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Lingua Portuguesa - Nível Médio

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NÍVEL MÉDIO/TÉCNICO
LÍNGUA PORTUGUESA
TODOS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução, mesmo parcial e por qualquer processo, 
sem autorização expressa dos autores e da Editora Banca do Concurseiro.
Prefeitura Municipal de
CANDELÁRIA/RS
SUMÁRIO
1. Leitura e compreensão de textos: .................................................................................................................................. 3
1.1 Assunto ......................................................................................................................................................................... 3
1.2 Estruturação do texto ................................................................................................................................................... 5
1.3 Ideias Principais e Secundárias ................................................................................................................................... 5
1.4 Relação entre as Ideias ................................................................................................................................................ 6
1.5 Efeitos de Sentido ........................................................................................................................................................ 6
1.6 Figuras de Linguagem .................................................................................................................................................. 6
1.7 Recursos de Argumentação ....................................................................................................................................... 13
1.8 Informações implícitas: pressupostos e subentendidos ............................................................................................. 13
1.9 Coesão e Coerência Textuais ..................................................................................................................................... 15
2. Léxico ........................................................................................................................................................................... 16
2.1 Significação de palavras e expressões no texto ........................................................................................................ 16
2.2 Substituição de palavras e de expressões no texto ................................................................................................... 17
2.3 Estrutura e Formação de Palavras ............................................................................................................................. 18
3. Aspectos linguísticos: 3.1 Relações morfossintáticas .................................................................................................. 20
3.2 Ortografia: emprego de letras e acentuação gráfica sistema oficial vigente 
(inclusive o Acordo Ortográfico vigente, conforme Decreto 7.875/12) ....................................................................... 21
3.3 Relações entre Fonemas e Grafias ............................................................................................................................ 24
3.4 Flexões e emprego de Classes Gramaticais .............................................................................................................. 27
3.5 Vozes Verbais e sua Conversão................................................................................................................................. 29
3.6 Concordância Nominal e Verbal ................................................................................................................................. 30
3.7 Regência Nominal e Verbal (inclusive emprego do acento indicativo de crase) ........................................................ 33
3.8 Coordenação e subordinação: Emprego das Conjunções, das Locuções Conjuntivas e dos Pronomes Relativos .. 38
3.9 Pontuação .................................................................................................................................................................. 39
EXERCÍCIOS PARA CONCURSOS ................................................................................................................................. 40
Língua Portuguesa 3
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
1. Leitura e compreensão de textos:
A Língua é um sistema de signos verbais objetivando a 
comunicação de pessoas de uma mesma comunidade . A 
língua é o meio pelo q ual a consciência concebe o mun-
do que a cerca e sobre ela age. Fica claro que por mais 
que a língua seja institucional, a diferença de costumes e 
de cultura, faz com que exista um complexo de variantes 
lingüísticas. A língua pode ser considerada como um ins-
trumento de comunicação do qual temos como código a 
Palavra. Este código pode ser escrito ou falado, quando 
somos emissores e ouvido ou mesmo lido, quando somos 
receptores.
Os Meios de Comunicação atuam como os mais variados 
códigos, entre eles: som, cor, fotografi a, gestos e símbolos. 
Portanto, o jornal, a televisão, o cinema e um diálogo além 
de efi cientes meios de comunicação são códigos b astante 
utilizados. Observe que em certas situações, mais de um 
código pode aparecer em um mesmo meio de comunica-
ção, como por exemplo, no teatro, temos a atuação clara 
da palavra, da imagem e do som.
ELEMENTOS CONSTITUINTES DA COMUNICAÇÃO
É fundamental ao aluno que antes de se iniciar no estudo 
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a 
preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão 
aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de 
responder às questões relacionadas a textos. 
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relaciona-
das entre si, formando um todo signifi cativo capaz de pro-
duzir interação comunicativa (capacidade de codifi car e 
decodifi car ). 
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em 
cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-
se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições 
para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa 
interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o rela-
cionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase 
for retirada de seu contexto original e analisada separada-
mente, poderá ter um signifi cado diferente daquele inicial. 
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências 
diretas ou indiretas a outros autores através de citações. 
Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma inter-
pretação de um texto é a identifi cação de sua ideia prin-
cipal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou 
fundamentações, as argumentações, ou explicações, que 
levem ao esclarecimento das questões apresentadas na 
prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
- Identifi car – é reconhecer os elementos fundamentais de 
uma argumentação, de um processo, de uma época (neste 
caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais de-
fi nem o tempo). 
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de 
diferenças entre as situações do texto. 
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com 
uma realidade, opinando a respeito. 
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundá-
rias em um só parágrafo. 
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras.
Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: 
- Conhecimento histórico – literário (escolas e gêneros 
literários, estrutura do texto), leitura e prática; 
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) 
e semântico; 
Observação – na semântica (signifi cado das palavras) in-
cluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conota-
ção, sinonímia e antonímia, polissemia, fi guras de lingua-
gem, entre outros. 
- Capacidade de observação e de síntese e 
- Capacidade de raciocínio. 
Interpretar X compreender 
Interpretar signifi ca - Explicar, comentar, julgar, tirar conclu-
sões, deduzir. 
- Através do texto, infere-se que... 
- É possíveldeduzir que... 
- O autor permite concluir que... 
- Qual é a intenção do autor ao afi rmar que... Compreender 
signifi ca - intelecção, entendimento, atenção ao que real-
mente está escrito. 
- o texto diz que... 
- é sugerido pelo autor que... 
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afi rmação... 
- o narrador afi rma... 
Erros de interpretação
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de 
erros de interpretação. Os mais frequentes são: 
- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con-
texto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por 
conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. 
- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção 
apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con-
junto de ideias, o que pode ser insufi ciente para o total do 
entendimento do tema desenvolvido.
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrá-
rias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivoca-
das e, consequentemente, errando a questão.
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e 
a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de 
concurso, o que deve ser levado em consideração é o que 
o autor diz e nada mais. 
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que re-
laciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. 
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um 
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono-
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se 
vai dizer e o que já foi dito.
1.1 Assunto
de um texto ele reconheça os elementos que participam de 
um ato de comunicação:
Por CONTEXTO, entenda-se o pano de fundo, seja, toda a 
situação que se encontra ao redor dos agentes da comuni-
cação, podendo se referir a características físicas do local 
onde dá-se a comunicação, a características psicológicas 
referentes aos diversos agentes, ou mais ainda, por se tra-
tar do assunto sobre o qual se quer comunicar.
O Emissor é o pólo ativo da comunicação, ou seja, aquele 
que atua de forma a transferir sua mensagem, através de 
um código próprio,visando atingir o receptor e ao obter su-
cesso estará completo o contato. O emissor deve codifi car 
as mensagens.
Já o Receptor é o pólo passivo da comunicação, ou seja, 
ele se prepara para receber a mensagem, através de um 
código próprio. Cabe ao receptor decodifi car as mensa-
gens.
MENSAGEM é tudo aquilo que se deseja transmitir, poden-
do ser visual, oral, escrita, etc.
O código varia conforme a forma que se deseja passar 
a mensagem, se for visual podemos utilizar gestos, se for 
4 Língua Portuguesa
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
escrita, usaremos as palavras e se for falada utilizaremos 
a linguagem.
Linguagem pode ser defi nida como qualquer sistema de 
sinais que um indivíduo utilize para se comunicar.
Contato – quando se utiliza o código correto e se estabele-
ce a comunicação entre os dois agentes (emissor e recep-
tor), teremos realizado o contato.
Estruturação do texto
A adequação de sua ideia na organização de um texto para 
prova ou concurso. Em primeiro lugar, deve-se escrever 
apenas sobre o que o autor domina. Com base no tema 
solicitado pela banca examinadora, procure apresentar 
uma ideia principal com consistência, ou seja, com domínio 
claro e objetivo do assunto proposto. Muitas vezes, o candi-
dato procura escrever sobre diversos assuntos ao mesmo 
tempo e acaba por produzir um texto confuso.
Competência textual
Competência textual é a capacidade que alguém adquire 
pela prática constante e persistente em busca de uma ex-
pressão adequada. Escrever bem para prova e concurso é 
questão técnica. Talvez seja necessário ter dom para pro-
duzir literatura ou poesia. No entanto, não é o caso para 
uma prova. Ocorre que muitos desistem ou sequer prati-
cam. Obtêm algum conhecimento teórico e abandonam o 
barco sem remar.
Ao escrever sobre os temas sugeridos anteriormente. Ve-
rifi que se o que você escrever apresenta ideia completa, 
correta gramaticalmente, clara, objetiva e coerente sobre 
o tema proposto. Caso perceba alguma falha, reescreva 
novamente.
Após a defi nição da ideia, o parágrafo é o ponto de partida 
para uma boa redação. Não se faz um bom texto sem um 
bom parágrafo para sustentar as ideias principais e secun-
dárias. Chegou a hora de fundamentar sua ideia.
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre 
si ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pen-
samento do texto. Em uma livraria, encontramos um local 
todo dividido em áreas de interesse.
Em um supermercado, há diversas divisões. Em uma esco-
la, há espaço reservado para diretoria, para os alunos, etc. 
Mesmo em nossa vida, temos horário para trabalho, des-
canso, alimentação. Também um bom texto necessita ter 
ideias bem divididas em parágrafos independentes entre si.
Ideias principais e secundárias
Em todo argumento ou raciocínio existem ideias que 
são principais, ou seja, são os pontos destacados des-
se discurso pessoal.
Ideias que valorizam determinado ponto de vista. Entretan-
to, estas ideias principais contam com o reforço das ideias 
secundárias, estas últimas que são muito valiosas e con-
tribuem com aspectos positivos do ponto de vista pessoal.
