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Ultrassom de Imagem na Fisioterapia Esportiva

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■ INTRODUÇÃO
O ultrassom de imagem (USI) é um instrumento valioso para que o fisioterapeuta esportivo 
complemente o diagnóstico funcional e avalie as condições teciduais na área de lesão, ou seja, 
monitore a lesão e, dessa forma, programe a evolução de seus tratamentos, ponderando carga, 
frequência e intensidade de condutas fisioterapêuticas durante sua rotina diária.1 
O USI pode melhorar a capacidade de compreensão do fisioterapeuta esportivo no que diz respeito 
às alterações sofridas pelos tecidos moles que se apresentam lesionados, bem como com relação 
às adaptações dos tecidos mediante o estresse aplicado a eles durante o curso dos diagnósticos 
funcionais executados e os tratamentos prestados aos atletas.1
A disponibilidade dos aparelhos de USI atualmente no mercado e a qualidade da imagem dos 
mesmos os torna um dispositivo mais acessível e de melhor eficiência diagnóstica funcional e 
clínica para se avaliar os tecidos moles. Isso pode contribuir para auxiliar e melhorar a tomada de 
decisão por parte do fisioterapeuta esportivo referente às técnicas ideais de tratamento, bem como 
à utilização dos aparatos de tratamento fisioterapêuticos adequados para a condição avaliada, na 
tentativa de otimizar e acelerar a recuperação de seus pacientes atletas.1,2
A história do ultrassom (US) diagnóstico foi iniciada por Christian Andreas Doppler (1803–1853). 
Ele foi o primeiro a utilizar o princípio da variação de frequência de ondas para medir a velocidade 
de um objeto. Esse princípio foi aplicado na investigação de doenças humanas, em 1957, e, 
posteriormente, estabeleceu-se na prática clínica como rotina para o exame dos grandes vasos 
no corpo, como as artérias carótidas e o coração.1 
EDSEL BITTENCOURT
GEORGE PUJALTE
ALEXANDRE HENRIQUE NOWOTNY
MARK FRIEDRICH B. HURDLE
ULTRASSOM DE IMAGEM — 
APLICABILIDADE, LIMITES 
PROFISSIONAIS DE UTILIZAÇÃO 
PARA A FISIOTERAPIA E ATUAÇÃO 
CONJUNTA COM O MÉDICO
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As imagens de USI relacionadas com a reabilitação musculoesquelética vêm se desenvolvendo 
rapidamente desde a década de 1980. O primeiro relato de imagens musculares relacionadas com 
esse tema ocorreu em 1968, quando Ikai e Fukunaga correlacionaram o tamanho dos músculos do 
braço com a força produzida por estes.1 
No entanto, foi o trabalho do Dr. Archie Young e colaboradores, da Universidade de Oxford, que, na década 
de 1980, deu os primeiros passos para o uso de USI por fisioterapeutas. A descoberta que mais chamou 
a atenção em seu trabalho foi a de como o tamanho dos músculos dos membros havia sido subestimado 
com a utilização de uma fita métrica para se determinar sua circunferência (cirtometria) quando comparado 
às medidas obtidas e observadas com o USI. Ou seja, as medidas de circunferências que dão uma noção 
sobre secção transversa e trofismo muscular podem ser mais bem mensuradas com o USI.1 
A medição do tamanho dos músculos dos membros é um exemplo simples de utilização do USI 
pelo fisioterapeuta com o objetivo de observar o volume muscular comparativo e de determinar 
diferenças de trofismo muscular, as distrofias. A partir de então, seguiram-se vários estudos sobre 
o músculo quadríceps. Investigou-se o efeito de uma lesão articular do joelho sobre o mesmo,
pesquisou-se, a partir das lesões no joelho, o efeito de protocolos de treinamento de força muscular 
do quadríceps e a repercussão no ganho da área de secção transversa.1
Também foi pesquisada a ação do envelhecimento e o efeito da idade sobre o tamanho do quadríceps, 
além de se correlacionar o tamanho deste com sua força produzida. Por fim, foram analisadas a 
variação da força muscular relacionada com o tamanho do quadríceps em diferentes populações.1 
Aparece, na década de 1990, de forma mais intensa, o interesse na utilização do USI na reabilitação 
musculoesquelética entre os fisioterapeutas clínicos. Isso decorre de uma série de estudos, nos 
quais o USI foi utilizado para detectar a hipotrofia do músculo multífidos na região lombar e a ação 
do músculo transverso abdominal em indivíduos com dor lombar aguda e crônica.2–4 
Nesses trabalhos, o USI também foi empregado para descobrir que a recuperação dos multífidos 
não ocorria de forma automática ao cessarem os sintomas de dor lombar. Foi necessário um 
tratamento fisioterápico específico para a recuperação desses músculos por meio de cinesioterapia.5 
O objetivo a se atingir era o de recuperar o tamanho, as áreas de secção transversa e a função dos 
mesmos.1,5 Também foi observado que tais condutas tinham por objetivo reduzir o risco de futuros 
episódios,1,5 ou seja, a observação do aumento da área de secção transversa do músculo multífido 
estava diretamente relacionada com a dor lombar.
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■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de 
■ reconhecer os princípios básicos da utilização do USI pelo fisioterapeuta esportivo;
■ demonstrar as vantagens e as desvantagens do emprego do USI;
■ identificar as possibilidades de utilização do USI para o diagnóstico funcional, o monitoramento
e o acompanhamento da evolução tecidual da área e das estruturas comprometidas pela lesão
esportiva durante o tratamento fisioterápico em tempo real;
■ verificar a possibilidade de emprego do USI para a pesquisa em fisioterapia esportiva.
