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968V - Direito das Sucessões - Módulo VIII

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23/08/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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MÓDULO 8.
DA PARTILHA.
Conceito:
É a divisão dos bens da herança conforme o direito hereditário dos que sucedem,
a distribuição dos bens em favor dos herdeiros.
Morto o autor da herança, seu patrimônio se transmite de imediato aos herdeiros
legítimos e testamentários. Estes recebem o patrimônio como um todo, cabendo a
cada qual uma parte ideal e indeterminada. Mas através da partilha, declara-se
qual a parte divisa, ou mesmo indivisa, que cabe a cada herdeiro.
A partilha tem como principal efeito a extinção da comunhão hereditária
que se estabeleceu, por lei, com a morte do de cujus (art. 1.784 e 1.791,
CC).
A partilha é declaratória, não atribui propriedade: o domínio do quinhão
hereditário é adquirido em virtude da morte do de cujus, e não por força da
partilha.
O espólio desaparece, e cada herdeiro recebe efetivamente sua respectiva quota.
A partilha determina cada quinhão hereditário. Mas pode haver partilha sem
divisão, como por exemplo se os herdeiros querem que a coisa fique em comum,
ou se o bem é indivisível. O condomínio continua, porém condomínio que se rege
pelas normas do direito das coisas (art. 1.314 e s., CC).
Art. 2.013 do CC: defere a qualquer herdeiro o direito de requerer a partilha,
embora isso tenha sido proibido pelo testador. Porque ninguém pode ser obrigado
a viver em condomínio (art. 1.320, CC), nem se permite ao testador impor a seus
herdeiros restrição desse alcance. A determinação de indivisão não ultrapassará o
prazo de 5 anos (art. 1.320, §2º, CC).
O fato de um ou mais herdeiros estar na posse de certos bens do espólio não
impede a partilha, salvo se da morte do proprietário houver decorrido o prazo de
15 anos, pois, neste caso, ocorreu, em favor do possuidor, a usucapião
extraordinária.
A partilha ainda pode ser requerida: pelos credores do herdeiro, que pretendem
receber seus créditos; e pelos cessionários, que, em virtude da cessão, se sub-
rogam nos direitos dos herdeiros cedentes.
Obs.: só os credores do herdeiro, e não os do de cujus, podem pedir a partilha. O
credor do de cujus pode pedir a separação dos bens para a satisfação do que lhe é
devido, mas não lhe interessa a partilha. Se esta se efetuar, sem que seja
embolsado, pode acionar cada um dos herdeiros na proporção da parte que lhe
tiver cabido.
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Espécies:
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Partilha judicial litigiosa e partilha amigável (esta pode ser judicial ou
extrajudicial).
A partilha pode ser feita em juízo, nos autos do processo de inventário; e no
cartório de notas, quando os herdeiros são capazes e há consenso.
No processo de inventário, os herdeiros apresentam plano de partilha, que,
lançado pelo partidor, é a final homologado pelo juiz, expedindo-se, a seguir, os
formais (art. 647 e s. do CPC/2015; art. 1.022 e s., CPC/1973).
Art. 2.015, CC: permite, entretanto, a partilha amigável se os herdeiros forem
maiores e capazes, e se for obedecida a forma prescrita em lei.
- Essa partilha é negócio jurídico plurilateral e advém da vontade concordante de
todos os herdeiros, que declaram seu propósito de dividir o espólio da maneira
constante do instrumento.
- Como todo negócio jurídico, a partilha amigável implica a capacidade das partes.
Partilha extrajudicial: os herdeiros devem ser maiores e capazes. Se algum for
incapaz, ainda que relativamente, não pode fazê-lo, nem mesmo assistido por seu
representante legal. A lei exige que a partilha, então, se processe judicialmente,
com a fiscalização do MP.
A partilha amigável é negócio solene, só vale se feita por escritura pública, termo
nos autos do inventário ou instrumento particular depois homologado pelo juiz.
Cf. Art. 657, CPC/2015 (art. 1.029, CPC/1973): para anular partilha amigável por
erro, dolo, coação ou incapacidade superveniente (intervenção de incapaz), o
prazo é de um ano (parágrafo único do art. 657, CPC/2015; e parágrafo único do
art. 1.029 do CPC).
A solenidade é para assegurar a autenticidade do ato e a liberdade das partes, e
chamar a atenção dos contratantes para a importância do ato.
Quando a partilha amigável versar sobre imóveis, será registrada no registro
respectivo, para estabelecer a continuidade do mesmo.
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Partilha por ato entre vivos.
Com tal partilha, o ascendente destina o seu patrimônio, definindo os quinhões de
seus sucessores.
Pode ser feita por ato entre vivos (doação, que se for de todos os bens, deve ser
com resguardo de usufruto, cf. art. 548 do CC, para a subsistência do doador) ou
por testamento.
Cf. art. 2.018 do CC ainda é possível fazer partilha o ascendente, por ato entre
vivos e de última vontade, desde que não prejudique a legítima. Deve ser esta
modalidade de partilha inserta em testamento[1].
Cf. art. 2.014, CC (s/ correspondente no CC/1916):
Pode o testador indicar os bens e valores que devem compor os quinhões
hereditários, deliberando ele próprio a partilha, que prevalecerá, salvo se o valor
dos bens não corresponder às quotas estabelecidas.
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As vantagens dessa espécie de partilha é evitar os conflitos que poderiam surgir
entre os descendentes a respeito da formação e atribuição dos quinhões, e
diminuir as despesas da partilha.
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Regras sobre a partilha.
Na partilha deve-se observar a maior igualdade possível, seja quanto ao valor,
seja quanto à natureza e qualidade dos bens.
Art. 2.017, CC – regra existente porque os quinhões dos vários herdeiros devem
ser equivalentes e porque devem se compor, dentro do possível, de bens de igual
natureza e qualidade. Assim, convém que cada herdeiro receba parte igual em
móveis e imóveis, em créditos e ações, em coisas certas e coisas duvidosas,
partilhando-se, igualmente, o bom e o ruim. Um sistema aconselhável, quando
dois são os herdeiros, é o de se ajustar que um deles comporá os quinhões, para
que o outro escolha.
A partilha procurará prevenir litígios futuros.
Para tanto, cf. doutrina, cumpre evitar a indivisão, pois o condomínio é ninho de
desavença e demandas.
É comum, para apressar o termo do processo sucessório, os herdeiros
concordarem em receber parte ideal dos imóveis do espólio, que ficam em
comum. Mas dentro do possível, tal solução deve ser evitada, para não haver
brigas.
Na distribuição dos quinhões, deve-se atender à maior comodidade dos herdeiros.
Isso no sentido de que alguns bens, embora apresentem objetivamente certo
valor, valem subjetivamente mais para alguns herdeiros do que para outros. No
aquinhoar, deve-se considerar esse fato.
Assim, a área contígua à propriedade de uma pessoa vale mais para ela do que
para os seus coerdeiros, de modo que convém atribuir-lhe tal prédio.
Quando no quinhão de qualquer dos herdeiros não couber imóvel pertencente ao
espólio, que não admita divisão cômoda, abrem-se aos herdeiros diversas vias.
1a. Deixar o prédio em condomínio, cabendo a cada condômino parte ideal,
participando cada qual, e proporcionalmente, da renda por ele produzida.
2a. Vender o imóvel, para dividir o preço. Nesse caso, segue-se o processo da
venda judicial, cf. art. 730, CPC/2015 (art. 1.113 e s. do CPC/1973), dispensando-
se a formalidade da praça ou leilão se os interessados, sendo capazes, convierem
na venda particular.
3a. Qualquer herdeiro requer a adjudicação, propondo-se tornar aos coerdeiros,
em pecúnia, a diferença entre o valor do prédio e o seu quinhão. Se mais de um
dos coerdeiros pleitear a adjudicação, o juiz ordenará que entre eles se estabeleça
licitação, saindo vencedor o autor do maior lance.
Cf. art. 2.019, CC.
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Partilha dos frutos.
O domínio da herança se transmite de imediato aos herdeiros legítimos e
testamentários. Esses têm direito às rendas e frutos produzidos por esses bens. O
acessório segue o principal.
Se os bens da herança ficam sob a posse de herdeiro após a abertura da
sucessão, tais bens, como as rendas por eles produzidas, devem ser levados ao
monte, para a final partilha.
O inventariante administra os bens da herança, e recebe rendas que não são dele,
mas do espólio, devendo, portanto, ser partilhadas aos herdeiros a quem
