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Maria Fernanda Moncorvo – T5 1 - Funções do rim: • Regulação da volemia e PA • Regulação da osmolaridade • Manutenção do equilíbrio eletrolítico • Regulação do pH • Excreção de resíduos • Produção de hormônios (renina, eritropoetina, calcitriol) - Néfron é a unidade funcional do rim, responsável pela formação da urina - O sangue que chega aos néfrons vem do coração e chega até eles por meio da artéria renal - A artéria renal se bifurca em diversas arteríolas (aferente e eferente) até que elas se emaranhem e passem a ser chamadas de glomérulo - O sangue do glomérulo extravasa e passa para dentro da cápsula de Bowman - O líquido que passa para dentro da cápsula de Bowman é chamado de filtrado - O túbulo proximal reabsorve substâncias do filtrado - O filtrado que está menos concentrado passa para a alça de Henle - A parte descendente da alça de Henle é responsável pela reabsorção da água - Na parte ascendente não haverá reabsorção de água e sim de cloreto de sódio ➔ a parte de fora da alça de Henle ficará mais concentrada do que a parte de dentro - O que sobra do filtrado passa para o túbulo distal - No ducto coletor ocorre mais um pouco de reabsorção Plasma sanguíneo → Glomérulo → Cápsula de Bowmann → Túbulo proximal → Alça de Henle → Túbulo distal → Ducto colédoco → Cálice menor → Cálice maior → Pelve renal → Ureter → Bexiga Urinária - Filtração Glomerular: processo que ocorre no corpúsculo renal, é a interação entre o glomérulo e a cápsula de Bowman; do sangue para o lúmen - Reabsorção: trânsito de elementos da luz tubular em direção aos capilares peritubulares; do lúmen para o sangue - Secreção: trânsito de elementos dos capilares peritubulares em direção a luz tubular; do sangue para o lúmen BASES MORFOFUNCIONAIS III – FISIOLOGIA Maria Fernanda Moncorvo – T5 2 - Processo que ocorre no corpúsculo renal, é a interação entre o glomérulo e cápsula de Bowman - Processo na qual uma substância atravessa a membrana → passa do meio interno para o meio externo - Todo o filtrado que extravasa para dentro do néfron está destinado a virar urina, a menos que seja reabsorvido - Dentro da cápsula de Bowman há a arteríola aferente, responsável por levar o sangue até lá ➔ ocorre o extravasamento do líquido dentro do glomérulo - Esse sangue segue para a arteríola eferente e para os capilares peritubulares - Estrutura do capilar glomerular: • Barreira glomerular constituída de 3 camadas: endotélio, membrana basal e epitélio visceral (podócitos e seus pedicelos) • Endotélio glomerular: endotélio fenestrado, tem poros que ajudam a filtração glomerular, ou seja, diminui a resistência da filtração • Membrana basal: presença de matriz endotelial • Podócitos: presente no folheto interno ou visceral; recobrem a parede dos capilares; auxilio no filtrado glomerular; sustentação - Barreira de filtração glomerular: integridade funcional da membrana do capilar glomerular → interação entre as 3 camadas → ultrafiltro praticamente livre de macromoléculas e células - Filtração: • O corpúsculo renal possui 3 barreiras das quais o filtrado precisa ultrapassar • Quando o líquido consegue sair do lúmen e passar pelas 3 barreiras ele se torna o filtrado que está dentro da cápsula de Bowman • O volume de filtrado produzido, ou seja, o líquido que sai do vaso e entra na cápsula de Bowman por unidade de tempo é chamado de Taxa de Filtração Glomerular (TFG) • A TFG depende de 2 fatores importantes: diferença de pressão e área de troca glomerular • A pressão sanguínea, é a pressão que fornece a pressão hidrostática para a filtração dentro do glomérulo • A TFG permanece constante dentro de uma ampla faixa de pressão arterial média, graças ao controle das arteríolas aferente e eferente - Forças: • A pressão hidrostática é exercida pelo capilar glomerular enquanto a pressão oncótica é exercida pela cápsula de Bawman • A pressão que o líquido realiza contra a parede do capilar é chamada de pressão hidrostática • A pressão hidrostática do capilar realiza uma força contra a parede do vaso dilatando-a • A força que o líquido exerce na parede do capilar é a favor da filtração ➔ retirar o líquido do capilar • A pressão exercida dentro do néfron “empurra” o líquido de dentro dele em direção ao capilar • A vasoconstrição dos capilares diminui a pressão exercida no néfron Maria Fernanda Moncorvo – T5 3 Imagem 1: - Na imagem 1, é possível perceber uma situação de equilíbrio → fluxo sanguíneo, arteríola aferente, glomérulo, a TSG e arteríola eferente em condições normais - OBS: o fluxo renal e a TGF mudam se a resistência nas arteríolas muda Imagem 2: - A imagem 2 retrata uma situação na qual há um aumento da pressão arterial - Como consequência do aumento da pressão, teria um aumento da pressão dentro do glomérulo, mas isso não pode acontecer - Em resposta ao aumento da pressão, a resistência da arteríola aferente aumenta, havendo um controle do fluxo sanguíneo que entra no glomérulo ➔ MECANISMO MIOGÊNICO - Esse mecanismo impede que uma grande quantidade de sangue chegue ao glomérulo - Com o controle desse fluxo, a pressão é diminuída e há diminuição também na taxa de filtração glomerular - A vasoconstrição da arteríola aferente aumenta a resistência e diminui o fluxo sanguíneo renal, a pressão sanguínea capilar e a TFG Imagem 3: - Na imagem 3, retrata uma situação na qual há uma diminuição da pressão arterial - Como consequência da diminuição da pressão, há um aumento da pressão dentro do glomérulo - Em resposta a diminuição da pressão, a resistência da arteríola eferente aumenta, ou seja, há um controle do fluxo sanguíneo que sai do glomérulo - Há um aumento da pressão dentro do glomérulo e um aumento da TFG - A resistência aumentada na arteríola eferente diminui o fluxo sanguíneo renal, mas aumenta a pressão nos vasos e a TFG Maria Fernanda Moncorvo – T5 4 - Processo de reabsorção que ocorre no túbulo renal, que é a interação entre túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e ducto coletor - Transporte paracelular: é a passagem de soluto através das junções celulares, esse transporte dá-se a favor do gradiente e não possui gasto de energia - Transporte transcelular: realizado atravpes de transportadores na MP, sendo a favor ou contra o gradiente eletroquímico, possui gasto energético - Algumas substâncias são reabsorvidas dos túbulos de volta para o sangue enquanto outras são secretadas do sangue para o lúmen tubular - Reabsorção de glicose: • Processo que acontece no túbulo contorcido proximal do néfron • A reabsorção da glicose é considerada um processo ativo secundário pois é acoplada a um transportador • A membrana apical da célula possui um co-transportador chamado de SGLT que é responsável por levar a glicose para o citoplasma, contra o seu gradiente de pressão ➔ uso de energia do sódio • Na superfície basolateral da célula, o sódio é bombeado para fora através da bomba de sódio e potássio ➔ ao passo que a glicose se difunde para fora através de um mecanismo de difusão facilitada com uso de transportadores GLUT • A glicose só consegue entrar na célula devido a bomba de sódio e potássio e o transportador SGLT • A reabsorção da glicose passa por um processo de saturação ➔ quando a taxa de transporte máximo é atingida, impedindo que a glicose seja absorvida • Se a concentração de glicose no sangue se torna excessiva, a glicose é filtrada mais rapidamente do que os transportadores podem a reabsorver • Os transportadores se tornam saturados e são incapazes de reabsorver toda a glicose que flui ao longo do túbulo ➔ parteda glicose não é reabsorvida e é excretada na urina - O gráfico mostra a concentração de substratos de glicose no sangue em relação a taxa de transporte dele nos néfrons - Quanto mais glicose no sangue maior a taxa de reabsorção de glicose no néfron ➔ o SGLT transporta a glicose para dentro da célula - A taxa de reabsorção a partir do 4 se mantem, pois, os transportadores saturam ➔ não consegue reabsorver na mesma proporção que aumenta a concentração no sangue - Reabsorve um pouco e o resto é excretado pela urina Maria Fernanda Moncorvo – T5 5 GRÁFICO A) processo de filtração: - A concentração de glicose no sangue aumenta em relação a taxa de filtração da glicose - Quanto maior a minha glicemia (glicose no sangue) a taxa de filtração aumenta, proporcionalmente GRÁFICO B) processo de reabsorção - Quando a curva para de crescer quer dizer que o transportador foi saturado - A partir de 3000mg/ 100ml, por mais que aumente a glicemia, ela não consegue ser reabsorvida ➔ limiar renal para a glicose - QUANDO OS TRANSPORTADORES SATURAM A GLICOSE DEIXA DE SER REABSORVIDA E PASSA A SER ELIMINADA PELA URINA ➔ GLICOSURIA GRÁFICO C) processo de excreção - O processo de excreção da glicose só começa quando o limiar é atingido - Começa quando há saturação de glicose e ela passa a ser excretada na urina GRÁFICO D) resumo de tudo Reabsorção de água, sódio e ânions • As células do túbulo contorcido proximal são extremamente permeáveis a água ➔ entra na célula por osmose • O processo de entrada e saída do sódio das células tem como resultado a permeabilidade de demais componentes como CONSEQUÊNCIA ➔ reabsorção acoplada à reabsorção do sódio • A água move-se por osmose, seguindo a reabsorção do soluto • O sódio é reabsorvido e a água vai atrás por osmose, causando um gradiente de concentração • A