■ ESQUEMA CONCEITUAL
Conclusão
Caso clínico
Defi nição
Segurança e ética profi ssional
Energia ultrassônica Efeitos não térmicos
Efeitos térmicos do ultrassom 
de imagem
Elastografi a
Utilidades
Ambiente de competição 
e treinamento esportivo
Exemplos práticos de utilização 
do ultrassom de imagem
Músculos abdominais
Articulação glenoumeral
Joelho
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■ DEFINIÇÃO
A ultrassonografia (US) usa ondas sonoras de alta frequência para visualizar as estruturas internas 
do corpo. As imagens de ultrassom são capturadas em tempo real, e, ao contrário das imagens 
radiográficas produzidas pelos raios X, não há exposição do paciente à radiação ionizante.6 
As aplicações atuais de USI na reabilitação se dividem, sobretudo, em duas áreas distintas 
de exames por imagens — a avaliação funcional para a fisioterapia e o diagnóstico por 
imagem propriamente dito, que determina um provável diagnóstico clínico e que é realizado 
pelo médico e por ele determinado.1–4 
A avaliação funcional para a fisioterapia inclui a avaliação da estrutura muscular, da morfologia e 
do comportamento motor, e o uso do USI como uma ferramenta de biofeedback muscular também é 
empregado, com intuito de estimular a ação de um músculo específico que se encontra em disfunção.2–4 
O fisioterapeuta solicita um determinado movimento ao paciente, este tenta executá-lo, e, por meio do 
USI, o fisioterapeuta acompanha, pelas imagens, se o paciente consegue ativar o músculo em questão. 
De forma direta, isso inclui a mensuração das características morfológicas (morfometria) das 
estruturas musculoesqueléticas, como:2–5
■ comprimento muscular;
■ profundidade;
■ diâmetro;
■ área da secção transversa;
■ volume;
■ trajetos que um tecido específico percorre;
■ ângulos de penetração determinados novamente pelo trajeto do tecido em questão (p. ex.,
músculos, tendões e ligamentos) e o estabelecimento de vetores de tração.
As alterações nessas características e o impacto nas estruturas circunvizinhas, como os tendões, 
as fáscias e os órgãos, também são observados durante a contração muscular.6 O consequente 
movimento e a deformação desses tecidos também são consideradosdurante o exame, assim 
como as características dos tecidos observados nas imagens da área afim.5,6
Já o diagnóstico por imagem seria a observação direta das patologias dos tecidos moles 
propriamente ditas, em que se realiza o diagnóstico clínico e a classificação das mesmas, que 
são de responsabilidade médica.
Para uma avaliação funcional de USI, um transdutor (sonda ou cabeçote) é acoplado diretamente 
sobre a pele. No caso da pele, uma fina camada de gel é aplicada a ela, de modo que as ondas 
de US são transmitidas a partir do transdutor através do gel para a área de interesse do corpo a 
ser examinada.5,6 
A imagem da US é produzida com base na reflexão das ondas que cruzam as estruturas e os 
tecidos do corpo humano.4–6 A captura e a análise dessas ondas pelo transdutor é que revelam as 
imagens das estruturas internas de interesse.6 A intensidade (amplitude) do sinal sonoro e o tempo 
que leva para que a onda passe pelo corpo fornecem as informações necessárias para produzir 
as imagens pelo aparelho.5,6
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ATIVIDADES
1. Observe as afirmativas sobre o USI.
I — É um importante instrumento para o fisioterapeuta avaliar condições teciduais e 
monitorar lesões.
II — Os equipamentos de USI ainda são muito onerosos, tornando-os pouco disponíveis 
na prática.
III — Com o USI, é possível compreender as adaptações do tecido mediante o estresse 
nele aplicado.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A) Apenas a I.
B) Apenas a II.
C) Apenas a II e a III.
D) Apenas a I e a III.
Resposta no final do artigo
2. Quem foi o precursor da utilização de USI para diagnósticos na área da saúde?
A) Michael Faraday.
B) Wilhelm Conrad Röntgen.
C) Christian Andreas Doppler.
D) Theodoro Harold Maiman.
Resposta no final do artigo
3. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a disfunção e o músculo aos quais
as pesquisas com USI se dedicaram na década de 1990.
A) Disfunção torácica, multífido.
B) Disfunção cervical, multífido.
C) Disfunção sacroilíaca, multífido.
D) Disfunção lombar, multífido.
Resposta no final do artigo
4. Como o USI pode contribuir no dia a dia de uma clínica de fisioterapia esportiva?
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Resposta no final do artigo
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5. Sobre a utilização do USI para a avaliação funcional, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Inclui a avaliação da estrutura muscular, da morfologia e do comportamento motor.
( ) É uma ferramenta de biofeedback muscular.
( ) É a observação direta das patologias dos tecidos moles.
( ) Serve para mensurar características morfológicas, como comprimento muscular, 
profundidade e diâmetro.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V — V — F — V.
B) V — V — F — F.
C) F — V — F — V.
D) V — F — V — V.
Resposta no final do artigo
6. Quais são as propriedades morfológicas que podem ser observadas pelo fisioterapeuta
ao empregar o USI?
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Resposta no final do artigo
■ SEGURANÇA E ÉTICA PROFISSIONAL
Para a utilização do USI, é necessário estabelecer e seguir condutas éticas. Um princípio fundamental 
da ética em saúde é o primum non nocere, parafraseando o juramento hipocrático, que contém a 
promessa de “abster-se de fazer mal, não fazer mal algum, em nenhuma hipótese, ao paciente”. 
Um segundo princípio é que um procedimento pode ser realizado de forma legítima se a importância 
do objetivo for proporcional ao risco para o sujeito. Somente se a relação risco/benefício for vantajosa 
para o paciente, uma técnica pode ser considerada ética na rotina clínica.1–3 
A suposição até agora sempre foi que os exames de US são “seguros”, pois é bem conhecido 
que o US terapêutico pode ser utilizado para produzir alterações no tecido biológico, isso é o que 
impulsiona sua utilização como agente terapêutico mecânico na fisioterapia. 
Em baixas potências, utilizam-se os efeitos mecânicos e térmicos da US para tratar 
os tecidos moles ou para facilitar a infusão de fármacos através da pele, fenômeno 
conhecido na fisioterapia como fonoforese. 
