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LETÍCIA NOGUEIRA BARBOSA ONTOGNOSEOLOGIA JURÍDICA Trabalho avaliativo apresentado ao Prof. Marco Aurélio da União das Escolas Superiores de Rondônia (UNIRON) como requisito para a obtenção de nota parcial no 2°bimestre da disciplina de Filosofia do Direito, 3° semestre, noturno. Docente: Prof. Me Marco Aurélio Pereira da Silva. Turma: 141220191-1 D84. Porto Velho 2020 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 03 1 EPISTEMOLOGIA ............................................................................................................. 04 1.1 EPISTEMOLOGIA JURÍDICA ..................................................................................... 04 2 DEONTOLOGIA................................................................................................................. 04 2.1 DEONTOLOGIA JURÍDICA ........................................................................................ 05 3 CULTOROLOGIA JURÍDICA ......................................................................................... 05 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 06 REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 07 3 INTRODUÇÃO Ontognoseologia Jurídica é, de acordo com Miguel Reale, o estudo crítico da realidade jurídica e de sua compreensão estrutural. Observada como uma teoria fundamental, essa determina a natureza da realidade jurídica, além de esclarecer canais para a compreensão do objeto do Direito. O presente trabalho realiza um estudo da divisão da Ontognoseologia Jurídica em partes especiais, são essas a Epistemologia Jurídica, Deontologia Jurídica e Cultorologia Jurídica. 4 1 EPISTEMOLOGIA A epistemologia, também conhecida como “Teoria do Conhecimento”, é um ramo da filosofia cujo interesse reside em estabelecer como o conhecimento e as crenças se relacionam. Realiza uma análise acerca da origem, estrutura, métodos e validade do conhecimento. Dahlberg a define como: A comparação cognitiva de ideias com experiências adquiridas anteriormente, de maneira a se induzir a um conceito, naquilo que Dahlberg chama de concepção subjetiva, a qual se transformará em objetiva quando exposta à aprovação de uma comunidade de conhecimento. 1.1 EPISTEMOLOGIA JURÍDICA Esta busca a compreensão dos fatos que condicionam a origem do Direito, responsável também pela sua conceituação. Um de seus principais objetivos é apresentado por Miguel Reale como a “determinação do objeto das diversas ciências jurídicas, não só para esclarecer a natureza e o tipo de cada uma delas, mas também para estabelecer suas relações e implicações na unidade do saber jurídico” (REALE, Miguel, 2002, p. 299). Também, de acordo com o mesmo, a epistemologia é uma doutrina cujo enfoque reside nos pressupostos lógicos que conficionam e legitimam o conhecimento jurídico. Com um exemplo de estudo epistemológico, pode-se citar a Teoria Pura do Direito, de Hans Kelsen, onde é realizado uma distinção de natureza epistemológica, diferenciando o direito em “ser” (as coisas como são) e “dever ser” (as coisas como devem ser). A obra de Kelsen foi de grande impacto a filosofia do Direito, como citado a seguir: O mote inicial de Teoria Pura do Direito, enquanto marco teórico, se situa quando Hans Kelsen enfaticamente eleva o Direito a uma categoria cientíca autônoma. Para tanto, apõe uma depuração do objeto da ciência jurídica, em especial de toda ideologia política, moral e dos elementos de ciência natural, ou seja, uma teoria jurídica pura pautada na neutralidade científica. Assim, alicerça sua proposição nos ideais de objetividade e especificidade, levados a termo pelo autor através da definição das normas jurídicas como objeto da ciência jurídica, sublinhando, ainda, se tratar de ciência jurídica e não política do Direito (KELSEN, 2009, p. 79). Contudo, vale ressltar que a Epistemologia Jurídica reflete acerca do problema da vigência e dos valores lógicos do Direito. 