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Anexos Do Embrião E Feto

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ANEXOS DO EMBRIÃO E FETO 
ANEXOS 
• Decídua 
• Placenta 
• Cordão umbilical 
• Sistema amniótico 
• Vesícula vitelina 
• Alantoide 
 
Funções 
• Proteção 
• Respiração 
• Nutrição 
• Excreção 
• Produção de hormônios 
• Local de troca de nutrientes e gases 
• Órgãos maternofetal 
 
• Porção ovular – origina de parte do saco coriônico →córion 
• Porção materna – derivada do endométrio → decídua basal 
• PLACENTA + CORDÃO UMBILICAL = sistema de transporte 
 
DECÍDUA 
Do latim decidus = que cai (separa do útero após parto) 
A decídua é a camada basal do endométrio especializado. Todo mês a mu-
lher se prepara pra uma nova gestação, então a camada basal se desenvolve 
e o coxim endometrial se desfaz quando a mulher não engravida, permane-
cendo somente uma camada, a decídua, que é parte funcional do endomé-
trio. 
Endométrio altamente modificado pela gestação em função da placentação 
hemocorial. Nesta última, ocorre o processo de invasão do trofoblasto, e 
muitas pesquisas têm sido feitas sobre a interação entre as células da decídua 
e os trofoblastos invasores. A decidualizaçáo – transformação de endomé-
trio secretor em decídua - depende do estrogênio, da progesterona e de fato-
res secretados pelo blastocisto que está sendo implantado. É o endométrio gravídico. 
Responde a modificação dos níveis de progesterona, com o aumento dela, aumenta o tecido conjuntivo do 
endométrio e forma as células da decídua 
Decídua: é a camada funcional do endométrio gravídico 
DECÍDUA BASAL 
Situada mais distante do concepto, mais profunda, é a parte funcional, forma o componente materno da pla-
centa, isto é, onde ocorre a placentação - invadida por vilosidades; formada até o 5º mês. 
É a camada do endométrio que é invadida pelo trofoblasto. 
DECÍDUA CAPSULAR 
Parte endometrial, superficial da decídua - recobre concepto e o separa do restante da cavidade uterina. 
DECÍDUA PARIETAL/VERA 
Mucosa de revestimento remanescente no útero – parte restante da decídua. Permanece na parede. 
Por volta da 18ª/20ª semana, há fusão da decídua basal com a parietal e a formação de uma cavidade única. 
PLACENTA 
Após 13/14 semanas passamos a chamar o trofoblasto de placenta. 
O feto depende da placenta para suprir suas necessidades pulmonares, hepáticas e renais. 
A parte funcional do trofoblasto é o sinciciotrofoblasto que se inserem na camada endometrial. 
Proliferação do trofoblasto (pós fecundação), do saco corionico e das vilosidades coriônicas se dão ao final da 
3ª semana. 
Proliferação do trofoblasto, do saco coriônico e das vilosidades coriônicas (final da 3ª semana) 
 
4ª semana: com o crescimento do saco coriônico, as vilosidades associadas a decídua capsular ficam compri-
midas, reduzindo o fluxo sanguíneo. Essas vilosidades se degeneram formando uma área avascular que é o 
Córion Liso 
Já as vilosidades associadas a decídua basal, ramificam-se e aumentam de tamanho formando o Córion Vi-
loso/Frondoso, que separa o que vai da mãe para o bebê e vice-versa 
O córion frondoso forma as vilosidades que vão entrar dentro da placenta. 
 