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Não se pode realmente ter certeza de que os regimes de pulso de US usados para o diagnóstico 
funcional de imagens também não estejam produzindo mudanças biológicas, alterações estas que 
podem ser consideradas prejudiciais ao paciente. Embora os estudos epidemiológicos em humanos 
existentes na literatura sobre a segurança do US sejam tranquilizadores, deve-se lembrar que as 
revisões na literatura são mais antigas e que foram realizadas com aparelhos que geravam níveis 
de energia mais baixos do que os aparelhos atuais. 
Dessa forma, é necessário ficar vigilante à literatura e acompanhar as metodologias de diagnóstico 
funcional e os valores de referência de segurança para a utilização do USI.1,2 Também se deve ficar 
atento à indústria de equipamentos e ao mercado, com o intuito de acompanhar a evolução da 
tecnologia empregada nos novos equipamentos, para que sejam utilizados aparelhos que assegurem 
a evidência de resultados ideais com segurança para o benefício do paciente.1,6,7 
A exposição dos tecidos ao US é frequentemente descrita como sendo “não invasiva”. Embora isso 
seja correto em termos da definição (p. ex., não há incisão na pele e não há contato com a mucosa 
ou com alguma cavidade interna do corpo), deve-se lembrar que a formação de uma imagem de 
US requer, necessariamente, a exposição de regiões corporais de interesse à energia ultrassônica. 
É de suma importância executar o diagnóstico com ética profissional.
O fisioterapeuta deve sempre agir dentro das leis que regulamentam sua profissão no 
Brasil e não usar o USI para emitir laudos e diagnósticos clínicos.
■ ENERGIA ULTRASSÔNICA
À medida que um feixe de US se propaga através do tecido, a energia diminui com a profundidade 
percorrida, isto é, ela sofre atenuação. Uma parte da energia é refletida pelas diferentes estruturas 
que compõem os tecidos, e as interfaces entre estes durante a passagem do feixe ultrassônico e 
outra parte dessa energia é absorvida pelos próprios tecidos.2,3
O tempo de chegada das ondas refletidas fornece uma medida da profundidade da estrutura refletora, 
e a amplitude fornece informação sobre a própria estrutura. A quantidade de energia absorvida 
depende da composição do tecido e da frequência do feixe de US utilizada. A absorção do US no 
tecido aumenta com a frequência crescenteda emissão de ondas sonoras.2,3
EFEITOS TÉRMICOS DO ULTRASSOM DE IMAGEM
Quando da utilização do USI, o mesmo pode produzir a elevação da temperatura local nos tecidos. 
A absorção de energia dentro do tecido é o fator principal que leva ao aumento da temperatura. 
A taxa de deposição de calor (Q) é dada pela expressão Q_ ¼mL por unidade de volume.1,6,7
A intensidade média temporal do pico espacial médio (ISPTA) é de 341mW para 22cm para imagens 
em modo B, 860mW para 22cm para Doppler pulsado e 466mW para 22cm para Doppler de fluxo 
de cor. Claramente, essas são estimativas, uma vez que não contam, para a condução térmica, os 
efeitos de resfriamento do fluxo sanguíneo, nem para a movimentação do transdutor. No entanto, 
eles mostram o potencial de aquecimento relativo dos diferentes modos de imagem.1,6,7 
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Os tecidos com maior risco de exposições por ultrassom são os ossos e quaisquer tecidos 
moles adjacentes, em especial os ossos em desenvolvimento.1,6,7
O aumento de temperatura pode ser limitado pelos efeitos de arrefecimento pela passagem do 
fluxo sanguíneo na região de exposição, considerando-se o volume das estruturas expostas. 
Por exemplo, os órgãos altamente vascularizados, como o fígado e o rim, são mais difíceis de 
aquecer do que o osso, que é menos perfundido.1,6,7 
EFEITOS NÃO TÉRMICOS
A passagem de uma onda ultrassônica por um tecido durante a fase de compressão gera pressão 
através do tecido e produz efeitos “mecânicos”.1 Entre esses efeitos, inclui-se a cavitação acústica, 
um fenômeno decorrente dos efeitos de pressão de radiação ultrassônica. As fases de pressões 
negativas durante os pulsos ultrassônicos podem extrair gás presente no tecido, e esse efeito 
produz a formação de bolhas de gás dentro dos tecidos.1 
Evidências para a existência de tais núcleos de gás pré-existentes nos tecidos provêm do 
desenvolvimento da doença de descompressão que ocorrem em mergulhadores de profundidade.1 
Uma vez formada uma bolha, ela pode se expandir e se contrair em resposta às ondas de pressão 
acústica (cavitação não inercial ou estável), acompanhando a frequência de pulsos do US empregado. 
Uma bolha de gás pode se expandir bastante e, seguida por compressão rápida, ela pode se romper, 
o que é conhecido por cavitação.1
A oscilação das bolhas pela cavitação pode iniciar padrões de deslocamento de pequenos 
fluxos líquidos, que se deslocam pelos tecidos corporais na área de utilização do USI. 
Embora seja pouco provável que causem efeitos biológicos adversos significativos, 
esse fenômeno pode alterar o transporte iônico através das membranas celulares. 
Temperaturas e pressões muito altas resultam do colapso inercial, e isso pode levar à 
lesão tecidual localizada onde se encontra a bolha.1
ELASTOGRAFIA
É possível processar o sinal elétrico produzido no tecido a partir da reflexão das ondas ultrassônicas, 
o eco que retorna dos tecidos para o transdutor de modo a quantificar o movimento e a deformação do
tecido em resposta a forças mecânicas internas ou externas geradas dentro dos diferentes tecidos.1,3,6,7
A elastografia foi inicialmente concebida com o objetivo de quantificar a informação subjetiva 
veiculada pela palpação de áreas mais rígidas presentes nos tecidos moles, como na palpação 
para a detecção clínica de tumores de mamas e de próstata.1,6,7 
No método de elastografia clássico, o transdutor de US é usado para comprimir ligeiramente o tecido, 
enquanto uma série rápida de imagens sucessivas é adquirida. Usam-se métodos de correlação 
cruzada para o pós-processamento, e as análises dos dados coletados que geraram as imagens 
do deslocamento e da deformação dos tecidos moles são calculadas e representam a quantidade 
dos pequenos movimentos ocorridos durante a compressão do tecido investigado.1,6,7 
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Nas aplicações musculoesqueléticas, a elastografia é empregada para quantificar o deslocamento e 
a tensão ocorrida nos tecidos moles em resposta a uma variedade de estímulos mecânicos aplicados 
externamente, como a tensão, a compressão e a manipulação de agulhas de acupuntura.1,6,7
As técnicas de imagem de elasticidade dos tecidos moles até o presente momento estão em fases 
iniciais de utilização para fins de reabilitação. Elas possuem potencial para a detecção de diferenças 
nas propriedades biomecânicas do músculo, do tecido conectivo associado, dos tendões e dos 
ligamentos em resposta às tarefas físicas.1,6 
Em condições em que o estresse tecidual pode ser calculado ou estimado, os valores 
podem ser utilizados para se mapear a rigidez tissular local.1,6
Deve-se ter em mente que as imagens de elasticidade não representam diretamente 
a elasticidade do tecido, mas sim o deslocamento e a tensão do tecido.
