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Microcorrentes - Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas - Capítulo 8 - 2a edição - Fábio Borges

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Prévia do material em texto

► 
Capítulo 8 Microcorrentes 
Fábio dos Santos Borges 
Objetivos Vilma Natividade S. Santos 
Objetivamos com este capí-
tulo não só apresentar mas esclare-
cer os principais aspectos que en-
volvem este recurso extremamente 
eficaz, no entanto, pouco utilizado no 
meio fisioterapêutico. Por meio de 
suas características físicas, procura-
mos mostrar as peculiaridades dos 
equipamentos de microcorrente, em 
que identificamos as principais for-
mas de onda, assim como dos pa-
râmetros de modulação comumente 
encontrados. Em seguida, busca-
mos elucidar os efeitos lisiológicos 
e terapêuticos da microcorrente, a 
fim de que o lisioterapeuta dermato-
-funcional POjSa utilizá-lo nas mais 
diversas afeqções. sustentado por 
maior eficácia em seu ato terapêuti-
co, principalmente tendo em vista a 
controvérsia . da aceitação dos resu 1-
tados obtidos por meio de alguns ti-
pos de eletrodos. Por fim, mostramos 
suas indicações e contraindicações. 
para que o leitor entenda como a mi-
crocorrente pode ser utilizada não só 
nas afecções da clínica dermato-fun-
cional , mas nas diversas áreas da Fi-
sioterapia. 
A s. C\)Irf'n les t'l ct1
1c,is 
IL'lll ~l tio ul1l 1,\llidS 
l1t'~de os pr,11'<'1 
d, e s Ltl 1\ h'd, e 111,1 
(':; fF , .. elfc~ r,- 1.1 1l,~ sol11t' o uso 
.1,1 ,·,'1.c 1;,, c;c,, ,·,i ll~mo terapia 
\'•,1 •1 ,
1:'~c· :L)S nJ Roma e na 
~·t: J ,! 11 JJS 1wa tratamento 
.1.;s :, 'ft' JS ne" ralg1as e outros 
• , : ,~.
1 s ,io lorosos. nos qua,s se 
· :.:,-.! 11 desca rgas elelricas por 
- ~ : ,'f' um Ianque de agua com 
~-~ ··~ r ,L.S eletricas de ba ixa mten -
~ ,J 1Jc como forma de lratamenlo 
·, "(Çara m a ser uti lizadas há mu1 -
·-1 :t.r1po na Med1c1m orienta l. me-
,- Jrle a clctroacupuntura. Entretan -
:.:i t'lli re os 1e1apcu1as orientais não 
~- ,a p1 eocupação com a compro-
.Jçjo c1en1il1ca e divulgação desse 
: !'J de 1erapéul1ca. pois havia um 
rts~1Jltio familiar. e as mformações 
::•2r1 trJnsm 1tidas de pai para fil ho, 
.:12s tJndo seu empr·ego. 
: r ::-rg el ai iniciaram um traba -
.. , l)Le elucidaria o mecanismo 
>= J,;-~o das microcorrentes. em 
__ e oemonstraram que seu uso 
2L --ff:.:u a concentração de ATP 
,, ,1 s1111 r.se ctc prolcln.i . ;iccle1011 
o lr,rnspo, 1c ,11 ra\CS dJ rne111br:11 1J 
ccluldr e outros efe itos 110 nrve l 
intracelular. 
Em 1985, Becker . em seu li vro 
The Body Electnc. esc lareceu os 
efeitos f1s1olog1cos advindos de 
uma corren te eletrie3 endogena 
que part rcrpa de quase Iodas as 
funções do corpo. 
Foi verr frcado que esta corrente 
elétrica endogena en con tra -se 
na faixa dos microamperes. Por-
tanto. há a ide ia de se denominar 
a microcorren te como uma co r-
rente fi sio lóg ica, homeostási ca e 
norma I izadora. 
A microcorrente pode ser de fi-
nida como um tipo de eletroes-
timulação que utiliza correntes 
com parâ met ros de intensidade 
na fa ixa dos microamperes, e 
são de baixa frequência, podendo 
apresentar correntes contínuas 
ou alternadas. Também é chama-
da de MENS (Micro Electra Neuro 
Stimulation) . 
Segundo Robinson e Snyder-
Mackler, 2 o modo normal de 
ap licação dos aparelhos de mi-
crocorrr.nl e'.i ocorrem cm nívei s 
incapél zes rle alivar as fibras ncr 
vasas sensorra1s subcutâneas 
(cslimulação subliminar) e, como 
resultado, os pacientes nào têm 
nenhuma percepção da sensação 
de formigamento tão comumente 
associada aos procedimentos ele-
troterapéulicos. Já Starkey,3 rela-
tou que esta forma de estimulação 
eletrica tende a ser aplicada em 
nfve l subsensoria l ou sensorial 
muito baixo, com uma corrente 
que opera a menos de 1.000 mi -
croamperes. ou seja , abaixo da 
faixa dos miliamperes (1 miliam-
per = 1.000 microamperes) . 
Diferentemente das outras mo-
dalidades elet roterapêuticas, a 
carac terística que distingue a mi -
crocorrente é que ela não vi sa à 
exci tação de nervos periféricos. 
Por ter ca rac te rísticas subsenso-
riai s, não causa desconforto ao 
paciente . 
Craft4 afirmou que a microcorrente 
trabalha com a menor quantidade 
de corrente elétrica mensurável, e 
que isso é compatíve l ao campo 
eletromagnético do corpo. 
CARACTERÍSTICAS 
FÍSICAS ■ 
correntes. Starkey3 relatou que os estimuladores 
com microcorrentes podem liberar correntes con-
tínuas, alternadas e pulsadas ou não (em uma am-
pla variedade de formas de onda). 
Atualmente, podemos encontrar diversos 
tipos/modelos de aparelh os com uma gran~e di -
\'ersidade em relação às suas características f1 s1cas. 
Entretanto, Robinson e Snyder-Mackler
1 relataram 
- . h dra-0 1·ndustrial desen-que nao existe nen um pa . 
volvido para a construção de aparelhos de micro-
Hoje em dia, no mercado, encontramos al-
guns tipos de microcorrentes que podem ter como 
form a de onda os exemplos abaixo: 
I. Formas de ondas individuais com caracterís-
ticas de pulso monofásicos retangulares, que 
' , , 
l!I 
e, c'r.~ • J 'e f,\.>,L. , ... :~C"!H c ,l r ulJrhJJdc .. :\ este 
.. _ ... . m1 ( r!>.:'-1 u c p-1. :.i.:-.. d.!Jc> Oú >rrc J cad3 2 ,5 
, .ic \ rm.1 J .. ,1.11:.111...·.1 d·1gurJ 8.1 l. 