O sangue é levado até entre os vilos. Essa região que tem comunicação das artérias espiraladas e o córion viloso 
é a região de troca. 
O sangue materno chega e ocorre uma troca de substâncias através do sinciciotrofoblasto. 
Na hipertensão gestacional, a base da doença é o defeito no processo de desenvolvimento da placenta. 
No momento do corion frondoso entrando e invadindo o endométrio, invade também as artérias espiraladas, 
invadindo o espaço interviloso, destruindo a camada médias dessas artérias (camada muscular), de modo que 
o vaso relaxe e aumente sua complacência. Isso é o que a gente espera de uma gravidez normal. De modo que 
a pressão da gestante caia no desenvolver da gravidez. Shunt artério venoso, de modo que a resistência vascular 
cai, caindo a pressão arterial. 
Isso é muito bem observado no 2º trimestre. 
É um processo contínuo que vai até o final da gestação. Uma das teorias da hipertensão gestacional é que não 
ocorre essa segunda invasão e destruição da camada média. 
A pré-eclampsia é muito mais frequente nas primigestas. Há uma teoria de que se a mulher tiver filho com a 
mesma pessoa, há redução da chance de desenvolver a préeclampsia. 
PLACENTAÇÃO 
• Primeira onda de invasão trofoblástica: 8/11 a 14 semanas 
• Segunda onda de invasão trofoblástica: 14 a 22 semanas 
 
Isso é responsável pela formação de um shunt artério-venoso. 
A invasão ocorre quando o trofoblasto adentra as Aa. Espiraladas na sua camada muscular fazendo o vaso ficar 
complacente, assim irá sangue a vontade para nutrir o bebê 
Por conta dessas ondas de invasão que a 
PA materna tende a cair no 2º trimestre → se não cai, tenho que investigar hipertensão gestacional 
CARACTERÍSTICAS 
Tem forma discoide, com diâmetro entre 15 e 20 cm e espessura de 2 a 3 cm, pesa 500-600 g correspondendo 
usualmente 1/6 do peso do feto, as margens da placenta são contínuas com os sacos amniótico e coriônico 
rompidos 
Face Fetal: interna, lisa e com inserção do cordão (é a parte que está virada para o feto) 
 
Face Materna: externa, cruenta e presença de cotilédones (microscopia do vilo corial). É a parte que vai ser 
descolada do útero quando o bebê nascer. 
FUNÇÕES 
METABOLISMO 
Sintetiza glicogênio, colesterol e ácidos graxos 
TRANSPORTE 
Mecanismos de transporte placentário e o que é transportado nessas formas. 
• Difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose 
• Transferência de gases (O2, CO2, CO); 
• Substâncias nutritivas: água, glicose, vitaminas 
• Hormônios: proteicos e esteroides 
• Anticorpos maternos: conferem imunidade passiva ao feto 
• Temos a passagem de IgG materno pela placenta protegendo o bebê de algumas infecções, mas IgM não 
passa porque é uma molécula grande. Se no sangue do bebê tiver IgM significa que ele está infectado, 
se tiver IgG você busca saber se é do bebê ou da mãe. 
• Produtos de excreção: ureia, ácido úrico – é uma urina estéril 
• Drogas: heroína, analgésicos, sedativos 
• A placenta impede que grande parte das substâncias passem, mas alguns ainda passam. 
• Agentes infecciosos: rubéola, sarampo, poliomielite, sífilis e toxoplasma passam pela placenta. Bebê sofre 
de acordo com a idade gestacional – é muito pior se a infecção se dá no 1º trimestre. 
 
SECREÇÃO ENDÓCRINA 
Hormônios proteicos (gonodotropina coriônica – HCG e outros) e esteroides (progesterona e estrógenos) se-
cretados pela placenta. 
Especialmente a progesterona no início da gestação é produzida pelo corpo lúteo, pela presença do B-HCG 
(este é produzido no sinciciotrofoblasto). A placenta passa a produzir exclusivamente a progesterona por volta 
da 14ª semana. A progesterona é quem faz o útero ficar quiescente “molinho”, se retira a progesterona, fica 
mais duro e pode chegar a causar um aborto. 
CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA 
 