LEMBRAR
Embora essas técnicas de imagem elástica tenham potencial para a fisioterapia, algumas dificuldades 
práticas precisam ser superadas. Estas incluem o acesso ao sinal de US elétrico bruto, que não está 
disponível na maioria dos equipamentos USI no mercado, e a necessidade de pós-processamento 
dos dados de US, o que impede a realimentação em tempo real.1,6 
Apesar das limitações geradas pela necessidade de um aparelho que mensure a elastografia e 
de fator econômico devido ao elevado valor deste aparelho, a mensuração de tensão tecidual, ao 
longo do tempo de um tratamento fisioterápico, permite quantificar o comportamento dos tecidos 
moles avaliados quando o fisioterapeuta expõe tais tecidos a uma determinada força. Ou seja, o 
fisioterapeuta, a partir dessas informações, poderá fazer a evolução de intensidade de força durante 
a cinesioterapia, alterar e reprogramar suas condutas de tratamento, além de dar alta fisioterápica.1,6
ATIVIDADES
7. Descreva o problema metodológico da utilização prática do USI.
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
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Resposta no final do artigo
8. Qual é a estimativa da ISPTA para 22cm para Doppler pulsado?
A) 341mW.
B) 860mW.
C) 466mW.
D) 144mW.
Resposta no final do artigo
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9. Observe as afirmativas sobre a cavitação referente ao uso do USI.
I — As fases de pressão negativa, durante os pulsos ultrassônicos, podem extrair gás 
presente no tecido, e esse efeito produz a formação de bolhas de gás dentro dos 
tecidos. Dessa forma, essas bolhas de gás crescem a partir de núcleos de gás 
pré-existentes nos tecidos, que podem vir a se romper. 
II — As fases de pressão positiva, durante os pulsos ultrassônicos, podem extrair gás 
presente no tecido, e esse efeito produz a formação de bolhas de gás dentro dos 
tecidos. Dessa forma, essas bolhas de gás crescem a partir de núcleos de gás 
pré-existentes nos tecidos, que podem vir a se romper.
III — As fases neutras, durante os pulsos ultrassônicos, podem extrair gás presente no 
tecido, e esse efeito produz a formação de bolhas de gás dentro dos tecidos. Dessa 
forma, essas bolhas de gás crescem a partir de núcleos de gás pré-existentes nos 
tecidos, que podem vir a se romper. 
Qual(is) está(ão)correta(s)?
A) Apenas a I.
B) Apenas a II.
C) Apenas a III.
D) Apenas a I e a II.
Resposta no final do artigo
10. Sobre a elastografia, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) Utiliza o transdutor de US para comprimir ligeiramente o tecido enquanto uma série 
rápida de imagens é adquirida.
( ) É utilizada para quantificar as propriedades biomecânicas do músculo.
( ) Consegue detectar diferenças nos tecidos moles em relação aos ligamentos tissulares.
( ) Embora seja uma técnica com potencial para ser usada na fisioterapia, algumas 
dificuldades, como o acesso ao sinal de US elétrico bruto, ainda precisam ser superadas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V — V — F — F.
B) F — F — V — V.
C) V — F — F — V.
D) F — V — F — V.
Resposta no final do artigo
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■ UTILIDADES
O USI é uma ferramenta complementar, utilizada por fisioterapeutas esportivos para avaliar, monitorar 
e auxiliar na escolha de técnicas fisioterápicas para tratar condições álgicas e de disfunção de 
movimento. O USI fornece um método seguro, apresenta bom custo-benefício e é custo-efetivo. É 
uma metodologia de exame acessível ao operador, no qual o resultado é observado e analisado 
em tempo real, in loco.1,4,5
Uma das características mais úteis da utilização do USI é a observação da imagem em 
tempo real, na qual a anatomia e o movimento das estruturas podem ser observados 
precisamente.1,4,5 
A observação da imagem em tempo real permitiu o desenvolvimento de uma nova aplicação das 
imagens de USI na fisioterapia, que envolve a observação da contração muscular e do movimento 
em tempo real para fornecer um feedback funcional da área investigada.1,4,5 
A capacidade de fornecer a imagem de músculos mais profundos é uma vantagem da 
técnica do USI, que tem sido incorporado com sucesso nas estratégias de avaliação e 
facilitação motora, por exemplo, para os músculos transverso do abdome e multífidos 
em pacientes com dor lombar.1,4,5 
A utilização do USI é operador dependente, portanto, é fundamental aos fisioterapeutas que 
pretendem utilizar essa metodologia passem por um treinamento teórico e prático. Nos Estados 
Unidos, a formação é aberta aos fisioterapeutas, e os cursos são certificados pela American 
Physical Therapy Association (APTA), porém, a este cabe apenas realizar a análise e a observação 
do comportamento tecidual em repouso ou em movimento — o diagnóstico clínico, nos Estados 
Unidos, também cabe ao médico.1,3–5,8
As próprias fábricas de aparelhos ultrassônicos se encarregam de ministrar cursos de formação 
nos Estados Unidos. Dessa forma, o fisioterapeuta estará apto para a utilização da técnica em seu 
dia a dia, no qual poderá desenvolver pesquisa, avaliação e prognóstico, acompanhar a evolução 
da lesão e prescrever as melhores condutas de tratamento.1,3–5,8 No Brasil, esse tipo de formação 
ainda não é estruturada e organizada.
