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Ana Victória Ribeiro - M7 Placenta e Membranas fetais PLACENTA A placenta é um órgão maternofetal, responsável pela troca de nutrientes e gases entre a mãe e o embrião/feto. É constituída por dois componentes, uma parte fetal (que se desenvolve do saco coriônico) e uma parte materna (derivada do endométrio, a membrana mucosa que corresponde à camada interna da parede uterina). A placenta e o cordão umbilical formam um sistema de transporte que permite a “comunicação” entre a mãe e o embrião/feto. Logo, nutrientes e oxigênio passam do sangue materno por meio da placenta para o sangue do embrião, enquanto os materiais residuais e dióxido de carbono passam do sangue fetal através da placenta para o sangue materno. São funções das membranas placentárias e fetais: proteção, nutrição, respiração, excreção de produtos residuais e produção de hormônios. PORÇÕES DA PLACENTA A placenta é formada por: • Uma porção fetal, originária do saco coriônico; • Uma porção materna, derivada do endométrio; A decídua é a camada funcional do endométrio na gestante que se separa do restante do útero ao nascimento. É dividida em 3 regiões: • Decídua basal: parte que fica abaixo do concepto, formando o componente materno da placenta. • Decídua capsular: parte superficial da decídua que recobre o concepto. • Decídua parietal: todas as outras partes restantes da decídua. Ana Victória Ribeiro - M7 DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA O desenvolvimento é caracterizado, inicialmente, pela proliferação rápida do trofoblasto e pelo desenvolvimento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas. O processo de formação placentária é regulado pelos genes homebox (HLX e DLX3), que são expressos no trofoblasto e nos seus vasos sanguíneos. No final da 3ª semana, os arranjos anatômicos necessários para que sejam realizadas as trocas fisiológicas entre mãe e feto são estabelecidos, mas a rede vascular complexa é estabelecida no final da 4ª semana. Sabe-se que as vilosidades coriônicas cobrem o saco coriônico inteiro até o início da oitava semana e, com o crescimento do saco coriônico, as vilosidades associadas à decídua capsular tornam-se comprimidas, o que determina um suprimento sanguíneo reduzido, fazendo com que elas se degenerem. Esse processo produz uma área “avascular”, o chamado córion liso. Além disso, quando as vilosidades desaparecem, as associadas à decídua basal aumentam em número e tamanho formando uma área espessa do saco coriônico, o córion viloso. Vale destacar que a parte fetal da placenta está ligada à parte materna da placenta pela capa citotrofoblástica, uma camada externa de células trofoblásticas. Ademais, as vilosidades coriônicas ligam-se à decídua basal pela capa citotrofoblástica, que ancora o saco coriônico à decídua basal. Vasos sanguíneos passam pelas fendas existentes na capa citotrofoblástica e entram no espaço interviloso. CIRCULAÇÃO MATERNO-FETAL O sangue fetal desoxigenado entra na placenta por duas artérias umbilicais que se ramificam radialmente para formar as artérias coriônicas. As artérias coriônicas se ramificam adicionalmente quando entram nas vilosidades. Nas vilosidades coriônicas, elas formam um sistema capilar, deixando o sangue fetal próximo com o sangue materno. A difusão de gases e nutrientes ocorre pelas células endoteliais dos capilares vilosos e pelo sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto. Ana Victória Ribeiro - M7 ANEXOS Cordão umbilical. Âmnio e líquido amniótico: o âmnio forma o saco membranoso, cheio de fluido (líquido amniótico), que envolve o embrião e depois o feto. O líquido amniótico é deglutido pelo feto e absorvido pelos tratos digestivo e respiratório. Funções do líquido amniótico: atua como uma barreira contra infecções; permite o desenvolvimento normal dos pulmões fetais e o crescimento externo simétrico do embrião; impede a aderência do âmnio ao feto; acolchoa o feto contra lesões; auxilia no controle e manutenção da temperatura corporal do embrião; participa da manutenção da homeostasia dos fluidos e eletrólitos; permite uma movimentação livre do feto. Auxilia no processo de trocas gasosas entre o embrião e o ambiente. Saco vitelino: sofre atrofia a partir da 10ª semana e raramente persiste durante toda a gravidez. Desempenha papel importante no aporte nutricional embrionário nas primeiras semanas de gestação, além de participar da formação do trato digestório e respiratório. Alantoide: é importante para a formação sanguínea inicial que ocorre em suas paredes, seus vasos sanguíneos persistem como as artérias e veias umbilicais, e sua porção intraembrionária passa do umbigo para a bexiga, formando mais tarde o úraco. Após o nascimento, o úraco torna- se um cordão fibroso, o ligamento umbilical mediano, que se estende do ápice da bexiga ao umbigo. Córion: é o mais externo dos anexos embrionários; envolve não só o embrião, mas todos os outros anexos embrionários, ou seja: âmnio, saco vitelínico e alantoide.
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