concentração dos outros solutos aumenta à medida que o volume do líquido do lúmen tubular diminui • No túbulo proximal a reabsorção de água, sódio e ânions se inicia a partir da reabsorção do sódio • Sódio reabsorvido ➔ leva os sais e a água por osmose • SEM O SÓDIO OS SAIS E A ÁGUA NÃO SÃO REABSORVIDOS Maria Fernanda Moncorvo – T5 6 - Em situações de privação de água, os rins tentam proteger o organismo de uma desidratação severa elevando a osmolaridade do líquido extracelular conservando o máximo de água que ele puder ➔ excreção de urina bastante concentrada em solutos (osmolaridade muito elevada) - A concentração da urina varia de acordo com a quantidade de água e de sódio reabsorvidos no néfron distal (túbulo contorcido distal e ducto coletor) - A concentração e a diluição da urina dependem de 4 mecanismos básicos: • Capacidade renal de excretar uma urina mais diluída em situações de excesso de água • Capacidade renal de excretar uma urina mais concentrada em situações de falta de água • Mecanismos renais de feedback responsáveis por controlar a concentração de sódio no líquido extracelular • Mecanismos reflexos da sede e de apetite por sal ➔ controlam o volume dos líquidos corporais e a osmolaridade dos solutos contidos no líquido extracelular - O hormônio diurético (ADH ou vasopressina) tem um importante papel quanto aos mecanismos de diluição da urina - A permeabilidade é variável dependendo de quanta vasopressina está presente - QUANTO MAIS ADH MAIS ÁGUA, QUANTO MENOS ADH MENOS ÁGUA - Aumento da osmolaridade: • Hipófise posterior reage secretando mais ADH do que de costume • O ADH é transportado para a corrente sanguínea até as células dos túbulos contorcidos distais e ducto coletor aumentando a permeabilidade de água desses locais • O ADH não permite que a água saia, portanto se tenho muito ADH, muita água fica retida no organismo e ela não é secretada pela urina OBS: importante para situações de desidratação, nas quais o organismo precisa “estocar” água para sobreviver o máximo possível - Diminuição da osmolaridade: • Hipófise posterior reage secretando menos ADH do que de costume • O ADH é transportado para a corrente sanguínea até as células dos túbulos contorcidos distais e ducto coletor diminuindo a permeabilidade a água desses locais ➔ excreção de uma quantidade grande de urina diluída • O ADH não que permite a saída da água, portanto se tem pouco ADH, pouca água fica retida no organismo e ela é altamente excretada pela urina Secreção e reabsorção: - Túbulo Contorcido Proximal: no começo a água e os eletrólitos são reabsorvidos em proporções diferentes, mas no final, quase não ocorre alteração na osmolaridade do filtrado ➔ a sua concentração permanece em torno de 300 mOsm/L - Ramo descendente da Alça de Henle: reabsorção da água por osmose e consequente aumento da sua concentração ➔ o líquido tubular fica com a mesma concentração do líquido intersticial e ambos ficam em equilíbrio osmótico Maria Fernanda Moncorvo – T5 7 OBS: O líquido tubular vai ficando cada vez mais concentrado enquanto flui no trajeto da Alça de Henle - Ramos ascendente da Alça de Henle: inteiramente impermeável a água, sobretudo a parte espessa, mas é muito permeável a solutos ➔ intensa reabsorção de sódio, potássio e cloreto - Na medida em que o líquido tubular flui em direção ao túbulo contorcido distal ele vai ficando cada vez mais diluído e sua osmolaridade reduzida - Na presença ou ausência do ADH, o líquido chega as porções tubulares distais com uma osmolaridade bastante reduzida ➔ hipo osmótico - Néfron Distal (túbulo contorcido distal e ducto coletor): o líquido será mais diluído devido a reabsorção do cloreto de sódio que ocorre nessas porções - SEM ADH: esse segmento tubular permanece impermeável a água e a reabsorção extra dos solutos fazem com que o líquido tubular seja ainda mais diluído reduzindo ainda mais a sua osmolaridade Sistema Contra Corrente: - Processo no qual ocorre uma intensa reabsorção de solutos para o interstício medular renal, mantendo essa região hiper osmótica - Só é possível devido as alças de Henle dos néfrons justa glomerulares e os vasos retos, poderem atingir profundamente a medula renal antes de retornarem ao córtex - A osmolaridade do líquido intersticial medular renal é muito mais alta - Com a ação do mecanismo, a alta concentração de solutos no interstício medular será mantida pelo equilíbrio da entrada e saída de água e de solutos - Os túbulos renais possuem características que ajudam esse mecanismo a manter o ambiente medular hiper osmótico: • Transporte ativo de íons sódio e cotransporte de íons potássio e cloreto na porção espessa do ramo ascendente da alça de Henle para o interstício medular • Transporte ativo de íons de dentro dos ductos coletores para o interstício medular • Difusão facilitada da ureia, que transita em grande quantidade nos ductos coletores para o interstício medular • A difusão de uma pequena quantidade de água dos túbulos medulares para o interstício medular - A alça de Henle vai desempenhar um papel fundamental no mecanismo de contracorrente tendo em vista que boa parte da sua porção ascendente é muito permeável aos solutos, permitindo a intensa reabsorção de solutos para o interstício medular Maria Fernanda Moncorvo – T5 8 Aldosterona e ADH ALDOSTERONA: hormônio sintetizado na zona glomerulosa da glândula adrenal e é regulada e secretada pela angiotensina II • Diretamente envolvido com o controle de sais dentro do organismo, principalmente o sódio e o potássio ➔ indiretamente faz o controle da quantidade de água no organismo • Faz controle de aumento na absorção de sódio e eliminação do potássio • Ação muito importante quando o paciente está com a pressão baixa e precisa aumenta-la Pressãobaixa: a primeira coisa a ser produzida pelos rins é a renina, que vai estimular a produção de aldosterona, fazendo com que haja uma maior reabsorção de sódio e consequentemente maior absorção de água para dentro dos rins Pressão alta: medicamentos agem diretamente na proteína angiotensinogênio impedindo a formação do hormônio angiotensina ➔ não há estímulos para a produção de aldosterona, impedindo a alta absorção de água pelos rins mantendo a pressão mais baixa Aldosterona alta: hipocalemia, aumento da pressão arterial e alcalose Aldosterona baixa: hipercalemia, baixa pressão arterial Fatores que influenciam a liberação de aldosterona: • Estimulam: K+ em alta concentração, angiotensina II • Inibem: Na+ em alta concentração ADH - Age diretamente no túbulo contorcido distal e no ducto coletor - Gera o aumento da permeabilidade à água e à ureia ➔ rins reabsorvem uma quantidade muito maior - Gera o aumento da pressão arterial, porém em uma concentração muito maior do que a necessária para produzir a antidiurese - A eliminação de urina concentrada resulta da reabsorção de água pelo ducto coletor ➔ a ação do ADH aumenta a permeabilidade a água e a ureia nos ductos coletores - Em situações de perda de água exagerada, como por exemplo em dias de calor no qual há perda de água através do suor, o organismo começa a reter água pela ação do hormônio ADH que é liberado - O álcool e a cafeína inibem o ADH ➔ quando inibido, menos água será reabsorvida pelos rins e mais água será eliminada pela urina Maria Fernanda Moncorvo – T5 9 - Compreende duas etapas: • Enchimento vesical, envolvendo a função de armazenamento da urina • Esvaziamento ou micção propriamente dita - A bexiga é recoberta por dois músculos extremamente importantes para a sua fisiologia - O corpo da bexiga é recoberto pelo músculo detrusor, músculo esse com fibras musculares poli direcionais que permitem que o órgão possa se esvaziar durante a contração - O colo da bexiga e a uretra são recobertos pelo músculo esfíncter urinário formado por músculo estriado esquelético ➔ permite o controle voluntário da micção - Fazer xixi ➔ relaxar os esfíncteres e contrair a bexiga - Segurar xixi ➔ contrair esfíncter e relaxar a bexiga - O reflexo da micção acontece em todo o sistema urinário, mas não é desenvolvido por esse sistema - O reflexo se desenvolve no sistema nervoso autônomo, podendo ser simpático ou parassimpático - É um reflexo espinal sujeito ao controle de centros encefálicos superiores - SIMPÁTICO: • Armazenamento da urina na bexiga • Os nervos simpáticos saem das vertebras L1 e L2 • Um potencial de ação inicia o processo de propagação de neurotransmissores ➔ noradrenalina • Os receptores alfas e beta adrenérgicos interagem com o neurotransmissor noradrenalina • Os receptores alfas são localizados no colo vesical e uma vez estimulados pela noradrenalina fazem com que os músculos esfíncteres contraiam • Os receptores betas são localizados no corpo e no trígono da bexiga e uma vez estimulados pela noradrenalina fazem com que os músculos detrusores relaxem • Com o aumento da pressão no interior da bexiga (grande volume de urina armazenada) há ativação do SNA parassimpático - PARASSIMPÁTICO: • Esvaziamento da urina na bexiga • Os nervos parassimpáticos saem das vertebras S1 e S2 • Um potencial de ação inicia o processo de inibição de neurotransmissores ➔ acetilcolina • Os receptores muscarínicos estão localizados no corpo e no colo da bexiga e interagem com a acetilcolina • Os receptores muscarínicos localizados no colo vesical quando estimulados pela acetilcolina fazem com que os músculos esfíncteres relaxem • Os