... : . L , ..:e' :n.,·rl,-l rrc>mo ( Figura 8.2) 
- . ~, f:l. _ '.ll ~ C' ru!'() l. Ll fl1 l!JJ1J rampa 
.1:-t...:J f'....IJ a ~cric Je pulsos 
,Jt· m11.r11co rrt11 k .'l tr,1zem 
u L l ' .. '1 J'- 1 ul~11 fdJ1igulJ r J 1~1ribuí -
J l c!t I J : fl} J 1J:1J1., JJ ~il.J / J 1gu ra X.1;. ]· ',( .1 
e ur: 1,1 Jnr m J ,·lii)'kc1 l·nu>ntr 1J ,1 r1.1 m,tior iJ 
J1.1, .,pJ1t'1h , b .1tuJlml.111 l· 
1. .\!~ur1' .tf Jrdhu~ Ir J/çfll umd u irrt rll t: rn nt 
1 
.. 
llUJ e,n hirmJ Ji: l rc-n" dl· pu l \ o, cu111 in t<..'r\'d -
Jn~ en tre d c,, 1 l 1gu ra ~. --1 l. 
f igun1 ----~-
m forrn.i OP hm;)I ' em rampit-; 
8 5 Pulso rnonolásico trapezoida l. Figura . 
Figura 8.6 Pulso bifásico retangular. 
5. Há aparelhos que possuem correntes com pulsos 
trapezoidais (corrente contínua) (Figura 8.5) . 
6. Existem também formas de microcorrentes 
alternadas com formato de pulso retangular 
(Figura 8.6) ou até senoidal. 
Obs.: Levando-se em conta as diversas con-
siderações clínicas, Wing5 relatou que uma efeti-
vidade máx ima em aparelhos de microcorrente 
deveria provavelmente incluir uma estimulação 
mo nofasica com dtodo e ânodo, com trens de 
pu bo c ondas que trocam de polaridades de dois a 
qua tro segundos para permitir que ambas possam 
\Cr aproveitadas e conceder que as células selecio-
nem a polaridade desejada. 
~-ncontr~~os no mercado alguns aparel
hos 
que utilizam vanas formas de onda em 
, . 
e um U11ICO 
tratamento, com o objetivo de promover
 efeitos di-
terenciados de acordo com determinada
 forma de 
onda. Entretanto, a literatura utilizada par
a justificar 
este tipo de procedimento não apresenta b
ase cientí-
fica e deve ser questionada. Diante disso,
 encontra-
mos diversos protocolos que utilizam som
ente uma 
forma de onda para o tratamento das ma
is variadas 
afecções, tanto na área dermato-funciona
l como em 
outras áreas da Fisioterapia, apresentando
 resultados 
satisfatórios segundo aquilo que se propõe
 tratar. 
De acordo com o modelo do aparelho
 fa-
bricado, os controles de intensidade nor
malmente 
permitem um ajuste de amplitude em to
rno de 10 
a 900 microamperes. Os controles de 
frequência 
geralmente permitem ajustes de 0,5 Hz
 a 900 Hz 
(ou em até 1.000 Hz). 
A duração de pulso de microcorrente é m
aior 
que outros tipos de eletroestimulação, 
como por 
exemplo, o TENS. Um pulso de microco
rrente típi-
co é de aproximadamente 0,5 segundos, q
ue é cerca 
de 2.500 vezes maior que um pulso típico
 de TENS. 
Estes aparelhos liberam no corpo uma co
rrente elé-
trica com amperagem de aproximadamen
te 1/1.000 
do TENS. 3·6 
Wing5 mencionou que a duração de pu
lso 
da microcorrente é sempre igual ao interv
alo entre 
os pulsos, independente da frequência. 
, 
0 plano de atuação 
das microcorrentes e 
profundo, podendo atingir um nível m
uscular,. e 
• d. t t ação no plano cuta-
apresenta-se com 1me ia a a u 
neo e subcutâneo. 
Em comparação ao TENS, a terapia dasmi-
l , d d
' · ·r ou eliminar a dor 
crocorrentes a em e 1mmm 
· reparo tecidual. 
acelera o processo curativo e o 
EFEITOS FISIOLÓGICOS ■ 
Restabelecimento da bioeletricidade 
tecidual 
1 l . 1 , u
ma camada li-
Na membrana ce u ai, 
13 , 
, _ , vel a todos
 os 10ns. 
p1dica sendo essa nao permea 
, 
1 
' . dade de separar 10ns 
e e-
Assim, possui a capac1 
Microcorrentes 
tricamente carregados. Esta camada age d
e forma 
isolante, resultando na capacitância elé
trica da 
membrana celular. A chamada capacitân
cia elé-
trica significa ter condições de armazena
r cargas 
elétricas dentro da membrana por meio 
de uma 
força eletrostática. Íons carregados podem
 cruzar 
uma única membrana por canais que darã
o a mes-
ma uma habilidade protetora, a fim de condu
zir a 
eletricidade para, então, regular a permea
bilidade 
da membrana. É possível que exista um cir
cuito de 
bioeletricidade ocorrendo continuamente 
ao longo 
do corpo. Um exemplo clássico desta bio
eletrici-
dade são as células endoteliais das membra
nas dos 
capilares, que agem como eletrodos, gera
ndo um 
circuito bioelétrico, permitindo que os íon
s se mo-
vam pela parede ou entre as células do end
otélio.7•8 
Corroborando com o supracitado, vário
s 
autores descreveram que um trauma afetar
ia o po-
tencial elétrico das células do tecido lesado
. Inicial-
mente, o local atingido teria uma resistênc
ia maior 
do que os tecidos próximos da lesão. Isso
 porque 
quando uma lesão acontece, uma carga 
positiva 
forma-se na área lesionada e joga para cim
a a di-
ferença de voltagem potencial, servindo co
mo uma 
bateria bioelétrica que espera ser ligada. C
omo as 
membranas ficam menos permeáveis ao 
fluxo de 
íons (especificamente potássio e outros íon
s positi-
vos), e mais isoladas eletricamente, o fluxo 
intrínse-
co de bioeletricidade é forçado a levar o cam
inho de 
menor resistência. Portanto, a bioleletricid
ade evita 
áreas de alta resistência e vai em direção a
o cami-
nho mais fácil, geralmente evitando a lesão
 pela cir-
culação sanguínea ao redor dela, isso resul
ta na di-
minuição da condutância elétrica na área d
a ferida. 
O decréscimo do fluxo elétrico na área l
esionada 
diminui a capacitância celular, e, como r
esultado, 
gera a inflamação e a cura é assim diminuí
da. 5·6·9·10 
Jaffe e Vanable' 1 provaram que a bateria cut
â-
nea dos mamíferos é bastante poderosa (p
elo me-
nos em seres humanos e em cobaias) e pode
 manter 
voltagens de potenciais transcutâneos de at
é 80 m V 
(positivas internamente), tendo uma cap
acidade 
de impulsão da corrente da ordem de 1 µA
/mm de 
comprimento da ferida. 
Becker7 demonstrou que uma corrente elé
-
trica é o gatilho que estimula a cura, a rege
neração 
e O crescimento em todo org
anismo vivo por meio 
da eletricidade endógena, constatando qu
e a rege-
neração acontece por meio do controle 
elétrico. 
