e em quantidade.
e) o descontentamento popular foi agravado pela política de 
incentivo à importação de produtos ocidentais.
06. (UNESP) Sobre a queda do muro de Berlim, no dia 10 de 
novembro de 1989, é correto afirmar que
a) o fato acirrou as tensões entre Oriente e Ocidente, manifestas 
na permanência da divisão da Alemanha.
b) resultou de uma longa disputa diplomática, que culminou com 
a entrada da Alemanha no Pacto de Varsóvia.
c) expressou os esforços da ONU que, por meio de acordos 
bilaterais, colaborou para reunificar a cidade, dividida pelos 
aliados.
d) constituiu-se num dos marcos do final da Guerra Fria, política 
que dominou as relações internacionais após a Segunda 
Guerra Mundial.
e) marcou a vitória dos princípios liberais e democráticos contra o 
absolutismo prussiano e conservador.
07. (UERJ)
(BELMONTE, 1946. In: JAGUAR (org.). Caricatura dos tempos. 
São Paulo: Melhoramentos, 1982.)
A caricatura acima refere-se ao contexto histórico da Guerra Fria, 
marcado por um sistema de relações na política internacional que 
estabelece um estado entre beligerância e não-beligerância.
A Guerra Fria pode ser caracterizada por:
a) cisão no bloco socialista, a partir da oposição entre União 
Soviética e China
b) formação de alianças continentais, devido às tensões 
decorrentes da descolonização
c) ocorrência de conflitos localizados, em função da possibilidade 
de utilização da energia atômica
d) confronto direto entre os Estados Unidos e a União Soviética, 
em virtude da divisão da Europa pela cortina de ferro
08. (UEFS) A perestroika e a glasnost espalharam-se entre os 
povos do Leste europeu, ressentidos da dominação soviética e 
preocupados com as crescentes dificuldades econômicas. Durante 
1989 e 1990, os europeus orientais demonstraram sua insatisfação 
com a liderança comunista e exigiram reformas democráticas. 
(PERRY. 2002. p. 657).
O contexto histórico nos quais os termos perestroika e glasnost 
foram aplicados no texto diz respeito
a) ao auge da Guerra Fria, quando a União Soviética e os Estados 
Unidos dividiam a influência política e ideológica entre Oriente 
e Ocidente.
b) à maior expansão militarista da União Soviética, quando seus 
cientistas enviaram o primeiro satélite espacial à Lua.
c) ao levante das oposições contra a violência do governo 
stalinista, do qual resultou a queda daquele ditador.
d) aos conflitos entre a União Soviética e o Japão socialista, na 
disputa pelo controle da navegação militar no Oceano Pacífico.
e) à crise estrutural do Estado soviético, levando Mikhail 
Gorbachev a propor uma abertura política e uma nova 
orientação econômica na União Soviética, para enfrentar os 
problemas nacionais.
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
31 A GUERRA FRIA (1981-1989): A CRISE DO SOCIALISMO
343
HISTÓRIA I
09. (ESPCEX - AMAN) “Na política externa a aproximação com as 
potências ocidentais praticamente determinou o fim da Guerra 
Fria, trazendo desdobramentos como a queda do Muro de Berlim 
e a derrubada – pacífica ou violenta – dos ditadores na Europa 
Oriental [...] A Alemanha Oriental foi finalmente reunida à sua parte 
Ocidental, formando um só país”.
(BERUTTI, 2004)
Com base nas informações do fragmento, é correto concluir que o 
autor se refere a(à)
a) unificação do Estado alemão, em 1871.
b) política externa adotada pela Rússia logo após a revolução 
bolchevique.
c) algumas consequências das medidas liberalizantes adotadas 
na União Soviética na década de 1980.
d) formação do COMECOM reunindo as principais economias da 
Europa Oriental aos Estados Unidos, na década de 1940.
e) algumas consequências do Plano Marshall adotado na década 
de 1940 para recuperar a economia europeia.
10. (UFRGS) Leia o enunciado abaixo.
O breve século XX acabou em problemas para os quais ninguém 
tinha, nem dizia ter, soluções. Enquanto tateavam o caminho para 
o terceiro milênio em meio ao nevoeiro global que os cercava, os 
cidadãos do fin-de-siècle só sabiam ao certo que acabou uma 
era na história. E muito pouco mais. Assim, pela primeira vez em 
dois séculos, faltava inteiramente ao mundo da década de 1990 
qualquer sistema ou estrutura internacional.