pertencem os bens (art. 2.020, CC).
Para que não ocorra o enriquecimento ilícito, o inventariante, os herdeiros em
posse de bens da herança ou o cônjuge sobrevivente têm direito ao reembolso
das despesas necessárias e úteis que fizeram e respondem pelo dano a que, por
dolo ou culpa, causaram (art. 2.020, CC).
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Sobrepartilha.
A sobrepartilha é uma nova partilha, sobre os bens do espólio que ainda não
foram objeto de divisão entre os herdeiros.
Quando há no espólio bens situados em lugares remotos, ou valores litigiosos, ou
bens de liquidação morosa ou difícil, a lei permite (art. 2.021, CC) seja feita a
partilha dos bens líquidos e de fácil apuração, enquanto os complexos aguardam a
sobrepartilha.
O mesmo inventariante permanecerá na sobrepartilha, salvo decisão do juiz em
sentido contrário.
Além dos bens situados em lugar remoto, de liquidação morosa e difícil, entram
na sobrepartilha os sonegados, bem como outros que se descobrirem depois da
partilha.
Entre estes, deve-se incluir a área muito maior de prédio já partilhado, por
exemplo.
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Dos quinhões hereditários e de sua garantia.
A partilha extingue a comunhão que existe desde a abertura da sucessão entre os
herdeiros. Faz com que o direito de cada um deles, que até então era sobre parte
ideal do todo, fique circunscrito aos bens de seu quinhão (art. 2.023, CC).
Vimos que a partilha tem efeito declaratório. Os bens atribuídos ao herdeiro, na
partilha, já se encontravam em seu patrimônio desde a morte do de cujus. Mas só
com a partilha o direito do herdeiro passa a recair exclusivamente sobre os bens
que compõem o seu quinhão.
O formal de partilha, quando forem partilhados bens imóveis, será registrado no
Registro de Imóveis.
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Com a partilha, alcança-se a igualdade. É por isso que, se algum herdeiro sofre
evicção e por isso desfalque em seu quinhão, os demais devem indenizar o
prejuízo, a fim de restabelecer a igualdade (art. 2.024, CC).
Art. 2.025, CC: “A indenização não será devida se os herdeiros convencionarem
em contrário, assumindo cada qual, individualmente, os riscos da evicção, como
também se a evicção se deu por culpa do evicto que, por exemplo, deixou a ação
de reivindicação correr a revelia, ou não se valeu dos meios adequados para a
defesa de seu direito”[2]. O mesmo art. 2.025 do CC declara ainda não haver
responsabilidade dos coerdeiros se a evicção ocorreu por fato posterior à partilha.
Art. 2.026, CC: A indenização será paga pelos coerdeiros na proporção de suas
quotas hereditárias. Mas se à época de sua liquidação algum dos herdeiros se
achar insolvente, a quota deste último será rateada proporcionalmente por todos,
inclusive pelo evicto.
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Nulidade, anulabilidade e rescisão da partilha.
A partilha, como todo negócio jurídico, pode ser absolutamente nula, ou
meramente anulável.
- Anulável: agente é relativamente incapaz, ou há vícios do art. 171, II.
- Nula: incapacidade absoluta do compartilhante e pelas causas do art. 166.
- art. 2.027, CC/02: a partilha, uma vez feita e julgada, só é anulável pelos vícios
e defeitos que invalidam, em geral, os negócios jurídicos.
Parágrafo único – extingue-se em um ano o direito de anular a partilha.
** O CC/02 só previu o caso de partilha ser anulável, sendo o prazo de 1 ano para
o exercício do direito de anular.
Mas a partilha pode ser anulável ou nula.
A matéria está regulada no CPC, art. 657 e 658 do CPC/2015 (art. 1.029 e 1.030
do CPC/1973) – o 1o. art. trata da anulação da partilha amigável por vício de
vontade ou intervenção de incapaz (partilha anulável por incapaz, ou por erro,
dolo ou coação – prazo de 1 ano para propor ação anulatória. Obs.: se for
incapaz, o prazo corre não do dia em que o negócio jurídico se realizou, mas da
data em que cessar a incapacidade. Se for coação, o prazo corre da data em que
cessar a coação. Se for por erro ou dolo, o prazo de 1 ano corre da data em que
se realizou o negócio jurídico); o 2o. trata da rescindibilidade da partilha julgada
por sentença e levada a efeito a despeito de conter em seu bojo não só os
defeitos acima apontados como aqueles de maior gravidade.
Cf. art. 658, CPC/2015 (art. 1.030 do CPC/1973): é rescindível a partilha julgada
por sentença:
I. Nos casos mencionados no art. 657 (CPC/2015).
II. Se feita com preterição de formalidades legais.
III. Se preteriu herdeiro ou incluiu quem não o seja.
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Trata-se nesse caso de ação rescisória de partilha, que cabe àqueles que foram
parte no inventário. O prazo é de 2 anos de decadência, contados do trânsito em
julgado da última decisão proferida no processo (art. 975, CPC/2015; art. 495 do
CPC/1973). O prazo é de um ano nos casos do art. 657 do CPC/2015 (1.029 do
CPC/1973), repetido no art. 2.027, parágrafo único, do CC.
Mas isso só diz respeito a quem participou do inventário. Se algum interessado
não participou do inventário e foi prejudicado na partilha, como no caso de
herdeiro dela afastado injustamente, tem ele ação de petição de herança, cujo
caráter reivindicatório é incontestável.
Obs.: a ação de petição de herança ou de nulidade da partilha só compete
a quem não foi parte no inventário, pois se o prejudicado dele participou,
só lhe cabem as ações referidas nos art. 657 e 658 do CPC/2015 (art.
1.029 e 1.030 do CPC/1973) – anulatória, se a partilha foi amigável; e
rescisória, se judicial.
O prazo de prescrição da ação de nulidade do herdeiro que não foi parte
na partilha é de 10 anos (art. 205 do CC/2002).
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Das colações.
Conceito.
Colação é ato de retorno ao monte das liberalidades feitas pelo de cujus, antes de
sua morte, a seus descendentes.
Finalidade: igualar a legítima desses herdeiros e do cônjuge sobrevivente.
Cf. art. 2002 e 2003 do CC/02. Os descendentes do autor da herança devem
colacionar as doações que dele receberam.
Cf. a lei, as doações de ascendentes a descendentes são adiantamento da legítima
(art. 544, CC), de modo que os descendentes devem conferir as liberalidades (o
adiantamento da legítima). Os bens colacionados vão integrar a herança,
permitindo que se proceda com igualdade.
Obs.: a colação não traz o bem para o espólio nem aumenta a parte disponível do
testador. As liberalidades já foram feitas, já constituem negócios jurídicos
perfeitos, que produziram seus efeitos legais. Apenas são conferidas para apurar-
se o seu valor à época da doação (art. 2.004, CC).
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Fundamento da colação.
A colação visa alcançar a igualdade entre os descendentes, o que é a vontade
presumida do autor da herança. A lei presume que o donatário recebe antecipação
da herança. Deve trazer ao monte ou descontá-la do seu quinhão, ao abrir-se a
sucessão.
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Das pessoas que devem colacionar.
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São os descendentes(art. 2.002, CC). Eles devem colacionar as doações que
receberam, ao serem chamados à sucessão, por direito próprio; e devem conferir
as doações recebidas por seu representado, se chamados a suceder por direito de
representação.
O art. 2.009, CC, impõe aos netos que representarem seus pais na sucessão de
seu avô o dever de trazer à colação o que os mesmos deviam conferir.
O representante recebe tudo o que o representado receberia, mas apenas o que
ele receberia (art. 1.854, CC). E se o neto fosse dispensado de conferir as
doações recebidas por seu pai, seu quinhão na herança do avô excederia ao que
cabe a seu pai.
O neto não precisa colacionar, na sucessão do avô, as liberalidades recebidas pelo
neto do avô, mesmo quando o suceda representando seu pai pré-morto.
Art. 2.002, CC: para igualar as legítimas, os descendentes devem conferir o valor
das doações que receberam em vida do ascendente.
Mas o parágrafo único do art. 2.005 prevê: presume-se imputada na parte
disponível a liberalidade feita a descendente que, ao tempo do ato, não seria
chamado à sucessão na qualidade de herdeiro necessário.
Ex.: se na época em que era vivo seu pai, um neto recebe doação do avô, não
terá de trazer o valor da doação à colação se, futuramente, for chamado à
sucessão do avô, pois, na ocasião em que a doação foi feita, esse neto não seria
chamado, na qualidade de herdeiro necessário, à sucessão do doador.