'' , ,, 
J 
[Jerm.it(>-FUJrcional 
. . eficiente ao 
·ndo que este sistema torna-se in 
sugen 
envelhecermos. . , · te 11a circulató-
Taubes" fe z mençao ao s1 s J I ricidade, 
. 'vel condutor de e et , 
rio como um possi . ., corrente e 
.. 1,_ 0 s capda1 es. A especialmente os '• · · 
1 11 
d·lllO no 
. uc ocorre a gu1 e 
aumentada sempre q . . . qtrindo e111 
. 1 ·ó · Isso acontelc • sistema c1rcu ai no. · , ,rnredes . ·mahnenlt: as r' 
rt•sno,ta a um trauma. 1101 ,·s·so · r · . . , 1 · Com , 
se tornam mt•nM penndve1s aos ,JO'. s. ponto 
. t· 0 tluxo detnco no 
0 Mganismo ,wmtn il ' 
do rep,iro. 'd ·vos 
\\ . .. ·t il 1' -,~rmara111 que os teci os v1 t'I~ t • · <•11 
possuem detropotenciais de corrente direta que 
.1p.1 rt·11t«:.'mentt· regulam, pelo menos em parte, o 
pro~·es...-.o de cicatrização/reparo. . 
Segundo Charman,1 ~ a hipótese relativa aos 
,·,1rios aspectos da bioeletricidade é que as células 
recebt·m, codificam e agem sob sinais elétricos, 
acústicos e magnéticos. Esta bioeletricidade é a 
base em que se apoiam as várias teorias do sinal 
magnético entre as células. 
Pesquisadores relataram que, por meio do 
dano tecidual ou de atividade normal do múscu-
lo, um acúmulo de cargas, em razão de elétrons 
em excesso. pode ser gerado. O acúmulo de car-
gas pode constringir as arteríolas, ativando assim 
J corrente bioelétrica. Porém, as vênulas (no final 
dos capilares) não constringem em um campo elé-
trico. Então, íons e células carregadas (neutrófilos, 
por exemplo) podem migrar através das veias e 
atra,·és de poros vazados das vênulas pós-capilares 
para o local da lesão. Em virtude da lesão provo-
car mudanças na polaridade do potencial elétrico 
( que altera as propriedades de isolação elétrica da 
membrana capilar), o vaso capilar fica menos per-
meável ao fluxo de células carregadas e íons neces-
)ári os para a cura .5-' 
Wing' mencionou que mensurações realiza-
das em_ cotos de amputação da ponta do dedo de 
uma rnança encontraram microcorrentes com in-
tensidades em torno de lo µA a 30 A A 1 . µ • vo tagem 
normal conf enda foi de lo µA po , 
f ' rcm, quando uma 
ratura ocorre, a voltagem é d. . , d 
Cinco dias de . immu1 a para zero. 
pois essa voltagem apontou I. . 
mente para o normal, e antes do d , . . 1ge1ra-
. . ec1mo dia a volt 
gem contenda era quase normal. No déc· . a-
dia a voltagem já era no l . imo quinto 
rma ' ou se;a, I O µA 
Becker e Murray" relat . . 
de de tecido reverte-se , ' alra~1 que a polarida-
apos a esao Esta t . · eona da 
_ ,, ·opõe que as feridas sejam ini-
de Jesao P1 . . 
"corrente . . n relação ao tecido C1rcundan-
os1t1vas e1 . . . . , 
ciaJmente P 
1 
·dade pos1t1va dispare o inicio 
ssa Pº an 
te, e que e aro Mantendo essa polaridade 
so de rep . 
do proces . , uma potencialização da cicatri-
. . a oconera - " 
pos1t1v,' . d "corrente de lesao parece ser 
- A teoria a . 
zaçao. 
1 
t to de que a polandade positiva 
t ntada pe O a -
sus e . fi . das crônicas abertas nao possuem 
é transitóna; en . 
. , l de erro de disparo. 
·s esse sina 
mai k 7 estudou as células neuronais e as Bec er , . 
l
. concluiu que estas ultimas são 
células da g 13 e, - · . 
l 'tricas que nao transmitem sinais 
condutoras e e , . 
os neurônios, mas tem a capac1da-
discretos para _ , . , 
d 
·r estimulaçao eletnca exogena de 
de de con uzi , . 
. f , eia Essas correntes tem um efeito 
baixa requen · . 
f d d
·retamente proporc10nal ao campo 
pro un o, i . 
l t mag
nético que criam, e por me10 deste 
eero , . , , 
t ·mulam os neuromos e tambem celu-campo es 1 
las adjacentes. 
Segundo Taubes, 12 todo corpo é um gera-
dor de corrente elétrica de baixo nível, onde o 
polo positivo está ao longo da medula espinhal 
e O polo negativo é a periferia. A possibilidade 
mais óbvia sobre como estas correntes são con-
duzidas pelo corpo é incluindo o sistema nervo-
so e toda sua estrutura de apoio. O sistema ner-
voso não é constituído apenas pelos neurônios, 
mas existe um_a imensa rede de células que se 
somam a este sistema. Incluímos neste somatório 
as células da glia, no sistema nervoso central (SNC), 
e as células de Schwann nos nervos periféricos. To-
dos os corpos celulares de um neurônio residem no 
cérebro e no nível espinhal. Entretanto, Morgareidge 
e ~hipman 
16 
relataram que o colágeno, a proteína 
mais comum no reino animal, pode se comportar 
como um semicondutor. Um semicondutor é um 
material que 0 c b · . , . ierece a1xa res1stencia para pe-
quenas correntes . , enquanto permite a pronta 
transmissão del I as. nversamente, um semicon-
dutor opõe tra . _ 
nsmissao a grandes correntes, ge-
rando uma r · , . 
. esiS tencia muito alta. Semiconduto-
1 es normalme t - . . 
. n e sao cnsta1s, e o colágeno, em 
muitas estrutur . 
0 1
, as, tem propriedades cristalinas. 
co ageno deb · - , . . 
elétr · aixo de tensao gerara potenciais 
icos pequen d 
no osso ( e . ~s O mesmo modo que ocorre 
e1e1to p1ezel, t . 
micond t e nco) • Como um meio se-
u or o colá 
também 1 '. geno poderia ser a rede que eva correntdo corpo. es pequenas por toda parte 
A corrente elétrica produzida pela MENS 
pode atuar dentro da fibra venosa, sendo condu -
zida através das células de Schwann, que são cé-
lulas satélites no gânglio de raiz dorsal e células 
da glia no sistema nervoso central. Este sistema 
opera de um modo semelhante a um semicon-
dutor, no qual pequenas quantias de corrente 
elétrica são transmitidas em ambas as polarida-
des. Em um tecido vivo, quando ocorre um es-
tímulo, como um trauma, uma amputação, uma 
anestesia ou uma aplicação de microcorrente, os 
potenciais de superfície mudam, dentro de dois 
segundos após o estímulo inicial. Esta ativida-
de sugere que existe um semicondutor biológico 
responsável pela transmissão de dados, a respei-
to dos danos ocorridos, para o cérebro, e regis-
tra o dano como uma mudança no potencial de 
superfície. 7 
Cheng et al., 1 em estudo feito em pele seca 
de ratos, observaram que a resistência elétrica na 
pele dos animais de início tinha valor considerado 
alto, e depois diminuiu linearmente com aplicação 
de correntes acima de 50 microamperes. 