Adaptado de: HOBSBAWN, Eric. Era dos extremos. O breve século XX. 
São Paulo: Cia das Letras, 1995. p. 537.
Com base nesse enunciado, é correto afirmar que o fim dessa era 
está associado
a) ao vazamento da usina nuclear de Chernobyl, na extinta União 
Soviética, que encerrou as pesquisas nucleares naquele país.
b) à Guerra do Iraque e à deposição de Sadam Hussein, fatos que 
originaram anos de conflito.
c) à abertura econômica da República Popular da China, que 
cresceu em taxas galopantes, desbancando outras potências.
d) à queda do Muro de Berlim, que representou o fim da Guerra 
Fria e o colapso da União Soviética.
e) ao atentado às torres gêmeas, em setembro de 2001, episódio 
que assinalou o início da chamada “Era do terror”.
11. (UEG) Leia o texto a seguir.
No atual contexto dos Jogos Olímpicos, a situação é bem 
diferente da existente há três décadas. No final dos anos 70 e início 
dos anos 80, as disputas políticas e ideológicas da Guerra Fria, 
mesmo em certo declínio, tiveram reflexos no cenário esportivo 
mundial. Naquela época, Estados Unidos e União Soviética ainda 
detinham o poder oriundo da bipolaridade entre capitalismo e 
socialismo, surgida a partir do final da Segunda Guerra Mundial. 
Fonte: FARIAS, Rodrigo. <http://historiaeumbarato.blogspot.com.br/2012/05/o-boicote-
aos-jogos-olimpicos-de-1980-e.html>. Acesso em: 4 fev. 2016. (Adaptado).Um dos episódios mais marcantes do cenário esportivo 
internacional durante a Guerra Fria foi o boicote do governo dos 
Estados Unidos da América aos Jogos Olímpicos de Moscou 
em 1980, retirando oficialmente seus atletas da competição. O 
presidente americano Jimmy Carter qualificou tal iniciativa como 
a) uma represália contra a invasão soviética ao Afeganistão, sob 
o pretexto de resolver a disputa entre rebeldes islâmicos e 
adeptos do comunismo.
b) um protesto contra o massacre de onze atletas israelenses nos 
Jogos Olímpicos de Munique, realizado pelo grupo terrorista 
palestino Setembro Negro.
c) uma retaliação do Bloco Capitalista contra a intervenção 
soviética no caso da Crise dos Mísseis, quando a URSS instalou 
armas nucleares em Cuba.
d) um aviso ao Bloco Socialista de que seus atletas não eram 
bem-vindos na América, uma vez que as próximas Olimpíadas 
aconteceriam em Los Angeles.
e) uma ação coordenada das potências democráticas capitalistas, 
considerando que França, Inglaterra e Alemanha Ocidental 
aderiram ao boicote aos jogos.
12. (UFT) [...] “a guerra consiste não só na batalha, ou no ato de 
lutar, mas num período de tempo em que a vontade de disputar pela 
batalha é suficientemente conhecida” (Thomas Hobbes). A Guerra 
Fria entre EUA e URSS, que dominou o cenário internacional na 
segunda metade do século XX, foi sem dúvida um desses períodos.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.224.
Em se tratando de Guerra Fria é correto afirmar:
a) Sob a influência da URSS, Brasil, Índia, Curdistão, Austrália, 
Nigéria, Congo, Venezuela e Coreia do Sul assinaram em 1971 
o Pacto Varsóvia com os EUA.
b) A Guerra do Vietnã, rapidamente vencida pelas tropas 
americanas em 1965, foi um episódio diretamente ligado à 
tentativa soviética de expansão do socialismo na Ásia depois 
de 1949.
c) Estados Unidos e União Soviética representavam sistemas 
políticos, econômicos e ideológicos antagônicos, que entraram 
numa corrida armamentista sem precedentes na história, como 
forma de afastar um ao outro de suas respectivas áreas de 
influência, demarcadas logo após a Segunda Guerra Mundial.
d) Um dos momentos mais tensos da Guerra Fria foi a chamada 
crise dos mísseis, que ocorreu em 1962, quando os Estados 
Unidos instalaram mísseis nucleares na ilha de Cuba.
e) A convivência pacífica foi abortada quando as duas 
superpotências enviaram tropas ao Afeganistão, em 1975. 