Conforme art. 2.003 do CC, a colação visa igualar as legítimas dos descendentes e
do cônjuge sobrevivente. Mas o art. 2.002 afirma que só estão obrigados a
conferir o valor das doações os descendentes. Portanto, não estão mencionados,
ficando livres da colação, os ascendentes e o cônjuge sobrevivente, que também
são herdeiros necessários (art. 1.845, CC).
Mas pela interpretação sistemática, o cônjuge deve colacionar (deve trazer à
colação o valor da doação que recebeu). Porque o art. 544 do CC diz que a doação
de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa
adiantamento do que lhes cabe por herança.
Ainda devem conferir o que recebeu doação excedente à quota disponível e depois
renunciou à herança, ou foi dela excluído por indignidade (art. 2.008).
Art. 2.007 – são sujeitas à redução as doações em que se apurar excesso quanto
ao que o doador poderia dispor, no momento da liberalidade.
No caso de a doação ser feita a descendentes e ao cônjuge, está sujeita à colação,
para igualar as legítimas (art. 544 e 2.002).
Se a doação é feita a herdeiro ou a pessoa estranha, não pode exceder ao que o
doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento (art. 549 e
2.007), bem como serão reduzidas ao limite legal as disposições testamentárias
que excederem à parte disponível do testador (art. 1.967).
- Apura-se o excesso na doação inoficiosa com base no valor que os bens doados
tinham no momento da liberalidade (art. 2.007, §1o.).
No caso de colação, a regra não é a conferência em espécie, mas em valor.
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Os donatários têm de conferir o valor das doações que receberam do de cujus
(art. 2.002), e esse valor será aquele, certo ou estimativo, que lhes atribuir aos
bens o ato de liberalidade (art. 2.004, CC).
A colação se faz pela imputação do valor das doações na quota hereditária do
descendente ou do cônjuge sobrevivente.
- Para a redução da liberalidade, o sistema do art. 2.007, §2o., CC, é diferente:
a restituição ao monte do excesso deve ser feita em espécie, ou, se o bem não
mais existir em poder do donatário, em dinheiro, segundo o seu valor ao
tempo da abertura da sucessão.
Doação feita a herdeiros necessários: a redução da liberalidade é a da parte que
exceder a legítima e mais a quota disponível.
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Dispensa da colação.
Há liberalidades que não precisam ser conferidas, por determinação do testador
ou por força de lei.
Ex.: doações que o testador de sua metade disponível (art. 2.005) – porque a lei
faculta ao testador dispor livremente da metade de seus bens.
A dispensa da colação é ato formal que só ganha eficácia se efetuada por
testamento, ou no próprio título da liberalidade (art. 2.006).
Na escritura de doação, o doador declara que a liberalidade não precisa ser
conferida, fica incluída em sua quota disponível. Se a deliberação do doador, de
dispensar a colação, for posterior à doação, a dispensa deve ser colocada no
testamento.
Art. 2.010, CC: A lei dispensa da colação os gastos ordinários do ascendente com
o descendente, enquanto menor, na sua educação, estudos, sustento, vestuário,
tratamento nas enfermidades, enxoval e despesas de casamento, ou as feitas no
interesse de sua defesa em processo-crime.
A dispensa só se refere aos descendentes menores.
Art. 2.011 – as doações remuneratórias não estão sujeitas à colação. Porque tais
doações não são liberalidades, mas contraprestação por favores recebidos do
donatário.
________________//_____________
Da abrangência da colação.
Art. 2.004, §2o, CC: A colação só abrange os bens doados, não alcança as
benfeitorias, pois são acessórios do principal, pertencem ao herdeiro, assim como
os rendimentos ou lucros, e os danos e perdas que eles sofrerem.
Se a coisa perece sem culpa do beneficiado, não está sujeito a conferir-lhe o valor
no inventário: presume-se que ocorreria o perecimento mesmo que a doação não
houvesse ocorrido. Mas se culposa a perda, subsiste a obrigação de colacionar o
valor da coisa ou a sua estimativa.
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Ainda, devem ser colacionados os gastos de sustento feitos com filhos maiores, cf.
vimos. Cf. interpretação a contrario sensu do art. 2.010.
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CC/2002, art. 2.004 estabelece que o valor de colação dos bens doados
será aquele, certo ou estimativo, que lhes atribuir o ato de liberalidade.
Obs.: O CPC/2015 determina, no art. 639, parágrafo único (art. 1.014, parágrafo
único do CPC/1973), que a colação fosse feita pelo valor que os bens tinham à
época da abertura da sucessão.
Cf. art. 2.003, parágrafo único, do CC: se, computados os valores das doações
feitas em adiantamento de legítima, não houver no acervo bens suficientes para
igualar as legítimas dos descendentes e do cônjuge, os bens assim doados serão
conferidos em espécie, ou, quando deles já não disponha o donatário, pelo seu
valor ao tempo da liberalidade.
Se a colação é feita em valor, imputa-se o valor do bem doado na quota
hereditária do herdeiro donatário.
___________//____________
Doação feita por ambos os cônjuges. Doação feita a um casal.
Art. 2.012, CC:
Sendo feita a doação por ambos os cônjuges, no inventário de cada um se
conferirá por metade.
Porque a liberalidade se presume efetuada metade por um e metade por outro
cônjuge.
Na doação feita conjuntamente aos cônjuges, o filho deve conferir a metade do
valor da coisa doada – porque só a metade beneficia o filho. E genro ou nora não
precisam colacionar.
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DOS SONEGADOS.
O inventariante deve prestar as primeiras declarações, arrolando os bens do
espólio e descrevendo aqueles que se encontram em seu poder.
Os herdeiros devem declarar quais os bens que têm em seu poder ou os que, com
ciência sua, estejam em mãos de outrem. Devem ainda colacionar as doações
recebidas em vida do de cujus, para igualar a legítima dos herdeiros necessários.
E devem restituir tais bens, para que sobre o monte completo se proceda à
partilha.
Se herdeiros ou inventariante deixarem, dolosamente, de cumprir esse dever,
praticam a sonegação.
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Conceito.
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É o desvio doloso de bens[3] que deviam entrar na partilha, mas não foram
descritosou restituídos pelo inventariante ou por herdeiro, ou não foram trazidos
à colação pelo herdeiro.
Além do ilícito civil de sonegação, cabe a pena criminal pelo delito de apropriação
indébita.
Há presunção juris tantum de dolo (e portanto de sonegação) se não ocorre a
colação, a restituição ou a declaração de bens. O suposto sonegador pode provar
que não houve dolo se sua parte.
____________//____________
A pena de sonegados pode ser aplicada a todos os que puderem ocultar bens
do espólio:
a. Herdeiro que não descrever bens da herança no inventário, quando estejam em
seu poder, ou, com ciência sua, no de outrem, ou que os omitir na colação, ou o
que deixar de restituí-los.
b. Inventariante que não declarar bens de que tenha ciência, ou que não devolver
bens que tenha em seu poder; ou o inventariante que, sendo herdeiro, deixar de
colacionar.
c. Testamenteiro que não declarar bens, ou deixar de restituí-los, e, ainda, aquele
que, sendo herdeiro, não colacionar bens.
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Penalidades ao sonegador:
1. Remoção do cargo de inventariante.
2. O testamenteiro é destituído da testamentaria e perde o direito à vintena.
3. Perda da parte que lhe cabe no objeto sonegado.
4. Se o bem sonegado não mais se encontrar no patrimônio do sonegador, por já
o ter alienado ou perdido, será este responsável pelo pagamento do seu valor,
mais as perdas e danos (art. 1.995, CC).
Obs.: Se o sonegador for inventariante, perde a inventariança. Se além de
inventariante for herdeiro, perde também seu quinhão no objeto sonegado.
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Quando se caracteriza a sonegação.
No momento em que, devendo declarar se há bens a partilhar, o interessado, que
os tem em mãos, ou que sabe onde eles se encontram, ou que os deve conferir,
mantém-se silente.
A má-fé do herdeiro pode se caracterizar desde logo, nas primeiras declarações.
Age de má-fé o herdeiro que concorda com o esboço de partilha em que não há os
bens que deveriam ter sido trazidos à colação.
Ao contrário do que ocorre com o inventariante, a lei não fixa um limite de tempo
