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Câncer de colo do útero

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Câncer do colo do útero 
o É um tumor de crescimento lento e 
silencioso, causado pelo HPV; 
o É o 2º câncer mais frequente em 
mulheres (o 1º é o câncer de mama). 
HPV 
o Vírus com DNA circular de fita dupla, 
sem envelope lipídico; 
o Além de ser a principal causa do câncer 
de colo uterino, também está envolvido 
em diversos tumores benignos e 
malignos, incluindo canceres da região 
urogenital, respiratória superior e pele. 
o Há mais de 100 tipos diferentes, mas 
somente alguns serão importantes para 
causar o câncer de colo uterino. 
Colo uterino normal 
 
Histologia (Biópsia) 
 
o O problema começa na adolescência 
no início do período reprodutivo, 
o Com o surgimento dos hormônios 
esteroides a cérvice se desenvolve e 
acontece a eversão do epitélio colunar, 
ou seja, um pedaço da endocérvice fica 
do lado de fora do útero exposto a 
acidez vaginal, irritando o epitélio. 
o Para prevenir esse problema as células 
de reserva se proliferam e formam um 
epitélio escamoso, tentando imitar o da 
ectocérvice, processo que tem o nome 
de metaplasia. 
 
o A metaplasia predispõe o colo uterino a 
infecção pelo HPV; 
o O HPV é adquirido, principalmente, 
através de relações sexuais, e para se 
multiplicar ele precisa ativar o ciclo 
mitótico das células infectadas. 
o As células da superfície da 
ectocérvice são pouco ativas, elas 
protegem o colo do útero da invasão 
viral. 
o O problema é que o vírus consegue 
infectar com facilidade as células 
metaplasicas, por isso, quanto maior 
a metaplasia pior a proteção contra 
o vírus. 
o Dentro da célula o vírus perde o 
envoltório proteico, chamado de 
capsídeo, consequentemente, inicia a 
transcrição do seu próprio DNA. 
o Os primeiros transcritos recebem a 
letra E - Early e os últimos a letra L - 
later. 
o Cada gene dará origem a um RNA que 
em seguida formará uma Proteína. 
 
 
 
 
@larissalino.enf 
 
@larissalino.enf 
Infecção por HPV 
 
Proteínas 
 
o E1 e E2 que iniciam a replicação viral a 
partir da transcrição dos genes E6 e E7. 
o E4 também é importante, porque 
interfere na diferenciação celular e 
forma Coilocitose que é um halo em 
volta do núcleo da célula, ele é 
identificado Papanicolau. 
 
o E6 reativa o ciclo celular da célula 
hospedeira, estimulando a degradação 
da proteína P53 que tem várias funções 
da célula, entre elas parar o ciclo 
celular em caso de erros no DNA. 
o Também ativa a Telomerase e o gene 
c-myc estimulando a mitose, 
aumentando a predisposição ao 
câncer. 
 
o E7 estimula a proliferação celular a 
partir da degradação da proteína 
retinoblastoma (pRb). 
o Também interfere com várias proteínas 
ligadas ao reparo do DNA. 
o L1 e L2 produzem as proteínas do 
capsídeo viral formando novos vírus 
prontos para infectar outras células. 
o Esses fatores podem gerar uma 
proliferação celular descontrolada 
resultando em tumores. 
Tumores 
 
o Benigno: verrugas genitais do 
condiloma acuminado (HPV), esses 
tumores tem pouca capacidade de 
invasão nos tecidos, pois são contidos 
pelo sistema imune e por outras 
proteínas que induzem as células 
defeituosas a apoptose. 
Apoptose: é uma forma de morte celular 
programada, ou "suicídio celular". É um 
processo ordenado, no qual o conteúdo da 
célula é compactado em pequenos pacotes de 
membrana para a coleta pelas células do 
sistema imunológico. 
o Maligno: ocorre uma proliferação 
celular descontrolada, mas o câncer se 
desenvolve lentamente. 
o Para se tornar um carcinoma invasor 
o tumor precisa acumular várias 
@larissalino.enf 
 
@larissalino.enf 
 
mutações para poder incapacitar o 
sistema imune, impedir apoptose e 
produzir metaloproteinases que são 
proteínas relacionadas ao poder 
invasivo do tumor. 
o Por isso o tempo desde a infecção pelo 
vírus até o estabelecimento da lesão 
cancerosa é de 10 a 15 anos. 
Exame preventivo 
o Aa ideia é identificar o problema 
precocemente antes de surgir o câncer. 
 
o As mulheres diagnosticadas 
precocemente tem quase 100% de 
chance de cura. 
A vacina 
 
o Não previne contra todos os tipos de 
vírus e nem contra todos os tipos de 
câncer. 
o Bivalente: previne a infecção pelos 
tipos 16 e 18 que são os principais 
causadores do câncer. 
o Quadrivalente: previne a infecção 
contra os tipos 6 e 11 que são os 
causadores de verrugas. 
 