Essas tropas entraram em combate direto na cidade de Cabul, 
em agosto daquele ano, causando uma grande quantidade de 
mortos entre população civil do país.
13. (UFSM)
Em 9 de novembro é derrubado o Muro de Berlim. O governo 
[da Alemanha Oriental] não tinha condições de mantê-lo, a menos 
que partisse para uma repressão sangrenta. [...] Em apenas 3 dias, 
pelo menos 2 milhões de alemães-orientais passaram para Berlim 
Ocidental. [...] Já no lado ocidental, os alemães-orientais formavam 
filas enormes diante das discotecas e de lojas pornôs [...]. Embora 
não tivessem dinheiro suficiente para comprar, as pessoas olhavam 
tudo como se fosse um grande parque de diversões.
ARBEX JR., José. Revolução em 3 tempos: URSS, Alemanha, China. 
SP: Moderna, 1993. p. 54-56. 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR344
HISTÓRIA I 31 A GUERRA FRIA (1981-1989): A CRISE DO SOCIALISMO
A partir do texto, pode-se afi rmar que a queda do Muro de Berlim, 
em 1989, indica
a) a falência do modelo socialista soviético em atender às 
demandas da população quanto à liberdade individual e ao 
consumo de bens e serviços.
b) as grandes realizações do modelo socialista na saúde e 
educação, capazes de manter as massas distantes dos apelos 
do mundo do consumo de bens privados, próprios da economia 
capitalista.
c) o resultado do cerco militar das potências capitalistas e, 
consequentemente, o esgotamento do sistema socialista de 
atender às demandas das populações dos países do Leste 
Europeu.
d) o vigor do modelo socialista adotado pela Alemanha Oriental, o 
qual repetia o padrão soviético, porém era mais brando quanto 
à livre organização da sociedade e à liberdade de imprensa.
e) a crise do capitalismo dos países da Europa Ocidental e dos 
Estados Unidos, com o esgotamento do Estado do Bem-Estar 
Social e a retração da sociedade de consumo.
14. (FAMERP) Observe as fotos, respectivamente de 1961 e de 1989.
As imagens podem ser utilizadas para
a) confi rmar a política segregacionista e racista do nazismo.
b) expor as tensões entre civis e militares no Maio de 1968 
francês.
c) demostrar a destruição provocada pela Segunda Guerra 
Mundial.
d) simbolizar o acirramento e o fi m da Guerra Fria.
e) contrapor a ordem no mundo socialista à desordem do 
capitalismo.
15. (FAC. ALBERT EINSTEIN - MED) Mikhail Gorbachev realizou, 
na União Soviética da década de 1980, um conjunto de reformas, 
que se tornaram conhecidas como “perestroika” e “glasnost”. Elas 
visavam, entre outros fatores,
a) o controle político-militar do Leste europeu e a reforma do 
sistema educacional.
b) a reestruturação econômica do país e o processo de 
democratização do Estado.
c) o controle político pelo Partido Comunista e a transição pacífi ca 
para o socialismo.
d) o investimento maciço no programa nuclear e a adoção de 
uma economia de mercado.
16. (UFSJ) “No outono de 1989, a expressão revolução de veludo 
foi cunhada para descrever uma mudança de regime pacífi ca, 
teatral e negociada em um pequeno país da Europa central que 
não existe mais. Esse rótulo sedutor foi então aplicado de forma 
retrospectiva aos acontecimentos de importância cumulativa que 
se desenrolaram na Polônia, na Hungria e na Alemanha Oriental 
[...]”.
TIMOTHY, G. Rebelião a sangue frio. Folha de S. Paulo, 22 nov. 2009. 
O texto acima refere-se ao processo histórico representado pelo
a) surgimento, na Europa, do bloco de repúblicas socialistas sob 
influência da União Soviética no início da Guerra Fria.
b) desmoronamento do bloco de repúblicas socialistas na Europa, 
concomitante ao início da crise que conduziu ao fi m da União 
Soviética.
c) conjunto de rebeliões que sacudiram o bloco das repúblicas 
socialistas da Europa Oriental e foram duramente reprimidas 
pela União Soviética.
d) conjunto de conflitos políticos entre Estados Unidos e União 
Soviética que conduziu, na Europa Central, à construção do 
Muro de Berlim.