para o herdeiro declarar se sabe ou não da existência de outros bens para
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inventário.
Assim, qualquer ato seu que revele o propósito de esconder bens do espólio será
sonegação.
O art. 1.996 do CC fixa o momento em que se caracteriza a malícia do
inventariante: após a descrição dos bens, com a declaração, feita pelo
inventariante, de não existirem outros por inventariar (momento das últimas
declarações).
Mas se o inventariante desde logo declara não existirem outros bens, quando tem
conhecimento da existência deles, não há necessidade de se aguardar o momento
das últimas declarações para se arguir sua má-fé. Do mesmo modo, se após as
últimas declarações justifica razoavelmente sua afirmação de não existirem mais
bens a inventariar, quando os havia, não deve o juiz puni-lo, pois sem dolo não há
sonegação.
___________//__________
Da ação de sonegados.
A lei manda que a pena de sonegados só seja imposta em sentença em ação
movida pelos herdeiros, ou pelos credores da herança (art. 1.994, CC).
A ação de sonegados, conforme César Fiuza, prescreve em 10 anos, nos
termos do art. 205 do Código Civil[4].
É matéria muito relevante, que não pode ser decidida no juízo do inventário. A
ação de sonegados tem procedimento comum.
A destituição do inventariante, ou a perda do prêmio do testamenteiro, só pode
ser decretada após a sentença que julgar procedente a ação de sonegados. Mas,
em muitos casos, quando o juiz se convence de ser altamente provável o fato
arguido contra o inventariante, poderá desde logo ordenar sua remoção, com base
no art. 622, VI c.c/ art. 623 do CPC/2015 (art. 995, VI, c.c/ art. 996 do
CPC/1973).
Este art. 623 do CPC/2015 determina que será o inventariante intimado para, no
prazo de 15 dias (o prazo era de 5 dias no CPC/1973, art. 996), defender-se e
produzir provas. Se não o fizer, ou se o juiz não se convencer de sua boa razão,
poderá removê-lo.
___________//_____________
DO PAGAMENTO DAS DÍVIDAS.
O patrimônio do devedor responde por suas dívidas.
A herança é o acervo de bens que constitui o patrimônio do finado, devendo,
então, responder por seus débitos.
O patrimônio transmissível aos herdeiros do de cujus é apenas o saldo entre o seu
ativo e o seu passivo: para se apurar o montante da herança, aquilo que será
objeto da sucessão, é necessário antes apurar as dívidas, para resgatá-las. Sobre
este ativo incidem os impostos sucessórios.
____________//____________
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn4
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Responsabilidade do espólio e dos herdeiros.
Art. 1.997, 1a. parte, CC: Antes da partilha, o acervo total deixado pelo de cujus
responde pelas dívidas.
Após a partilha, a herança, o espólio, desaparece. E os credores podem exigir dos
herdeiros, proporcionalmente, o pagamento dos créditos (art. 1.997, 2a. parte).
Herdeiros são sucessores a título universal, que, com as forças da herança,
respondem pelas dívidas deixadas pelo de cujus, na proporção de seus quinhões.
Obs.: se após a partilha algum dos herdeiros se torna insolvente, não pode
agravar a condição dos coerdeiros, de modo que, dívidas não cobradas serão
prejuízo sofrido pelo credor, negligente, que demorou em cobrar (exceto em caso
de dívida indivisível).
________________//__________
Das dívidas da herança. A habilitação e o pagamento dos créditos.
Aberto o inventário, os credores do espólio, por petição instruída com a prova do
crédito, pedem ao juiz que, ouvidos os interessados, seja determinado o
pagamento, ou ordenada a separação de bens suficientes para o resgate dos
créditos de que são titulares.
Matéria tratada nos art. 642 e s. do CPC/2015 (art. 1.017 e s. do CPC/1973).
Quando os interessados estão de acordo e há dinheiro no monte, é feito o
pagamento. Se não houver dinheiro, separam-se bens em quantidade necessária
para o passivo, de preferência móveis e semoventes, e só excepcionalmente
imóveis. Tais bens serão vendidos em praça, observadas as regras de execução de
sentença (art. 642, §3º, CPC/2015; art. 1.017, §3º, CPC/1973), usando-se o
produto para o pagamento.
Não havendo concordância, cumpre ao credor recorrer aos meios ordinários, em
que procederá à cobrança daquilo que acredita ser-lhe devido.
- A impugnação do crédito por herdeiro não precisa ser fundamentada, pois a lei
determina que o pagamento só será ordenado nos autos do inventário quando
houver acordo expresso de todos os interessados (art. 642, §2o. e 643 do
CPC/2015; 1.017, §2o e 1.018 do CPC).
O herdeiro não teria interesse em se opor ao pagamento de uma dívida
verdadeira, porque sua oposição lhe seria inútil e meramente dilatória.
Cf. 1.997, §1o. do CC e 643, parágrafo único do CPC/2015 (art. 1.018, parágrafo
único do CPC/1973): em caso de impugnação que não se funde na alegação de
pagamento, acompanhada de prova valiosa, o juiz mandará reservar, em mãos do
inventariante, bens suficientes para solução dos débitos.
Assim, não têm vantagem os herdeiros que impugnam sem razão o crédito.
Obs.: O credor que obtém a reserva de bens para pagamento de seu crédito deve
em 30 dias propor a cobrança judicial, sob pena de perder efeito aquela
providência (art. 1.997, §2o. do CC).
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Para evitar que a inércia do credor prejudique o herdeiro, este tem direito a um
pronunciamento relativamente célere, sobre se procede ou não a impugnação,
para se proceder à partilha sobre os bens reservados, se for o caso. E não pode
ficar à mercê do credor, esperando que ele cobre.
Outro casode separação na sucessão: art. 2.000 do CC – ocorre que aqui,
embora se vise igualmente à proteção dos credores, trata-se não de separação de
bens, mas de separação de patrimônios.
Cf. o art., os legatários e os credores da herança podem exigir que do patrimônio
do falecido se discrimine o do herdeiro, para que, no concurso entre os credores
do espólio e os do herdeiro, prefiram-se os primeiros, no pagamento.
Se houvesse confusão entre o patrimônio do herdeiro insolvente e a herança
solvente, o total conjunto não seria suficiente para pagar, integralmente, os
credores daquele e desta. Nesse caso, teria que se fazer o rateio, obviamente
prejudicial aos credores do monte. Para evitar tal prejuízo, a lei dá aos legatários
e credores do monte o direito de impedir que os patrimônios se confundam, até
haverem eles sido pagos.
Não há herança enquanto houver dívidas, ou seja, a herança transmissível aos
herdeiros do de cujus é o seu ativo após dedução do passivo. Assim, justo
permitir aos credores do espólio que exijam permaneça este separado do
patrimônio do herdeiro, até apurar-se qual o efetivo montante que deverá
incorporar-se ao patrimônio do herdeiro, o que será verificado após o pagamento
dos legados e dos débitos.
Os credores da herança têm preferência sobre os credores do herdeiro, porque os
credores do herdeiro só terão direito àquilo que se incorporar ao patrimônio do
herdeiro.
______________//___________ 
Despesas funerárias.
São as despesas com o funeral e todos os gastos diretamente derivados de sua
morte: médicos, remédios e hospitais, relativos à enfermidade de que faleceu o de
cujus; gastos com o enterro (transporte do corpo, publicidade fúnebre, compra do
terreno em cemitério); de sufrágio pela alma do finado, ordenados em testamento
ou codicilo.
Tais despesas são dívidas do espólio, haja ou não herdeiros legítimos (art. 1.998,
CC).
Gastos exorbitantes prejudicam herdeiro e Fazenda.
O juiz ao julgar se as despesas são ou não moderadas deve ter em vista a
condição social do falecido.
As missas em sufrágio da alma do finado só obrigarão ao espólio se ordenadas em
testamento ou codicilo.
____________//________________
Do herdeiro devedor do espólio.
Sua dívida não é imputada em seu quinhão, como na compensação, porque, se tal
ocorresse, sendo o herdeiro devedor solvável, experimentaria ele um benefício em
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face de seus coerdeiros, principalmente se o espólio tivesse débitos menos
seguros.
O art. 2.001 do CC determina que a dívida do herdeiro para com o espólio será
partilhada igualmente entre todos; apenas, a regra tem caráter dispositivo, pois
pode ser ilidida por decisão da maioria dos herdeiros em sentido contrário, de se
imputar no quinhão do herdeiro-devedor a importância por ele devida.
“Devemos entender que é a maioria dos ‘quinhões’ hereditários. Quem recebe
maior porção hereditária terá mais peso na decisão”[5].
 