Como identifi car tema, ideia central e ideias secundárias 
de um texto
Identifi cando o tema de um texto
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa 
ideia principal que o texto será desenvolvido. Para que 
você consiga identifi car o tema de um texto, é necessário 
relacionar as diferentes informações de forma a construir 
o seu sentido global, ou seja, você precisa relacionar as 
múltiplas partes que compõem um todo signifi cativo, que 
é o texto.
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a 
ler um texto por sentir-se atraído pela temática resumida no 
título. Pois o título cumpre uma função importante: anteci-
par informações sobre o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitu-
ra porque achou o título pouco atraente ou, ao contrário, 
sentiu-se atraído pelo título de um livro ou de um fi lme, por 
exemplo. É muito comum as pessoas se interessarem por 
temáticas diferentes, dependendo do sexo, da idade, esco-
laridade, profi ssão, preferências pessoais e experiência de 
mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namo-
ro, sexualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, 
cuidados com o corpo? Perceba, portanto, que as temáti-
cas são praticamente infi nitas e saber reconhecer o tema 
de um texto é condição essencial para se tornar um leitor 
hábil. Vamos, então, começar nossos estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício 
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um 
texto: reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?
CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de 
uma espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães 
se juntaram aos seres humanos e se espalharam por 
quase todo o mundo. Essa amizade começou há uns 
12 mil anos, no tempo em que as pessoas precisavam 
caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, 
se não atacassem os humanos, podiam fi car perto de-
les e comer a comida que sobrava. Já os homens des-
cobriram que os cachorros podiam ajudar a caçar, a 
cuidar de rebanhos e a tomar conta da casa, além de 
serem ótimos companheiros. Um colaborava com o ou-
tro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o 
possível assunto abordado no texto. Embora você imagine 
que o texto vai falar sobre cães, você ainda não sabia exa-
tamente o que ele falaria sobre cães. Repare que temos 
várias informações ao longo do texto: a hipótese dos zoólo-
gos sobre a origem dos cães, a associação entre eles e os 
seres humanos, a disseminação dos cães pelo mundo, as 
vantagens da convivência entre cães e homens.
As informações que se relacionam com o tema chamamos 
de subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações 
se integram, ou seja, todas elas caminham no sentido de 
estabeleceruma unidade de sentido. Portanto, pense: so-
bre o que exatamente esse texto fala? Qual seu assunto, 
qual seu tema? Certamente você chegou à conclusão de 
que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. Se 
foi isso que você pensou, parabéns! Isso signifi ca que você 
foi capaz de identifi car o tema do texto!
Relação entre as ideias
Um bom texto expressa uma boa relação entre as ideias. 
Observe que uma boa comunicação é aquela em que o 
receptor reconhece com facilidade o assunto tratado e o 
posicionamento do emissor. Para tal, o primeiro passo para 
uma boa redação é a unidade entre as ideias. Todas as 
ideias devem estar relacionadas a um foco principal, a uma 
intenção do comunicador.
Defi nindo o primeiro período:
O primeiro período é fundamental para um bom parágrafo. 
Lembre-se de que o primeiro passo para que o parágrafo 
tenha unidade é a formulação de uma ideia inicial clara e 
objetiva. Se a primeira ideia não fi car clara, certamente as 
demais fi carão comprometidas ou sem relação entre si ou 
com a ideia central.
Exemplo: Brasília é a capital do Brasil. A cidade é mui-
ta seca e alguns moradores reclamam disso. A cidade foi 
construída por um presidente que muita gente sente sau-
dade dele. A cidade tem um lago e muitos parques, mes-
mo assim existe pouca área de lazer. Os principais órgãos 
do poder público estão em Brasília. Sendo assim, a cidade 
Língua Portuguesa 5
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
agrada a uns e não a outros.
Como você pôde observar, as ideias estão relacionadas 
à Brasília, porém não apresenta uma ideia central, uma 
unidade. Encontram-se apenas informações soltas e não 
dando suporte a um posicionamento maior. A primeira ideia 
apresentada no parágrafo deve ser defi nida para servir aos 
propósitos do parágrafo e do texto como um todo.
1.2 Estruturação do texto
Estruturação do texto nada mais é do que o desenvol-
vimento do texto; o conteúdo que se baseia em um tema 
qualquer, em que, cada uma das ideias está relacionada 
uma a outra, formando um todo de sentido.
A introdução faz uma rápida apresentação do assunto e 
já traz uma ideia da sua posição no texto, é normalmente 
aqui que você irá identifi car qual o problema do texto, o 
porque ele está sendo escrito.
O desenvolvimento elabora melhor o tema com argu-
mentos e ideias que apoiem o seu posicionamento sobre 
o assunto. É possível usar argumentos de várias formas, 
desde dados estatísticos até citações de pessoas que te-
nham autoridade no assunto.
A conclusão faz uma retomada breve de tudo que foi 
abordado e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita 
de várias maneiras diferentes, é possível deixar o assunto 
ainda aberto criando uma pergunta refl exiva, ou concluir 
o assunto com as suas próprias conclusões a partir das 
ideias e argumentos do desenvolvimento.
Sequência lógica
O texto deve ter uma sequência Lógica, que são exata-
mente as ideias bem estruturadas que vão levar ao leitor 
compreender o sentido do texto; ou seja, o que se pretende 
transmitir. Por isso, não pode haver ideias ambíguas (duplo 
sentido) e nem contraditórias (expressando oposição) do 
que já fora declarado no texto; também não pode conter 
frases inacabadas, incompletas ou sem sentido. 
Após a defi nição da ideia, o parágrafo é o ponto de par-
tida para uma boa redação. Não se faz um bom texto sem 
um bom parágrafo para sustentar as ideias principais e se-
cundárias. Chegou a hora de fundamentar sua ideia.
Parágrafo
Parágrafo é cada unidade de informação construída ou 
formada no texto, a partir de um tópico frasal (ideia central 
ou principal do parágrafo – é a “puxada do assunto”). O pa-
rágrafo é um dos mais importantes componentes do texto. 
Ele sempre deverá ser desenvolvido a partir de uma ideia-
núcleo, responsável por nortear as ideias secundárias.
Parágrafo-padrão é uma unidade de composição cons-
tituída por um ou mais de um período, em que se desenvol-
ve determinada ideia central, ou nuclear, a que se agregam 
outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido 
e logicamente decorrentes dela.
Parágrafos curtos: próprios para textos pequenos, fa-
bricados para leitores de pouca formação cultural. A notícia 
possui parágrafos curtos em colunas estreitas, já artigos e 
editoriais costumam ter parágrafos mais longos. O pará-
grafo curto também é empregado para movimentar o texto, 
no meio de longos parágrafos, ou para enfatizar uma ideia.
Parágrafos médios: comuns em revistas e livros didá-
ticos destinados a um leitor de nível médio (2 grau). Cada 
parágrafo médio construído com três períodos que ocupam 
de 50 a 150 palavras.
Parágrafos longos: em geral, as obras científi cas e 
acadêmicas possuem longos parágrafos, por três razões: 
os textos são grandes e consomem muitas páginas; as 
explicações são complexas e exigem várias idéias e es-
pecifi cações, ocupando mais espaço; os leitores possuem 
capacidade e fôlego para acompanhá-los.
1.3 Ideias Principais e Secundárias
O conjunto de ideias que utilizamos pode ser dividido em 
dois blocos: as primárias e as secundárias. As primeiras 
são essenciais e defi nem o aspecto fundamental de uma 
realidade concreta. Já as secundárias são acessórias e de-
pendem hierarquicamente das primárias. 
As ideias secundárias na análise de textos
Um texto literário, científi co ou de qualquer outra índo-
le apresenta uma ideia principal. E esta ideia principal é a 
tese central de algo. 
Dentro de um romance pode apresentar a seguinte ideia 
principal: dois jovens de diferentes classes sociais se apai-
xonam e enfrentam todo tipo de difi culdade. A partir desta 
ideia surge uma série de ideias secundárias dentro da ro-
mance, como os mais variados confl itos existentes entre os 
amantes e suas preocupações pessoais.
Se tomarmos como referência uma notícia jornalística, 
a manchete expressaria a ideia principal e os argumentos 
que se preocupavam em defendê-la formariam as ideias 
secundárias
Em um documento, no contexto acadêmico, o aluno 
deve distinguir entre as ideias primárias e as secundárias. 
Para isso, pode utilizar diferentes estratégias como o subli-
nhado do texto ou os mapas conceituais.
Em qualquer texto a relação entre ideias primárias e se-
cundárias deve manter uma coerência e uma coesão. Po-
de-se dizer que um texto é coerente quando o signifi cado 
de seus parágrafos se organiza e relaciona de forma lógica 
e com sentido. A coerência pode ser alcançada através da 
repetição de palavras-chave ou usando sinônimos adequa-
dos. 
Afi rma-se que um texto tem coesão quando as ideias pri-
márias e secundárias fl uem corretamente nos parágrafos. 
Para que um texto seja compreendido é imprescindível que 
haja combinação entre a coerência e a coesão.
Do ponto de vista gramatical, as orações principais de 
um texto representam as idéias primárias e as orações se-
cundárias fazem referência às ideias secundárias. 
Na compreensão dos acontecimentos
Além dos textos, organizamos a realidade em nossas 
mentes a partir da distinção entre a ideia principal e ideia 
secundária. Pode-se dizer que a ideia principal é o “o que” 
e a secundária é o “como”. Vamos imaginar a cena de um 
crime. O investigador precisa observar o que aparece no 
local e em quais condições, de maneira secundária deve 
reconstruir como poderiam ser os fatos.
Na fi losofi a ocidental as ideias se organizam seguindo 
o esquema das primárias e das secundárias. Aristóteles 
explicava a realidade de uma coisa diferenciando a subs-
tância dos acidentes e os fi lósofos empiristas distinguiam 
entre ideias simples e complexas.