Para tornar-se seguro para analisar as imagens de USI, é preciso aprender, em um primeiro 
momento, os procedimentos básicos em relação aos princípios desse instrumento.7,8
LEMBRAR
Para maximizar a imagem produzida pelo computador do aparelho de USI, a sonda deve ser 
posicionada a 90° da estrutura em foco, ou seja, estar perpendicular à superfície de contato da 
área a ser examinada.7,8 O fisioterapeuta deve visualizar músculos, fáscias, tendões, ligamentos e 
ossos, com o objetivo de identificar a morfologia e a morfometria, o que é importante na realização 
de exames dinâmicos, pois, durante o exame, o paciente realiza o movimento solicitado pelo 
avaliador enquanto observa o comportamento das estruturas afins. Essa metodologia é dependente 
da capacidade do paciente para ativar o músculo ao comando do avaliador.
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EXEMPLOS PRÁTICOS DE UTILIZAÇÃO DO ULTRASSOM DE IMAGEM
Nos itens a seguir, serão apresentados e ilustrados em que regiões se dão os usos mais frequentes do USI.
Músculos abdominais
Para pacientes com déficit funcional, com uma fraca contração muscular e/ou baixa ativação 
muscular abdominal, a contração muscular voluntária pode ser utilizada de forma associada ao USI. 
Utilizando-se uma sonda linear com frequências mais altas (6–16MHz), que têm melhor resolução, 
podem-se visualizar os músculos abdominais à medida que o paciente tenta ativá-los. 
Os músculos abdominais podem ser analisados quanto à espessura em contração voluntária 
máxima e no total relaxamento. Rupturas musculares e hipotrofias também podem ser apreciadas 
durante o procedimento do exame. O músculo tem um padrão hipoecogênico clássico, com uma 
camada fascial demarcando de forma clara os limites de cada ventre muscular. Para identificar os 
músculos oblíquos do abdome, observe as imagens das Figuras 1 e 2.
Figura 1 — Técnica de exame para a 
avaliação dos músculos abdominais. 
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
TA
EO
RA IO
Figura 2 — Limites musculares entre o RA, o OE, o OI e o TA.
RA: reto abdominal; OE: oblíquo externo; OI: oblíquo interno; TA: 
transverso abdominal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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Articulação glenoumeral
Além de avaliar a função muscular, a atividade contrátil e o consequente movimento muscular, 
a imagem ultrassonográfica é excelente para avaliar as articulações relativamente superficiais e 
móveis, como a glenoumeral. 
Tendinopatias, bursites, tenossinovites e derrames são objeto da investigação de imagem 
ultrassonográfica em articulação glenoumeral, que visa determinar quais técnicas 
fisioterápicas colaboram com a recuperação dessas estruturas. 
Como a articulação glenoumeral cobre uma porção relativamente pequena da articulação, a maioria 
das estruturas pode ser visualizada por US. O paciente é solicitado a colocar a mão na cintura, o 
ombro entra em extensão com rotação externa, e, dessa forma, o tendão distal e o terço distal do 
músculo supraespinhoso pode ser visualizado e avaliado (Figuras 3 e 4).
Figura 3 — Técnica de exame para a avaliação do ombro.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A SS
HH
D
Figura 4 — Vista anteromedial do ombro, da esquerda para a direita. 
A: acrômio; SS: supraespinhoso; HH: cabeça umeral; D: deltoide.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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Joelho
Com relação ao joelho, a imagem ultrassonográfica tem um papel um tanto mais limitado, o que 
não deixa de ser importante para se reconhecer os limites da técnica para auxiliar o fisioterapeuta. 
Pode-se avaliar prontamente um derrame articular ou uma ruptura ligamentar superficial, todavia, a 
ressonância magnética (RM) é mais adequada para uma avaliação do joelho, pois é mais detalhada 
no que se refere a suas estruturas internas. 
O tendão do quadríceps e o ligamento patelar podem ser observados com grande definição no USI 
(Figuras 5 e 6). Novamente, a observação das estruturas que compõe o joelho é importante para 
a determinação das técnicas fisioterápicas a serem empregadas. 
Figura 5 — Técnica de exame para a avaliação do joelho.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
F
PF
Q
QT
P
Figura 6 — Joelho na vista do eixo axial longo. A área hipoecoica 
(área mais clara, branca) entre o PF e o Q é uma pequena efusão.
QT: tendão do quadríceps; P: patela; Q: coxim adiposo; PF: coxim 
adiposo pré-femoral; F: fêmur. 
Fonte: Arquivo de imagensdos autores.
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Conforme os exemplos citados neste artigo, o USI é uma poderosa ferramenta de diagnóstico 
funcional por imagens que pode ser incorporada na prática da fisioterapia. Embora seja uma 
modalidade de imagem relativamente segura, é preciso que se tenha em mente que, nas áreas 
corporais expostas ao USI, os tecidos estão recebendo energia acústica, devendo-se ficar sempre 
atento a sua utilização. 
A US é uma excelente modalidade para analisar a maioria das estruturas musculoesqueléticas 
mais superficiais. 
Com relação à avaliação das alterações dos tecidos moles, a metodologia dinâmica ou ativa realizada 
com o USI é superior à RM e à tomografia computadorizada (TC). Além disso, os pacientes podem 
aprender e ser treinados a partir das imagens do USI como um biofeedback para a aprendizagem 
de novos exercícios e, principalmente, do controle motor.
AMBIENTE DE COMPETIÇÃO E TREINAMENTO ESPORTIVO
Com o USI, a prática da fisioterapia esportiva tem um excelente recurso de avaliação para colaborar com 
os exames funcionais de imagem no âmbito do ambiente de competição e treinamento e tratamento. 
O diagnóstico clínico em ambiente esportivo cabe ao médico, que trabalha em 
conjunto com o fisioterapeuta. 