17. (UNICAMP) Nas últimas três décadas, vimos o fi m de velhas 
unidades políticas e a emergência de novas: as unifi cações da 
Alemanha e do Iêmen, a desintegração da Checoslováquia, da 
Iugoslávia e da União Soviética, a secessão de países como Eritreia, 
Timor-Leste e Kosovo. Vimos também a expansão de esforços de 
integração política e econômica, a absorção de antigos membros do 
Pacto de Varsóvia na Otan, o envolvimento de exércitos nacionais 
em esforços da ONU pela manutenção da paz e a mobilização de 
outros tantos exércitos na tentativa de conter e defi nir o terrorismo 
como fenômeno político.
(Adaptado de Sebastião Nascimento, Vinte anos sem muro em Berlim: novas faces da 
violência política. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v.26, n. 77, out. 2011.)
Sobre esta nova condição histórica e geopolítica internacional, é 
correto afi rmar:
a) As décadas que nos separam da queda do Muro de Berlim e 
do fi m da Guerra Fria representam um período de continuidade 
das formas e demandas políticas no plano internacional e de 
manutenção da cartografi a mundial.
b) A reunifi cação alemã foi decisiva nesse processo global. Ela 
fez desaparecer o maior símbolo da Guerra Fria na Europa, a 
Alemanha dividida. A queda do Muro de Berlim em 1989 e o 11 
de setembro de 2001 são marcos desse processo.
c) Após a descolonização nos anos de 1950 e 1960, a 
dessovietização do mundo nos anos de 1990 reforçou o 
imperialismo, compreendido como um sistema de Estados 
nacionais iguais sob o direito internacional.
d) Desde 1989, o Estado nacional democrático alcançou todo o 
globo com eleições livres, não apenas no Leste Europeu, mastambém nos países orientais. Na retórica política comum, 
destaca-se o fenômeno do terrorismo atlântico.
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
31 A GUERRA FRIA (1981-1989): A CRISE DO SOCIALISMO
345
HISTÓRIA I
18. (UDESC) Em 1989 ocorreu a Queda do Muro de Berlim que 
dividiu a cidade de Berlim entre a República Democrática da 
Alemanha (Alemanha Oriental) e a República Federal da Alemanha 
(Alemanha Ocidental), durante 28 anos.
Sobre as mudanças ocorridas nas últimas décadas do século XX, 
é correto afirmar.
a) Com as mudanças ocorridas, no final do século XX, nos países 
do leste europeu, os partidos socialistas e os comunistas 
obtiveram maior participação no poder, uma vez que puderam 
participar das eleições, o que lhes era proibido até a década 
de 90.
b) A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) trocou 
o nome para Rússia, mas manteve seu espaço geográfico 
intacto.
c) Ocorreram várias mudanças no mapa geográfico da Europa 
com o surgimento de novos países como, por exemplo, a 
República Tcheca, a Eslováquia, a Croácia e a Bósnia.
d) A Alemanha continua dividida entre Alemanha Oriental e 
Ocidental, com governos separados, sendo que somente a 
Alemanha Ocidental (que tem como atual primeira ministra 
Angela Merkel) faz parte da Comunidade Europeia.
e) O fim do comunismo significou o fim de uma sociedade 
igualitária, na qual toda a população tinha suas necessidades 
básicas atendidas.
19. (ESPCEX - AMAN) Nas décadas finais do Séc. XX, a União 
Soviética passou por uma série de transformações que levaram ao 
fim do socialismo. Essas mudanças foram marcadas por:
a) acordos de eliminação de mísseis entre as superpotências, 
interrompidos com a entrada soviética no Afeganistão em 1988.
b) políticas que levaram a uma abertura política e econômica, 
conhecidas como glasnost e perestróika.
c) aprofundamento do processo de distensão e fortalecimento do 
Pacto de Varsóvia.
d) fim do monopólio do Partido Comunista, implantação do 
unipartidarismo e instauração de eleições diretas em 1989.
e) restabelecimento dos Kolkoses e Sovekoses nos campos, 
abertura do país a empresas estrangeiras e intensificação das 
alianças geopolíticas bipolares.
20. (UFPR) O fim do comunismo na Europa Oriental e na União 
Soviética, entre 1989 e 1991, foi um fato inesperado para a maioria 
da comunidade acadêmica e política, pois ele não apresentava 
sinais aparentes de deterioração. O historiador Mark Mazower 
declarou: “A liberdade foi a consequência; o desejo de liberdade não 
foi necessariamente a causa”.