A correta aplicação da microcorrentes em 
um local lesionado pode aumentar o fluxo de cor-
rente endógena. Isso permite à área traumatizada 
recuperar sua capacitância. A resistência deste 
tecido lesionado é, então, reduzipa, permitindo 
à bioeletricidade entrar na área e restabelecer a 
homeostase. Portanto, a terapia das microcorren-
tes elétricas pode ser vista como um catalisador 
út il na iniciação e perpetuação das numerosas 
reações elétricas e químicas que ocorrem no pro-
cesso de cura. 6•9•1º 
Alguns autores relataram que após uma 
lesão no corpo e um rompimento de sua ativida-
de elétrica normal, a terapia por microcorrente 
pode produzir sinais elétricos semelhantes aos 
que acontecem no corpo humano quando esse 
estiver recuperando tecidos lesionados. Os equi-
pamentos de microcorrente especificamente são 
projetados para imítar e ampliar os sinais bioelé-
tricos minuciosos do corpo humano. Estes equi-
pamentos trabalham no nível celular, criando um 
veículo de corrente elétrica para compensarª di-
minuição da corrente bioelétrica disponível para 
o tecido lesionado. Isso aumenta a habilidade do 
corpo para transportar nutrientes e resíduos me-
t b
, 1 e t d i.~ ,5.7 .10 ª 0 icos das células na área aie a ª· 
Incremento à síntese de ATP 
(adenosina trifosfato) 
f.. \icrocorrentes 
Noventa porcento do total de ATP utiliza-
do nos trabalhos celulares são formados durante 
o metabolismo da glicose, com a energia liberada 
pela oxidação subsequente dos átomos de hidrogê-
nio liberados durante a glicólise. 
Toda energia acumulada será armazenada 
nas mitocôndrias, também denominadas "poços 
de energià' celular, e definidas como uma orga-
nela intracelular composta de várias membra-
nas, sendo responsável por todas as reações do 
metabolismo aeróbico que utiliza esta forma de 
combustível. Dentro desta estrutura celular, exis-
te uma combinação de várias enzimas especiais 
que transportam os íons de hidrogênio liberados 
pela degradação metabólica da glicose e gordura. 
Estes íons fluem pela membrana celular, dando 
origem à adenosina trifosfato (ATP) - principal 
fonte de energia química. 
As enzimas presentes nas mitocôndrias 
clivam cada átomo de hidrogênio em um íon H + 
e a um elétron. Posteriormente, utilizam os elé-
trons para combinar o oxigênio dissolvido dos 
líquidos, formando íons hidroxila. A seguir, os 
íons hiçirogênio e hidroxila se combinam para 
formar moléculas de água. O mecanismo de for-
mação de moléculas de ATP é chamado de quimio-
smótico. Esse mecanismo ocorre pela ionização do 
hidrogênio, pela formação da cadeia de transporte 
de elétrons e pela formação da água. Os elétrons 
são removidos dos átomos de hidrogênio e en-
tram na cadeia de transporte de elétrons. Duran-
te o transporte desses elétrons ocorre a liberação 
de energia utilizada na síntese de ATP. Este pro-
cesso motiva uma elevada concentração de íons 
positivos na membrana externa da mitocôndria 
e de íons negativos na membrana interna. 
17
·
18
•
19 
A energia do transporte de elétrons é pri-
mariamente para bombear prótons para o exte-
rior da mitocôndria, formando a carga positiva 
no exterior da membrana mitocondrial. Isso 
forma um gradiente de prótons (Figura 8. 7). 
Este gradiente forma uma força próton-motriz, 
que leva a síntese de ATP. Isso ocorre porque a 
membrana interna é impermeável aos prótons, 
e estes só podem retornar ao interior da mitocôn -
dria, e desfazer o gradiente, por meio de sítios es-
1 kr111:1lt1-F1111cio11:1I 
t) Êlétrons 
Z) ians positivos ------ ~~ 
~--J Cátodo Aiiibiente negativo Grad iente de prótons (H + ) Ámbi; nle posilivo (OH + ) 1 
Ánodo 
(pos/ + ) 
---
(neg/-) (OH-) 
1 
- ------ Fluxo de corrente 
com rons nega!ivos 
d ela microcorrente. Figura 8. 7 Gradiente de prótons gera os p 
peciticos localizados na membrana interna. Esses 
sítios são constituídos pelo complexo ATPase, e 
~ esse complexo que une o ADP com ATP. En-
tão, podemos dizer que o processo de síntese 
de ATP está intimamente ligado a um processo 
detrofisiológico. Esse processo é acelerado pela 
ação da microcorrente que aumenta a formação 
desse gradiente de prótons, fornecendo à mem-
brana externa íons positivos, e íons negativos 
para a membrana interna, aumentando assim 
a diferença elétrica entre as duas membranas e a 
força próton motriz; força essa que leva à forma-
ção de ATP. 1.6 
Esta formação de ATP motivada pela es-
timulação elétrica com microcorrente ocorre 
quando, durante a eletroestimulação, os elétrons 
reagem com as moléculas de água pelo lado ca-
tódico para produzir íons hidróxilos (-OH), 
enquanto no lado anódico, prótons (H +) são 
fo rmados. Assim, entre a interface anódica e ca-
tódica, um gradiente de prótons e um gradiente 
potencial atravessa o tecido e o meio é criado. 
Em consequência, os prótons, sob a influência 
do campo elétrico e a diferença de concentração 
devem m_over-s_e do ânodo para cátodo. Desd~ 
que a razao de formação de prótons na . t ·f 
·d· m e1 ace 
ano ica seja igual à razão de consumo de p , t 
· f , ro ons na 111ter ace catodica O pH d . te ··d ) , o sistema (meio e 
u o permanece sem interferên . 
migração de prótons I Cia. Quando a 
a cança a rnemb . . 
condrial (H +) ATPas AT , . rana mito-
d - e, 
0 P e formad A . 
açao dos substratos . o. ox1-
. , que e acomp I d migração dos p , t an ia a pela 
ro ons através das 
pode igualmente ser esr I d membranas, 
imu a a eletr' . icamente 
. duzida de próton s, ativando un1 
pela corrente in i 
rocesso de Jeedback. i 
p Estudos realizados por Cheng et ai. , mos-
uso de microcorrentes de 100 µ A a 
traram que O . , . 
A 
ntou O transporte de ammoac1dos, e SOOµ aume 
d · f tores contribuíram para um aumen to estes 01s a 
da síntese de proteína. 