[1] Silvio de Salvo Venosa, Código Civil Interpretado, 2ª ed., Ed. Atlas, p. 2.081.
[2] Silvio Rodrigues, Direito Civil. Direito das Sucessões. Vol. 7. 26ª ed. Editora
Saraiva, 2007, p. 302.
[3] Bens não apresentados são chamados bens sonegados.
[4] In Direito Civil Completo, Editora Del Rey, 2006, p. 1.065.
[5] Silvio de Salvo Venosa (Código Civil Interpretado, 2ª ed. Ed. Atlas, 2011, p.
2068). No mesmo sentido, Silvio Rodrigues (Direito Civil. Direito das Sucessões.
Vol. 7. 26ª ed. Editora Saraiva, p. 337).
Exercício 1:
Considere as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Morto o autor da herança, seu patrimônio se transmite de imediato aos
herdeiros legítimos e testamentários, que recebem o patrimônio como um todo,
cabendo a cada qual uma parte ideal e indeterminada.
II. Através da partilha, declara-se qual a parte divisa, ou mesmo indivisa, que
cabe a cada herdeiro. A partilha tem como principal efeito a extinção da
comunhão hereditária que se estabeleceu, por lei, com a morte do de cujus.
III. A partilha determina cada quinhão hereditário, não podendo haver partilha
sem divisão. O condomínio se extingue necessariamente com a partilha.
Pode-se afirmar que:
A)
Somente I e II são corretas.
B)
Somente II e III são corretas.
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http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref1
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref2
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref3
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref4
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C)
Somente I e III são corretas.
D)
Todas são corretas.
E)
Nenhuma das proposições acima é correta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
Assinale a alternativa incorreta:
A)
Sonegados são os bens que deviam entrar na partilha, porém foram dolosamente
dela desviados, por não terem sido descritos ou restituídos pelo inventariante ou
por herdeiro, ou por este último não os haver trazido à colação.
B)
A sonegação pode levar à pena criminal pelo delito de apropriação indébita.
C)
O sonegador pode provar que não agiu dolosamente, para se eximir da
penalidade.
D)
Está sujeito à pena por sonegação o herdeiro que sonegar bens da herança, não
os descrevendo no inventário, quando estejam em seu poder, ou, com ciência sua,
no de outrem, ou que os omitir na colação, ou o que deixar de restituí-los, quando
deva fazê-lo.
E)
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O inventariante que deixar de declarar bens de que tenha ciência, ou que deixar
de devolver os que tenha em seu poder, não fica sujeito à pena por sonegação.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 3:
A lei dispensa da colação os gastos:
 