6 Língua Portuguesa
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
1.4 Relação entre as Ideias
Para que seu texto seja compreendido com sucesso é 
necessário que ele esteja coerente e coeso. Isso acontece 
quando conversamos ou escrevemos um texto por exem-
plo, são basicamente mecanismos para garantir a correta 
compreensão de uma ideia.
Em resumo, podemos dizer que a COESÃO se trata da 
conexão harmoniosa entre as partes do texto, do parágra-
fo,da frase. Ela permite a ligação entre as palavras e fra-
ses, fazendo com que um dê sequência lógica ao outro. A 
COERÊNCIA é a relação lógica entre as ideias, fazendo 
com que umas complementem as outras, não se contradi-
gam e formem um todo signifi cativo que é o texto.
1.5 Efeitos de Sentido
Efeitos de sentido: duplo sentido, ambiguidade, ironia e hu-
mor
1. Efeitos de sentido são possibilidades de expressão es-
colhidas pelo emissor de acordo com a intenção comunica-
tiva. Eles podem ser: duplo sentido, ambiguidade, ironia e 
humor.
Durante a produção textual, muitas vezes utilizamos recur-
sos para expressar algum sentido além do óbvio. Esses re-
cursos são chamados de efeitos de sentido e podem ser 
construídos por meio do duplo sentido, da ambiguidade, 
da ironia e do humor. Vamos analisar cada um deles!
→ Duplo sentido
É um recurso no qual são utilizadas palavras ou expres-
sões que possuem diferentes interpretações.
Exemplo:
Perceba que a escolha 
do adjetivo prudente re-
mete-nos ao uso do cre-
me dental para o dente, 
construindo um duplo 
sentido.
→ Ambiguidade
A ambiguidade é um re-
curso que é utilizado, na 
maioria das vezes, sem 
que haja uma intenção. 
Trata-se de uma indeter-
minação de sentido que 
palavras e expressões 
carregam, difi cultando a compreensão do enunciado e, por 
isso, seu uso deve ser evitado.
Exemplo:
O irmão de João esqueceu seu livro na escola.
De quem é o livro?
Perceba que, pela colocação inadequada de palavras, não 
é possível determinar de quem é o livro esquecido na es-
cola.
→ Ironia
Outro efeito de sentido muito comum é a ironia que consis-
te na utilização de determinada palavra ou expressão que, 
em um outro contexto diferente do usual, ganha um novo 
sentido, gerando um efeito de humor.
Exemplos:
– Que menino educado! Entrou sem cumprimentar nin-
guém!
–Vai ver se estou na esquina!
Perceba que a ironia é construída pela relação de oposição 
entre o sentido de educação e não cumprimentar, e de 
vai ver e estou.
→ Humor
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que 
pareçam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito 
de humor.
Exemplo:
Reações do álcool
Na aula de química, o professor pergunta:
– Quais as principais reações do álcool?
O aluno responde:
– Chorar pela ex, achar que está rico, fi car valente e ser 
amigo de todo mundo…
Professor:
–Tirou 10!
Veja que a construção do humor é feita a partir da resposta 
inesperada do aluno que fugiu ao contexto das relações 
químicas abordadas nessa disciplina.
1.6 Figuras de Linguagem
Figuras de Linguagem, também chamadas de Figuras 
de Estilo, são recursos estilísticos usados para dar maior 
ênfase à comunicação e torná-la mais bonita.
Dependendo da sua função, elas são classifi cadas em:
Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas 
ao signifi cado das palavras. 
Exemplos: metáfora, comparação, metonímia, catacrese, 
sinestesia e perífrase.
Figuras de pensamento: trabalham com a combinação 
de ideias e pensamentos. 
Exemplos: hipérbole, eufemismo, litote, ironia, personifi -
cação, antítese, paradoxo, gradação e apóstrofe.
Figuras de sintaxe ou construção: interferem na estru-
tura gramatical da frase. 
Exemplos: elipse, zeugma, hipérbato, polissíndeto, assín-
deto, anacoluto, pleonasmo, silepse e anáfora.
Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sono-
ridade das palavras.
Exemplos: aliteração, paronomásia, assonância e onoma-
topeia.
Figuras de Palavras
Metáfora
A metáfora representa uma comparação de palavras com 
signifi cados diferentes e cujo termo comparativo fi ca su-
bentendido na frase.
Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como 
uma nuvem que voa.)
Língua Portuguesa 7
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto inefável"
Comparação
Chamada de comparação explícita, ao 
contrário da metáfora, neste caso são 
utilizados conectivos de comparação 
(como, assim, tal qual).
Exemplo: Seus olhos são como jabuti-
cabas.
Uso da comparação por meio do conectivo "como": "o amor é como uma fl or" e 
"o amor é como o motor do carro"
Metonímia
A metonímia é a transposição de signifi cados considerando parte pelo todo, autor pela obra.
Exemplo: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as obras de Shakespeare.)
Uso da metonímia que substitui 
o vocábulo boi por "cabeças de 
gado"
Catacrese
A catacrese representa o emprego impróprio de uma 
palavra por não existir outra mais específi ca.
Exemplo: Embarcou há pouco no avião.
Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como 
não há um termo específi co para o avião, embarcar é o 
utilizado.
O uso da expressão "bala 
perdida" é utilizada por não ter 
outra mais específi ca
8 Língua Portuguesa
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
Sinestesia
A sinestesia acontece pela asso-
ciação de sensações por órgãos de 
sentidos diferentes.
Exemplo: Com aquele olhos frios, 
disse que não gostava mais da na-
morada.
A frieza está associada ao tato e 
não à visão.
Na tirinha, a expressão "olhar frio" é um exemplo de sinestesia
Perífrase
A perífrase, também chamada de antonomásia, é a substituição de uma ou mais palavras por outra que a identifi que.
Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é ouvido a uma distân-
cia de 8 quilômetros.)
Na charge acima, a "Terra da Garoa" 
substitui "cidade de São Paulo"
Figuras de Pensamento
Hipérbole
A hipérbole corresponde ao exagero in-
tencional na expressão.
Exemplo: Quase morri de estudar.
A expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole
Eufemismo
O eufemismo é utilizado para suavi-
zar o discurso.
Exemplo: Entregou a alma a Deus.
Acima, a frase informa a morte de 
alguém.
Na charge acima, a explicação de 
fofoqueira é usada para suavizar o 
discurso
Litote
O litote representa uma forma de suavizar uma 
ideia. Neste sentido, assemelha-se ao eufemis-
mo, bem como é a oposição da hipérbole.
Exemplo:
 — Não é que sejam más companhias… 
— disse o fi lho à mãe.
No exemplo acima, nota-se o uso do litote por meio da 
expressão "acho que você deveria aperfeiçoar essa técnica"
Língua Portuguesa 9
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
Ironia
A ironia é a representação do 
contrário daquilo que se afi rma.
Exemplo: É tão inteligente que 
não acerta nada. Nota-se o uso da ironia, uma vez 
que o personagem está zangado 
com a pessoa e utilizou o termo 
"inteligente" de maneira irônica
Personifi cação
A personifi cação ou prosopopeia é a atribui-
ção de qualidades e sentimentos humanos 
aos seres irracionais.
Exemplo: O jardim olhava as crianças sem 
dizer nada.
A personifi cação é expressa na última parte do quadrinho onde o Zé 
Lelé afi rma que o espelho está olhando ele. Assim, utilizou-se uma 
caraterística dos seres vivos (olhar) em um ser inanimado (o espelho)
Antítese
A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos.
Exemplo: Toda guerra fi naliza por onde devia ter começado: a paz.
Uso da antítese expressa pelos termos que têm 
sentidos opostos: positivo, negativo; mal, bem; 
paz e guerra
Paradoxo
O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos (tal como no caso da antítese).
Exemplo: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom.
Como é possível alguém estar cego e ver?
Uso do paradoxo 
pelas ideias 
com sentidos 
opostos realçada 
pelos termos 
que explicam a 
"certeza": relativa 
e absoluta
10 Língua Portuguesa
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
Gradação
A gradação é a apresentação de ideias que progridem de forma crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax).
Exemplo: Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo.
No exemplo acima, acompanhamos a progressão da tranquilidade até o nervosismo.
Na tirinha, o personagem 
foi explicando de forma 
crescente a ideia
Apóstrofe
A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase.
Exemplo: Ó céus, é preciso chover mais?
Notamos a ênfase na segunda parte da tirinha com o uso 
dos pontos de exclamação e interrogação: "Ai meu Deus!!! 
Ele vai me matar"O que faço!? É o fi m!"
Figuras de Sintaxe
Elipse
A elipse é a omissão de uma palavra que se identifi ca de forma fácil.
Exemplo: Tomara você me entenda (Tomara que você me entenda).
Na segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da 
elipse: "depois (ele começou) a comer sanduíches entre 
as refeições..."
Zeugma
A zeugma é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já 
ter sido usada antes.
Exemplo: Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a introdu-
ção, ele fez a conclusão.)
A zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos qua-
drinhos: "(você é) um descongestionante nasal para o meu 
nariz"; (você é) um antiácido para meu estômago!"
Hipérbato
O hipérbato é a alteração da ordem direta da oração.
Exemplo: São como uns anjos os seus alunos. (Os seus 
alunos são como uns anjos.)
A ordem direta do nosso hino é "Das margens 
plácidas do Ipiranga ouviram um brado retumban-
te de um povo heroico"
Língua Portuguesa 11
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
Polissíndeto
O polissíndeto é o uso repetido de conectivos.
Exemplo: As crianças falavam e cantavam e riam felizes.
Uso do polissíndeto pela 
repetição do conectivo "se for"
Assíndeto
O assíndeto representa a omissão de conectivos, sendo o 
contrário do polissíndeto.
Exemplo: Não sopra o vento; não gemem as vagas; não 
murmuram os rios.