receptores muscarínicos localizados no corpo da bexiga quando estimulados pela acetilcolina fazem com que o músculo detrusor contraia - Músculo Esfíncter Externo: • O músculo esfíncter externo tem um comportamento diferenciado durante o ato miccional • É um músculo de contração voluntária Maria Fernanda Moncorvo – T5 10 • As vertebras S2 e S4 possuem o Núcleo de Onuf, local por onde saem as fibras no nervo pudendo • Se o núcleo estiver estimulado, o nervo pudendo vai liberar neurotransmissores do tipo acetilcolina para que a musculatura contraia • No ato miccional o núcleo de Onuf precisa ser inibido ➔ relaxamento do esfíncter e passagem da urina • O relaxamento do músculo esfíncter da uretra acontece por meio da liberação de óxido nítrico SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO Encher a bexiga Esvaziar a bexiga Contração esfíncter, relaxamento detrusor Contração detrusor; relaxamento esfíncter Noradrenalina Acetilcolina Alfa e beta Muscarínicos Colo: receptores α adrenérgicos promovem a contração do esfíncter Colo: receptores muscarínicos promovem relaxamento do esfíncter Corpo: receptores β adrenérgicos promovem o relaxamento do detrusor Corpo: receptores muscarínicos promovem a contração do detrusor Maria Fernanda Moncorvo – T5 11 - Consiste na regulação do metabolismo do cálcio e do fosfato - O cálcio está, majoritariamente, presente nos ossos ➔ serve como reserva, liberando ou armazenando - Também está presente no meio intracelular e no plasma ➔ controle de processos celulares e coagulação sanguínea, respectivamente - Uma redução dos níveis de cálcio (hipocalcemia) ou um excesso dele (hipercalcemia) pode resultar em alterações fisiológicas ➔ disfunção no sistema nervoso central e nos processos neuromusculares - O fosfato está presente nos ossos e no meio intracelular - Na maioria das vezes está ligado ao cálcio, contribuindo para a integridade funcional e estrutural dos tecidos duros (ossos e dentes) - Também está presente nos tecidos moles, agindo como um tampão nos casos de excesso de hidrogênio plasmático - A regulação do fosfato é realizada pelos mesmos reguladores do cálcio, porém as concentrações do fosfato não sofrem regulações tão rígidas quanto do cálcio ➔ alterações nessas concentrações também trazem muitos danos - Um aumento nas concentrações do fosfato (hiperfosfatemia) pode causar uma diminuição nos níveis de cálcio (hipocalcemia) ➔ já que o fosfato se liga ao cálcio formando complexos - O controle dos níveis de cálcio e fosfato se dão devido a presença de dois hormônios - HORMÔNIO PARA TIREÓIDEO (PHT) • Produzido pelas glândulas paratireoides • Responsável por evitar a hipocalcemia nos ossos e nos rins • Age diretamente nos ossos para aumentar a reabsorção óssea e disponibilizar cálcio e fosfato ➔ bomba de cálcio que tira esse elemento do osso e leva para o líquido extracelular • Ativação indireta dos osteoclastos ➔ como essas células não possuem receptores de PTH, ocorre a ativação de osteoblastos (pois esses têm os receptores necessários – RANKL) ➔ quando ativados mandam sinais para os osteoclastos tornando- os osteoclastos maduros que farão a remoção de cálcio nos ossos • O PTH aumenta a reabsorção renal de cálcio; diminuindo sua excreção • O PTH diminui os níveis séricos de fosfato, aumento a sua excreção pela urina • O PTH aumenta a formação de Vitamina D ➔ aumentando a absorção intestinal • Baixa concentração de cálcio no plasma, maior a secreção de PTH • Alta concentração de cálcio no plasma, menor a secreção de PTH (efeito mediado pelo receptor de Ca presente nas células da paratireóide) • Quando as concentrações de cálcio sérico estão elevadas, a secreção de PTH é inibida e o cálcio é depositado nos ossos • Quando as concentrações de cálcio sérico estão baixas, a secreção de PTH é estimulada e o cálcio é retirado dos ossos MariaFernanda Moncorvo – T5 12 CALCITRIOL – VITAMINA D ATIVADA • O organismo é responsável por produzir a vitamina D3, através da pele, a partir do composto 7- desidrocolesterol por ação da radicação ultravioleta solar • A vitamina D é transportada da pele para o fígado ou intestino pela circulação porta hepática e sofre hidroxilação, transformando se em calcitriol ➔ essa transformação é controlada a partir de feedback • Para que haja a transformação da vitamina D3 em calcitriol é imprescindível a presença do PTH • Esse hormônio facilita a reabsorção de cálcio dos ossos potencializando a função do PTH ➔ também estimula os osteoclastos a partir dos osteoblastos • O seu excesso promove a absorção do osso • A sua falta promove a calcificação óssea CALCITONINA • Hormônio produzido na tireoide • Age diretamente nos ossos e tem papel antagônico ao PTH • DIMINUI A CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DE CÁLCIO • Reduz ação absortiva dos osteoclastos de forma mais imediata • Diminui a formação de novos osteoclastos de forma mais prolongada • O principal estímulo para a sua secreção é a elevação dos níveis séricos de cálcio • O efeito da calcitonina é mais fraco em relação ao efeito do PTH Maria Fernanda Moncorvo – T5 13 - Hormônio glicoproteico responsável pela síntese de hemácias no organismo - Sintetizado principalmente nos rins com auxílio do fígado - Age na medula óssea estimulando a proliferação e o amadurecimento de células indiferenciadas → células indiferenciadas maduras podem se tornar hemácias - A sua função principal é estimular a síntese de hemácias para potencializar o transporte de oxigênio - Também pode ser chamada de citocina pois estimula a produção das hemácias apenas em situações de necessidade do organismo → as hemácias são produzidas somente em situações de necessidade e não a todo o momento - Em situações de hipóxia, a eritropoiese (síntese de hemácias) é estimulada por ação desse hormônio - Eritropoetina age nas células tronco hematopoiéticas para que elas se transformem em proeritroblastos e depois em hemácias para que haja oxidação tecidual - Em situações de hipóxia, o H1F1 é estimulado H1F1: molécula que participa das sinalizações celulares e estimula a produção de eritropoetina nos rins e no fígado em situações de hipóxia GESTANTES: Nas primeiras semanas de gravidez, a mãe fica muito cansada pois o seu volume plasmático continua igual, mas ela precisa se nutrir e nutrir o bebê (poucas hemácias para nutrir ambos) Ao longo dos meses, há um estímulo na produção de eritropoetina e consequente aumento da quantidade de hemácias fazendo com que a mãe consiga se nutrir e nutrir o bebê sem dificuldade sem gerar cansaço Maria Fernanda Moncorvo – T5 14 Equilíbrio ácido-base • Quanto maior [H+] menor o pH → ácido • Quanto menor [H+] maior o pH → alcalino/básico • pH normal do sangue arterial = 7,4 • pH normal do sangue venoso = 7,35 (pela adição de CO2) → pela maior quantidade de gás carbônico • Acidose: pH do sangue abaixo a 7,4 - Diminuição do bicarbonato - Excesso de gás carbônico no organismo (pCO2 > 40 mmHg) • Alcalose: pH do sangue acima de 7,4 - Aumento do bicarbonato - Falta do gás carbônico no organismo (pCO2 < 40 mmHg) • Limite de sobrevivência: 6,8-8,0 • O corpo através do metabolismo gera compostos ácidos mais do que compostos básicos (consequentemente o pH sanguíneo seria mais ácido) → o organismo tenta manter a homeostasia → os líquidos corporais devem conter quantidades balanceadas de ácidos e bases → o excesso de H+ deve ser tamponado e/ou eliminado • Normalmente a urina é mais ácida, para tentar eliminar esse excesso do organismo • Mecanismo de defesa p/ excesso de H+: - Tamponamento extracelular → tampão do sangue (bicarbonato) consegue atuar com uma reação para tamponar o ácido - Controle respiratório → através da maior ou menos eliminação de gás carbônico (o ácido carbônico libera H+) → maior eliminação de CO2 libera mais H+ → H+ + HCO3- -> CO2 + H2O - Excreção renal → excreção de ácido pelo rim; atua mais tardiamente • O H+ pode ser liberado pelo metabolismo ou alimentação Tamponamento do H+ • Bicarbonato (extracelular), fosfato (intracelular) e proteinas (intra e extracelular) • Bicarbonato: - Serve para tamponar ácidos fortes - Elimina o ácido através de gás carbônico - Por isso é importante manter os níveis adequados de bicarbonato - Normal: em pH de 7,4 o bicarbonato é 24mEq/L - Pouco bicarbonato gera excesso de H+, entrando em acidose • Acidose metabólica: [HCO3-] < 24 - Compensação respiratória → aumenta frequência respiratória para diminuir a pCO2 • Acidose respiratória: pCO2 > 40 mmHg - Compensação renal → aumenta [HCO3-] • Alcalose metabólica: [HCO3-] > 24 - Compensação respiratória → diminui frequência respiratória para aumentar a pCO2 • Alcalose respiratória: pCO2 < 40mmHg - Compensação renal → diminui [HCO3-] Regulação renal – tampão • Funções no pH: - A produção endógena de H+ geralmente é maior do que a produção de bases - Filtração e reabsorção de bicarbonato Maria Fernanda Moncorvo – T5 15 - Secreção de H+ - Regula o pH corporal excretando urina alcalina ou ácida - O excesso de H+ é eliminado na urina pelo processo de acidificação urinária • Regulação de [H+] pelo rim: - Secreção de H+ - Reabsorção de HCO3- filtrado - Produção de novo HCO3- • Secreção de H+ - Secreção = coisas do capilar vão para o ducto coletor e são eliminados pela urina - Ducto coletor - Existem células intercaladas A e B no ducto coletor - A célula intercalada tipo A é responsável pela secreção de H+ - Acontece