A)
Do ascendente com o descendente, independentemente da idade do descendente,
na sua educação, estudos e sustento.
B)
Com as doações remuneratórias.
C)
Com as doações puras.
D)
Com doações feitas a descendentes casados.
E)
Do ascendente com o descendente, independentemente da idade do descendente,
com vestuário, tratamento nas enfermidades e as despesas efetuadas no
interesse de sua defesa em processo-crime.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 4:
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Na partilha extrajudicial os herdeiros devem ser maiores e capazes. É correto
afirmar que:
A)
Se algum herdeiro for relativamente incapaz, pode fazê-lo assistido por seu
representante legal.
B)
A lei exige, diante da incapacidade, ainda que relativa, que a partilha se processe
judicialmente, com a fiscalização do MP.
C)
A partilha amigável é negócio solene, só vale se feita por termo nos autos do
inventário.
D)
Caso haja herdeiro absolutamente incapaz, pode assinar a partilha extrajudicial
representado por seu representante legal.
E)
A partilha extrajudicial só é solene se houver herdeiro incapaz.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 5:
O inventariante administra os bens da herança. No desempenho dessa função,
A)
Recebe as rendas dos bens sob a sua posse, incorporando-as ao seu patrimônio,
até entregá-los aos herdeiros.
 
B)
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Guarda o inventariante as rendas de bens quenão são dele, mas do espólio,
devendo, portanto, ser partilhadas aos herdeiros a quem pertencem os bens.
C)
O inventariante, os herdeiros em posse de bens da herança ou o cônjuge
sobrevivente não têm direito ao reembolso das despesas necessárias e úteis que
fizeram.
D)
Inventariante não responde pelo dano a que, por dolo ou culpa, causou aos bens
sob a sua posse.
E)
O inventariante deve ser reembolsado das benfeitorias que realizar nos bens sob
a sua posse, qualquer que seja a espécie da benfeitoria, sob pena de
enriquecimento ilícito do herdeiro, à custa do inventariante.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
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Exercício 6:
Assinale a alternativa incorreta:
A)
Qualquer herdeiro pode requerer a partilha, ainda que tal atitude tenha sido
proibida pelo testador.
 