A adenosina trifosfato (ATP) é um fa-
tor essencial no processo de cura. Uma gran de 
quantidade de ATP, a principal fonte de energi a 
celular, é requerida para controlar funçõe s pr i-
márias da membrana celular como o movimento 
dos minerais vitais: sódio, potássio, magnésio e 
cálcio, para dentro e para fora das células. Isso 
também sustenta o movimento dos resíduos 
para fora da célula. Tecidos lesionados têm re-
sistência elétrica mais alta e também são pobres 
em ATP. Como mencionado anteriormente, em 
um músculo ou tecido traumatizado, a passa-
gem da corrente bioelétrica é obstruída, resu l-
tando em impeda' nc1·a l ' t . iu A . d ' . e e e nca. - 1mpe anc1a 
elétrica causa um d - . , a re uçao no supnmento san-
gumeo, oxigênio, e nutrientes para os tecidos 
conduzindo a e . ' . . spasmos tec1duais. A circulação 
d1m111uída causa , 1 
b
, . um acumu o de resíduos meta-
olicos, resultand h'· , . 
, . 0 em 1pox1a local, isquemia 
e metabolitos n . 
• onvos que levam à dor. Quando 
isso ocorrer é . l 
está . d .d' sina de que a produção de ATP 
reuz1 a O . l 
P
recis d · 5 impu sos elétricos do cor po 
am e uma 
perar a b . corrente necessária para su · 
arre1ra de · d . . . 
cido trau . . impe anc1a inerente ao tt' · 
matizado I , , 
obstáculo d , · sso tambem resu lta em um 
ª propri ·:1 hab·1·d d começar 
O 
< 1 1 a e do corpo p,n,1 
processo e -, . . 
cuperar 5 b ui at ivo ate o tec ido :)e rc-u stanci:üm ,. ente do trJum .1 .' ~. :, 
1\-licrocorrenlc~ 
Cünw ,\ mkrocorr, l 
. t:nlt' rl'a )astt'Ct' o ATP 
1.)s nutnl'nlt's podt'm nov·un , t, t·l . ' lcnsidadl's acima de 1.000
 pA também inibiram a 
respiraçüo celular. , . ' li\ l u1r par:-i dl'nlro 
das 1.'.dulas lt'swnadas l' os 1., . 'd d 
. . , . • • , lSI uos os produ-
tos met,1boh1..os po,km tluir n ·\ .. t· . d , 
, . . r' 1•1 01a ascelulas. 
Isso t' pnmord1al para O ckst'nvol, . d , . · ' tmento a sau-
1.k dos tendos. O ATP t·unbém ·tb· ·t . . ' ' ,ls t'Ce os tec1-
dc,s de l'nerg1a 11l'cess.íria p-11 .. 1 ·\ti,11e t . . ' ' ' n a, o trans-
portt' dl' 1011s .\través das me11.1b,·a,1.1. d . , " < • S t' pro UZlr 
no,·as prote1 nas. 
Aumento do transporte de membranas 
Em ,·irtude do aumento d·\ prod .- d < UÇ<lO e 
.-\ TP, ocorre a intensificação do tnmsporte ativo 
atraYés da membrana.' 
Transporte ativo de aminoácidos 
Segundo Guyton, 17 as moléculas de pratica-
mente todos os aminoácidos são demasiadamente 
grandes para sofrerem difusão através das mem-
branas celulares. Então, o único meio de transpor-
te significativo desta substância para o interior da 
célula é por meio do transporte ativo. 
Este mecanismo de transporte ativo depen-
de diretamente da energia liberada pelas molécu-
las de ATP, e o aumento de ATP disponível para 
a célula aumenta o transporte de aminoácidos e, 
consequentemente, aumenta a síntese de proteí-
nas. Isso foi verificado por Cheng et al., 
1 utilizando 
intensidade de corrente variando entre 100 e 500 
microamperes. 
Síntese de proteínas 
Como dito anteriormente, correntes cons-
tantes de 100 µA a 500 µA aumentaram a pro-
dução de A TP celular local em até 500%. Isso 
· d m· inoácidos e aumentou o transporte ativo e a 
d ' em 30% consequentemente a síntese e protemas 
a 40%.1 Quando a corrente foi aumentada, eS
tes 
efeitos bioestimulatórios foram invertidos, e cor-
o A ( 1 mA) reduziram rentes que excederam 1.00 µ 
, . . b t ' ·coem cerca de 
a retenção do acido ammo1so u m . 
d . · ·u mais 20% a 73%, e a síntese de proteína immm 
t entre 1 mA e de 50%. Aumentando-se a corren e 
- d ATP e a 5 mA, 
5 mA, diminuiu-se a produçao e ' , . b · 0 dos nive1s 
a produção de ATP colocou-seª aix . 
' 1 t am que as rn-
de controle. 1•5·6·7 Cheng et al. re a ar 
. A produçüo de ATP aumentada consegue 
oferecer a energia que os tecidos exigem para au-
mentar a síntese de proteína e aumentar o trans-
porte de íons. Juntos, estes processos são os ele-
mentos iniciais para o desenvolvimento de tecidos 
saudáveis. 111 
Ação no sistema linfático 
Uma pequena quantidade de proteínas plas-
máticas vaza continuamente pelos poros capilares 
para o líquido intersticial. Se não forem devolvidas 
ao sangue circulante, a pressão coloidosmótica do 
plasma cairá a volumes demasiadamente baixos, 
o que fará que se perca grande parte do volume 
sanguíneo para os espaços intersticiais. Uma im-
portante função do sistema linfático é a de devol-
ver as proteínas plasmáticas do líquido intersticial 
à circulação do sangue. Ocasionalmente, ocorrem 
anormalidades no mecanismo das trocas líquidas 
nos capilares que resultam em edema, caracteriza-
do pela passagem excessiva de líquido para fora do 
plasma e para o líquido intersticial, com a conse-
quente tumefação dos tecidos. Entre as várias cau-
sas desse fenômeno está o bloqueio do sistema lin-
fático, que impede o retorno da proteína, do inters-
tício para o plasma, fazendo que a concentração de 
proteínas plasmáticas caia a volumes muito baixos, 
enquanto a concentração de proteína no líquido 
intersticial aumenta muito. Estes dois fenômenos, 
isolados ou em conjunto, produzem a transudação 
excessiva de líquido para os tecidos. 17•18•21 
A MENS aumenta a mobilização de pro-
teínas para o sistema linfático, pois, quando são 
aplicadas em tecidos traumatizados, as proteínas 
carregadas são postas em movimento, e sua mi-
gração para o interior dos tubos linfáticos torna-se 
acelerada. A pressão osmótica dos canais linfáticos 
é aumentada, absorvendo o fluido do espaço in-
tersticial. 6 
Obs.: Embora possa parecer que uma micro-
corrente com corrente contínua produza melhor os 
efeitos fisiológicos descritos acima, muitos protoco-
los de terapia com microcorrentes utilizam corrente 
alternada (interrompida em pulsos ou não),
22 prin-
cipalmente no tratamento cicatricial da pele. 