LEMBRAR
Hoje em dia, vários dispositivos para o diagnóstico clínico estão disponíveis no mercado. Além 
disso, um baixo custo financeiro tanto para sua aquisição quanto para a repetição dos exames 
facilita sua inserção no mercado. A boa confiabilidade dos resultados também auxilia nesse aspecto. 
Recentemente, algumas empresas apresentaram ao mercado dispositivos de USI que são portáteis. 
Diminuindo o tamanho do transdutor e da tela, criaram um transdutor que pode ser conectado a 
um dispositivo inteligente (p. ex., um celular ou um tablet). Esses dispositivos portáteis estão 
propensos a invadir o mercado no futuro próximo. 
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A flexibilidade e o menor custo, em comparação com o investimento de um sistema de US tradicional, 
tornam os dispositivos portáteis mais atraentes para os aprendizes e praticantes principiantes. Atualmente, 
dois tipos de transdutores estão disponíveis para dispositivos portáteis: um modelo curvo, que é adequado 
para a imagem abdominal, e um modelo linear, adequado para a imagem vascular e musculoesquelética, 
considerando-se sua utilização na fisioterapia esportiva. Demonstrações e exemplos práticos de exame 
por USI na clínica e no ambiente de competição são apresentados nas Figuras 7 a 11.
Figura 7 — Exame do joelho na clínica fisioterápica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 8 — Exame do ombro na clínica fisioterápica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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Figura 9 — Exame do joelho na clínica fisioterápica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura 10 — Exame de joelho em campo feito pelo fisioterapeuta para o acompanhamento 
da evolução dos tecidos envolvidos na lesão.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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Figura 11 — Exame do ombro em campo feito pelo fisioterapeuta para o 
acompanhamento da evolução dos tecidos envolvidos na lesão.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O exame clínico em campo pode ser um desafio e pode levar a diagnósticos e recomendações 
imprecisas tanto para a reabilitação quanto para o retorno ao esporte. Além da história 
do paciente e do exame físico, o auxílio do USI musculoesquelético pode melhorar a 
precisão diagnóstica e o gerenciamento direto na área específica da lesão.9
ATIVIDADES
11. Quais são as vantagens da utilização do USI?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
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12. Com relação à fisioterapia esportiva, quais estruturas podem ser analisadas pelo
fisioterapeuta utilizando-se o USI?
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
13. Qual das alternativas a seguir é uma das principais características da metodologia
de utilização do USI?
A) Observação in loco.
B) Observação da compressão tecidual.
C) Observação da descompressão tecidual.
D) Cavitação.
Resposta no final do artigo
14. Qual é o ângulo ideal de posicionamento do cabeçote do USI para a execução da
avaliação e do diagnóstico?
A) 60 graus.
B) 70 graus.
C) 80 graus.
D) 90 graus.
Resposta no final do artigo
15. Qual das alternativas a seguir apresenta uma região que pode ser analisada quanto
à espessura em contração voluntária máxima e no total relaxamento?
A) Músculos multífidos.
B) Coluna lombar.
C) Músculos abdominais.
D) Articulação glenoumeral.
Resposta no final do artigo
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16. Observe as afirmativas sobre a utilização do USI.
I — Trata-se de um método seguro, porém, a baixa relação custo-benefício limita seu uso.
II — A capacidade de fornecer imagens de músculos mais profundos é uma de suas vantagens.
III — O USI depende da capacidade do paciente em ativar o músculo ao comando do avaliador.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A) Apenas a I.
B) Apenas a II.
C) Apenas a III.
D) Apenas a II e a III.
Resposta no final do artigo
■ CASO CLÍNICO
Paciente do sexo masculino, 24 anos, goleiro. Ao fazer uma reposição de bola executando 
um chute longo, ele sentiu como se tivesse levado uma “pedrada” na região anterior da 
coxa direita. O atleta conseguiu continuar em campo, porém, ao executar uma nova 
reposição de bola, relatou a sensação de ter tomado um “tiro” na coxa. Ele foi removido 
de campo, e o médico diagnosticou um estiramento muscular sem ruptura evidente.9 
O atleta teve dificuldade em caminhar por 1 semana, fez a reabilitação com gelo, 
alongamentos, terapias manuais e um programa de fortalecimento gradativo por 2 semanas.5 
Voltou a jogar, e, ao bater um tiro de meta, sentiu a coxa novamente. Foi removido do 
jogo e submetido à reabilitação semelhante às anteriores por mais 2 semanas.9 
Voltou ao jogo de novo completamente assintomático e, maisuma vez, experimentou 
dor na coxa anterior durante um tiro de meta. Dessa forma, passou por 8 semanas 
de tratamento, que envolveram repouso e uma reabilitação intensiva, na qual foram 
incluídos: o tratamento dos sinais e sintomas agudos com repouso e gerenciamento de 
dor, seguido de um programa de reabilitação progressivo de movimento, estimulação 
sensório-motora, resistência e força muscular. Ele retornou a executar tiros livres de forma 
gradual, passando por um programa de treinamento de resistência, força e velocidades 
gradativos para executar os chutes longos. 
Nos 5 meses após da primeira lesão, seus sintomas eram dor tardia ocasional e leve disfunção 
de movimento do quadril e joelho, que também era ocasional, e apresentava pequeno edema 
na região anterior da coxa após treinamentos repetitivos de tiro de metas ou treinamento de 
resistência intensa. Nessa fase, foi utilizada a acupuntura para a redução desses sintomas.9 
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Durante a avaliação dessas condições em que se encontrava o atleta, ao examinar sua 
marcha, esta se mostrava com cadência normal e sem dor. Ele foi capaz de andar na 
ponta dos pés, nos calcanhares, agachar em uma perna e realizar o andar de pato sem 
nenhuma assimetria ou dor. A amplitude de movimento (ADM) lombar e de quadril era 
total, sem dor em todos os planos de movimentos. No USI, observou-se um defeito, “uma 
depressão” no volume do quadríceps na região anterior e proximal, que aumentou com 
a extensão resistida do joelho e a com flexão do quadril (Figura 12).9 
Figura 12 — Coxa direita com notável defeito na região do reto femural durante a 
flexão resistida do quadril.