B)
O direito de requerer a partilha existe porque ninguém pode ser obrigado a viver
em condomínio.
C)
Não se permite ao testador impor a seus herdeiros restrição ao direito de requerer
a partilha.
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D)
A determinação de indivisão da herança não ultrapassará o prazo de 5 anos.
E)
O fato de um ou mais herdeiros estar na posse de certos bens do espólio impede
a partilha, ainda que não tenha decorrido o prazo para a usucapião extraordinária.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 7:
Examine as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
O inventariante deve prestar as primeiras declarações, arrolando os bens do
espólio e descrevendo aqueles que se encontram em seu poder; os herdeiros
devem declarar quais os bens que têm em seu poder ou os que, com ciência sua,
estejam em mãos de outrem. Devem ainda colacionar as doações recebidas em
vida do de cujus, para igualar a legítima dos herdeiros necessários. E devem
restituir tais bens, para que sobre o monte completo se proceda à partilha.
PORQUE
Se herdeiros ou inventariante deixarem, dolosamente, de cumprir esse dever,
praticam a sonegação.
Pode-se afirmar que:
 
A)
As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira.
C)
Somente a primeira proposição é correta.
D)
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Somente a segunda proposição é correta.
E)
As duas proposições são incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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Exercício 8:
Analise as proposições abaixo:
I. Sonegação é o desvio doloso de bens que deviam entrar na partilha, mas não
foram descritos ou restituídos pelo inventariante ou por herdeiro, ou não foram
trazidos à colação pelo herdeiro.
II. Além do ilícito civil de sonegação, cabe a pena criminal pelo delito de
apropriação indébita.
III. Há presunção juris tantum de dolo (e portanto de sonegação) se não ocorre a
colação, a restituição ou a declaração de bens. O suposto sonegador pode provar
que não houve dolo de sua parte.
IV. A pena de sonegados pode ser aplicada a todos os que puderem ocultar bens
do espólio: herdeiro que não descrever bens da herança no inventário, quando
estejam em seu poder, ou, com ciência sua, no de outrem, ou que os omitir na
colação, ou o que deixar de restituí-los; inventariante que não declarar bens de
que tenha ciência, ou que não devolver bens que tenha em seu poder; ou o
inventariante que, sendo herdeiro, deixar de colacionar; testamenteiro que não
declarar bens, ou deixar de restituí-los, e, ainda, aquele que, sendo herdeiro, não
colacionar bens.
São corretas:
 