Dennato-F1111dm1al 
EFEITOS TERAPÊUTICOS ■ 
Analgesia 
S undo Kirsch e Lerner/1 um dos maiores 
' eg ENS tá no controle 
benefídos obtidos com a M es 
. G . . -0~.1 confirmaram os resulta-
da dor. Gmrro e u111 - , ul-
dos desse tipo de estimulaçao e concluirar_n re~ 
tados animadores no controle da dor, na c1catnza-
çáo de feridas e no controle de edemas. 
A MENS pode criar ou mudar o fluxo da 
corrente direta constante dos tecidos neurais que 
podem, de algum modo, influenciar a transmissão 
de estímulos dolorosos. A MENS pode também 
tornar a membrana celular do nervo mais recep-
tiva para os neurotransmissores que irão bloquear 
a transmissào.24 
Tendo em vista encontrarmos na estrutu-
ra orgânica parâmetros de intensidade de cor-
rente elétrica endógena na faixa dos microam-
peres,5·16 a microcorrente é vista como uma cor-
rente fisiológica, homeostásica e normalizadora 
das funções orgânicas. Portanto, quando um 
indivíduo apresenta um quadro doloroso, pode-
mos estar diante de uma disfunção responsável 
por algum tipo de estimulação nociceptiva. A 
MENS aplicada sobre estruturas acometidas de 
dor tem a propriedade de normalizar a fisiologia 
alterada na área álgica, promovendo a homeos-
tase, assim como a possível cura e reversão do 
quadro de dor, ou seja, como resposta à utiliza-
ção das microcorrentes e em consequência do 
restabelecimento da bioeletricidade tecidual, o 
SNC responderia com uma mensagem de dimi-
nuição do quadro álgico. 
De acordo alguns relatos, 2s.26 correntes de 
baixa frequência em nível dos microamperes têm 
bastante sucesso na redução da dor e a umento na 
reparação tecidual de um modo geral. 
Diferentemente do TENS e pelo e t d . , 1a o a mi-
crocorrente aliviar a dor promove d 
. d . n o a cura, este 
t1~0 e estimulação não atua com resultados im 
d1atos, e sim de forma gradativa - . e-
. ,; . e acumulativa.27 
Alcaide- realizou um t d . es u o com 16 
Cientes, com idade variando ent pa-
com dia · · re 18 a 37 anos gnost1co de ruptura parcial d , 
ral, separando os volunt , . - . e reto femu-
anos em dois grup . os equ1-
1 foi submetido a um tratamento . s o grupo 
tat1vo · II recebeu tratamento com rni-
placebo; 0 gruppo este estudo, foi utilizada uma 
rrentes. ara . 
croco. de 180 µA, com 30 minutos de
 apli-
intens1dade fi . , . d 
_ do comprovou a e Ciencia a terapia 
caçao. O estu . - d d . nte na diminurçao o qua ro dolo-
or m1crocorre -
P . do esta eficácia com sua açao catali-
roso, assoc1an . . . , . 
d 
cesso cicatnc1al fis1olog1co. 
sadora O pro . 
A microamperagem pode ser efetiva para 
t de cefaleias, s
índromes temporoman-
tratamen o . 
1 e
uropatias artrites, bursites e tendi-
dibu ares, n ' . . , 
. E ri· ências clínicas mdICam que tambem mtes. xpe 
d 
ma terapia adjunta nos tratamentos das 
po e ser u , 
dores de ouvido, gargantas, algias de~tar~as, sinu-
. nJ·untivites alérgicas, neuralgia pos-herpé-srtes, co , 
tica, úlceras de pele e síndrome do tunel do carpo. 28 
Pacientes com tumor no nível cerebral e cer-
vical cursando grandes quadros de cefaleia foram 
tratados com grande sucesso com microcorrente, 
. . , rfina 29.30 
até que resistissem a mo · 
Dentistasusaram este tipo de terapia como 
substituta para anestesia local e controle da dor, 
associada aos tratamentos ortodônticos. 
28
·
31 
Kahn32 informou que os efeitos polares fa-
vorecem a liberação de oxigênio no ânodo, o que 
aparentemente favorece a analgesia. Desta forma, 
segundo o autor, a MENS também é útil para pro-
duzir alívio da dor em muitas situações. 
Kirsch e Mercola6 relataram a ação da MENS 
em vários tipos de quadros álgicos, comprovando 
sua eficácia quanto à aceleração e até cura do con-
trole da dor. 
.. Em 1531, um estudo testou em pacientes a 
efetividade de terapia com MENS para a redução de 
d_or em doze tipos de danos agudos; 94% dos pa-
cientes informaram uma redução da dor durante 
o ~rimeiro tratamento (primeira aplicação), e 88% 
eStiveram livres da dor com 1 O sessões de tratamen-
to. Além disso, nenhum efeito colateral ou aumento 
dos sintomas foi informado durante o estudo.31 
Ac~leração do processo de reparação 
tec1dual 
Na década d 1960 em co Ih d e , estudos experimcntJis 
e os emonst - • 
trica re I 
raram que a intervenção ck-
su tou na a_ 1 . ___ _ . 
com forma à. _ce e~açao das tendas da pdc. 
ç o de c1catnzes mais fortes . 
Assimacopoulus·'' a 1. P icou a corrent t , trica negativa de 75 ~lA a 100 A e e e-µ em coelho · observou a produ ão d _. . s, e . . ç o tecido C0nJuntivo 'lCC -lerando a cicatrização tissuh. A . ' ' 'L partir deste es-tudo, com o uso de corrente . , ' . . .. . . LOntmua negativa de baixa mtens1dade, publicou t · l • .. . , . . . . les CdSOS cl1111cos experimentais em pacientes nt . . , . • • ' --i 1e ,1p1 esentavam ulceras cro111cas localizadas no p , t d e, en o como resultado um dt·nso tecido co11ect· · ivo nco em fi-bras colágenas hialinizadas Ess·is ci· t .· 1 · ' ca 11zes eva-r,1111 de 30 a 42 dias para atingir a rep _ 
1 
. araçao tota , m,1s das nao apresentavam oJândula d , , , o s su onpa-r.1s, glandulas sebaceas e folículo piloso. 
A corrente contínua, no polo neoativo d . o ) rt' Llr a o crescimento das bactérias· e · , associa-ti.l ;1 mecanismos de defesa normais aumenta 
.1 destruição dos microrganismos infecciosos.9 
Harrelson et al. 3•1 relataram que O efeito bac-tericida das microcorrentes com corrente contínua ocorre no polo negativo; e no polo positivo ocorre uma exacerbação da reepitelização induzida. 
A excitação elétrica de uma ferida é capaz de multiplicar as células do tecido conjuntivo, ele-Yar a concentração de receptores de fator de cres-cimento que aumenta a formação de colágeno. 2•1º·16 
A reversão de polaridade na aplicação de microcorrente parece reiniciar os processos de re-paro de ferida. Coagulação sanguínea e trombose ocorrem embaixo do ânodo, mas não embaixo do cátodo. Quando a polaridade é invertida, o cáto-
do é capaz de fazer que a formação do coágulo em 
haixo do ânodo fique mais solúvel.
