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1 - Sigmund Freud - Estágios do Desenvolvimento Psicossexual

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SIGMUND FREUD – O DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL 
Alex Carnier 
 
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, propôs sua teoria do desenvolvimento psicossexual na 
infância através de 5 estágios: oral, anal, fálico, latência e genital. As famosas 5 fases de 
Freud. Cada estágio representa a fixação da libido (traduzida também como “impulsos” ou 
“instintos sexuais”) em uma área diferente do corpo. 
Podemos começar entendendo o desenvolvimento psicossexual pensando no seguinte 
conceito: À medida que uma pessoa cresce fisicamente, certas áreas do corpo se tornam 
importantes como fontes de uma frustração em potencial, fontes de prazer ou fontes de 
ambas, tanto prazer como frustração. A vida em torno de tensão e prazer Freud (1905) 
acreditava que a vida era construída em torno de tensão e prazer. 
Ele também acreditava que toda a tensão se devia ao acúmulo de libido, a energia sexual, e 
que todo o prazer vinha de sua descarga. Ao descrever o desenvolvimento da personalidade 
humana como psicossexual, Freud quis dizer que o que se desenvolve é a maneira pela qual 
a energia sexual do id (a parte mais instintiva da mente) se acumula e é descarregada à 
medida que amadurecemos biologicamente. (Freud usou o termo “sexual” de uma maneira 
muito geral para significar todas as ações e pensamentos prazerosos.) 
Freud enfatizou que os primeiros cinco anos de vida são cruciais para a formação da 
personalidade adulta. O id deve ser controlado para satisfazer demandas sociais; isso cria um 
conflito entre desejos frustrados e normas sociais. O ego e o superego se desenvolvem para 
exercer esse controle e direcionar a necessidade de gratificação para canais socialmente 
aceitáveis. A gratificação se centra em diferentes áreas do corpo em diferentes estágios de 
crescimento, tornando o conflito em cada estágio psicossexual. 
Fases do desenvolvimento psicossexual de Freud 
Fase Oral (Nascimento até 1 ano) 
No primeiro estágio do desenvolvimento da personalidade, a libido é centrada na boca do 
bebê. Ele fica muito satisfeito ao colocar todo tipo de coisa em sua boca para satisfazer a 
libido. Isso significa que nesta fase da vida, seus prazeres são orais ou orientados para a boca, 
como sucção, mordida e amamentação. Como vimos, Freud disse que a frustração em obter 
esta satisfação, ou a estimulação oral exagerada pode levar a uma fixação oral mais tarde na 
vida. 
As pessoas que podem ter esta “personalidade oral” seriam os fumantes, os roedores de 
unhas e chupadores de polegar. Estas pessoas se envolvem em tais comportamentos orais, 
principalmente quando estão sob estresse. Obviamente, nem todos que têm este tipo de 
comportamento são “personalidades orais”. Como o próprio Freud disse quando indagado se 
seu hábito de fumar charutos era uma atividade simbólica: 
 
Às vezes um charuto é apenas um charuto. 
Sigmund Freud 
 
Fase Anal (1 a 3 anos) 
Segundo Freud, nesta fase a libido se concentra no ânus, e a criança sente grande prazer em 
defecar. (Pois é… concordo que é um pouco estranho pensar dessa forma, mas é assim que a 
psicanálise entende o desenvolvimento psicossexual.) 
 
A criança agora está plenamente consciente de que é uma pessoa por si só, e que seus desejos 
podem colocá-la em conflito com as demandas do mundo exterior (ou seja, seu ego se 
desenvolveu). Freud acreditava que esse tipo de conflito tende a surgir no treinamento do 
uso do vaso sanitário, no qual os adultos impõem restrições sobre quando e onde a criança 
pode defecar. 
 
A natureza desse primeiro conflito com a autoridade pode determinar o futuro 
relacionamento da criança com todas as formas de autoridade. O treinamento precoce ou 
rigoroso com o vaso sanitário pode levar a criança a se tornar uma personalidade anal-
retentiva. 
 
Este tipo de personalidade é a que odeia a bagunça, é obsessivamente arrumada, pontual e 
respeitosa da autoridade. Eles podem ser teimosos e rígidos no trato com o dinheiro e suas 
posses. Tudo isso está relacionado ao prazer de segurar as fezes quando crianças. A mãe 
então insiste que a criança se livre dessas fezes de modo adequado, colocando-a no vaso 
sanitário até que se aliviem! 
 