Ramificações das vilosidades-tronco para ocorrer troca de substâncias através da membrana placentária entre 
feto e a mãe 
Se dá através das ramificações, isto é, através das vilosidades-tronco. 
Ocorre troca de substâncias através da membrana placentária entre feto e mãe. 
Em teoria não há contato do sangue materno e fetal, para que não haja isoimunização. O sangue materno chega 
até o polo viloso, mas não ultrapassa o cito e o sinciciotrofoblasto. Por isso existe o espaço interviloso, em que 
o sangue materno chega e não ultrapassa o sinciciotrofoblasto. 
O sangue materno banha a parte externa do sinciciotrofoblasto para permitir que ocorram troca de gases e 
nutrientes com o sangue capilar fetal dentro do tecido conjuntivo nas vilosidades coriônicas. 
Normalmente, o sangue materno e o fetal não se misturam na placenta hemocorial. 
Temos 2 artérias e 1 veia que vão se ramificar e se dividir em vários ramos dentro do espaço interviloso.CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA FETAL 
 
O sangue oxigenado chega através das vilosidades, vem pela veia umbilical e vai para o fígado, lá se origina 
as artérias hepáticas e um ramo chamado ducto venoso, que cai na VCI, praticamente na boca do átrio direito, 
daí vai pra o ventrículo direito e também para o átrio esquerdo por conta do forame oval. Vai para o ventrículo 
esquerdo, é jogado pra aorta e vai para a circulação sistêmica. 
O sangue que foi desviado pro ventrículo direito, vai para a artéria pulmonar e vai pros pulmões. No entanto, 
o pulmão ainda não é funcionante: com isso, sabemos que existe outra comunicação, entre artéria pulmonar e 
aorta, levando o sangue pulmonar para a aorta através do ducto venoso para a circulação sistêmica. 
50% do sangue do bebê vai para a circulação sistêmica pelo fígado e outro 50% pelos shunts. 
Resumindo... 
1. Sangue pouco oxigenado do feto vai para placenta pelas Aa. Umbilicais 
2. Dividem-se em Aa. Coriônicas (vilosidades coriônicas) 
3. Sangue fetal fica próximo ao sangue materno 
4. Sangue oxigenado do feto vai pela V. Umbilical 
Sangue oxigenado chega no bebê pelo cordão umbilical pela veia umbilical e o sangue pouco oxigenado, sai 
do bebê e vai para a mãe através da artéria umbilical. 
Cerca de 10% do sangue arterial vai para os pulmões, porque apesar de ainda não funcionarem, eles também 
precisam se desenvolver. 
CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA MATERNA 
O sangue que chega com as excretas, vem pelas artérias umbilicais e vão para a placenta. 
O sangue pouco oxigenado vem pra placenta através das artérias umbilicais se dividindo e formando as artérias 
coriônicas nas vilosidades coriônicas, ficando perto do sangue materno, fazendo a troca do oxigênio pelo gás 
carbônico, recebe o sangue oxigenado que vai chegar ao feto. 
Resumindo... 
1. Sangue no espaço interviloso, fora do sistema circulatório materno 
2. O sangue entra no espaço interviloso, vai para as Aa. Espirais Endometriais impedindo em jatos pela 
pressão sanguínea materna 
3. Flui em torno de vilosidades coriônicas ocorrendo troca de substâncias 
4. O sangue retorna através das Vv. Endometriais para circulação materna 
Espaço interviloso → artérias espirais endometriais → impelido em jatos pela pressão sanguínea materna → 
flui em torno das vilosidades coriônicas → ocorre troca de substância. 
MEMBRANA PLACENTÁRIA 
Constituída pelos tecidos extrafetais que separam o sangue materno do fetal, formada por sinciciotrofoblasto, 
citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e endotélio dos capilares fetais 
• Barreira entre sangue materno e fetal 
• Constituída pelos tecidos extrafetais 
O embrião/feto é tecido do bebê, tudo que ficou no saco gestacional, ao redor dele, formam os anexos, muito 
importantes na gestação isso, chamados de tecido extrafetal. 
O tecido extrafetal forma uma membrana formada pelo sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, tecido conjuntivo 
das vilosidades, endotélio dos capilares fetais. 
Essa camada azul e rosa de fora são a barreia placentária, composta de sincício e citotrofoblasto. Por dentro 
temos vasos arteriais e venosos que confluem na veia e artérias umbilical. 
A placenta é órgão que institui a separação mecânica entre os compartimentos fetais e maternos

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