Segundo essa afirmação e os conhecimentos sobre o assunto, é 
correto afirmar:
a) O comunismo terminou com a queda do Muro de Berlim e a 
reunificação alemã, depois que os comunistas reconheceram 
a legitimidade do sindicato Solidariedade, cujo líder era Lech 
Walesa, levando a economia dos países a se modernizar.
b) Nesse processo, predominaram os interesses do capital 
privado ocidental, que desejava acabar com o comunismo para 
implantar o liberalismo no leste, com o desmonte do Estado 
de Bem-Estar sem uma base alternativa para sustentar as 
economias daqueles países.
c) O que fez o comunismo sucumbir foi a dissolução da União 
Soviética, após a assinatura dos tratados de desarmamento 
nuclear com os Estados Unidos, dando fim à Guerra Fria e, por 
consequência, à necessidade de manter a cortina de ferro.
d) O fator preponderante foi a desistência da União Soviética em 
manter seu império, pois se tornara uma política dispendiosa e 
que levava à instabilidade político-militar dos países satélites.
e) O fim do comunismo foi resultado de muitos fatores, nos 
quais as lutas populares só tiveram peso decisivo no final 
(com exceção da Polônia): crise da indústria pesada, aliada a 
desabastecimentos e aumento de preços, conduzidos por um 
partido único em lento declínio, após décadas de ditadura e de 
repressão à oposição.
APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (UNICAMP) Existem épocas em que os acontecimentos 
concentrados num curto período de tempo são imediatamente 
vistos como históricos. A Revolução Francesa e 1917 foram 
ocasiões desse tipo, e também 1989. Aqueles que acreditavam que a 
Revolução Russa havia sido a porta para o futuro da história mundial 
estavam errados. E quando sua hora chegou, todos se deram conta 
disso. Nem mesmo os mais frios ideólogos da guerra fria esperavam 
a desintegração quase sem resistência verificada em 1989.
(Adaptado de Eric Hobsbawm, “1989 – O que sobrou para os vitoriosos”. 
Folha de São Paulo, 12/11/1990, p. A-2.)
a) No contexto entre as duas guerras mundiais, quais seriam as 
razões para a Revolução Russa ter simbolizado uma porta para 
o futuro?
b) Identifique dois fatores que levaram à derrocada dos regimes 
socialistas da Europa após 1989. 
02. (UERJ)
Cuba e as reformas do bloco socialista: back to the future?
Os líderes cubanos excitaram a imaginação do mundo ao 
lançarem em setembro o mais radical pacote de medidas. As 
reformas cubanas trazem logo à mente duas grandes ondas de 
reforma na antiga União Soviética: a Nova Política Econômica - 
NPE, nos anos 1920, e o início da Perestroika, em meados dos anos 
1980. Em ambas, inicialmente, as medidas tomadas e o espírito 
condutor eram bastante parecidos, mas os resultados das duas 
foram completamente diferentes. Qual desses caminhos seguirá 
Cuba, em um mundo cada vez mais globalizado?
Ângelo Segrillo. Adaptado de O Globo, 19/09/2010
No mundo contemporâneo, países socialistas viveram situações 
de crise, contornadas por meio da promoção de reformas, como as 
mencionadas no texto.
Aponte um princípio comum à Nova Política Econômica e à 
Perestroika. Em seguida, indique principal resultado de cada uma 
dessas políticas promovidas pelo governo soviético.
03. (UERJ)
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR346
HISTÓRIA I 31 A GUERRA FRIA (1981-1989): A CRISE DO SOCIALISMO
A derrubada do Muro de Berlim completará vinte anos em 2009. 
Construído em agosto de 1961, sua destruição é lembrada como 
marco do fim de uma época.
Indique o significado político da queda do Muro de Berlim para a 
Alemanha e o significado simbólico desse acontecimento para o 
contexto político internacional.