Fonte: Esser e colaboradores (2015).9
O teste muscular manual demonstrou grau 5/5 de força bilateralmente para os miótomos 
L3–S1. A flexão resistida do quadril, a extensão do joelho e a flexão do joelho foram 
simétricas e sem dor. A sensibilidade ao toque (sensibilidade superficial) estava intacta nos 
dermátomos L3–S1. Os reflexos do tendão patelar e de Aquiles foram de 2% +, normais 
pela Neurological Disorders and Stroke Scale (NINDS);10 os dedos do pé estavam em 
declínio bilateralmente, e o paciente não apresentou clônus. 
Testes provocativos demonstraram-se negativos para a elevação com a perna retificada 
(SLR), flexão do quadril associada à abdução e rotação externa; flexão associada à abdução 
e rotação interna, teste de Stinchfield (para indicar patologia intra-articular do quadril), 
teste Scour (indica lesão labral, cartilaginosa, impacto e capsulite) e o teste de tensão do 
nervo femoral. Na palpação, o tendão proximal do reto femoral não foi encontrado, e um 
abaulamento anterior no músculo reto anterior distal ao tendão de origem era evidente.9 
Utilizou-se um dinamômetro (System 4 Pro, Biodex Medical Systems Inc., Shirley, NY) para 
avaliar a força muscular. O teste isocinético demonstrou um déficit de 10,8% durante a flexão 
concêntrica do quadril em 60º/s e 40,3% a 180º/s no membro direito. A extensão do joelho 
concêntrico demonstrou um déficit de 16,5% a 60º/s e 12,0% a 180º/s no membro direito.9
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Os resultados do USI desse estudo são mostrados na Figura 13. No membro inferior (MI) 
esquerdo, o USI se mostrou normal desde a espinha ilíaca anteroinferior até a inserção do reto 
femoral na patela (Figuras 13A e B). No membro direito, o ventre muscular rompeu totalmente 
na junção músculo-tendínea, deixando uma depressão (abaulamento) nessa área — a cabeça 
muscular indireta apresenta avulsão completamente da borda acetabular anterior (Figura 13C).9
A aproximadamente 10cm distal à espinha ilíaca anteroinferior, observa-se tecido cicatricial 
extenso, com estruturas infiltrações neurovasculares, e pode ser visto também onde o 
reto femoral cicatrizou subjacente ao vasto intermédio (Figura 13D). Com a extensão ativa 
do joelho, o reto femoral distal contraiu-se, puxando o tecido cicatricial. A flexão ativa do 
quadril resultou em um encurtamento do iliopsoas, mas sem ativação do reto femoral.9 
A
Anterior
inferior
iliac
spine
Anterior
inferior
iliac
spine
Rectus
femoris
Proximal 
rectus
femoris
C
B
D
Figura 13 — USI da coxa esquerda normal e da coxa direita afetada. A) Estrutura normal do reto anterior da coxa 
na origem sobra a espinha ilíaca anteroinferior. B) Tecido cicatricial a 10cm distal próximo ao terço médio da coxa. 
C) Ruptura remanescente do reto femoral. D) Uma região de cicatrização a 10cm distal.
Fonte: Esser e colaboradores (2015).9
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Em vista do tratamento executado, e sua excelente recuperação, para corrigir os déficits 
persistentes no teste isocinético, o paciente foi encorajado a continuar maximizando a 
força dos MMII e da estabilidade da lombar, pelve e MMII (core).9 O atleta voltou a atuar 
em campo, completamente assintomático e sem reportar déficits funcionais.
Para este caso clínico, o USI foi determinante para se constatar os tecidos lesionados, a 
área de lesão e a cicatrização. Porém, para o retorno ao esporte, outros pontos devem ser 
observados com atenção pelo fisioterapeuta esportivo — é primordial considerar os resultados 
funcionais e o desejo e a segurança do paciente em se sentir apto a retornar às competições. 
ATIVIDADES
17. Quais outras medidas de avaliação funcional e clínicas devem ser realizadas durante
a consulta fisioterápica em associação à imagem do USI para definir o diagnóstico
funcional, como observado no caso clínico?
A) Força muscular, reflexos, testes funcionais e teste isocinético.
B) Star balance, shoutle run, teste de caminhada.
C) Teste de micromovimentos, testes de equilíbrio, propriocepção.
D) Reflexos, teste de micromovimentos, testes de equilíbrio.
Resposta no final do artigo
18. Qual das seguintes alternativas apresenta o resultado dos testes provocativos
realizados no paciente do caso clínico?
A) Força bilateral para miótomos.
B) Sensibilidade superficial.
C) Negativo para SLR.
D) Déficit de 10,8% na rotação.
Resposta no final do artigo
19. A utilização de USI foi importante no caso clínico apresentado? Explique.
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
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■ CONCLUSÃO
O USI é uma ferramenta útil ao fisioterapeuta esportivo para a utilização em seu dia a dia de clínica 
ou ambiente de competição, bem como em pesquisas. É um recurso barato, quando comparado 
aos demais aparelhos de diagnóstico por imagem. O USI pode ser portátil, de fácil transporte e 
deslocamento, o que permite sua utilização em diferentes ambientes. 
O USI representa uma resposta instantânea de observação da qualidade dos tecidos moles in loco, na 
clínica de fisioterapia e no ambiente de competição. Ele pode ser utilizado para avaliar o movimento, a 
morfologia do tecido avaliado,a condição e qualidade tecidual e a evolução e estágio da lesão, o que 
permite direcionar a conduta fisioterapêutica, modificá-la e até auxiliar na definição da alta fisioterápica. 
Contudo, devem ser observados os riscos da utilização do USI, bem como suas indicações e 
contraindicações. Sendo um recurso tecnológico operador dependente, o fisioterapeuta deve passar 
por um treinamento adequado para sua utilização.
■ RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
Atividade 1
Resposta: D
Comentário: A disponibilidade dos aparelhos de USI atualmente no mercado e sua qualidade de 
imagem os torna um dispositivo mais acessível e de melhor eficiência diagnóstica funcional e 
clínica para se avaliar os tecidos moles. 
Atividade 2
Resposta: C
Comentário: O precursor da utilização de USI para diagnósticos na área da saúde foi Christian 
Andreas Doppler (1803–1853). Ele foi o primeiro a utilizar o princípio da variação de frequência de 
ondas para medir a velocidade de um objeto.
Atividade 3
Resposta: D
Comentário: As pesquisas da década de 1990 foram um marco importante na disseminação das utilizações 
do USI em fisioterapia, e também ajudaram a reconhecer os músculos envolvidos na dor lombar.
Atividade 4
Resposta: São várias as possibilidades de emprego da imagem do USI no dia a dia de uma clínica 
de fisioterapia esportiva — para se reconhecer a lesão e avaliar sua extensão e comprometimento, 
bem como para se fazer o prognóstico.
Atividade 5
Resposta: A
Comentário: As aplicações atuais de USI na reabilitação se dividem sobretudo em duas áreas 
distintas de exames por imagens — a avaliação funcional para a fisioterapia e o diagnóstico por 
imagem propriamente dito. A observação direta das patologias dos tecidos moles é como se realiza 
o diagnóstico clínico e a classificação das mesmas, o que é de responsabilidade médica.
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Atividade 6
Resposta: As propriedades morfológicas que podem ser observadas pelo fisioterapeuta empregando 
o USI são fundamentais para um bom diagnóstico funcional em fisioterapia esportiva e, entre elas,
estão: comprimento muscular, profundidade, diâmetro, área da seção transversal, volume, ângulos 
de penetração e vetores de tração.
Atividade 7
Resposta: O problema metodológico da utilização prática do USI é que a utilização do USI é técnico 
dependente, portanto, é fundamental que os fisioterapeutas que utilizam essa metodologia passem 
por um treinamento teórico, mas, principalmente, prático, intenso, para desenvolverem uma boa 
curva de aprendizado e, dessa forma, estarem aptos para a utilização da técnica em seu dia a dia 
tanto para a pesquisa como para a avaliação e a prescrição de condutas de tratamento.
Atividade 8
Resposta: B
Comentário: A estimativa da ISPTA para 22 cm é de 341mW para 22cm para imagens em modo B, 
de 860mW para 22cm para Doppler pulsado e de 466mW para 22cm para Doppler de fluxo de cor. 
Esses números representam estimativas, pois não contam, para a condução térmica, os efeitos de 
resfriamento do fluxo sanguíneo, nem para a movimentação do transdutor. 
Atividade 9
Resposta: A
Comentário: É importante reconhecer o efeito de cavitação para evitá-lo e preservar a integridade 
do paciente.
Atividade 10
Resposta: C
Comentário: A elastografia é empregada para quantificar o deslocamento e a tensão ocorridos nos 
tecidos moles em resposta a uma variedade de estímulos mecânicos aplicados externamente. 
Ela possui potencial para a detecção de diferenças nas propriedades biomecânicas do músculo, do 
tecido conectivo associado, dos tendões e dos ligamentos em resposta às tarefas físicas.
Atividade 11
Resposta: Entre as vantagens da utilização do USI estão que é um método seguro, apresenta bom 
custo-benefício e é custo-efetivo, sendo uma metodologia de exame prontamente acessível, em 
tempo real, de vários órgãos e tecidos de interesse.
Atividade 12
Resposta: Com relação à fisioterapia esportiva, as estruturas que podem ser analisadas pelo fisioterapeuta 
utilizando-se o USI incluem os músculos, os tendões, as articulações, os ligamentos e as bursas.
Atividade 13
Resposta: A
Comentário: A observação in loco, uma das principais características da metodologia de utilização 
do USI, trata-se de um recurso que permite ao fisioterapeuta fazer a observação das condições 
teciduais, da morfologia e do movimento em tempo real.
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Atividade 14
Resposta: D
Comentário: A colocação do cabeçote a 90 graus da superfície a ser avaliada é fundamental 
para a formação de uma boa imagem, o que é determinante para a observação dos tecidos e o 
estabelecimento de um diagnóstico preciso.
Atividade 15
Resposta: C
Comentário: Os músculos abdominais podem ser analisados quanto à espessura em contração 
voluntária máxima e no total relaxamento. Rupturas musculares e hipotrofias também podem ser 
apreciadas durante o exame. 
Atividade 16
Resposta: D
Comentário: O USI fornece um método seguro e com bom custo-benefício, sendo também custo-
efetivo. É uma metodologia de exame acessível ao operador.
Atividade 17
Resposta: A
Comentário: Mesmo com a utilização de imagens para o diagnóstico em que as mesmas auxiliam 
no diagnóstico clínico, o diagnóstico funcional é indispensável para a conclusão do diagnóstico 
funcional e a posterior execução do tratamento fisioterápico.
Atividade 18
Resposta: C
Comentário: Testes provocativos demonstraram-se negativos para SLR, flexão do quadril associada 
a abdução e rotação externa; flexão associada a abdução e rotação interna.
Atividade 19
Resposta: Para o paciente do caso clínico, o USI foi determinante para se constatarem os tecidos 
lesionados, a área de lesão e a cicatrização. Porém, para o retorno ao esporte, outros pontos devem 
ser observados com atenção pelo fisioterapeuta esportivo, e é primordial que se considerem os 
resultados funcionais e o desejo e a segurança do paciente em se sentir apto a retornar às competições. 
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Psychiatry. 1998 Feb;64(2):253–5.
Como citar este documento
Bittencourt E, Pujalte G, Nowotny AH, Hurdle MFB. Ultrassom de imagem — aplicabilidade, 
limites profissionais de utilização para a fisioterapia e atuação conjunta com o médico. In: 
Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva; Reis FA, Lima POP, organizadores. PROFISIO 
Programa de Atualização em Fisioterapia Esportiva e Atividade Física: Ciclo 7. Porto Alegre: 
Artmed Panamericana; 2018. p. 131–57. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 3). 
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