A)
Somente I, II e III.
B)
Somente I e II.
C)
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Somente III e IV.
D)
Somente II e IV.
E)
Todas as proposições.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 9:
Quanto à sobrepartilha, assinale a alternativa incorreta:
 
A)
 A sobrepartilha é uma nova partilha, sobre os bens do espólio que ainda não
foram objeto de divisão entre os herdeiros.
B)
 Quando há no espólio bens situados em lugares remotos, ou valores litigiosos, ou
bens de liquidação morosa ou difícil, é permitido seja feita a partilha dos bens
líquidos e de fácil apuração, enquanto os complexos aguardam a sobrepartilha.
C)
 O mesmo inventariante permanecerá na sobrepartilha, salvo decisão do juiz em
sentido contrário.
D)
 Além dos bens situados em lugar remoto, de liquidação morosa e difícil, entram
na sobrepartilha os sonegados, bem como outros que se descobrirem depois da
partilha.
E)
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Não pode ser incluída na sobrepartilha a área que se descobre ser muito maior, de
prédio já partilhado.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
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Exercício 10:
Considere as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:
 
I. Para evitar prejuízo, a lei confere aos legatários e credores do monte o direito
de impedir que os patrimônios do espólio e dos herdeiros se confundam, até
haverem eles sido pagos.
II. Não há herança enquanto houver dívidas, ou seja, a herança transmissível aos
herdeiros do de cujus é o seu ativo após dedução do passivo.
III. Os credores do espólio podem exigir que permaneça o espólio separado do
patrimônio do herdeiro, até apurar-se qual o efetivo montante que deverá
incorporar-se ao patrimônio do herdeiro, o que será verificado após o pagamento
dos legados e dos débitos.
IV. Os credores da herança têm preferência sobre os credores do herdeiro, porque
os credores do herdeiro só terão direito àquilo que se incorporar ao patrimônio do
herdeiro.
 
É (são) correta(s):
 
A)
Somente I, II e III.
B)
Somente I e III.
C)
Somente II e IV.
D)
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Todas as proposições.
E)
Nenhuma das proposições.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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Exercício 11:
Assinale a alternativa incorreta quanto às dívidas da herança e à
habilitação e o pagamento dos créditos.
 
A)
Aberto o inventário, os credores do espólio, por petição instruída com a prova do
crédito, pedem ao juiz que, ouvidos os interessados, seja determinado o
pagamento, ou ordenada a separação de bens suficientes para o resgate dos
créditos de que são titulares.
B)
Quando os interessados estão de acordo e há dinheiro no monte, é feito o
pagamento aos credores do espólio.
C)
Se não houver dinheiro para que se efetue o pagamento aos credores do espólio,
separam-se bens em quantidade necessária para o passivo, de preferência
imóveis.
D)
Não havendo concordância entre os interessados, para o pagamento aos credores
do espólio, cumpre aos credores recorrer aos meios ordinários, em que
procederão à cobrança daquilo que acreditam ser-lhes devido.
E)
A impugnação do crédito por herdeiro não precisa ser fundamentada, pois a lei
determina que o pagamento só será ordenado nos autos do inventário quando
houver acordo expresso de todos os interessados.
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
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Exercício 12:
Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
 
Os legatários e os credores da herança podem exigir que do patrimônio do
falecido se discrimine o do herdeiro, para que, no concurso entre os credores do
espólio e os do herdeiro, prefiram-se os primeiros, no pagamento.
 
PORQUE
 
Se houvesse confusão entre o patrimônio do herdeiro insolvente e a herança
solvente, o total conjunto não seria suficiente para pagar, integralmente, os
credores daquele e desta - nesse caso, teria que se fazer o rateio, obviamente
prejudicial aos credores do monte.
 
Pode-se afirmar que:
 
A)
 As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira.
B)
As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira.
C)
Somente a primeira proposição é correta.
D)
Somente a segunda proposição é correta.
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E)
As duas proposições são incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
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