Por que se preocupar com o câncer de 
colo do útero? 
o O câncer de colo do útero é o 4º tumor 
mais frequente em mulheres no Brasil, 
ficando atrás do câncer de pele não 
melanoma, câncer de mama e o câncer 
de colón e também o 4º que causa mais 
morte nas mulheres. 
o É silencioso e traiçoeiro. 
Principais sintomas 
o Sangramento vaginal suspeito é aquele 
que ocorre fora do período menstrual, 
após a menopausa e após as relações 
sexuais; 
o Corrimento com odor fétido; 
o Dor em baixo ventre, que é a dor na 
barriga abaixo do umbigo; 
o Perda de peso; 
o Pode ter também uma massa palpável 
na barriga e com a evolução da doença 
pode ter obstrução intestinal e das vias 
urinárias. 
o Quando surgir os sintomas é 
importante saber que a doença não 
está mais na fase inicial. No começo 
do quadro a mulher não sente nada 
(assintomática). 
o Quando diagnosticada após o 
surgimento dos sintomas a doença 
já está avançada e sua taxa de cura é 
menor que 50%. 
o Dependendo da extensão, tipo de 
tumor e a presença de tumores em 
outros lugares, que são as 
metástases, o risco de falha no 
tratamento aumenta muito, tendo taxa 
de cura menor que 20%. 
o Se a doença for diagnosticada em 
estágio inicial a taxa de cura fica 
próxima a 90%. 
Prevenção 
o Prevenção primária: a principal 
medida para se evitar a doença é a 
vacinação contra o HPV. 
@larissalino.enf 
 
@larissalino.enf 
 
o O câncer de colo de útero em mais 90% 
das vezes é causado pelo vírus HPV, 
existem mais de 100 subtipos desse 
vírus. Dentre esses não são todos que 
causam câncer de colo do útero. 
o As vacinas do HPV protegem contra 2 
a 9 desses subtipos sendo capaz de 
prevenir até 90% do câncer de colo do 
útero. 
o A vacina está indicada para meninas a 
partir de 9 anos de 2 a 3 doses, a 
depender da idade. 
o É possível tomar a vacina do HPV após 
o início da atividade sexual. Ajuda a 
prevenir contra os outros tipos de HPV 
presentes na vacina. 
o No entanto, as vacinas contra o HPV 
têm sua melhor eficácia quanto 
tomadas antes de iniciar a atividade 
sexual, antes de ter contato com o 
vírus. 
o Depois da atividade sexual a 
possibilidade de contato com o vírus vai 
aumentando. Estima-se que 25% das 
adolescentes apresentam infecção 
pelo HPV durante o 1º ano após iniciar 
a atividade sexual, ao passar-se 3 anos 
esse percentual aumenta para 70%. 
Por isso algumas mulheres podem se 
beneficiar da vacina e outras não. 
o Além da vacina, outras medidas tem 
efeito na diminuição do risco de ter a 
doença, como usar camisinha nas 
relações sexuais; 
o Evitar o tabagismo. 
o Se as mulheres seguirem essas 
recomendações as chances de ter a 
doença diminuem muito, mas ainda 
não é zero. 
o Prevenção secundária: tem que vigiar 
o colo do útero para que identifique 
qualquer diferença logo no começo, 
esse é o objetivo do rastreamento. 
o Esse rastreamento é feito através do 
exame Papanicolau. 
o Mulheres entre 25 e 64 anos de idade 
devem fazer o exame Papanicolau. 
o Para maior segurança do diagnostico 
os dois primeiros exames devem ser 
anuais. Se o resultado estiver normal 
pode se realizar a cada 3 anos. 
o Aos 64 anos se os dois últimos exames 
estiverem normais pode suspender a 
realização do Papanicolau. 
Papanicolau 
 
o O colo do útero é a porção final, fica no 
fundo vaginal. 
 
o O médico passa uma escovinha e uma 
espátula no colo do útero para 
conseguir extrair algumas células. 
o Essas células são enviadas para 
análise em um laboratório, que vem oresultado suspeito ou não suspeito. 
o Nos casos suspeitos está indicado a 
colposcopia. 
@larissalino.enf 
 
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o Nesse exame o ginecologista com o 
auxilio de um aparelho e algumas 
substancias colocadas dentro da 
vagina consegue enxergar com mais 
detalhe todo o colo do útero, se tiver 
alguma área suspeita o médico faz uma 
biópsia mais certeira. 
o Com base nessa biópsia é feito o 
diagnóstico e assim definir o que vai ser 
feito. 
 
o Os resultados dessa biópsia que mais 
preocupam são os de câncer de colo do 
útero. 
o Normalmente é o carcinoma de células 
escamosas (+frequente) e o 
adenocarcinoma. 
Tratamento 
o Cirurgia; 
o Quimioterapia; 
o Radioterapia. 
o Depende da extensão da doença. 
o Outros diagnósticos da lesão pré-
maligna ou pré-cancerosa, chamada de 
neoplasia intraepitelial cervical (NIC). 
o Pode ser encontrado o NIC 1- lesão de 
baixo grau; NIC 2 ou 3- lesões de alto 
grau. 
o São alterações do início do problema e 
pode evoluir para o câncer de colo do 
útero. 
o O tratamento vai depender da idade da 
paciente e do tipo de NIC. Podendo ser 
desde seguimentos com coletas de 
Papanicolau mais frequentes ou 
cirurgias. 
o Em alguns casos, em especial as lesões 
de baixo grau pode haver regressão da 
doença e até normalização do 
Papanicolau. 
o O acompanhamento com o ginecologista 
é fundamental para que se evite que o 
NIC progrida e se torne um câncer. 
Curiosidade 
o Já existe uma vacina que previne mais 
de 90% dos canceres de colo do útero. 
o Protege contra 9 subtipos de HPV. 
o Não está disponível ainda no Brasil. 
o No Brasil há dois tipos de vacina para o 
HPV: a Bivalente que previne contra 
dois subtipos de HPV e é aprovada para 
mulheres a partir de nove anos e a 
Quadrivalente que além do HPV dos 
tipos 16 e 18, previne os tipos 6 e 11 e é 
recomendada para mulheres de 9 a 45 
anos e para meninos e homens de 9 a 26 
anos. 
o Essas vacinas previnem cerca de 70% 
dos casos de câncer de colo do útero. 
o A vacina quadrivalente está disponível 
gratuitamente pelo SUS. Para meninas 
de 4 a 14 anos e para meninos de 9 a 14 
anos. 
 
 
 
 
@larissalino.enf 
 
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