através das bombas das células do tipo A → tem que ser por transporte ativo pois vai contra o gradiente de concentração de H+ - Processo de acidificação do filtrado - O CO2 da corrente sanguínea entra na célula por difusão → entra em contato com água e forma ácido carbônico → ácido carbônico se dissocia em bicarbonato e H+ → H+ é secretado e o bicarbonato volta para a corrente sanguínea por um transportador de bicarbonato - A célula intercalada do tipo B é ao contrário da A, do lado tubular fica o transportador de bicarbonato → é importante na secreção de bicarbonato • Reabsorção do bicarbonato: - Grande parte é reabsorvido no túbulo contorcido proximal - 10% na parte espessa ascendente de Henle e 4% no ducto coletor - Na célula do túbulo contorcido proximal: na membrana basal do lado intersticial tem a bomba sódio e potássio → quando o sódio é jogado para o interstício sua concentração diminui → pouco sódio cria-se um gradiente de sódio que estimula sua entrada, estimulando um transportador de sódio para sua reabsorção (NHE) pelo lado tubular → quando ocorre essa reabsorção do sódio, consequentemente H+ é secretado - O H+ secretado vai reagir com o bicarbonato que está no lumen tubular, ocorrendo uma reação formando ácido carbônico → ácido carbônico se dissocia em CO2 e H20 → CO2 entra na célula livremente e dentro da célula e pelo sistema anidrase carbônica reage com H2O formando ácido carbônico novamente → ácido carbônico se dissocia formando bicarbonato e H+ → bicarbonato é reabsorvido e H+ secretado, iniciando tudo novamente - A reabsorção de bicarbonato é indireta, pois não existe um transportador para ele - Na alça espessa de Henle ocorre da mesma forma que o túbulo contorcido proximal Maria Fernanda Moncorvo – T5 16 • Produção de HCO3: - Feito por 2 processos: entrada de gás carbônico na célula que se junta com H2O formando ácido carbônico e se dissocia em bicarbonato e H+, gerando umbicarbonato novo & - Nas células do túbulo proximal existe o metabolismo da glutamina → utilizada para gerar um novo bicarbonato - Glutamina sofre reação de quebra → quebra da glutamina gera 2 moléculas de bicarbonato → esses bicarbonatos vão para o interstício e posteriormente corrente sanguínea - Em uma condição de acidose, aumenta-se o metabolismo da glutamina para gerar mais bicarbonato • Fatores que aumentam ou diminuem a secreção de H+ e a reabsorção de HCO3- pelos túbulos renais: - pCO2, H+ e HCO3- - Angiotensina 2: estimula o funcionamento do transportado NHE da bomba e do transportador de bicarbonato → secreta mais H+ e reabsorve mais bicarbonato → pode causar alcalose - Aldosterona → aumenta reabsorção de sódio, secreção de potássio e secreção de H+ nas células intercaladas → pode causar hipocalemia e alcalose - Volume extracelular - Hipocalemia Maria Fernanda Moncorvo – T5 17 - Lipossolúvel: • Hormônios solúveis em meios lipídicos → se dissolvem em meios de gordura • Gordura é o solvente desses hormônios • A sua síntese depende do aporte do precursor lipídico à célula secretora e da presença de enzimas especificas que metabolizam a molécula precursora até chegar à forma ativa • Não podem ser armazenados em vesículas → não tem estoque, a sua secreção é regulada pela atividade de enzimas • Não circulam livremente no plasma, estão sempre ligados a proteínas carreadoras → dificuldade de se deslocarem no interstício e sangue - Hidrossolúvel: • Colesterol • Solúveis em meios aquosos → água é o solvente desses hormônios • Podem circular livremente no plasma, porém muitos circulam ligados à uma proteína carreadora • São degradados nos fígados e nos rins - Hormônios Peptídicos • Compostos de aminoácidos unidos • Hidrossolúveis • São lipofóbicos → geralmente não conseguem entrar na célula alvo → ligam-se a receptores presentes na superfície da membrana • Principais mecanismos de ação: o Sistema de segundo mensageiro do AMPc o Tirosina-cinase o Outras vias de transdução de sinais • Ex: insulina, glucagon, PTH, calcitonina, todos os hormônios da hipófise - Síntese e processamento dos hormônios peptídicos: 1. Pré-pró-hormônio: • Originado no ribossomo • Cópias do hormônio peptídico, uma sequência-sinal que direciona a proteína ao lúmen do REG e outras sequências de peptídeos que podem ou não possuir atividade biológica • Grandes e inativos 2. Pró-hormônio: • Molécula ainda inativa, criada após remoção da sequência-sinal • No aparelho de Golgi, o pró- hormônio é empacotado em vesículas secretoras junto com enzimas proteolíticas, que “cortam” o pró-hormônio, originando hormônios ativos e outros fragmentos → mecanismo pós-traducional 3. Hormônio ativo → “empacotado” em vesículas no citoplasma até que a célula receba um sinal que estimule a secreção - Continuação da síntese: • As proteínas são sintetizadas a partir da transcrição do RNAm • O RNAm é traduzido no REG pela ação dos ribossomos • O que foi traduzido passa para o aparelho de Golgi → considerado período pós traducional • Conforme a proteína vai sendo traduzida, ela é empacotada Maria Fernanda Moncorvo – T5 18 • O hormônio só é ativado depois dos processos pós traducionais → depois de ser empacotado e clivado em regiões especificas • Antes desse período ele é classificado como pré pró hormônio • O transporte dos hormônios no sangue se difere dependendo das suas classificações - Hormônios amínicos: • Derivados de aminoácidos • Hidrossolúveis, com exceção de hormônios tiroidianos (IGF, Hormonios tireodeanos e HGH) • Produzidos por: pienal, tireoide, medula das adrenais • Presença de iodo na molécula → torna o hormônio não solúvel em água • Divididos em catecolaminas (neuro- hormonios) e hormônios da tireoide • Catecolaminas: o Síntese previa e armazenamento em vesículas secretoras o Transporte: dissolvidos no plasma o Receptor na membrana celular o Resposta ligante-receptor: ativação de sistemas de segundo mensageiro o Resposta geral do alvo: modificação de proteínas existentes • Hormônios da tireoide: o Síntese previa e precursor armazenado em vesículas secretoras o Transporte: ligados a proteínas carreadoras o Receptor no núcleo o Resposta ligante-receptor: ativação de genes para a transcrição e tradução o Resposta geral do alvo: indução da síntese de novas proteínas - Hormônios esteroides: • Compostos por colesterol, dependem da ação de enzimas específicas • Produzidos por: córtex da adrenal e gônadas • Ex: hormônios sexuais, cortisol e aldosterona • Síntese e processamento: esteroides são sintetizados no REL → lipofílicos → se difundem facilmente a partir das células produtoras e para dentro das células alvo → por isso, não podem ser armazenados em vesículas secretoras → são produzidos quando necessário • Transporte: maioria das moléculas de hormônios esteroides → ligada a proteínas carreadoras • Receptores tanto no citoplasma quanto no núcleo • No núcleo: o Funciona como um fator de transcrição o Ativam ou reprimem um ou mais genes o Respostas mais lentas em comparação aos peptídicos Maria Fernanda Moncorvo – T5 19 - Hormônio: substância química não nutriente capaz de conduzir determinada informação entre uma ou mais células • Capaz de induzir uma resposta celular, isto é, alterar uma função da célula - Tireoide: • Células foliculares secretam hormônios tireoidianos • Células C secretam calcitonina - Tipos de comunicação celular: • Comunicação do sistema endócrino ou do sistema nervoso • Na clássica do endócrino ocorre quando uma célula do endócrino libera um hormônio que cai na circulação → vai atuar em uma célula longe e chega nela pela circulação → o hormônio só consegue atuar na célula se houve um receptor para aquele hormônio • No nervoso, o neurônio libera o neurotransmissor e atua em uma célula alvo perto dele → esse mesmo neurônio pode liberar neuro- hormônios, que ai vão cair na corrente sanguínea para atuar em alvos distantes - Ações endócrinas clássicas: • Endócrina: na célula na qual libera um hormônio que cai na circulação e atua na célula alvo com um receptor para aquele hormônio • Parácrina: uma célula libera um hormônio que não cai na circulação e sim atua em uma célula perto • Autócrina: a célula libera um hormônio que atua sobre ela mesma, sofre exocitose - Ações endócrinas não clássicas: • Criptócrina: libera um hormônio que vai atuar na célula ao lado, acontecendo dentro de um microambiente • Intrácrina: hormônio entra na célula e é convertido em outro hormônio, que aí sim vai se ligar ao seu receptor localizado dentro da célula (forma o hormônio dentro da célula e lá dentro mesmo se liga ao seu receptor) • Justácrina: célula libera um hormônio que fica ligado na célula que o produziu por uma haste de sustentação; o hormônio se liga a célula alvo, mas a célula alvo tem que vir até ele - Receptores: • O hormônio deve se ligar a um receptor para ter sua ação nas células • Cada receptor é especifico para seu hormônio - Localização: • Na membrana celular (caso onde o hormônio não entra na célula e sim gera uma cascata de sinalização para induzir uma resposta celular) • Citoplasmático ou nuclear: hormônio entra dentro da célula para fazer sua ação → no núcleo pode induzir uma transcrição genica • Uma mesma substância química se ligando a dois receptores diferentes podem ter respostas diferentes • Duas substâncias parecidas podem se ligar a um mesmo receptor, produzindo efeitos parecidos Maria Fernanda Moncorvo – T5 20 - Agonistas e antagonistas