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1 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 VITÓRIA NOVAIS – MED SINTOMAS CARDIORRESPIRATÓRIOS: CIANOSE: Coloração azulada ou arroxeada da pele e mucosas Geralmente, é causada pelo aumento da hemoglobina reduzida (desoxi- hemoglobina) no sangue >5g/100ml - normal= 2,6g/100ml Mais facilmente observada à luz do dia Mais comum em lábios, ponta do nariz, lóbulo das orelhas, região malar, língua e extremidades (pontas dos dedos..) Pode ser de 4 tipos (Etiologia): 1. Central 2. Periférica 3. Mista 4. Alterações da hemoglobina CIANOSE CENTRAL : Mais comum Causada principalmente por: o Diminuição da tensão de O2 do ar inspirado grandes altitudes o Transtornos de ventilação pulmonar por obstrução das vias respiratórias (neoplasias, corpo estranho...) aumento da resistência nas vias respiratórias (asma) paralisia dos mm respiratórios por fármacos ou doenças como a miastenia gravis (anticorpos contra os receptores de acetilcolina na musculatura) o Transtorno de difusão: aumento da espessura membrana alvéolo capilar pneumonia o Transtornos de perfusão: cardiopatias congênitas, embolia pulmonar o Shunts: cardiopatias congênitas e fistulas vasculares pulmonares CIANOSE PERIFÉRICA: Consequência da perda exagerada de O2 ao nível da rede capilar (estase venosa ou redução do calibre dos vasos da microcirculação) Ocorre em áreas distais como MMII e sempre com pele fria Causas: o +comum: vasoconstrição generalizada pela exposição ao frio o Estase venosa periférica (ICC – insuficiência cardíaca congestiva ), TVP o Transtornos vasomotores: doença de Raynaud 2 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 VITÓRIA NOVAIS – MED CIANOSE CENTRAL CIANOSE PERIFÉRICA Geral/difusa Geralmente unilateral/localizada Piora com esforço Ocorre mesmo em repouso Melhora com O2 NÃO melhora com O2 CIANOSE MISTA: Associação central + periférica (exemplo bastante comum: ICC grave = congestão pulmonar + estase venosa periférica) CIANOSE POR DISFUNÇÃO DA HEMOGLOBINA: Alterações químicas que impedem a fixação de O2 pela hemoglobina Inalação ou ingestão de substâncias toxicas que contenham nitritos, fenacetina, anilinas... Menos comuns na prática clínica DISPNEIA: “Respiração ruim” sensação de respiração difícil, com esforço. Muito subjetiva, varia entre indivíduos. Componente subjetivo (sensação do pcte) e objetivo (descritos adiante em “sinais de dispneia”) Definição pela ATS (Sociedade Americana do Tórax) = experiência subjetiva de desconforto respiratório, que consiste em sensações qualitativamente distintas, variais em sua intensidade Vem descrita de diferentes formas pelo pcte falta de ar, cansaço, canseira, fôlego curto, respiração difícil, fome de ar... diferenciá-la da astenia e da fadiga, pois algumas expressões usadas pelos pacientes podem causar confusão. Queixa comum em consultórios médicos = até 20% da população geral Associada a aumento da mortalidade, com grande morbidade e grave limitação para o desenvolvimento de atividades físicas e sociais É um sintoma, mas vem acompanhada de sinais SINAIS DE DISPNEIA: 1) Aprofundamento ou aceleração dos movimentos respiratórios 2) Utilização da musculatura acessória 3) Tiragem = retração e afundamento supraesternal, supra clavicular e intercostal sempre medir a FR 3 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 VITÓRIA NOVAIS – MED CAUSAS DE DISPNEIA: 1) Relacionadas ao aparelho respiratório Atmosféricas: grandes altitudes com dispneia mesmo a pequenos esforços Obstrutivas: redução do calibre das vias respiratórias (obstruções nasais, imperfuração coanal congênita, laringite, neoplasias, tuberculose) Parenquimatosas: pneumonia, fibrose, DPOC Toracopulmonares: modificações da dinâmica toracopulmonar (elasticidade) = fraturas de arcos costais, cifoescoliose Diafragmáticas: paralisias, hérnias e elevações (gravidez) Pleurais: derrame pleural, pneumotórax 2) Doenças cardíacas: doenças valvares, doença isquêmica do coração, cardiopatias congênitas.... 