Anacoluto
o anacoluto é a mudança repentina na estrutura da frase.
Exemplo: Eu, parece que estou fi cando zonzo. (Parece 
que eu estou fi cando zonzo.)
Pleonasmo
Pleonasmo é a repetição da palavra ou da ideia contida 
nela para intensifi car o signifi cado.
Exemplo: A mim me parece que isso está errado. (Parece-
me que isto está errado.)
No tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma 
vez que o verbo "sair" já signifi ca "para fora"
Silepse
A silepse é a concordância com o que se entende e não 
com o que está implícito. Ela é classifi cada em: silepse de 
gênero, de número e de pessoa.
Exemplos:
• Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gê-
nero: Vivemos na bonita e agitada cidade de São Paulo.)
• A maioria dos clientes fi caram insatisfeitas com o produ-
to. (silepse de número: A maioria dos clientes fi cou insa-
tisfeita com o produto.)
• Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: 
neste caso concordância com nós, em vez de eles: Todos 
terminaram os exercícios)
Uso da silepse de pessoa em "mais da metade da popula-
ção mundial somos crianças" e "as crianças, vamos ter o 
mundo nas mãos"
Anáfora
A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras de forma 
regular.
Exemplo: Se você sair, se você fi car, se você quiser espe-
rar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para 
você.
Uso da anáfora pela repetição do termo "falta"
12 Língua Portuguesa
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
Figuras de Som
Aliteração
A aliteração é a repetição de sons consonantais.
Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma.
Paronomásia
Paronomásia é a repetição de palavras cujos sons são pa-
recidos.
Exemplo: O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a don-
zela. (cavaleiro = homem que anda a cavalo, cavalheiro = 
homem gentil)
Uso da aliteração em "O rato roeu a roupa do rei de Roma"
Uso da paronomásia por meio dos termos que possuem 
sons parecidos: "grama" e "grana"
Assonância
A assonância é a repetição de sons vocálicos.
Exemplo:
"O que o vago e incógnito desejo de ser eu mesmo de meu 
ser me deu." (Fernando Pessoa)
Na tirinha acima, o uso da assonância é expresso pela 
repetição das vogais "a" em: "massa", "salga", "amassa"
Onomatopeia
Onomatopeia é a inserção de palavras no discurso que imi-
tam sons.
Exemplo: Não aguento o tic-tac desse relógio.
No primeiro e último quadrinho temos o uso da 
onomatopeia com "Bum, Bum, Bum" e "Buááá...; 
Buááá...". O primeiro expressa o som do tambor, e o 
segundo, o choro do cebolinha
Resumo das Figuras de Linguagem
Confi ra na tabela abaixo o que diferencia cada uma das fi guras de linguagem, bem como cada um dos seus tipos.
Figuras de Palavras 
ou semânticas Figuras de Pensamento
Figuras de Sintaxe
ou construção
Figuras de Som
ou harmonia
Produzem maior 
expressividade à 
comunicação através 
das palavras.
Produzem maior expressividade 
à comunicação através da 
combinação de ideias e 
pensamentos.
Produzem maior 
expressividade à 
comunicação através da 
inversão, repetição ou 
omissão dos termos na 
construção das frases.
Produzem maior 
expressividade à 
comunicação através da 
sonoridade.
• metáfora 
• comparação 
• metonímia 
• catacrese 
• sinestesia 
• perífrase ou 
antonomásia 
• hipérbole 
• eufemismo 
• litote 
• ironia 
• personifi cação ou 
prosopopeia 
• antítese 
• paradoxo ou oxímoro 
• gradação ou clímax 
• apóstrofe 
• elipse 
• pleonasmo 
• zeugma 
• hipérbato 
• silepse 
• polissíndeto 
• assíndeto 
• anacoluto 
• anáfora 
• aliteração 
• paronomásia 
• assonância 
• onomatopeia
Língua Portuguesa 13
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
1.7 Recursos de Argumentação
A Argumentação é um recurso retórico da linguagem 
utilizado na produção de textos argumentativos, o qual 
apresenta um conjunto de proposições, promovendo assim 
o diálogo e refl exões críticas.
Um bom texto argumentativo inclui a clareza de ideias e 
o uso correto das normas gramaticais, ou seja, a coerência 
e a coesão.
De tal maneira, o ato de argumentar desenvolve a in-
teligência posto que está pautado na exposição de ideias 
ou em opiniões organizadas e fundamentadas acerca de 
determinado assunto, com o intuito principal de persuadir o 
leitor (interlocutor ou ouvinte).
Note que além de ser uma importante ferramenta dos 
textos argumentativos escritos, a argumentação pode ser 
utilizada nos discursos orais, por exemplo, numa palestra, 
debates políticos, propagandas publicitárias, dentre outros.
Contra Argumentação
A contra argumentação é um recurso utilizado para re-
bater ou refutar as proposições produzidas pela argumen-
tação. Em outras palavras, ela apresenta uma opinião con-
trária à argumentação textual.
Textos Argumentativos
Segue abaixo os mais importantes textos argumentati-
vos, os quais absorvem a estrutura básica textual: introdu-
ção (tese), desenvolvimento (antítese) e conclusão (sínte-
se):
Texto Dissertativo-Argumentativo
Um texto dissertativo argumentativo é aquele que apre-
senta um tema, de forma que argumentação é uma impor-
tante etapa de desenvolvimento.
Através dela, o escritor expõe seu raciocínio e defende 
seu ponto de vista sendo, portanto, uma ferramenta muito 
importante na produção desse tipo de texto.
Há muitos exemplos de textos dissertativos,a saber: arti-
gos, ensaios, resenhas, dentre outros.
Resenha Crítica
Além do texto dissertativo-argumentativo, a resenha crí-
tica, da mesma forma, apresenta a argumentação como um 
dos recursos mais importantes.
Isso porque a resenha crítica, diferente da resenha-re-
sumo, é marcada pelo juízo de valor, ou seja, a exposição 
de ideias com forte poder de persuasão ou convencimento 
do leitor.
Texto Editorial
Dos textos jornalísticos, o editorial é um bom exemplo 
de texto argumentativo, visto que se trata de um texto opi-
nativo e crítico que apresenta certa subjetividade do autor.
Assim, o editorial (que também surge nas revistas) é di-
ferente da maioria dos textos que compõem os periódicos, 
ou seja, os textos informativos, os quais não tem o intuito 
de convencer e sim de informar.
Crônica Argumentativa
Tipo de texto que se aproxima dos artigos de opinião, o 
qual é explorado na literatura e nos meios de comunicação 
como os textos jornalísticos, revistas e programas humo-
rísticos.
No entanto, a crônica é um texto que aborda aspectos 
e acontecimentos do cotidiano, centrados no contexto. Di-
ferente das crônicas históricas e humorísticas, a crônica 
argumentativa utiliza do juízo de valor para a exposição de 
um determinado ponto de vista sempre com o intuito de 
persuadir ou convencer o leitor.
Ensaio
O ensaio é um texto argumentativo na medida em que 
apresenta ideias, pensamentos e opiniões pessoais sobre 
um tema.
O nome desse tipo de textoestá justamente associado 
ao ato de “ensaiar”, ou seja, demostrar de maneira mais 
fl exível e despretensiosa as proposições argumentativas.
Em relação ao artigo, trata-se de um texto mais informal, 
o qual pode não apresentar a estrutura básica da produção 
de textos: apresentação, desenvolvimento e conclusão.
1.8 Informações implícitas: pressupostos e subentendidos
Pressuposto
Os pressupostos são identifi cados quando o locu-
tor veicula uma mensagem adicional a partir de al-
guma palavra ou expressão, ou seja, o pressuposto 
possui uma marca linguística que permite ao leitor de-
preender e inferir a informação implícita. Essa per-
cepção é característica do leitor profi ciente, aquele 
que lê não só palavras, mas os sentidos veiculados 
por trás delas, nas camadas mais profundas do texto.
Há vários tipos de palavras com esse tipo de “poder”.Iden-
tifi cá-las é de suma importância para que se apreenda as 
“intenções” do dito. Eis alguns tipos:
* Verbos que indiquem: mudança, continuidade, término...
Exemplos:
O concurseiro deixou de sair aos sábados para estudar 
mais.
(pressuposto: o concurseiro saía todos os sábados.)
O novo fi scal de rendas continua estudando para concur-
sos.
(pressuposto: o fi scal estudava antes de passar.)
A espera dos candidatos pelo gabarito ofi cial acabou.
(pressuposto: os candidatos estavam esperando o resul-
tado.)
* Advérbios com sentido próprio
Exemplos:
Felizmente, não preciso mais estudar.
(pressuposto: o emissor considera a informação boa)
Após uma hora de prova, metade das pessoas já havia 
14 Língua Portuguesa
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
saído. (pressuposto: algo aconteceu an-
tes do tempo.)
* Uso do pronome “que” em orações 
subordinadas adjetivas
Exemplos:
Pessoas que fazem cursinhos passam 
mais rápido. (adjetiva restritiva)
(pressuposto: há pessoas que não fa-
zem cursinho)
Os nerds, que fi cam em casa o tempo 
todo, conseguem melhores notas. (adje-
tiva explicativa)
(pressuposto: todos os nerds fi cam em casa o tempo 
todo).
Subentendidos
Enquanto os pressupostos seriam as mensagens adicio-
nais, os subentendidos seriam as mensagens escondidas. 
Devem ser deduzidas pelo leitor/interlocutor e, justamen-
te por essa ideia de dedução, podem não ser verdadeiras. 