6 
Foram utilizadas microcorrentes, com ele-. · ·dade em torno de trodos 1mplantados, com mtens1 . ln µA a 20 µA em rupturas de tendões e hgame~-
tn~ de atletas. A corrente acelerou ª recuperaçao . , d normal de re-do~ ler idos encurtando o peno 0 ' ' cuperação de 18 para apenas 6 meses.· 
d efeitos das cor-Alvarez et al. 35 estu aram os , . . t ·das derm1cas rl.' nte~ de baixa intensidade em en . . 
1 de porcos, ut1-111duzidas cirurgicamente em pe e A 
1
. 
. t sidade de 200 µ , 1za ndo uma corrente com m en . inca semanas e Jua~ vezes por semana, durante c 
d colágeno, com-constataram o aumento da taxa e 
1, · qualitativa. provado na análise histo ogica . lé-. da corrente e Dunn 16 observou o efeito .- do . a colocaçao tnca na matriz de colágeno com . n por-'\ ·d dérmicas, e1 e etrodo no centro das fen as cor-e · licado uma qi,in/1os-da -índia, nos quais 101 ap 
Microcorrentes 
rente de 50 ~lA, estando o cátodo sobre a ferida, e obteve como resultado aumento da migração de ~broblastos e o alinhamento de colágeno; já com 0 a~1odo colocado sobre a ferida, observou a migra-çao de células inflamatórias. 
Brown e Gogia-17 pesquisaram o efeito da corrente de baixa amperagem na cicatrização de feridas em coelhos. Aplicaram corrente de baixa amperagem em 80 µA, durante duas horas por dia, em grupos diferentes. No grupo controle, foi aplicado o cátodo sobre a ferida, e os animais cica-trizaram após sete dias. Já no grupo experimental, foi aplicado o ânodo sobre a ferida, cujo fecha-
mento ocorreu entre os quatro primeiros dias. 
Santos et aI.JR comprovaram, em seu traba-lho na pele de ratos submetidos a queimaduras químicas de segundo grau, o intracrescimento dos fibroblastos e o alinhamento das fibras de colágeno que foram incrementados com a estimulação de microcorrentes (corrente contínua utilizando 20 e 100 microamperes). A resposta máxima dos fibro-blastos foi observada nas proximidades do cátodo. Os autores relataram ainda que houve uma redu-ção do tempo no processo de reparação tecidual na pele dos animais utilizando microcorrentes, em que o grupo controle demorou um total de 32 dias e o grupo experimento, 12 dias, para a reparação tecidual. A Figura 8.8 mostra imagem de lâmina histológica do grupo controle ( G 1) não submetido a microcorrentes e a Figura 8.9 mostra do grupo experimento (G2) eletroestimulado com micro-
correntes. 
Por meio das análises histológicas e cons-tatação dos resultados, os autores podem justifi-car o uso atual da microcorrente na revitalização cutânea e na cicatrização de segunda intenção nas lesões ortopédicas, ginecológicas e atualmente na fisioterapia dermato-funcional, por causa do in-
cremento dos fibroblastos. 
Atualmente, o efeito de reparação tecidual 
pela microcorrente é extremamente útil no pós--operatório de cirurgias plásticas, em que _se ob-
jetiva a rápida resolução do edema, da _eqw~1~s~, da inflamação e da dor, ocorrendo ass11n a 1111~1-ção da metaloproteinase q_ue favorec_e a _formaçao da fibrose e aderência tecidual; e pnnopali_nen~e com o intuito de estimular o processo de ocatn-
zação. Neste caso, recomendam~s qu~ o emprego da MENS seja no pós-cirúrgico 1med1ato, poden-
1 >,:r111.Jto-F1111don,1I 
- , . 1: 11 r, 
grupo controle 
os com nucteos 
ssoaadas 
,\ , .._e-, l j'l11..Jdn 24 hor.1., ,lJ'º" .1 cirurgia se.m q~e 
t \i-t., qu.1lquc1 i ,,co de t ra(w ou co ntammaçao 
,l.i h ,.w . 
1 n t1 c> t.rnt o , .1l (' rt J 1110;.. p.11-.1 o uso da MENS 
·1 ,, !'('' orcr:1l1)tW inwd1.11n ,k lipoaspiração, pois 
e \ t,tc .1 lh';..~1hd1d.1lk de hJH'r acdcraçâo do rep~-
r,, e .trn:-cqul'n lc Junwn tú e r.1pidcz na formaçao 
u., fü,, d ,l' ... uht ut .i nc.1. c.1r.1dnist ica neste tipo de 
rr1..1,l--d1mcntl1 ,·1ru rg1ú). 
Reparação de fraturas/aumento da 
osteogênese 
:-t>gundt1 Bright on .... eletrodos de aço com 
; 1 :ll m1crúlmpert'S produzir.1111 melhor cresci-
r:t'r.t,1 n~~~ü em f rJt u r.1~ . 
O rnmt' tro uso clinico relatado de estimu-
..... :.io d t"lrKa para induzir a cicatrização da fratura 
!rn k1lu por I-nedenberg t' t ai. i ' no início dos anos 
dt l 1r o. Dt..>J.e ayude tempo, correntes contínuas de 
h:uu .1mpcrag.t-111 (oram u~dii!> para induzir novo 
LTc,.c,,r,c:mo , h',,\..'o em paciente:. com fra turas não 
l on:,ulid ,,dJ, !)e acordo com Robinson e Snyder-
-.\1adJu,- J -, 1rc1 tura -, não cunsulidad;:h e com má 
cumoliJ..Jçãn -,ã , 1 t ãu problemática~ par d os mé-
d1cm e ti:.1otcrapn.lla) qu.rnt o a,1, ferida !) crónica<; 
Jberta!-. :\ re:,pu'> ta <lo crc·!)u men to Ó1i1,eo 30 c~-
lróSt' e stu :. correlato., elétnco., Já fora111 d , - · ' t.'.~Líl l 0 5 
r.ll':,algum. e~1udioso.,. A teoria da "corrente dele-
~t1t1 p .1r ,1 o O:i'>O en\'Ol\'c uma negatividad l . 
. l erea trva 
J o kc1 do le-..ado com O não bado. 
[ . rografia da análise histológica da a g Fotom1c 
Figura · 21 º dia pós-peeling de ATA no grupo 
pele ~o rato no G
2 
HE 1 OX) ; observa-se um número maior 
expenmenlal ( ) (lág,eno mais compacto e eosinofítico. 
de fibroblastos, e co 
. d orrente originalmente utilizada 
O tipo e c , . 
l·d - óssea era contmua de baixa am-ara conso I açao . . . . 
P E t" 0 de corrente parecia adenr ng1da-peragem.sse 1P 41 • • 
à l . b' lo' gi· ca de Arndt-Schultz. Esta lei diz mente e1 10 _ . , . 