do receptor:• Agonista: substâncias que se ligam ao receptor e produz a mesma resposta que o ligante primário poderia produzir • Antagonista: outra substância também é capaz de se ligar no receptor, porem bloqueia sua atividade, não produzindo resposta - Tipos de interação hormonal: • Sinergismo: o efeito combinado dos hormônios é maior do que o aditivo (maior do que a simples soma dos dois hormônios) • Permissividade: um hormônio permite o efeito do outro; um precisa do outro para funcionar • EX: hormônio da tireoide e sexual sozinhos não tem efeito, porem combinados gera o desenvolvimento normal do sistema genital - Sistema de Feedback: • Feedback positivo: o Estimulo inicial produz uma resposta o Essa resposta aumenta o estimulo iniciador o Um fator externo é necessário para interromper o ciclo da retroalimentação positiva • Feedback negativo: o Resposta gerada é contraria ao estimulo que deu origem a ela Maria Fernanda Moncorvo – T5 21 - Receptores de membrana: • Os hormônios cujos receptores estão localizados na membrana plasmática desenvolvem uma resposta muito rápida • A ligação do hormônio com os receptores de membrana desencadeia uma passagem de sinais, os sinais podem fluir via cascata ou via amplificação • CASCATA: receptor de membrana, ao receber o sinal, ativa uma proteína que irá ativar outras proteínas subsequentemente • AMPLIFICAÇÃO: o receptor de membrana desencadeia uma resposta no meio intracelular ao receber um sinal → uma molécula ativada, ativa outras moléculas e assim por diante - Receptor acoplado a canal: • Respostas muito rápidas → hormônio se liga ao receptor e responde abrindo ou fechando canais • Mudam rapidamente o fluxo iônico alterando a permeabilidade da célula gerando uma despolarização • Resposta desencadeada pela despolarização → proteínas sensíveis a voltagem • Exemplo: receptor de acetilcolina - Receptor acoplado a proteína G: • Hormônio se liga ao receptor de membrana e dá voltas até entrar realmente na célula • O fim do receptor está conectado a proteína G • A subunidade alfa transforma o GDP em GTP → GDP deixa a proteína inativa então, quando se transforma em GTP, a proteína fica na sua forma ativa • O GTP se move pela membrana até a ativação de uma proteína alvo • GTP estimula a ação da adelinato clicase e da fosfolipase C - Adenilato ciclase: • Hormônio se liga ao receptor acoplado a proteína G • Subunidade alfa da proteína G transforma GDP em GTP e estimula a atividade da enzima adenilato ciclase • Adenilato ciclase é responsável por converte ATP e AMPc - Fosfolipase C: • Hormônio se liga ao receptor acoplado a proteína G • Subunidade GQ da proteína G transforma GDP em GTP e estimula a atividade da enzima fosfolipase C • A ativação da fosfolipase C gera a quebra fosfolipídios de membrana (PIP2) → diacilglicerol e inositoltrifosfato (IP3) - Tirosina Cinase: • Uma molécula sinalizadora ativa o seu receptor • A mudança da conformação do receptor ativa a tirosina cinase • Tirosina cinase transfere um grupo fosfato do ATP para uma tirosina (aminoácido) de uma proteína • Insulina se liga ao seu receptor que é do tipo tirosina cinase → ativa a enzima presente que fosforila proteínas localizadas no citoplasma da célula ativando posteriormente vias de sinalização Maria Fernanda Moncorvo – T5 22 - Receptor integrina: • Receptor de membrana com uma proteína de ancoragem ligada ao citoesqueleto • A ligação do ligante a receptores de integrina ativam enzimas intracelulares ou o citoesqueleto - Receptores intracelulares: • Resposta mais lenta • Após a ativação do canal por meio da ligação com o hormônio, a resposta será direcionada para o núcleo celular formando um complexo • Os hormônios do complexo atuam ativando ou inibindo a transcrição gênica → permitem ou não a síntese de proteínas - Finalização do mecanismo de ação: • Mecanismos que “desligam” uma proteína/ enzimas • Hormônios não conseguem mais se ligar ao receptor e deixando de gerar uma resposta Maria Fernanda Moncorvo – T5 23 Neurohipófise - Tem origem embrionária de ectoderma, sistema nervoso primordial - A conexão hipotálamo–neurohipófise acontece devido a eminência mediana e pedículo hipofisário - O hipotálamo é responsável por sintetizar os hormônios enquanto a neuro hipófise secreta para os demais tecidos - A síntese de hormônios no hipotálamo acontece devido a um estímulo - A partir do estímulo os hormônios começam a ser secretados, depois caem na corrente sanguínea chegando até as células alvos - Esses hormônios são chamados de neuro hormônios, pois são produzidos a partir dos neurônios do hipotálamo - Os hormônios são sintetizados no corpo celular do hipotálamo e são levados até a neuro hipófise através dos axônios dos neurônios - A neuro hipófise é responsável pela secreção dos hormônios para o organismo através da corrente sanguínea - Quando os hormônios chegam a neuro hipófise, são armazenados no Corpúsculo de Herring - As estruturas desse local são sustentadas por Pituicitos - Núcleo hipotalâmico paraventricular produz ocitocina - Núcleo hipotalâmico supraóptico produz ADH/ Vasopressina - Ocitocina: hormônio que age nas mamas e no útero, responsável pela ejeção de leita através da contração da musculatura - ADH: hormônio responsável pelo aumento da reabsorção de água nos néfrons e pela a vasoconstrição Adenohipófise - Tem origem embrionária de ectoderma; cavidade oral - Hormônios produzidos pelo hipotálamo (neuro hormônios), chegam até a adeno hipófise através do sistema porta hipofisário - Sistema Porta hipofisários: • 2 leitos de capilares interligados por uma veia • Tem a função de conduzir os hormônios produzidos no hipotálamo para a adeno hipófise → comunicação rápida entre hipotálamo e hipófise • Os hormônios produzidos no hipotálamo são secretados na rede de capilares primárias, descem pela veia porta e chegam na rede de capilares secundárias localizadas na adeno hipófise Hormônios liberadores - São produzidos pelo hipotálamo ao chegarem na adeno hipófise, pela corrente sanguínea, estimulam a secreção dos hormônios deste local HIPOTÁLAMO HIPÓFISE GnRH FSH, LH GHRH GH CRH ACTH TRH TSH Maria Fernanda Moncorvo – T5 24 Hormônios inibidores - São produzidos pelo hipotálamo ao chegarem na adeno hipófise, pela corrente sanguínea, inibem a secreção dos hormônios deste local HIPOTÁLAMO HIPÓFISE Somatostatina GH Dopamina Prolactina - Ritmo Circadiano: • É conhecido por ser um “relógio biológico” que regula a secreção de alguns hormônios hipotalâmicos a depender do horário do dia e da fisiologia de cada organismo • Exemplo: O cortisol tende a ser baixo à noite enquanto dormimos e alto de manhã logo ao acordarmos Maria Fernanda Moncorvo – T5 25 - A secreção do hormônio do crescimento (GH) está sob controle hierárquico do hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) e do hormônio inibidor do hormônio do crescimento (somatostatina) - Esses hormônios são peptídicos e são secretados pelos neurônios parvo celulares no hipotálamo até chegarem a adeno hipófise Mecanismo de ação do GHRH - O GHRH é um hormônio peptídico/ proteico que age em receptores de membrana acoplados a proteína G - O GHRH produzido no hipotálamo chega até a adeno-hipófise por meio dos neurônios parvo celulares e se liga ao receptorde membrana acoplado a proteína G ativando a subunidade Gs - A subunidade alfa estimulatória da proteína G estimula a atividade da enzima adenilato ciclase - A adenilato ciclase converte ATP em AMPc - O AMPc tem diversas funções: • Aumentam a síntese proteica e a formação de novas moléculas de GH • Atuam como 2º mensageiro dessa via mandando sinais para o meio intracelular • Ativam a enzina PKA - Enzima PKA: • Aumenta a concentração de cálcio no interior da célula • O aumento do cálcio no interior da célula estimula a exocitose • O processo de exocitose faz com que o GH seja transportado para fora da célula e chegue no organismo Mecanismo de ação da Somatostatina - A somatostatina é um hormônio peptídico/ proteico que age em receptores de membrana acoplados a proteína G - É produzida no hipotálamo chega até a adeno-hipófise por meio dos neurônios parvo celulares e se liga ao receptor de membrana acoplado a proteína G - A subunidade alfa inibitória da proteína G transforma GDP em GTP e inibe a atividade da enzima adenilato ciclase - Com a adenilato ciclase inibida, não haverá conversão de ATP em AMPc - Sem essa conversão, não terá síntese proteica de GH nem ativação da enzima PKA Mecanismo de ação do GH - O GH é secretado em padrão pulsátil, os mecanismos de secreção ocorrem aproximadamente a cada 2 horas - É um hormônio peptídico/ proteico que age em receptores de membrana do tipo tirosina cinase - A ligação do hormônio GH com o receptor aumenta a atividade da enzima JAK2 → fosforilação - A enzima JAK2 desencadeia uma série de fosforilações de proteína que modulam a atividade da célula-alvo - Essa enzima ativa várias vias metabólicas que culminam na ativação de vários genes alvos que estão ligados ao crescimento, com o metabolismo energético e com a síntese proteica OBS: regulação do GH é feita pelo ciclo circadiano Maria Fernanda Moncorvo – T5 26 - Quando o GH chega no fígado, este órgão começa a produzir substancias intermediarias chamadas de somatomedinas → grande parte dos efeitos do GH ocorre por meio das somatomedinas - Os efeitos das somatomedinas no crescimento são similares aos efeitos da insulina - Somatomedinas também são chamadas de fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGF-1) Efeitos metabólicos do aumento de GH - Lipídeos: aumento da lipólise do tecido adiposo → quebra de gordura OBS: a lipólise faz com que a conversão de ácido graxo em acetil-CoA aumente e consequentemente a pessoa emagreça OBS: O uso indevido de GH pode causar hipertrofia no coração, o que pode comprometer a sístole e diástole e evoluir para uma insuficiência cardiaca. A falta de GH, por sua vez, leva a hipotrofia cardíaca - Carboidratos: diminuição na captação de glicose nas células leva a ativação da gliconeogênese e ao aumento da secreção de insulina pelo pâncreas → insulina não exerce corretamente a sua função aumentando a chance de o paciente desenvolver diabetes IGF-1 - Hormônio peptídico produzido em vários tecidos incluindo fígado, músculos e ossos → principalmente no fígado - Atua por meio de um receptor de tirosina cinase específico - O seu receptor é muito similar ao receptor de insulina → por serem tão parecidos pode acontecer de ativarem os receptores um do outro - A concentração de IGF-1 no organismo se dá por meio do mecanismo de feedback negativo - A diminuição de IGF-1 no organismo estimula a produção de GH na adeno-hipófise - O aumento de IGF-1 no organismo inibe a produção de GH na adeno-hipófise Maria Fernanda Moncorvo – T5 27 - A tireoide possui uma unidade morfofuncional chamada de folículo tireoidiano, onde se encontram os coloides - Os coloides são responsáveis pela produção de tireoglobulina, a tireoglobulina dará origem aos hormônios tireoidianos - A tireoglubulina, emaranhada no interior do coloide, faz com que as suas moléculas (aminoácidos) se juntem e formem os hormônios Hipotireoidismo - Primário: falha na tireoide • A glândula recebe os hormônios do hipotálamo e da adeno hipófise, mas não consegue produzir T3 e T4 • TSH alto e TRH alto • T3 e T4 baixos - Secundário: falha na adeno hipófise • A glândula recebe os hormônios do hipotálamo, mas não consegue secretar TSH para a tireoide • TRH alto e TSH baixo • T3 e T4 baixos - Terciário: falha no hipotálamo • O hipotálamo não secreta TRH • TRH baixo e TSH baixo • T3 e T4 baixos Hipertireoidismo - Primário • TSH baixo • T4L e T3 altos - Secundário: • TSH, T4L e T3 altos Formação de T3 e T4 1. Captação do iodeto pela NIS (transporte ativo secundário) 2. Efluxo de iodeto, pela pendrina 3. Oxidação do iodeto, pela TPO 4. Ligação do iodo na TG, pela TOP 5. Acoplamento de TG → origem aos hormônios T2, T3 e T4 6. Endocitose no coloide 7. Digestão da TG → separação dos hormônios 8. Reciclagem do iodo 9. Secreção dos hormônios tireoidianos e transportados pelo MCT8 Autorregulação da Tireoide - Nesse período de autorregulação, a ação do hormônio TSH não é determinante → independente das concentrações de TSH, a própria tireoide regula os níveis de iodo para ela mesma produzir os hormônios - Efeito Wolff-Chaikoff • Quando há um EXCESSO de iodo circulante no organismo, a própria tireoide emite um BLOQUEIO de captação de iodo para que MENOS hormônios sejam sintetizados • Esse bloqueio acontece, pois, se muito iodo fosse captado pelo organismo, muito hormônio seria sintetizado pela tireoide • Porém, o bloqueio não persiste por muito tempo, dura de 24 hrs a 48 hrs • Depois de um período acontece um momento de ESCAPE do Efeito Wolff-Chaikoff • O período de escape é caracterizado pela volta da captação de iodo e da produção de hormônios tireoidianos → volta ao normal Maria Fernanda Moncorvo – T5 28 Desiodação dos HT - A enzima desionidase é responsável por converter o T4 em T3 - D1: enzima presente nos tecidos periféricos e converte T4 em T3, libera o hormônio para a corrente sanguínea - D2: enzima presente no SNC, hipófise, tecido adiposo, músculos e coração; converte T4 em T3 e libera apenas pare eles mesmos - D3: enzima presente no SNC e na placenta responsável por controlar o excesso de T3 produzido, inativando hormônio T3 transformando em T2 Mecanismo de ação dos HT - Os hormônios tireoidianos são considerados hormônios de ação lenta, mas de longa duração - Ação genômica • Os hormônios T3 e T4 entram nas células através de canais específicos • As moléculas de T4 que entram na célula são convertidas em T3 pela ação das enzimas desionidases • Dentro do núcleo celular existem dois tipos de receptores, os TR e os TXR • Os receptores TR são específicos para o hormônio T3 e são ativados quando estes entram em contato • Os receptores RXR ficam acoplados aos receptores TR e são ativados quando T3 se liga ao TR • Ambos receptores ficam inativos e são ativados apenas com o contato de T3 ao seu receptor especifico • A ativação desses receptores é importante pois a partir disso começa a transcrição gênica - Ação não genômica • Receptores de membrana do tipo integrina aVβ3 e são capazes de se conectar a ambos os hormônios tireoidianos Ações fisiológicas dos hormônios tireoidianos - Crescimento: • T3 e T4 aumentam a velocidade de crescimento dos ossos e do cérebro • Remodelação óssea • Altas concentrações de HT pode levar a osteoporose - Metabolismo: • Termogênese obrigatória e facultativa • Síntese e degradação do colesterol • Síntese de receptores LDL • Gliconeogênese, glicogenólise • Maturação de pré-adipócito em adipócito • Lipólise e lipogênese • Síntese/degradação de proteínas • Aumenta a absorção intestinal de glicose • Síntese de GLUT4- Desenvolvimento: • Desenvolvimento normal do SNC • Crescimento normal e reabsorção óssea - Ação no sistema respiratório • Aumenta frequência respiratória em repouso • Aumenta volume-minuto na respiração • Aumenta hematócrito (EPO) • Aumenta resposta ventilatória à hipercapnia e hipoxia - Ação no coração: • Aumento de HT tem efeito sobre força de contração Maria Fernanda Moncorvo – T5 29 - Tem a importante função de liberar hormônios como a insulina, glucagon e somatostatina pelas células da ilhota pancreática Estado bem alimentado ou pós-prandial - Insulina alta e glucagon baixo - Momento de ingestão do alimento ou algumas horas após a refeição - Ações voltadas ao armazenamento dos nutrientes - Glicose, gordura e aminoácidos encorpados aos tecidos (efeito anabólico) - Secreção de insulina pelas células beta pancreáticas - A insulina tem uma ação hipoglicemiante, promovendo a diminuição dos níveis de glicose no sangue a partir do seu armazenamento - O aumento da insulina faz com que haja aumento da glicólise, aumento da síntese de glicogênio, aumento da síntese de gordura e aumento da síntese proteica - O estimulo para a secreção de insulina é a alta concentração de glicose no sangue → hiperglicemia Estado de jejum ou pós-absortivo - Glucagon alto e insulina baixo - Momento distante da ingestão alimentar ou muitas horas após a refeição - Ações voltadas a utilização dos nutrientes - Glicose, gordura e aminoácidos retirados do armazenamento (efeito catabólico) - Secreção de glucagon pelas células alfa pancreáticas - O glucagon tem uma ação hiperglicemiante, promovendo o aumento dos níveis de glicose no sangue a partir da quebra de glicogênio - O aumento de glucagon faz com que haja aumento da glicogenólise, aumento da gliconeogênese e aumento da cetogênese - O estimulo para secreção de glucagon é a diminuição da captação/concentração de glicose no sangue → hipoglicemia Síntese de insulina - O aumento da concentração da glicose faz com que haja um aumento da síntese de energia na forma de ATP o que estimula o fechamento dos canais de potássio e abertura dos canais de cálcio - A insulina é transportada do sangue para os tecidos através do transportadores do tipo GLUT - No tecido alvo, a insulina se liga a um receptor especifico chamado de receptor de insulina - A insulina se liga a porção alfa do receptor, que se comunica com a porção beta, essa porção se auto-fosforila ativando a enzima tirosinacinase que vai fosforilar proteínas que ativam a captação de glicose Secreção de insulina 1. Níveis altos de glicose no sangue 2. Metabolismo aumenta 3. ATP aumenta 4. Canal de K se fecha 5. Célula despolariza e o canal de cálcio abre 6. A entrada de Ca atua como um sinal intracelular 7. O sinal de Ca desencadeia a exocitose e a insulina é secretada Maria Fernanda Moncorvo – T5 30 - Processo chamado de esteroidogênese focado na glândula suprarrenal - A glândula suprarrenal é dividida em córtex e medula, o córtex ainda é dividido em três camadas - A primeira camada (glomerulosa): responsável pela secreção de aldosterona - Segunda camada (fasciculada): responsável pela secreção de glicocorticoides - Terceira camada (reticular): responsável pela secreção de hormônios sexuais principalmente os androgênios - Os hormônios esteroides são compostos quimicamente por lipídeos e circulam no plasma acoplados a uma proteína carreadora => se estivessem sozinhos iam se dissolver - Todos os hormônios esteroides são sintetizados a partir do colesterol, 80% deles a partir do LDL e 20% do acetato - O colesterol induz a produção de progesterona que através da ação da enzima 21 hidroxilase leva a produção de cortisol e de aldosterona - 21 hidroxilase é a enzima chave para que ocorra a síntese da aldosterona e do cortisol Falha de 21 hidroxilase - Os níveis de cortisol e de aldosterona caem drasticamente tendo consequências em toda a fisiologia - A diminuição da aldosterona faz com que haja diminuição na reabsorção de sódio e secreção de potássio => quadro de hiponatremia (baixa de sódio) e hipercalemia (excesso de potássio) - A deficiência de cortisol faz com que haja diminuição dos níveis de glicemia no organismo (hipoglicemia) - Como mecanismo de feedback, a baixa desses hormônios no organismo estimula a produção de progesterona como forma de tentativa compensatória, mas como há falha na enzima, não adianta de nada e acaba que há um acumulo absurdo de progesterona no organismo - O acúmulo de progesterona faz com que a via se desvie e aumente a síntese de testosterona - No feto, o pico de testosterona faz com que haja genitália ambígua => clitóris hipertrofia e parece um mini pênis => antigamente chamado de hermafrodita - O tratamento consiste no reparo de cortisol e aldosterona e cirurgia de reparação Biossíntese - Principal aporte lipídico é o colesterol LDL - Para internalizar o LDL é necessária a ligação do hormônio esteroide com um receptor de lipoproteína - Em todas as células que sintetizam hormônio esteroide (córtex) há receptor para lipoproteína LDL - Quando o LDL se liga ao receptor, todo o complexo é endocitado formando uma vesícula cheia de colesterol dentro da célula - Esse colesterol está na forma não livre e as enzimas liberadas pelo próprio lisossomo celular irão deixa-lo na forma livre - Proteína STAR permite a entradas do colesterol na mitocôndria para que haja síntese de hormônio esteroide - Dentro da mitocôndria, o colesterol livre sofre ação da enzima colesterol desmolase => ação de clivar o colesterol livre em um substrato chamado de pregnenolona Maria Fernanda Moncorvo – T5 31 - Classe de hormônios esteroides, produzidos nas glândulas suprarrenais (zona fasciculada) - Cortisol é o principal glicocorticoide - O principal hormônio estimulador do cortisol é o ACTH e o principal precursor é o colesterol → LDL Mecanismo de Síntese - LDL se liga ao receptor de lipoproteínas localizado na membrana e fica no citoplasma em forma de vesícula - Fica internalizado em forma de éster e a proteína STAR auxilia para que fique na forma de colesterol livre - Em forma de colesterol livre, entre na mitocôndria para fazer a síntese dos hormônios - Ao entrar sofre ação da enzima colesterol desmolase - Esse hormônio age no colesterol livre clivando a cadeia lateral formando um hormônio intermediário chamado pregnolonona - Formada dentro da mitocôndria, vai para o citoplasma sofre uma reação no reticulo endoplasmático, volta para a mitocôndria e sai como hormônio esteroide Cortisol - É um dos hormônios que tem o eixo hipotálamo-hipófise glândula periférica - No hipotálamo há a liberação do hormônio CRH (hormônio liberador de corticotrofina) - Esse hormônio age na adenohipófise, mais especificamente nas células chamadas de corticotrofos, estimulando a produção do hormônio ACTH - Excesso → Síndrome de Cushing - Falta → Síndrome de Addison - O objetivo do CHR no corticotrofo é estimular a produção do ACTH, mas antes da sua formação, uma proteína grande é formada chamada de POMC → considerada um pré pró hormônio - O ACTH atua na zona fasciculada da suprarrenal e estimula a síntese do cortisol → hormônio final - Cortisol possui duas funções importantes • Ação no sistema imune: redução da função imunológica • Ação metabólica: manutenção da hiperglicemia Características do Cortisol - Por ser lipossolúvel, não é estocado → é produzido de acordo com a necessidade - Hormônio circula na corrente sanguínea com o auxílio das proteínas carreadoras → CBG - Os estímulos para a síntese do hormônio cortisol são o ritmo circadiano e o estresse - O controle da síntese de cortisol depende dos hormônios do eixo → liberação de CRH e de ACTH - Eixo reguladopelo mecanismo de feedback negativo → aumento de cortisol estimula a diminuição do CHR e a diminuição do ACTH POMC - Sua formação é necessária para que haja síntese de ACTH - Formada a partir da liberação de CRH na hipófise, onde é clivada pela própria ação da adenohipófise por enzimas especificas presentes nos corticotrofos → dá origem ao Maria Fernanda Moncorvo – T5 32 ACTH, lipotrofina gama e beta endorfina + fragmentos - Em tecidos não hipofisários, o ACTH induz a síntese do hormônio estimulador de melanócito chamado de alfa MSH e os fragmentos induzem a síntese do hormônio chamado de gama MSH - O hormônio alfa MSH estimula a síntese de melanina e a resposta imune e diminuição da ingestão alimentar Receptor de Glicocorticoides - Por serem hormônios esteroides (lipossolúveis), ultrapassam livremente a membrana e se ligam aos receptores citoplasmáticos → formam o complexo hormônio receptor - Ao alcançarem o núcleo, estimulam diretamente o DNA - Cada hormônio glicocorticoide se liga a uma parte especifica do DNA da célula alvo - A região responsiva de glicocorticoide (GRE) age estimulando a função de transcrição gênica - A região não responsiva (nGRE), age bloqueando a função de transcrição genica Ações do Cortisol - Metabólica: • Aumento da quantidade de glicose no sangue através da gliconeogênese → hormônio hiperglicemiante • Para isso, o cortisol aumenta a atividade das enzimas hepáticas envolvidas nesse processo • Por consequência do aumento da glicemia, acaba aumentando também a secreção de glucagon e catecolamina - No músculo esquelético: • Os músculos esqueléticos usam a glicose como principal fonte de energia → conseguem converter glicose em ATP muito rapidamente • Porém, em situações de hipoglicemia ou em quadros de estresse, o cortisol tenta fazer com que os músculos parem de usar a glicose e passem a usar os ácidos graxos como forma de energia - Redução da função imune: • O cortisol, quando se liga aos receptores da região não responsiva do DNA, inibe a expressão de citocinas pró-inflamatórias chamadas de NFKB • Ao inibir a liberação de NFKB, não há estimulação de outros medidores inflamatórios • O cortisol libera a lipocortina que atua inibe a ação da enzima fosfolipase A2 • Essa enzima converte fosfatidicolina em ácido araquidônico • O ácido araquidônico é importantíssimo para a formação de prostaglandinas e leucotrienos, mediadores inflamatórios - Imunosupressão: • Diminuição de linfócitos B e T, monócitos, eosinófilos • Indução de apoptose de células dos tecidos linfoide • Diminuição da liberação de histamina • Inibição da ação de APCs Conversão de Cortisol - Geralmente acontece no fígado - Enzima 11B-HSD2, converte cortisol em cortisona, forma inativa desse hormônio - O excesso de cortisol, faz com que ele comece a se ligar ao receptor de aldosterona e passe a agir como ela Maria Fernanda Moncorvo – T5 33 - São uma classe de hormônios esteroides, produzidos nas glândulas suprarrenais (zona glomerulosa) - Aldosterona é o principal - Recebe esse nome pois é um hormônio composto por íons (minerais) que controlam a secreção de sais no organismo → principalmente sódio e potássio - Principal função é a regulação de sódio e água corporal através do controle do transporte de sódio nos tecidos epiteliais Aldosterona - Hormônio lipofílico, derivado do colesterol, principal responsável pela regulação do balanço eletrolítico do organismo → age na célula principal do túbulo contorcido distal - Por sua morfologia lipofílica, consegue atravessar livremente a membrana celular e ativar receptores intracelulares - Esse hormônio tem a função de estimular uma maior reabsorção de sódio e maior secreção de potássio pelos rins - Ao entrar na célula, se liga ao receptor intracelular chamado complexo-MR- chaperona e vai para o núcleo afim de estimular a síntese proteica, isso é o efeito genômico da aldosterona → estimula a abertura dos canais de sódio e potássio - O cortisol, apesar de diferente, consegue se ligar ao mesmo receptor MR, estimulando-o - Para que essa ligação não aconteça, ele precisa ser convertido em cortisona pela ação da enzima 11betaHSD2 - Posteriormente, a cortisona sai de uma célula e vai para outra em que possua efeito, sendo novamente convertida em cortisol - Fatores que regulam sua liberação: • Baixa pressão arterial (via renina) • Aumento de potássio (hipercalemia) - Peptídeos natriuréticos inibem sua liberação Aldosterona sintase: enzima encontrada apenas nas células da zona glomerulosa responsável pela conversão de corticosterona em aldosterona Síndrome de Cushing: produção de excesso de cortisol, fazendo com que haja uma saturação da enzima 11betaHSD2 gerando um efeito do cortisol de mineralocorticoide, ou seja, um efeito análogo ao da aldosterona Maria Fernanda Moncorvo – T5 34 Eixo hipotálamo-hipófise-gônadas - Estímulos internos ou ambientes estimulam a produção de GnRH pelo hipotálamo - Células respondem ao GnRH na adenohipófise e produzem dois hormônios nos gonadotrofos hipofisários (LH e FSH) - Esses dois hormônios atuam nas gônadas - Sem esses hormônios, os testículos não produzem nada - Em um período da nossa vida, os hormônios ainda não são produzidos em uma concentração suficiente - O FSH e o LH (e testosterona) possuem um aumento durante o período fetal → relacionado ao desenvolvimento dos órgãos genitais - Após isso, há uma diminuição e no primeiro ano de vida, ocorre um pico desses hormônios e depois abaixa novamente e fica baixo/ inativo até a criança chegar a puberdade - Quando chega na puberdade, começa-se a produzir GnRH, estimulando a adenohipófise a produzir LH e FSH que irão agir nos testículos → após a puberdade, há o pico (fase adulta) e se mantém estável - A liberação do GnRH