O locutor/autor pode utilizar o subentendido para dizer 
algo que parece não estar dizendo, e a interpretação, in-
ferência é de total responsabilidade do leitor/ouvinte. Ou 
seja, o autor/locutor pode perfeitamente negar ter dito o 
que foi inferido.Percebe-se aqui outra diferença entre os 
institutos, já que os pressupostos são sempre marcados 
linguisticamente e, por isso, são verdadeiros, inclusi-
ve quando negamos a frase original. Os subentendidos, 
entretanto, não possuem marcas linguísticas, seus sen-
tidos são depreendidos pelo leitor/
ouvinte através do próprio contexto 
comunicacional, sendo, portanto, 
uma interpretação ou afi rmação que 
pode ser negada, pode ser verda-
deira ou não.
Consideremos os contextos e situa-
ções comunicativas:
* Situação em que recebemos uma 
visita:
- Nossa! Está muito calor aqui dentro!
(possível subentendido: a pessoa pede que as janelas 
sejam abertas ou que se ligue o ventilador ou o ar condi-
cionado)
Percebam que, ao negarmos a frase, a ideia subentendi-
da desaparece. Ao mesmo tempo que é impossível provar 
que a pessoa esteja realmente fazendo esse pedido. É 
possível que o emissor negue a dedução do receptor. Ve-
jamos outro exemplo:
* Situação em uma rua qualquer:
- A bolsa da senhora está pesada? (pergunta um jovem 
rapaz)
(possível subentendido: o rapaz está se oferecendo para 
carregar a bolsa)
Novamente, esta é apenas uma possibilidade. O rapaz 
poderia estar interessado na resistência da bolsa ou então 
preocupado com a coluna da senhora, mas não necessa-
riamente se oferecendo para carregar a bolsa.
Língua Portuguesa 15
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
1.9 Coesão e Coerência Textuais
A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais 
na construção textual.
Para que um texto seja efi caz na transmissão da sua men-
sagem é essencial que faça sentido para o leitor.
Além disso, deve ser harmonioso, de forma a que a mensa-
gem fl ua de forma segura, natural e agradável aos ouvidos.
Coesão Textual
A coesão é resultado da disposição e da correta utilização 
das palavras que propiciam a ligação entre frases, períodos 
e parágrafos de um texto. Ela colabora com sua organiza-
ção e ocorre por meio de palavras chamadas de conecti-
vos.
Mecanismos de Coesão
A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: 
anáfora e catáfora.
A anáfora e a catáfora se referem à informação expressa 
no texto e, por esse motivo, são qualifi cadas como endo-
fóricas.
Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o 
antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual.
Algumas Regras
Confi ra abaixo algumas regras que garantem a coesão tex-
tual:
Referência
Pessoal: utilização de pronomes pessoais e possessivos. 
Exemplo: João e Maria casaram. Eles são pais de Ana e 
Beto. (Referência pessoal anafórica)
Demonstrativa: utilização de pronomes demonstrativos 
e advérbios. Exemplo: Fiz todas as tarefas, com exceção 
desta: arquivar a correspondência. (Referência demonstra-
tiva catafórica)
Comparativa: utilização de comparações através de se-
melhanças. Exemplo: Mais um dia igual aos outros… (Re-
ferência comparativa endofórica)
Substituição
Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é 
uma forma de evitar as repetições.
Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na próxima 
semana.
Observe que a diferença entre a referência e a substituição 
está expressa especialmente no fato de que a substituição 
acrescenta uma informação nova ao texto.
No caso de “João e Maria casaram. Eles são pais de Ana 
e Beto”, o pronome pessoal referencia as pessoas João e 
Maria, não acrescentando informação adicional ao texto.
Elipse
Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou 
uma frase, pode ser omitido através da elipse.
Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto. Você 
os quer?
(A segunda oração é perceptível mediante o contexto. As-
sim, sabemos que o que está sendo oferecido são ingres-
sos para o concerto.)
Conjunção
A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas.
Exemplo: Nós não sabemos quem é o culpado, mas ele 
sabe. (adversativa)
Coesão Lexical
A coesão lexical consiste na utilização de palavras que pos-
suem sentido aproximado ou que pertencem a um mesmo 
campo lexical. São elas: sinônimos, hiperônimos, nomes 
genéricos, entre outros.
Exemplo: Aquela escola não oferece as condições mínimas 
de trabalho. A instituição está literalmente caindo aos pe-
daços.
Coerência Textual
A Coerência é a relação lógica das ideias de um texto que 
decorre da sua argumentação - resultado especialmente 
dos conhecimentos do transmissor da mensagem.
Um texto contraditório e redundante ou cujas ideias inicia-
das não são concluídas, é um texto incoerente. A incoerên-
cia compromete a clareza do discurso, a sua fl uência e a 
efi cácia da leitura.
Assim a incoerência não é só uma questão de conhecimen-
to, decorre também do uso de tempos verbais e da emissão 
de ideias contrárias.
Exemplos:
O relatório está pronto, porém o estou fi nalizando até ago-
ra. (processo verbal acabado e inacabado)
Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal passado. 
(os vegetarianos são assim classifi cados pelo fato de se 
alimentar apenas de vegetais)
Fatores de Coerência
São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência 
de um texto, tendo em vista a sua abrangência. Vejamos 
alguns:
Conhecimento de Mundo
É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao longo da 
vida e que são arquivados na nossa memória.
São o chamados frames (rótulos), esquemas (planos de 
funcionamento, como a rotina alimentar: café da amanhã, 
almoço e jantar), planos (planejar algo com um objetivo, tal 
como jogar um jogo), scripts (roteiros, tal como normas de 
etiqueta).
Exemplo: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo a postos 
para o Carnaval!
Uma questão culturalnos leva a concluir que a oração aci-
ma é incoerente. Isso porque “peru, panetone, frutas e no-
zes” (frames) são elementos que pertencem à celebração 
do Natal e não à festa de carnaval.
Inferências
Através das inferências, as informações podem ser simpli-
fi cadas se partimos do pressuposto que os interlocutores 
partilham do mesmo conhecimento.
Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça que 
eles são indianos. (ou seja, em princípio, esses convidados 
não comem carne de vaca)
Fatores de contextualização
Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem provi-
denciando a sua clareza, como os títulos de uma notícia ou 
a data de uma mensagem.
Exemplo:
— Está marcado para às 10h.
— O que está marcado para às 10h? Não sei sobre o que 
está falando.
Informatividade
Quanto maior informação não previsível um texto tiver, 
mais rico e interessante ele será. Assim, dizer o que é ób-
vio ou insistir numa informação e não desenvolvê-la, com 
certeza desvaloriza o texto.
Exemplo: O Brasil foi colonizado por Portugal.
Princípios Básicos
Após termos visto os fatores acima, é essencial ter em 
atenção os seguintes princípios para se obter um texto 
coerente:
Princípio da Não Contradição - ideias contraditórias
Princípio da Não Tautologia - ideias redundantes
Princípio da Relevância - ideias que se relacionam
16 Língua Portuguesa
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
2. Léxico
2.1 Signifi cação de palavras e expressões no texto
Uma palavra possui por defi nição muitos signifi cados os 
quais mudam dependendo do contexto onde ele é inserido. 
Para sabermos essas diferenças dentro dos contextos é pre-
ciso entender alguns termos e assim saber defi ni-los. lem-
brando que um palavra pode possuir mais de uma defi nição.
Denotação e Conotação
Denotação
Uma palavra é usada no sentido denotativo (próprio ou li-
teral) quando apresenta seu signifi cado original, indepen-
dentemente do contexto frásico em que aparece. Quando 
se refere ao seu signifi cado mais objetivo e comum, aquele 
imediatamente reconhecido e muitas vezes associado ao 
primeiro signifi cado que aparece nos dicionários, sendo o 
signifi cado mais literal da palavra.
A denotação tem como fi nalidade informar o receptor da 
mensagem de forma clara e objetiva, assumindo assim um 
caráter prático e utilitário. É utilizada em textos informativos, 
como jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de 
medicamentos, textos científi cos, entre outros.
“O elefante é um mamífero”.
Conotação
Uma palavra é usada no sentido conotativo (fi gurado) quan-
do apresenta diferentes signifi cados, sujeitos a diferentes 
interpretações, dependendo do contexto frásico em que 
aparece. Quando se refere a sentidos, associações e ideias 
que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua 
signifi cação mediante a circun stância em que a mesma é 
utilizada, assumindo um sentido fi gurado e simbólico.
A conotação tem como fi nalidade provocar sentimentos no 
receptor da mensagem, através da expressividade e afetivi-
dade que transmite. É utilizada principalmente numa lingua-
gem poética e na literatura, mas também ocorre em conver-
sas cotidianas, em letras de música, em anúncios publicitá-
rios, entre outros.
“Você tem um coração de pedra!”.
Antônimo e Sinônimo
Conhecer o signifi cado das palavras é importante, pois só 
assim o falante ou escritor será capaz de selecionar a pa-
lavra certa para construir a sua mensagem. Por esta razão, 
é importante conhecer fatos linguísticos como: sinonímia e 
antonímia.
Sinonímia (sinônimos): palavras que possuem signifi cados 
iguais ou semelhantes.
“adversário e antagonista”.
“transformação e metamorfose”.
Antonímia (antônimos): palavras que possuem signifi cados 
opostos.
“bendizer e maldizer”.
“progredir e regredir”.
Homônimos e Parônimos
São palavras com escrita ou pronúncia iguais, com signifi ca-
do (sentido) diferente.
“A manga está uma delícia.”
“A manga da camisa fi cou perfeita.”
Tipos de homônimos: homógrafos, homófonos e homônimos perfeitos.
Homógrafos – mesma grafi a 
e som diferente.“Eu começo a 
trabalhar em breve.”
“O começo do fi lme foi ótimo.”
Homófonos – grafi a diferente e mesmo 
som.
A cela do presíd io está lotada.”
“A sela do cavalo está velha.”
Homônimos perfeitos – mesma grafi a e 
som.“Vou pegar dinheiro no banco.”
“O banco da praça quebrou.”
Parônimos são palavras com escrita e pronúncia parecidas, 
mas com signifi c ado (sentido) diferente.