Perceba que este conceito não é tão tolo quanto parece. A personalidade anal-expulsiva, por 
outro lado, passou por um regime liberal de treinamento do banheiro durante o estágio anal. 
Na idade adulta, o anal expulsivo é a pessoa que deseja compartilhar as coisas com você. Eles 
gostam de doar coisas. Em essência, eles não estão retendo de si, mas expulsando e 
‘compartilhando’ de si com o mundo. Interessante notar que, se essa liberalidade for 
demasiada, esta pessoa anal-expulsiva pode se tornar confusa, desorganizada e rebelde. 
 
Fase Fálica (3 a 6 anos) 
A sensibilidade agora na fase fálica se concentra nos órgãos genitais, e a masturbação (em 
ambos os sexos) se torna uma nova fonte de prazer. A criança toma consciência das diferenças 
anatômicas sexuais, que desencadeiam o conflito entre atração erótica, ressentimento, 
rivalidade, ciúme e medo. Freud chamou isso de complexo de Édipo. 
 
Esse conflito é resolvido através do processo de identificação, no qual a criança adota as 
características dos pais do mesmo sexo. O aspecto mais importante da fase fálica é o 
complexo de Édipo. O nome do complexo de Édipo deriva do mito grego em que Édipo, um 
jovem, mata seu pai e se casa com sua mãe. Ao descobrir isso, ele abre os olhos e fica cego. 
 
No menino, o conflito de Édipo surge porque ele desenvolve desejos sexuais (agradáveis) para 
com sua mãe. Ele quer “possuir” sua mãe exclusivamente. Para isso, ele deseja 
(irracionalmente) se livrar do pai para que possa atender a esse desejo. O garoto então 
(inconscientemente) entende que, se o pai descobrisse tudo isso, o pai levaria o que mais 
ama. Durante a fase fálica, o que o garoto mais ama é o pênis. Portanto, o menino desenvolve 
ansiedade de castração. 
 
O menino então decide resolver esse problema imitando, copiando e participando de 
comportamentos masculinos do pai. Isso se chama identificação, e é assim que o menino de 
três a cinco anos resolve seu complexo de Édipo. Identificação significa adotar internamente 
os valores, atitudes e comportamentos de outra pessoa. A conseqüência disso é que o menino 
assume o papel de gênero masculino e adota um ideal e valores do ego que se tornam o 
superego. 
 
Fase de latência (6 anos à puberdade) 
Latente significa “oculto”. Isso significa que nesta fase não há mais desenvolvimento 
psicossexual. A libido está adormecida. 
 
Freud pensou que a maioria dos impulsos sexuais é reprimida durante o estágio latente. 
Assim, a energia sexual é sublimada. Isso quer dizer que grande parte da energia da criança é 
canalizada para o desenvolvimento de novas habilidades e a aquisição de novos 
conhecimentos. 
 
E nesta fase, as brincadeiras são feitas em sua maioria com outras crianças do mesmo sexo. 
 
Fase genital (puberdade para adulto) 
Este é a última fase da teoria do desenvolvimento psicossexual de Freud e começa na 
puberdade. É um momento de experimentação sexual adolescente, cuja resolução bem-
sucedida é estabelecer um relacionamento amoroso com outra pessoa nos nossos 20 anos. 
O instinto sexual é direcionado ao prazer heterossexual, ao invés do prazer próprio, como no 
estágio fálico. Para Freud, a saída apropriada do instinto sexual em adultos era por meio de 
relações heterossexuais. Fixação e conflito podem impedir isso, tendo como conseqüência as 
perversões sexuais. Por exemplo, a fixação no estágio oral pode resultar em uma pessoa 
obtendo prazer sexual principalmente por beijos e sexo oral, em vez de relações sexuais. 
 
Conclusão 
Segundo Freud, nossa personalidade se desenvolve durante a infância e é moldada pelas 
cinco fases, que ele chamou de teoria do desenvolvimento psicossexual. Durante cada fase, 
uma criança é confrontada com um conflito entre impulsos biológicos e expectativassociais. 
Se ela passar de forma bem-sucedida por esses conflitos internos, acabará tendo domínio de 
cada estágio de desenvolvimento e, finalmente, obterá uma personalidade totalmente 
madura. Na época, as idéias de Freud foram recebidas com críticas. E hoje não é diferente. 
Isso em parte é por causa de seu foco na sexualidade como o principal motor do 
desenvolvimento da personalidade humana.

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