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Profa. Ms. Josely de Abreu Vitor Câmara Sistema Digestório Profa. Dra. Ana Maria Barbosa 3 Cavidade bucal Bucal Cavidade bucal É a maior porção interna, sendo o espaço entre os dentes, onde fica a língua. Delimitada por 6 paredes, sendo comparada a um cubo. Sendo elas: parede anterior, superior, laterais, posterior e inferior. A menor porção externa é denominada vestíbulo. Vestíbulo: situa-se entre as bochechas e os lábios, de um lado, e do outro lado, os dentes e os processos alveolares da maxila e da mandíbula. Cavidade Bucal Estrutura das glândulas salivares São 3 pares de glândulas sublinguais, submandibulares e parótidas. Secretam a saliva. Localizam-se no interior e também em torno da cavidade bucal. Glândulas parótidas: são compostas por células serosas que têm uma secreção aquosa, rica em íons e enzimas. Cavidade Bucal Estrutura das glândulas salivares Glândulas submandibulares e sublinguais: conhecidas como glândulas mistas, que secretam tanto íons e enzimas de forma líquida quanto muco ou proteínas conhecidas como mucinas. A presença de alimento na cavidade bucal, sua visão e seu cheiro estimulam as glândulas salivares a secretar saliva. Saliva é um líquido alcalino (pH 7,0 ou levemente ácido). Para que o alimento seja digerido já na boca com há a ação da amilase salivar ou pitialina, lipase lingual e mucina, as glândulas salivares devem estar ativas, facilitando o caminho do alimento pelo esôfago. Cavidade Bucal Mucina Glicoproteína, principal proteína da saliva que dá viscosidade na formação facilitando a deglutição. Age como um lubrificante da cavidade oral, e esta lubrificação é essencial também para a fala e para diminuir o atrito dentro a boca. Em excesso, facilita a aderência de restos alimentares e bactérias sobre a língua e nos espaços entre os dentes favorecendo a instalação do mau hálito. Cavidade Bucal Glândula salivar: As células serosas secretam um material viscoso com função protetora e lubrificante. Glândulas salivares são controladas pelo sistema nervoso autônomo, quando ocorrem lesões nos nervos faciais e glossofaríngeo, pode aparecer a xerostomia, que é a sensação de "boca seca". Cavidade Bucal Xerostomia: ocorre por inúmeros fatores como: Estresse excessivo e prolongado. Doenças: Síndrome de Sjögren, Diabetes Mellitus, CA e como consequência da radioterapia de cabeça e pescoço. Ingestão prolongada de medicações específicas, diminuem a produção de saliva como efeito colateral. Estima-se que existam mais de 400 medicações que podem causar a hipossalivação (antidepressivos, antialérgicos, calmantes, diuréticos e anti-hipertensivos). Cavidade Bucal Funções da saliva: No trato digestório tem a função de iniciar a digestão na própria cavidade bucal. Incluem a digestão de amido (amilase salivar) e dos lipídios (lipase) pela ação das enzimas salivares. Atua na diluição do alimento ingerido e na lubrificação desse, favorecendo seu caminho pelo esôfago. Tem a função imune que está relacionada à secreção de imunoglobulinas A (IgA), garantindo à cavidade bucal a relevante função imunológica, diminuindo o aparecimento de cáries. Cavidade Bucal Tumores de glândula parótida Não é tão comum, apenas 6 a 8% de todos aqueles localizados na região da cabeça e pescoço. Incidência média de 2,5 a 3 casos por 100.000 habitantes/ano. Não há um fator específico definitivo que seja conhecido e responsável por causar o CA de parótida. Alguns fatores de risco parecem estar relacionados com a doença, como a infecção pelo HIV. Cavidade Bucal Tumores de glândula parótida Sinais e sintomas O aparecimento de nódulo ou aumento do tamanho da parótida é a forma de apresentação mais comum. Os tumores geralmente são indolores, ao contrário de processos agudos, como as parotidites, que costumam gerar dor. Outros sintomas que podem estar relacionados são a paralisia facial (formigamentos e dificuldade em mover os músculos do rosto) e o aumento de linfonodos do pescoço. Cavidade Bucal Diagnóstico Realização de análise do tecido permite determinar se é um tumor benigno ou maligno, neste último caso, um câncer de parótida. Exames de imagem, como a tomografia, o ultrassom e diagnóstico histológico. TUMORES DE GLÂNDULA PARÓTIDA Tratamento Depende de cada caso. Cirurgia é a modalidade de tratamento padrão para o câncer (tumor maligno) de parótida localizado. Radioterapia para tratamento local e o tratamento sistêmico (quimioterapia) na doença avançada. Para o melhor tratamento, o médico levará em consideração a idade e saúde geral do paciente, bem como o tipo de câncer e a extensão da doença. Cavidade Bucal Palato duro: parte anterior do teto da boca – ossos maxilares e palatinos. Palato mole: parte posterior do teto da boca, em forma de arco. Na margem livre possui um processo muscular cônico denominado úvula, que impede o alimento deglutido de entrar na cavidade nasal. Arco palatoglosso: pregas musculares abaixo do palato mole e estende-se até a base da língua. Arco palatofaringeo: estende- se até a faringe. Tonsilas palatinas ou amídalas: aglomerados de tecido linfóide estão situadas entre os arcos. Tonsilas linguais estão situadas na base da língua. Cavidade Bucal Cavidade Bucal Língua Composta por músculo esquelético recoberto por túnica mucosa. Função: colabora com a mastigação, deglutição, tem receptores para o paladar e o tato e possibilita articulação das palavras. Músculos da língua Cada metade da língua possui 2 conjuntos de músculos: Frênulo da língua Prega de túnica mucosa na linha mediana, abaixo da face da língua, auxilia no movimento da língua para trás. Partes da língua 1- Raiz: na superfície mostra elevações e depressões dos folículos linguais. A raiz da língua é conectada ao palato pelo arco palatogrosso e a epiglote. 2 – Dorso ou corpo: dividido em sulco com forma de ‘V’ invertido, em porções anterior ou oral e posterior ou faríngea. Recoberto por papilas. 3 - Ápice: extremidade anterior apoia contra face lingual dos dentes incisivos inferiores. Papilas da língua Definidas como elevações no dorso da língua, recobertas, contêm receptores para gustação. Funções das papilas: definir sabores dos alimentos. Doce no ápice, ácido na região lateral, salgado na região lateral da língua após o ácido e amargo na raiz. http://gabrielrbrunoabioifes.files.wordpress.com/2011/02/degu_lingua1.jpg http://gabrielrbrunoabioifes.files.wordpress.com/2011/02/degu_lingua1.jpg Papilas da língua 1- Papilas fungiformes: elevações avermelhadas (cogumelos) entre as papilas filiformes especialmente na margem e no ápice da língua. No recém-nascido são em > número. Papilas da língua 2 – Papilas circunvaladas: em número de 8 a 12 (formato verruga), na margem lateral da língua, disposta em ‘V’ na face posterior da língua e do sulco terminal. Apresentam corpúsculos gustativos. 3 – Papilas filiformes: projeções cônicas esbranquiçadas distribuídas em fileiras. Não tem botões gustatórios, mas aumentam o atrito entre a língua com o alimento. 4 – Papilas foliadas: pregas mucosas transversais, situadas posteriormente na margem lateral da língua. Papilas da língua Suprimento sanguíneo da língua O suprimento sanguíneo da língua, ocorre principalmente da artéria lingual, que se origina da artéria carótida externa e de 2 veias da língua que acompanham a artéria lingual, as veias profundas da língua. 27 Dentes São órgãos digestórios acessórios, localizados nos alvéolos dos processos alveolares presentes na mandíbula e maxilar. Auxiliam na ruptura mecânica dos alimentos. Parte do dentes: coroa = parte visível acima do nível da gengiva; raízes = acopladas nos alvéolos; colo = junção restrita da coroa e raiz, próximo à linha da gengiva. Tipos de dentes Dentes São 2 conjuntos de dentes deciduais - conhecido popularmente como dente de leite, é o primeiro conjunto de dentes (20 dentes – 6 meses de idade),e permanentes (32 dentes – 6 a 12 anos e o terceiro molar a partir de 17 anos). Gengivas Os processos alveolares da maxila e mandíbula são revestidos por mucosa bucal. Tecido conjuntivo aderido fortemente ao periósteo. Por outro lado, na zona de transição entre a gengiva e o lábio e bochechas, a união é frouxa. Lábios São 2 pregas carnosas que circundam o orifício bucal, recobertos internamente por mucosa e externamente por pele. Sofrem variação de tamanho, cor e formato de acordo com a etnia e características genéticas. Lábios e bochechas formam a parede anterior do vestíbulo – maleáveis. Lábio superior: avança até a base do nariz e até o sulco nasolabial. Lábio inferior: estende-se até a sulco mentolabial. Frênulos labiais: prega da túnica mucosa que prende a face interna de cada lábio. Lábios Bochechas Sua estrutura básica é o músculo bucinador. O músculo desempenha função importante na mastigação e sucção. Pode ser dilatado com o sopro. 35
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