2 DEONTOLOGIA 5 Jeremy Bentham foi o pioneiro o primeiro a utilizar o conceito de deontologia, que, por ele, foi designada como uma teoria moral acerca da justiça utilizando-se do utilitarismo, onde o justo deveria basear-se na utilidade que seria uma relação entre prazer e dor. O justo seria a maximização da felicidade em decorrência da minimização da dor. Sua teoria não respeitava direitos individuais e atribuia valor a tudo, incluindo à vida humana. 2.1 DEONTOLOGIA JURÍDICA Também conhecida como a teoria da justiça e dos valores fundamentais do Direito, a Deontologia Jurídica, de acordo com Miguel Reale em sua obra “Filosofia do Direito”, é a indagação do fundamento da ordem jurídica e da razão da obrigatoriedade das normas de Direito, da legitimidade da obediência às leis, ou seja, indaga acerca dos fundamentos e pressupostos éticos do Direito e do Estado. Esta se propõe a questionar por que o direito de obrigada e qual seu fundamento na sua universalidade. O fundamento da Deontologia Jurídica está na ética e na moral, discursa acerca do dever e dos direitos reservados a determinada profissão durante o exercício de seu dever, como por exemplo os direitos e deveres do jurista e seus fundamentos ético legais. Com as palavras de Manuel Santaella López (1992): "(...) a deontologia jurídica há de compreender e sistematizar, inspirada em uma ética profissional, o status dos distintos profissionais e seus deveres específicos que dimanam das disposições legais e das regulações deontológicas, aplicadas à luz dos critérios e valores previamente decantados pela ética profissional. Por isso, há que distinguir os princípios deontológicos de caráter universal (probidade, desinteresse, decoro) e os que resultam vinculados a cada profissão jurídica em particular: a independência e imparcialidade do juiz, a liberdade no exercício profissional da advocacia, a promoção da justiça e a legalidade cujo desenvolvimento corresponde ao Ministério Público etc." 3 CULTUROLOGIA JURÍDICA A Cultorologia Jurídica indaga acerca do sentido da história do Direito, é a vivência desse como uma cultura, estudando a filosofia da História do Direito. Essa é, de acordo com Miguel Reale, responsável por apontar o direcionamento que a sociedade através dos valores humanos deu as normas ao longo de sua existência em sentido macro, pois abrange na realidade vivida, e não só a legal, e, portanto, toda a complementariedade existente ao Direito. É um estudo de axiologia histórico-jurídica que determina a experiência jurídica e marca o significado da experiência histórica do Direito, questionando o sentido de história do Direito. 6 CONCLUSÃO Neste trabalho, foi abordado de forma geral a divisão da Filosofia do Direito em uma parte geral (Ontognoseologia) e especial (Epistemologia, Deontologia e Cultorologia), contribuindo para um entendimento objetivo acerca do conteúdo apresentado e permitindo assim, o desenvolvimento sistematizado acerca do pensamento filosófico, fundamentando e classificando o estudo da filosofia em várias vertentes. 7 REFERÊNCIAS REALE, Miguel. Filosofia do Direito: Miguel Reale. 20° edição. São Paulo: Saraiva, 2002. ROMANO, Rogério Tadeu. Anotações sobre a Filosofia do Direito. Jus Navigandi, 2019. Disponível em: < https://jus.com.br/amp/artigos/71880/1>. Acesso em: 10 de jun de 2020. PAULITSCH, Nicole da Silva. Notas sobre a epistemologia jurídica de Hans Kelsen: o sentido do Direito e da ciência na Teoria Pura do Direito. Periódicos UFMS, 2012. Disponível em: < https://periodicos.ufsm.br/interacao/article/view/12722>.Acesso em: 10 de jun de 2020. SANDEL, Michael J. Justiça: O que é fazer a coisa certa; tradução 28° ed. de Heloísa Matias e Maria Alice Máximo. 28° edição, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019. FERREIRA, Tiago. A Deontologia Jurídica e sua aplicação no âmbito direito moderno. Jurídico Certo, 2018. Disponível em: < https://juridicocerto.com/p/tiago-ferreira/artigos/a- deontologia-juridica-e-a-sua-aplicacao-no-ambito-do-direito-moderno-4268>. Acesso em: 10 de jun de 2020. INTRODUÇÃO 1 EPISTEMOLOGIA 1.1 EPISTEMOLOGIA JURÍDICA 2.1 DEONTOLOGIA JURÍDICA CONCLUSÃO REFERÊNCIAS
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