“O homem fez uma bela descrição da mulher”
“Use a sua discrição, Paulo”
Outro exemplo:
Amoral – nem contrário e nem conforme a moral
Imoral – contrário à moral
Ambiguidades
Ambiguidade ou anfi bologia é o nome dado, dentro da lin-
guística na língua portuguesa, à duplicidade de sentidos, 
onde alguns termos, expressões, sentenças apresentam 
mais de uma acepção ou entendimento possível. Em outras 
palavras, ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade 
de sentido da frase. Apesar de ser um recurso aceitável den-
tro da linguagem poética ou literária, deve ser na maioria das 
vezes, evitado em construções textuais de caráter técnico, 
informativo, ou pragmático.
O uso da ambiguidade pode resultar na má interpretação da 
mensagem, ocasionando múltiplos sentidos. É importante 
lembrar que toda comunicação estabelece uma fi nalidade, 
uma intenção para com o interlocutor, e para que isso ocor-
ra, a mensagem tem de estar clara, precisa e coerente.
Na publicidade observamos o uso e o abuso da linguagem 
plurissignifi cante, por meio dos trocadilhos e jogos de pa-
lavras, procurando chamar a atenção do interlocutor para 
a mensagem. Caso o autor não se julgue preparado para 
utilizar corretamente a ambiguidade, é preferível uma lingua-
gem mais objetiva, com vocábulos ou expressões que sejam 
mais adequadas às fi nalidades requeridas. Quando não é 
feito de forma proposital, ou seja, causado por algum tipo 
de erro as ambiguidades são consideradas vícios de lingua-
gem.
Os tipos comuns de ambiguidade, como vício de linguagem 
são:
Uso indevido de pronomes possessivos
A mãe pediu à fi lha que arrumasse o seu quarto.
Qual quarto? o da mãe ou da fi lha? Para evitar ambiguidade:
A mãe pediu à fi lha que arrumasse o próprio quarto.
Colocação inadequada das palavras
A criança feliz foi ao parque.
A criança fi cou feliz ao chegar no parque, ou estava assim 
antes?
Feliz, a criança foi ao parque.
Uso de forma indistinta entre o pronome relativo e a 
conjunção integrante
A estudante falou com o garoto que estudava enfermagem.
Quem estuda enfermagem, a estudante ou o garoto? para 
corrigir:
A estudante de enfermagem falou com o garoto;
Uso indevido de formas nominais
A moça reconheceu a amiga frequentando a academia.
Quem estava na academia? a moça ou a amiga? para cor-
rigir:
A moça reconheceu a amiga que estava frequentando a 
academia.
Polissemia
Polissemia é um conceito da área da linguística com origem 
no termo grego polysemos, que signifi ca “algo que tem mui-
tos signifi cados”. Uma palavra polissêmica é uma palavra 
que reúne vários signifi cados.
Língua Portuguesa 17
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
A palavra “vela” é um dos exemplos de polissemia. Ela pode 
signifi car a vela de um barco; a vela feita de cera que serve 
para iluminar ou pode ser a conjugação do verbo velar, que 
signifi ca estar vigilante.
A polissemia constitui uma propriedade básica das unidades 
léxicas e um elemento estrutural da linguagem. O oposto da 
polissemia é a monossemia, onde uma palavra assume só 
um signifi cado.
Exemplo 1
A letra da música do Chico Buarque é incrível.
A letra daquele aluno é inteligível
Meu nome começa com a letra D.
Logo, constatamos que a palavra “letra” é um termo polissê-
mico, visto que abarca signifi cados distintos dependendo de 
sua utilização.
Hiperonímia e hiponímia
A hiperonímia indica uma relação hierárquica de signifi ca-
do que uma palavra superior estabelece com uma palavra 
inferior.
A hiponímia indica, assim, essa mesma relação hierárquica 
de signifi cado. Foca-se, no entanto, na perspectiva da pala-
vra hierarquicamenteinferior.
País é hiperônimo de Brasil.
Mamífero é hiperônimo de cavalo.
Jogo é hiperônimo de xadrez.
Brasil é hipônimo de país.
Os hiperônimos:
Apresentam um sentido abrangente;
Transmitem a ideia de um todo;
Representam as características genéricas de uma classe;
Permitem a formação de subclasses associadas a elas.
Os hipônimos:
Apresentam um sentido restrito;
Transmitem a ideia de um item ou uma parte de um todo;
Representam as características específi cas de uma subclas-
se;
Permitem a associação a uma classe superior mais abran-
gente.
Exemplos de hiperônimos e hipônimos
Hiperônimo Hipônimos
Cor verde, azul, amarelo, vermelho, branco,…
Fruta maçã, banana, manga, abacaxi, jaca,…
veículo carro, automóvel, moto, bicicleta, ônibus,…
esporte natação, futebol, patinação, atletismo, esgrima,…
animal cobra, onça, cachorro, urubu, urso,…
fl or rosa, margarida, malmequer, hortênsia, orquídea,…
eletrodoméstico geladeira, batedeira, liquidifi cador, aspirador, ferro,…
ferramenta martelo, serrote, alicate, enxada, chave de fenda,…
ave papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,…
Uso de hiperônimos e hipônimos
O uso de hiperônimos e hipônimos é essencial para a cons-
trução de uma boa coesão lexical num texto. Os hiperôni-
mos e hipônimos atuam como um recurso coesivo lexical 
que permite a abordagem de um tema evitando repetições 
vocabulares.
Além disso, desempenham uma função anafórica no texto, 
fazendo referência a uma informação previamente mencio-
nada sem a repetir, através do uso de substantivos genéri-
cos e específi cos.
2.2 Substituição de palavras e de expressões no texto
Figuras de estilo, fi guras ou Desvios de linguagem são no-
mes dados a alguns processos que priorizam a palavra ou 
o todo para tornar o texto mais rico e expressivo ou buscar 
um novo signifi cado, possibilitando uma substituição de pa-
lavras ou trechos corretamente de textos.
Podem ser:
Figuras de palavras
As fi guras de palavra consistem no emprego de um termo 
com sentido diferente daquele convencionalmente empre-
gado, a fi m de se conseguir um efeito mais expressivo na 
comunicação.
São fi guras de palavras:
Comparação: Ocorre comparação quando se estabelece 
aproximação entre dois elementos que se identifi cam, liga-
dos por conectivos comparativos explícitos – feito, assim 
como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem – e al-
guns verbos – parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplos: “Amou daquela vez como se fosse máquina. / 
Beijou sua mulher como se fosse lógico.” (Chico Buarque);
Metáfora: Ocorre metáfora quando um termo substitui ou-
tro através de uma relação de semelhança resultante da 
subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser 
entendida como uma comparação abreviada, em que o co-
nectivo não está expresso, mas subentendido.
Exemplo: “Supondo o espírito humano uma vasta concha, 
o meu fi m, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é 
a razão.” (Machado de Assis).
Metonímia: Ocorre metonímia quando há substituição de 
uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau 
de semelhança, relação, proximidade de sentido ou impli-
cação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação 
objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:
– o continente pelo conteúdo e vice-versa: Antes de sair, 
tomamos um cálice (o conteúdo de um cálice) de licor.
Sinédoque: Ocorre sinédoque quando há substituição de 
um termo por outro, havendo ampliação ou redução do 
sentido usual da palavra numa relação quantitativa. Encon-
tramos sinédoque nos seguintes casos:
– o todo pela parte e vice-versa: “A cidade inteira (o povo) 
viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de la-
drão, fugindo nos cascos (parte das patas) de seu cavalo.” 
(J. Cândido de Carvalho)
Catacrese: A catacrese é um tipo de especial de metáfora, 
“é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se 
sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e 
pitoresca. É a metáfora tornada hábito linguístico, já fora do 
âmbito estilístico.” (Othon M. Garcia).
São exemplos de catacrese: folhas de livro / pele de tomate 
/ dente de alho / montar em burro / céu da boca / cabeça 
de prego / mão de direção / ventre da terra / asa da xícara 
/ sacar dinheiro no banco.
Sinestesia: A sinestesia consiste na fusão de sensações 
diferentes numa mesma expressão. Essas sensações po-
dem ser físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou 
psicológicas (subjetivas).
Exemplo: “A minha primeira recordação é um muro velho, 
no quintal de uma casa indefi nível. Tinha várias feridas no 
reboco e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha ver-
de [sensação visual] e úmida, macia [sensações táteis], 
quase irreal.” (Augusto Meyer)
Antonomásia: Ocorre antonomásia quando designamos 
uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que 
18 Língua Portuguesa
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
a distingue. Na linguagem coloquial, antonomásia é o mes-
mo que apelido, alcunha ou cognome, cuja origem é um 
aposto (descritivo, especifi cativo etc.) do nome próprio.
Exemplos: “E ao rabi simples (Cristo), que a igualdade pre-
ga, / Rasga e enlameia a túnica inconsútil; (Raimundo Cor-
reia).
Alegoria: A alegoria é uma acumulação de metáforas refe-
rindo-se ao mesmo objeto; é uma fi gura poética que con-
siste em expressar uma situação global por meio de outra 
que a evoque e intensifi que o seu signifi cado. Na alegoria, 
todas as palavras estão transladadas para um plano que 
não lhes é comum e oferecem dois sentidos completos e 
perfeitos – um referencial e outro metafórico.
Exemplo: “A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O te-
nor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo 
e dos comprimários, quando não são o soprano e o con-
tralto que lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo 
e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos 
bailados, e a orquestra é excelente…” (Machado de Assis).
2.3 Estrutura e Formação de Palavras
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de ele-
mentos mórfi cos.
Exemplo: gatinho – gat + inho
Infelizmente – in + feliz + mente
ELEMENTOS MÓRFICOS
Os elementos mórfi cos são:
Radical;
Vogal temática;
Tema;
Desinência;
Afi xo;
Vogais e consoantes de ligação.