3) Doenças neurológicas: alterações no centro respiratório, alterações de transmissão neurológica, no eixo neuromuscular 4) Psicogênicas 5) Hipertireoidismo devido ao intenso aumento do metabolismo e demanda energética 6) Alterações da caixa torácica interferindo nas pressões e forças (elasticidade, complacência) do tórax e pulmões ______________________________________________________________________________________________________________ É IMPORTANTE CARACTERIZAR O PROBLEMA PARA CHEGAR AO DIAGNÓSTICO: 1) Evolução ao longo do tempo Crônica: 4 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 VITÓRIA NOVAIS – MED o Estável: sequelas de doenças pulmonares ou pleurais o Progressiva: fibrose pulmonar o Períodos de exacerbação: DPOC, Insuficiência Cardíaca Episódica: pcte fica assintomático entre as crises asma Aguda: pneumonia, edema agudo de pulmão Súbita: embolia, pneumotórax espontâneo 2) Intensidade Esforços: o Grandes: subir escadas, andar depressa, praticar atividades ou esporte que anteriormente conseguia o Médios: andar no plano em velocidade moderada, subir alguns degraus o Pequenos: tomar banho, trocar de roupa, pequenas mudanças de posição, alimentar-se, falar mais depressa Repouso: mesmo em repouso se sente cansado 3) Fatores determinante ou agravantes MUITO IMPORTANTE para colocar na HDA (anamnese) para caracterizar o tipo de dispneia Posição (Dispneia de Repouso): o Ortopneia: em decúbito dorsal IC, DPOC, obesidade, gestação, ascite volumosa o Dispneia Paroxísstica Noturna: acorda o pcte IC, asma/DPOC o Trepopneia: em decúbito lateral (quando o pcte deita do lado sadio, deixando o lado comprometido livre) derrame pleural unilateral, compressões, tumores o Platipneia: sentado ou em pé doença hepática, “shunts” vasculares ou pulmonares melhora ao deitar, pois melhores a ventilação para o ápice pulmonar Alergias: exposição a poeira, mofo, pelos de animais, infecção de vias aéreas, odores, ar frio Medicamentos: betabloqueadores broncoconstritores Para ser dispneia paroxística noturna (DPN), é necessário que a falta de ar demore vários minutos para melhorar depois que o pcte se acorda no meio da noite e assume a posição sentada ou em pé. Caso ele se levante e refira melhora da dispneia após 1 ou 2 minutos, isso não é DPN 5 SEMIOLOGIA MÉDICA 1 VITÓRIA NOVAIS – MED Fatores emocionais: dispneia psicogênica, asma 4) Fatores atenuantes: repouso, posição, medicamentos (broncodilatadores, analgésico/antitérmicos e diuréticos no caso de pacientes com IC) 5) Sinais e sintomas associados: Dispneia Aguda: Pulmonar o Broncoespasmo: chieira, aperto retroesternal, uso de musculatura acessoria o Derrame pleural: dor pleurítica unilateral (dor ventilatório-dependente = pcte queixa de dor ao inspirar) o Pneumonia: tosse, febre, dor pleurítica o Pneumotorax: dor forte súbita o TEP: dor forte súbita normalmente associada a hemoptose (expectoração com sangue)pesquisar melhor essa definição Cardíaca o Edema pulmonar, IAM: dor precordial, sudorese Sistema Nervoso Central o Lesão central, medular: coma, paralisias Dispneia Crônica: Sedentarismo: dispneia ao esforço acima do habitual Pulmonar: o DPOC, Fibrose Pulmonar tosse crônica, cianose, baqueteamento digital, tabagismo, exposição profissional(no caso de fibrose pulmonar trabalhadores de mina de carvão) o Tuberculose, tumores pulmonares avançados emagrecimento, febre, hemoptoico Cardíaca: Insuficiência Ventricular Esquerda edema de MMII Gerais: anemia pele e mucosas descoradas, sinais de perdas sanguíneas, dor em MMII DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: DISPNEIA PSICOGÊNICA Ansiedade hiperventilação Associa-se a Palpitação, “bolo”, tremores,parestesias Situações de ansiedade, depressão, angustia, estresse Acomete o pcte em repouso, mas não atrapalha o sono Não relaciona com esforço Retirar o paciente do ambiente estressor Medir a FR sem o pcte ver Pedir para “contar historia” consegue falar (na dispneia orgânica o pcte tem dificuldade pra falar)
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