04. (UERJ)
Operários da siderúrgica ArcelorMittal protestam, em Marselha, 
contra plano do governo de Nicolas Sarkozy de aumentar a idade 
mínima de aposentadoria para 62 anos. Desde que a degradação 
da economia grega chamou atenção para os deficits explosivos 
europeus, os governos do continente se sucedem em anúncios 
de medidas de austeridade. Na Grécia, cortam-se salários e 
aposentadorias, aumentam-se impostos, e o resultado é uma 
economia de 30 bilhões de euros. A Espanha adiantou-se ao 
perigo e decidiu fazer cortes de 65 bilhões. Principal economia do 
continente, a Alemanha de Angela Merkel promete cortar 80 bilhões 
de euros até 2014.
Adaptado de <dirleydossantos.blogspot.com.br>.
A imagem e o texto apresentados refletem momentos de grave 
crise social em duas épocas distintas. Na década de 1930, a 
solução encontrada para a crise foi o estabelecimento do Estado 
do Bem-estar Social. Este modelo, contudo, vem sendo contestado 
nas duas últimas décadas em função das decisões do Consenso 
de Washington, assinado por alguns países em 1989.
Apresente uma proposta do Consenso de Washington para a crise 
das sociedades capitalistas. Em seguida, aponte a prática do 
Estado de Bem-estar Social que contraria a proposta apresentada. 
05. (Uerj) Há duas semanas, comentei neste espaço o episódio 
do submarino russo que ficou preso no fundo do mar. Dizia que 
o caso parecia uma metáfora de como o país todo, e não apenas 
um submarino, havia chegado ao fundo do poço. Um colunista de 
nome como William Pfaff escreve para The International Herald 
Tribune: O episódio do Kursk vem depois de uma década, a de 80, 
na qual o próprio Estado soviético naufragou. Segue-se aos anos 
90, quando as esperanças populares investidas na democratização 
e em reformas ocidentalizantes foram traídas pela incompetência, 
desvio de conduta ecorrupção pessoal daqueles que tomaram o 
controle do país.
(Adaptado de http://www.uol.com.br/folha/pensata/ rossi.htm - 30/08/2000.)
Indique duas medidas tomadas por Gorbatchev na década de 80 
que objetivavam mudanças no regime socialista soviético. 
GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. D
02. C
03.A 
04. D
05. B
06. D
07. C 
08. E 
09. C
10. D 
11. A
12. C
13. A
14. D
15. B
16. B
17. B
18. C
19. B
20. E
 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. a) A Revolução Russa representou, no início do século, a possibilidade de construção 
de sociedades mais justas e igualitárias, de destruição de um modelo capitalista 
opressor e concentrador de riquezas e estimulou milhões de pessoas, principalmente 
trabalhadores e jovens, em diversos países do mundo, a uma luta política pela construção 
de um novo mundo.
b) O ano de 1989 tornou-se emblemático para a crise do socialismo, com a “queda do 
muro de Berlim”, símbolo da divisão do mundo em blocos antagônicos, que é a principal 
característica da Guerra Fria. A queda do muro apenas refletiu a crise do modelo soviético, 
estagnado há décadas, tanto que foi mais uma festa do que uma revolução. A crise do 
modelo soviético está associada à incapacidade da antiga URSS manter sua política de 
corrida armamentista que tentava acompanhar os Estados Unidos e pela debilidade de 
seu potencial industrial.
02. Um dos princípios:
• abertura para a iniciativa privada em pequena escala.
• manutenção do controle estatal sobre os setores-chave da produção.
A NPE permitiu contornar a crise e consolidou a orientação socialista soviética.
A Perestroika conduziu à desintegração da União Soviética e ao fim do socialismo nos 
países do bloco sob sua influência direta. 
03. Significado político: para a Alemanha, a destruição do Muro de Berlim definiu o início 
do processo de sua reunificação política.
Significado simbólico: no contexto político internacional, a queda do Muro de Berlim 
simbolizou o fim da Guerra Fria, do domínio soviético sobre a Europa do leste e, sobretudo, 
um marco do descrédito da via socialista como contraponto à via capitalista.
04. Uma das propostas e respectiva prática contrária: 
• retorno ao Estado mínimo / maior intervenção estatal 
• processo de privatizações / criação ou ampliação de empresas estatais 
• desregulamentação da economia / atuação do Estado no financiamento da economia 
• diminuição dos investimentos públicos em programas sociais / produção de uma 
legislação social como obrigação do Estado e direito da população 
05. Reestruturação do socialismo através do desenvolvimento de uma economia de 
mercado.
Abertura política, possibilitando a existência de oposição e críticas ao governo. 
ANOTAÇÕES