RADICAL
O signifi cado básico da palavra está contido nesse elemen-
to; a ele são acrescentados outros elementos.
Exemplo: pedra, pedreiro, pedrinha.
VOGAL TEMÁTICA
Tem como função preparar o radical para ser acrescido pe-
las desinências e também indicar a conjugação a que o ver-
bo pertence.
Exemplo: cantar, vender, partir.
OBSERVAÇÃO:
Nem todas as formas verbais possuem a vogal temática.
Exemplo: parto (radical + desinência)
TEMA
É o radical com a presença da vogal temática.
Exemplo: choro, canta.
DESINÊNCIAS
São elementos que indicam as fl exões que os nomes e os 
verbos podem apresentar. São subdivididas em:
DESINÊNCIAS NOMINAIS;
DESINÊNCIAS VERBAIS.
DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. 
As desinências de gênero são a e o; as desinências de nú-
mero são o s para o plural e o singular não tem desinência 
própria.
Exemplo: gat o
Radical desinência nominal de gênero
Gat o s
Radical d.n.g d.n.n
d.n.g » desinência nominal de gênero
d.n.n » desinência nominal de número
DESINÊNCIAS VERBAIS – indicam o modo, número, pes-
soa e tempo dos verbos.
Exemplo: cant à va mos
Radical v.t d.m.t d.n.p
PREFIXOS – quando colocado antes do radical;
SUFIXOS – quando colocado depois do radical
Exemplo:
Pedrada.
Inviável.
Infelizmente
VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO
São elementos que são inseridos entre os morfemas (ele-
mentos mórfi cos), em geral, por motivos de eufonia, ou seja, 
para facilitar a pronúncia de certas palavras.
Exemplo: silvícola, paulada, cafeicultura.
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Inicialmente observemos alguns conceitos sobre palavras 
primitivas e derivadas e palavras simples e compostas:
PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que não são formadas 
a partir de outras.
Exemplo: pedra, casa, paz, etc.
PALAVRAS DERIVADAS – palavras que são formadas a 
partir de outras já existentes.
Exemplo: pedrada(derivada de pedra), ferreiro (derivada de 
ferro).
PALAVRAS SIMPLES – são aquelas que possuem apenas 
um radical.
Exemplo: cidade, casa, pedra.
PALAVRAS COMPOSTAS – são palavras que apresentam 
dois ou mais radicais.
Exemplo: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva.
Na língua portuguesa existem dois processos de formação 
de novas palavras: derivação e composição.
DERIVAÇÃO
É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são for-
madas a partir de outras que já existem (primitivas). Podem 
ocorrer das seguintes maneiras:
Prefi xal;
Sufi xal;
Parassintética;
Regressiva;
Imprópria.
PREFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido 
um prefi xo a um radical.
Exemplo: desfazer, inútil.
Vejamos alguns prefi xos latinos e gregos mais utilizados:
PREFIXO 
LATINO
PREFIXO 
GREGO SIGNIFICADO
EXEMPLOS
PREF. LATINO PREF. GREGO
Ab-, abs- Apo- Afastamento Abs ter Apo geu
Ambi- Anfi - Duplicidade Ambí guo Anfí bio
Bi- di- Dois Bí pede Dí grafo
Ex- Ex- Para fora Ex ternar Êx odo
Supra Epi- Acima de Supra citar Epi táfi o
v.t » vogal temática
d.m.t » desinência modo-temporal
d.n.p » desinência número-pessoal
AFIXOS
São elementos que se juntam aos radicais para 
formação de novas palavras. Os afi xos podem 
ser:
Língua Portuguesa 19
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
SUFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um 
sufi xo a um radical.
Exemplo: carrinho, livraria.
Vejamos alguns sufi xos latinos e alguns gregos:
SUFIXO 
LATINO EXEMPLO
SUFIXO 
GREGO EXEMPLO
-ada Paulada -ia Geologia
-eria Selvageria -ismo Catolicismo
-ável Amável -ose Micose
PARASSINTÉTICA – processo de derivação pelo qual é 
acrescido um prefi xo e sufi xo simultaneamente ao radical.
Exemplo: anoitecer, pernoitar.
OBSERVAÇÃO :
Existem palavras que apresentam prefi xo e sufi xo, mas não 
são formadas por parassíntese. Para que ocorra a paras-
síntese é necessários que o prefi xo e o sufi xo juntem-se ao 
radical ao mesmo tempo. Para verifi car tal derivação basta 
retirar o prefi xo ou o sufi xo da palavra. Se a palavra deixar 
de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassin-
tética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com 
a retirada do prefi xo ou do sufi xo, ela terá sido formada por 
derivação prefi xal e sufi xal.
REGRESSIVA – processo de derivação em que são forma-
dos substantivos a partir de verbos.
Exemplo: Ninguém justifi cou o atraso. (do verbo atrasar)
O debate foi longo. (do verbo debater)
IMPRÓPRIA – processo de derivação que consiste na mu-
dança de classe gramatical da palavra sem que sua forma 
se altere.
Exemplo: O jantar estava ótimo
COMPOSIÇÃO
É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de 
dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas 
formas:
JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO.
JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e 
continua a serem faladas (escritas) da mesma forma como 
eram antes da composição.
Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + mo-
leque)
AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma 
das palavras seja na grafi a ou na pronúncia.
Exemplo: planalto (plano + alto)
Além da derivação e da composição existem outros tipos de 
formação de palavras que são hibridismo, abreviação e ono-
matopeia.
ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO
É a forma reduzida apresentada por algumas palavras:
Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (moto-
cicleta).
HIBRIDISMO
É a formação de palavras a partir da junção de elementos de 
idiomas diferentes.
Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocra-
cia (buro – francês + cracia – grego).
ONOMATOPEIA
Consiste na criação de palavras através da tentativa de imi-
tar vozes ou sons da natureza.
Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!.
Finda-se mais um tutorial onde pudemos observar o seguin-
te:
A estrutura das palavras contém o radical (elemento estrutu-
ral básico), afi xos (elementos que se juntam ao radical para 
formação de novas palavras – PREFIXO e SUFIXO), as de-
sinências (nominais – indicam gênero e número e verbais 
– indicam pessoa, modo, tempo e número dos verbos), a 
vogal temática (que indicam a conjugação do verbo – a, e, 
i) e o tema que é a junção do radical com a vogal temática. 
Já no processo de formação das palavras temos a deriva-
ção, subdividida em prefi xal, sufi xal, parassíntese, regres-
siva e imprópria e a composição que se subdivide 
em justaposição e aglutinação. Além desses dois 
processos temos o hibridismo, a onomatopeia e a 
abreviação como processos secundários na forma-
ção das palavras.
Estrutura e Formação das palavras – Questões de concur-
sos
QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: Técnico de 
Tecnologia da Informação
A palavra “repintando” traz em seu início o prefi xo “re-”, que 
nos dá a noção de algo que se repete. Então, “repintando” 
signifi ca “pintar outra vez”. A palavra abaixo formada com 
esse mesmo prefi xo, com ideia de repetição, é:
a) retrato.
b) reabro.
c) respirar.
d) remotos.
e) recendentes.
QUESTÃO 2
Ano: 2017Banca: FGVÓrgão: ALERJProva: Especialista Le-
gislativo – Registro de Debates
Duas palavras que NÃO pertencem à mesma família por não 
possuírem o mesmo radical são:
a) he mácia/anemia;
b) decapitar/capital;
c) cátedra/catedral;
d) animismo/desanimado;
e) depredar/pedra.
QUESTÃO 3
Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: MGS Prova: Todos os Car-
gos de Nível Fundamental Completo
Considere o fragmento transcrito abaixo para responder a 
questão seguinte.
“O jornaleiro larga sua banca na avenida Sumaré e vem ao 
prédio avisar-me que o jornal chegou. Os vizinhos de cima 
silenciam depois das dez da noite.“ (4º§)
O sufi xo “-eiro”, presente em “jornaleiro” tem um signifi cado. 
Assinale a alternativa em que esse sufi xo tenha um valor 
DIFERENTE do que se observa em “jornaleiro”.
a) pedreiro.
b) açougueiro.
c) engenheiro.
d) formigueiro.
QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: IF-MG Órgão: IF-MG Prova: Auxiliar em 
Administração
Na palavra “apátrida”, o prefi xo a acrescenta ao signifi cado 
do substantivo “pátria” a ideia de:
a) Explicação.
b) Negação.
c) Origem.
d) Adição.
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: CEMIG – MG Prova: 
Advogado JR
“A globalização tem sombras e luzes. Se de um lado aproxi-
ma povos e quebra barreiras de comunicação, de outro ela 
assume, nas esferas econômica e cultural, o caráter de glo-
bocolonização.”
O item lexical destacado:
a) é forma derivada dos itens “global” + “colonizar”.
20 Língua Portuguesa
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
b) é formado por composição, pois contém duas bases.
c) exemplifi ca caso de formação por derivação regressiva.
d) trata-se de um caso especial de formação, a derivação 
imprópria.
QUESTÃO 6
O substantivo LIMPEZA foi formado pelo processo de:
a) derivação prefi xal.
b) derivação sufi xal.
c) derivação parassintética.
d) composição por justaposição.
e) composição por aglutinação.
QUESTÃO 7
Ano: 2017 Banca: FUNRIO Órgão: SESAU-RO Prova: Téc-
nico em Radioterapia (+ provas)
O vocábulo desemprego provém do verbo desempregar. O 
item abaixo em que ocorre a mesma relação é:
a) água provém de aguar.
b) areia provém de arear.
c) terra provém de aterrar.
d) luta provém de lutar.
e) mesa provém de mesar.