é pulsátil - O LH também possui uma secreção pulsátil em consequência Via de sinalização GnRH - O gene GnRH que é produzido no hipotálamo, se liga ao seu receptor na adenohipófise, ativando uma proteína Gq - Quando ativa a proteína Gq, a enzima fosfolipase C é ativada também - A fosfolipase C pega o fosfolipídeo de membrana (PIP2) e quebra em duas moléculas: • DAG (ativa uma quinase PKC que vai fosforilar alvos, induzindo a transcrição dos hormônios LH e FSH, que serão estocados) • IP3 (aumenta o cálcio intracelular, estimulando a translocação da vesícula que tem hormônio armazenado, para que o mesmo seja liberado na adenohipófise → exocitose da vesícula - Uma vez que esses hormônios são secretados na adenohipófise, chegam na corrente sanguínea e agem no testículo, principalmente em duas células: • LH age na célula de Leydig → localizada na região do interstício → é a célula responsável por produzir testosterona • FSH age no túbulo seminífero → onde tem a produção dos espermatozoides → dentro do túbulo tem uma célula de Sertoli e o FSH age nessa célula Mecanismo molecular do LH 1. As células de Leydig estão localizadas no interstício 2. LH se liga ao seu receptor na célula de Leydig 3. Seu receptor está acoplado a uma proteína Gs que ativa uma enzima adenilato-ciclase 4. Adenilato-ciclase ativa uma proteína quinase (PKA) que fosforila proteínas que são responsáveis por ativar enzimas responsáveis pelas etapas de produção da testosterona Maria Fernanda Moncorvo – T5 35 5. Uma vez que ocorreu a produção de testosterona, uma parte dela cai na corrente sanguínea para agir nos órgãos alvos e outra parte vai direto agir no túbulo seminífero - A concentração de testosterona no túbulo seminífero é muito maior do que na corrente sanguínea - A testosterona fica geralmente acoplada a uma proteína carreadora - Na corrente sanguínea a testosteronafica conjugada ao SHBG e no túbulo seminífero ao ABP Mecanismo molecular do FSH - FSH atua na célula de Sertoli, localizada no túbulo seminífero 1. O FSH se liga ao seu receptor da célula de Sertoli, acoplado a uma proteína Gs que ativa adenilato-ciclase que ativa PKA 2. Uma vez que o FSH ativa essa via, induz a produção de moléculas: • Inibinas (inibe a adenohipófise a secretar FSH) → quando se tem um nível de FSH alto, se produz mais inibina, mais inibina para de produzir FSH por mecanismo de feedback negativo • ABP (proteína ligadora de hormônios andrógenos) → quando a testosterona entra na célula de Sertoli, ela se conjunta com a ABP, para ela agir no túbulo seminífero para ocorrer a produção dos espermatozoides • Aromatase (enzima que converte uma pequena parte da testosterona que entrou em estradiol) Produção dos hormônios andrógenos - Derivados do colesterol - Hormônio andrógeno é aquele que dá características masculinas - DHEA é o primeiro hormônio andrógeno produzido e pode ser convertido a androstenediona - A androstenediona é convertida a testosterona - A testosterona pode ser convertida em DHT pela enzima 5-alfa-redutase - Os hormônios andrógenos podem formar hormônios estrogênicos (estradiol) - Uma parte da testosterona pode ser convertido em estradiol (estrogênio), pela enzima aromatase - Os hormônios DHT e estradiol tem um mecanismo de feedback negativo no hipotálamo e gonadotrofos hipofisários Testosterona e DHT - A testosterona libre que tem ação - A testosterona entra na célula, se liga ao receptor e executa sua função no órgão alvo - Algumas células possuem enzimas 5-alfa- redutase e, portanto, não é a testosterona que age e sim o DHT que vai ser convertido → DHT se liga ao seu receptor e induz sua função Produção da testosterona durante a vida fetal - O cromossomo masculino induz a formação do sulco genital masculino que produz testosterona - A secreção de hormônios pelos sulcos genitais será responsável pelo desenvolvimento das características especificas de cada célula - Nos últimos 2 meses de gestação, os testículos são estimulados a descer para o saco escrotal por estimulo da testosterona Maria Fernanda Moncorvo – T5 36 - A administração dos hormônios gonadotróficos ou de testosterona pode auxiliar na descida dos testículos Função dos hormônios androgênicos no desenvolvimento fetal - Induz a formação de pênis, saco escrotal, próstata, vesículas seminais, ductos genitais masculinos - Suprime a formação de órgãos genitais femininos Funções dos hormônios androgênicos na puberdade - Estimula o crescimento do pênis, escroto e testículos - Estimula o aparecimento de características sexuais secundárias - Crescimento de pelos pubianos, axilares, faciais, linha alba, peito, costas etc - Reduz o crescimento de cabelo (calvície) - Aumenta a espessura da pele - Causa hipertrofia da mucosa da laringe - Crescimento dos ossos - Aumenta massa muscular Fatores que influenciam a atividade do espermatozoide - Motilidade → inibida por proteínas presentes no fluido epididimal até após a ejaculação - pH → meio neutro ou levemente alcalino aumenta a atividade; meio ácido reduz a atividade e causa morte rápida - Temperatura → aumento da temperatura aumenta a atividade Vesículas seminais - Produzem material mucoso com proteínas que coagulam e fixam no colo uterino - Produzem frutose e outros nutrientes - Fibrinogênio: formação de um coagulo Função da próstata - Secreta fluido leitoso e alcalino → auxilia a neutralizar o pH ácido da vagina - Contem uma enzima de coagulação para auxiliar na coagulação do sêmen - Contem o antígeno prostático especifico (PSA) → liquefaz o sêmen Função da glândula bulbouretral - Responsável pela secreção do líquido pré- ejaculatório e integra cerca de 5% o fluido seminal - Tem função de lubrificar a uretra durante o ato sexual Ato sexual masculino 1. Excitação 2. Platô (máxima excitação) 3. Orgasmo (ejaculação) 4. Resolução Ereção - Para ocorrer a ereção, precisa haver acumulo de sangue nos corpos cavernosos e corpo esponjoso - Para acumular sangue nas artérias devem realizar vasodilatação - Aumento do fluxo sanguíneo arterial - Obstrução da saída venosa - Aumento da pressão e preenchimento do tecido erétil - Para ocorrer ereção, precisa de ativação da via parassimpática → libera substancias vasodilatadoras - Nervos parassimpáticos através do nervo cavernoso libera óxido nítrico → relaxamento Maria Fernanda Moncorvo – T5 37 das artérias penianas e as fibras musculares lisas do tecido erétil do corpo cavernoso Estimulação - Sensação sexual → estimulação da glande do pênis transmite sensação ao sistema nervoso central - Ereção psicogênica → gerada através do estimulo do cérebro - Ereção reflexogênica → gerada através do estímulo do pênis - SNA simpático: nervo hipogástrico - SNA parassimpático: nervo pélvico - SN somático: nervo pudendo Emissão e ejaculação - A intensificação do estimulo sexual provoca a excitação de nervos simpáticos → contração do canal deferentes, da próstata, das vesículas seminais Maria Fernanda Moncorvo – T5 38 Hormônios ovarianos - Andrógeno (androstenediona) • Células da teca que produzem e são estimuladas pelo LH • O LH estimula a expressão de enzimas esteroidogenicas nas células • Células tecais ricamente vascularizadas e por isso acesso fácil a lipoproteínas - Estradiol • Quando a androstenediona atravessa a lâmina basal e chega a granulosa, a androstenediona dá origem aos estrógenos • Célula da granulosa depende dos estrógenos produzidos na teca interna para serem capazes de produzir estrógenos • A enzima aromatase dentro da granulosa converte andrógeno em estrógeno • O FSH estimula a expressão de CYP19 (aromatase) - Inibina • É uma glicoproteína produzida pelas células da granulosa • É estimulada pelo FSH • É responsável por fazer feedback negativo na adeno-hipofise, ela inibe a liberação de FSH • Possível indicador do climatério • Também produzida pelo corpo lúteo (inibina A) - AMH • É produzido pelas células da granulosa • Se o AMH está muito baixo quer dizer que a reserva folicular da mulher também está baixa Estágios de crescimento folicular - Folículo primordial (fase inicial de crescimento) • Dependente de fatores parácrinos intraovarianos produzidos pelas células foliculares e ovócitos • Independente de gonadotrofinas hipofisárias - Folículo pré-antral • Células da granulosa o Tem receptor de FSH, mas depende do ovócito para crescer o Não produzem hormônios ovarianos no folículo pré- antral • Células da teca o Receptor de LH o Produzem andrógenos em baixa quantidade - Folículo antral • Safra de folículos antrais → sofrem atresia → sobra 1 folículo dominante (Graaf) • Células da fase antral respondem ao FSH • O folículo antral “escolhido” para virar o dominante, é o mais sensível e com mais receptores de FHS Fases do ciclo - Fase folicular inicial: • Acontece do dia 0 ao dia 14 • Há predominantemente a atuação do FSH Maria Fernanda Moncorvo – T5 39 • Baixos níveis de estrogênio exercem retroalimentação negativa sobre o GnRH, o FSH e o LH • O estrogênio promove maior secreção de estrogênio pelo folículo • O AMH previne que mais folículos se desenvolvam - Fase folicular tardia: • Níveis elevados de estrogênio somados ao nível crescente de progesterona causam o pico de LH • O FSH é inibido pela inibina - Ovulação: • Aumento do LH → induz expressão de citocinas inflamatórias e enzimas hidrolíticas → ruptura da parede do folículo • Aumento do LH → reduz os níveis
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