QUESTÃO 8
Ano: 2017 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: Auxiliar em 
Administração
A palavra “arco-íris” é formada pelo processo de composição 
por justaposição, assim como:
a) sapateiro.
b) minúscula.
c) simplicidade.
d) girassol.
e) superfaturar.
QUESTÃO 9
Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: ALERJ Prova: Especialista 
Legislativo – Qualquer Nível Superior
O vocábulo abaixo que é formado pelo processo de paras-
síntese é:
a) pré-história;
b) inconstitucional;
c) perigosíssimo;
d) embarque;
e) desalmado.
QUESTÃO 10
Ano: 2017 Banca: AOCP Órgão: SUSIPE-PA Prova: Assis-
tente Administrativo
As palavras “denunciadora” e “descarregar”, presentes no 
texto, são formadas por
a) processos de composição por justaposição.
b) processos de composição por aglutinação.
c) um processo de derivação sufi xal e um processo de deri-
vação prefi xal, respectivamente.
d) um processo de derivação prefi xal e um processode deri-
vação sufi xal, respectivamente.
e) processos de composição prefi xal e sufi xal, simultaneamente.
RESPOSTAS
QUESTÃO 1 – B
QUESTÃO 2 – E
QUESTÃO 3 – D
QUESTÃO 4 – B
QUESTÃO 5 – B
QUESTÃO 6 – B
QUESTÃO 7 – D
QUESTÃO 8 – D
QUESTÃO 9 – E
QUESTÃO 10 – C
3. Aspectos linguísticos: 3.1 Relações morfossintáticas
A Morfossintaxe é a análise feita às orações em termos 
morfológicos e em termos sintáticos. Recorde-se que:
 A análise morfológica analisa as palavras de uma oração 
individualmente, ou seja, independentemente da sua liga-
ção com as outras palavras.
 A análise sintática, por sua vez, analisa conjuntamente a 
relação das palavras de uma oração, ou seja, a função que 
as palavras desempenham na sua formação.
Análise Morfológica
Analisa, individualmente, as classes de palavras, que são: 
substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, ad-
vérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Exemplo: Utilizamos a água sem desperdício.
Utilizamos - 1ª pessoa do plural do verbo utilizar, conjugado 
no presente do indicativo, voz ativa
a - artigo defi nido
água - substantivo comum
sem - preposição essencial
desperdício - substantivo abstrato
Análise Sintática
Estuda a função e a ligação dos termos da oração. Esses 
termos são: sujeito, predicado, complemento verbal, com-
plemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, 
adjunto adverbial e aposto.
Exemplo: Utilizamos água sem desperdício.
(Nós) - sujeito oculto
Utilizamos - verbo transitivo direto e indireto
a água - objeto direto. Água é o núcleo do objeto
sem desperdício - adjunto adverbial
Análise Morfossintática
Exercícios Resolvidos
1) Classifi que as palavras destacadas morfológica e sinta-
ticamente.
a) A felicidade está nas coisas mais simples da vida.
b) O aparelho tem três anos de garantia.
c) Quando será a festa?
Resposta:
a) Análise morfológica: felicidade - substantivo abstrato; 
simples - adjetivo.
Análise sintática: felicidade - núcleo do sujeito (o sujeito é 
“A felicidade”); simples - predicativo do objeto.
b) Análise morfológica: três - numeral cardinal.
Língua Portuguesa 21
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
Análise sintática: três - núcleo objeto direto (o objeto é “três 
anos”).
c) Análise morfológica: quando - advérbio de tempo.
Análise sintática: quando - adjunto adverbial de tempo.
2) Indique a alternativa correta.
a) Maria e João estão cansados.
a) cansados é adjetivo e predicativo do sujeito.
b) cansados é advérbio e predicativo do sujeito.
c) cansados é adjetivo e objeto direto.
b) Ela tem medo de altura.
a) de altura é objeto indireto.
b) de altura é preposição e substantivo.
c) de altura é complemento nominal.
a) Alternativa a) cansados é adjetivo e predicativo do sujei-
to. b) Alternativa c) de altura é complemento nominal.
3) Faça a análise morfossintática da oração: Cozinha como 
ninguém!
 
3.2 Ortografi a: emprego de letras e acentuação gráfi ca sistema ofi cial vigente 
(inclusive o Acordo Ortográfi co vigente, conforme Decreto 7.875/12)
(orto = correto; grafi a = escrita)
É a parte da gramática que trata da escrita correta das pa-
lavras. E, com certeza, não é uma das partes mais fáceis 
de nossa Língua Portuguesa.
Para começar, deve-se saber que o nosso alfabeto ofi cial 
é formado por cinco vogais e dezoito consoantes. Estão 
descartadas, portanto, as letras K, W e Y.
Um dos obstáculos na aprendizagem é a interferência do 
excesso de estrangeirismo. Brasileiro adora modismos e 
isso não é segredo para ninguém. Colocar nome em fi lhos, 
como Kelly, Sheila e Washington, é uma prática constante. 
Mas, por outro lado, é difícil de se imaginar esses nomes 
adaptados à nossa ortografi a ofi cial, como Quéli, Uóxinton 
e Cheila, não é mesmo? Para os substantivos próprios real-
mente o território é livre para criações. E quanto ao restan-
te, aos comuns?
O que muitos não sabem é que há várias adaptações já 
consagradas (outras ainda não consagradas, mas existen-
tes) e palavras que passaram por uma reforma em 1943.
Acredito que a difi culdade maior em aprender ortografi a é 
a infl uência do cotidiano, carregado de erros. Você vai ao 
mercado, pega um ônibus, vai ao banco, lê placas de ruas, 
vai a um restaurante e está tudo errado! O que você será 
capaz de memorizar? O errado, que passa 24 horas pela 
sua frente, ou ver o que é certo estudando algumas horas 
por dia para uma prova?
O maior incômodo para o estudante de ortografi a é que há 
regras e regras, mas logo após ele decobre que há uma 
série de exceções.
Então como obter um estudo efi ciente? Eu sugiro que você 
comece a ter o hábito da leitura em sua vida.
Durante a leitura de um texto responsavelmente bem escri-
to aparecerão palavras com X, SC, Z, J, G, Ç, etc. Pegue
-as e procure os seus signifi cados no dicionário; volte ao 
texto e releia o trecho com o signifi cado achado; escreva 
a palavra umas cinco vezes num caderno reservado para 
esta fi nalidade. Faça isto, pelo menos umas três vezes por 
semana. É uma conhecida técnica de memorização por re-
petição.
Outra maneira é verifi car como é o substantivo primitivo da 
palavra a ser escrita, assim os seus substantivos derivados 
terão a mesma letra:
rijo (enrijecer), gorja (gorjear, gorjeta), cheio (enchente), 
etc. Mas também é muito perigoso fazer disto uma regra 
fi xa. Veja: anjo (angelical), catequese (catequizar), batismo 
(batizar), etc.
Por esta você não esperava, heim?!?!
Como eu já disse, há regras sim, mas há um caminhão de 
exceções. Seguem mais alguns vexemplos.
Distinção Entre J e G
1. Escrevem-se com J:
a) As palavras de origem árabe, africana ou indígena: canji-
ca, canjerê, pajé, Moji, jirau, jerimum etc. Exceção: Sergipe.
b) As formas dos verbos que têm o infi nitivo em -JAR: des-
pejar: despejei, despeje;
arranjar: arranjei, arranje; viajar: eu viajei, que eles viajem, 
etc.
Outras palavras grafadas com J (as ditas exceções): al-
fanje, alforje, berinjela, cafajeste, cerejeira, intrujice, jeca, 
jegue, Jeremias, jerico, Jerônimo, jérsei, jiu-jitsu, majesta-
de, majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza, pegajento, 
rijeza, sabujice, sujeira, traje, ultraje, varejista.
2. Escrevem-se com G:
a) O fi nal dos substantivos -GEM: a coragem, a viagem, 
avertigem, a ferrugem, etc.
Exceções:
pajem, lambujem, lajem.
b) Os fi nais: -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO e -ÚGIO: estágio, 
privilégio, prodígio, relógio, refúgio, etc.
c) Os verbos em -GER e -GIR: fugir, mugir, fi ngir.
Distinção Entre S e Z
1. Escrevem-se com S:
a) O sufi xo: -OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, 
etc.
b) O sufi xo -ÊS e as formas femininas terminadas em –ESA 
ou –ISA, em palavras que indiquem origem, profi ssão ou 
título honorífi co:
português – portuguesa; camponês – camponesa; marquês 
– marquesa; burguês – burguesa; sacerdote – sacerdotisa, 
montês, pedrês, princesa, etc.
d) Os fi nais -ASE, -ESE, -ISE e E -OSE, na grande maioria 
se o vocábulo for erudito ou de aplicação científi ca, não 
haverá dúvida:
hipótese, exegese, análise, trombose, etc.
e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: 
coisa, Neusa, causa, maisena, etc.
22 Língua Portuguesa
APOSTILAS LÍDER EM APROVAÇÃO!
f) O sufi xo -ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo 
radical termina em S:
pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso), etc.
g) Quando for possível a correlação ND - NS:
escaNDir - escaNSão; preteNDer - preteNSão;
repreeNDer - repreeNSão, etc.
Grafam-se com S: alisamento, análise, ânsia, ansiar, an-
sioso, ansiedade, cansar, cansado, descansar, descanso, 
diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia, lasanha, pes-
quisa, pretensão, pretensioso, propensão, remorso, sebo, 
siso, tenso, utensílio, etc.
2. Escrevem-se em Z:
a) O sufi xo -IZAR, de origem grega, nos verbos e nas pa-
lavras que têm o mesmo radical: civilizar, civilização, civili-
zado; organizar, organização, organizado; realizar, realiza-
ção, realizado, etc.
b) Os sufi xos -EZ e -EZA formadores de substantivos abs-
tratos derivados de adjetivos:
limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc.
c) Os derivados em

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