, 1 fracos aumentam a açao fis10logica, que est1mu os 
enquanto estímulos fortes podem inibir ou impe~ir 
t. ·d de J2 As correntes inferiores a 5 µA estao a a 1v1 a . 
abaixo do limiar para osteogênese; aquelas de 5 µA 
a 20 µA parecem produzir osteogênese significativa; 
e as correntes acima de 20 µA são destrutivas.41 
Apesar disso, em nossa prática clínica inten-
cionamos realizar o tratamento em um paciente de 
15 anos com fratura por avulsão em tuberosidade 
tibial. Realizamos a técnica denominada terapia 
prolongada com microcorrente, utilizando um 
aparelho específico com um tímer com autonomia 
de dez horas de uso contínuo, que o paciente uti-
liza no horário noturno (enquanto dorme). Na Fi-
gura 8.10, visualizamos o aspecto da fratura e dis-
creta presença de uma "ilhota" de cálcio na região 
anterior à tuberosidade tibial. 
Realizamos o tratamento por cerca de 30 dias 
ininterruptos, com aproximadamente seis horas de 
estimulação diária, empregando um pulso retangu-
lar de corrente contínua, com inversão de polarida-
d_e automática a cada 2,5 segundos, com frequên-
cia de 1 .000 Hz, e com uma dose de 60 microam-
percs. Na Figura 8. l l, visualizamos um fechamento 
~areia! do foco de fratura e intensa calcificação da 
ilhota óssea à frente da tuberosidade tibial. 
Lembramos que o uso da MENS em focos 
de fratura dev 1· e ser rea 1zado com colocação trans-
Figura 8.1 o a-b Fratura 
1 b 
· por avulsã 
u eros1dade tibial. 0 na tuberosidade tib' ial. Note pequena ima - - gem de estrutura de cálcio à frente da 
. ec o a reg1ao de fratura por avulsão em tuberosidade tibial a . . -Figura 8 11 a-b Asp t d ·-
No lar fechamento pare ia! do foco de Ira lura ( comparado com a Figura 8 1 O) . pos e letroest,mulaçao com m icrocorrente. 
da luberos1dade da líbia. . e intensa calc1f1caçao da ilhota de cálcio à frente 
versai dos eletrodos, aplicando-se uma frequência 
ac ima de 600 Hz para minimizar a impedância te-
cidual e permitir que a corrente possa chegar até a 
profundidade óssea. 
Em virtude da intensa e rápida produção de 
tecido ósseo, produzidos pela microcorrente neste 
caso, o ortopedista que acompanhava o tratamen-
to sugeriu que interrompêssemos o mesmo tendo 
em vista tratar-se de um paciente com 15 anos, 
portanto, em fase de crescimento, e os efeitos da 
microcorrente poderiam interferir na evolução fi-
siológica do centro epifisário tibial , causa
ndº um 
poss ível fechamento precoce. 
Anti -i nflamatóri o 
A resolução do processo inflamatório 
está associada ao restabelecimento da bioeletri-
cidade tecidual, à ação no sistema linfático, à re-
generação tecidual e à obtenção da homeostase, 
mediante o processo de cura. Este efeito anti-infla-
matório também vem em decorrência do aumento 
da circulação local, concomitantemente a uma 
elevação da defesa orgânica por meio da fago-
citose pela ação de macrófagos e anticorpos .
2 1
' 
Segundo Kirsch e Lerner, 2s frequências de 80 Hz 
ou 100 Hz, às vezes, produzem resultados m,li s 
rápidos ao tratar problemas articulares intlun~1 -
tórios (por exemplo, artrites, bursitcs, tendini -
l k i i11,1lo l 1111d1111 ;i l 
11 1. rl'lo cont rib11 cr11 11' 11 l'h . ). 111,l !> r 1, 1,1., t1cq11l·rh ,1 ,, • 
1 
) , ,.. 0 i\ 1,1,lm, o I ratn p.1r,1 r(•1,1rltudni- cm unµo I r,, · · 
1 ·t11do w,anJo urna tr\l'rtlo dl'Vr M: 111pr1.• M' I' ( ornp t · 
1 
., 
, ' ( b nt1IOl'l-'1' n: ,llí\1 ,1111 lll '(jlll' IH 1,1 ltl,lh h.,i ~,I. ' ' 1 1' ,\ 1 ·1 1. lntcnsrc nc e ,, ,d11da qu l' "' tkVl' l1 x M o n V( L t , 
, I . fl()l'IIHlllllClllC 
lw,i ( il ll c1111lort.\vt'I rnar." a ta, que I . , 11 ·w1 cll'I roc os t' cnl f l ' ,;110 a 600 m k rn,11111H .. •n i, • • . 
\ •. ,., 111cr1orl'S pnrn os 1 rpti i,onda, l'mbor;i ,,., vo.c. 
l'll11rodo1- de pr,11.1 . 
Bacter icida 
A ckatri1ação da ferida também pode ser 
illlpcdida pela infecção. A estimulação elétrica 
com condutor negativo de um gerador de corren-
ll' continua foi considerada, cm cultura ou in vivo, 
como sendo bacterioslatica ou retardadora do 
crc1,( imcnto dos microrganismos gram-negativos 
L' gram -positivos . ◄ 2 
Em um processo de cicatrização, o polo 
negativo de uma corrente direta deve ser coloca-
do sobre a ferida por sua ação bactericida. Quan-
do a ferida deixar de ser infectada, inverte-se a 
polaridade do eletrodo sobre ela, para que o polo 
positivo possa fazer a promoção do reparo. 16 
Em 1978, Eaglstein e Mertz'13 já mostravam 
que feridas úmidas submetidas à MENS se recupe-
ram mais rápido, em pelo menos 40%. 
Feridas contaminadas com pseudomonas e/ 
ou proteus apareceram estéreis após vários dias de 
cletroestimulação com microcorrentes.2 
Embora a maioria dos estudos mencione 
que se usa o polo negativo para inibir o cresci-
mento bacteriano e polo positivo para promover 
a cura, estudos indicaram o uso de correntes con-
tínuas que alternam entre o positivo e o negativo, 
automaticamente como sendo extremamente efi-
cazes para o reparo tecidual. Pesquisadores, após 
estudo em animais, apoiaram esta técnica, suge-
rindo que ela é melhor para a cura de feridas que 
as correntes que não possuem esta peculiaridade 
elctrônica.2 
Edema/inchação 
Com a ação da microcorrente . 
1 . . e• . no sistema m1at1co, aumentando a absorçfo d I' 'd . 
. . e O 1qu1 O m-lerst1c1al, podem ocorrer res t _ .. 
, 1 - pos as pos1t1vas na reso uçao de edemas. 2.1,.11, 
Relaxamento muscular 
. 0 muscular pós- trauma pode pro-O cspasm , 
r. . ., CÍ 'l de íluxo ~angu111eo, resultando vocar dc11c1cn ' - . 
. ó ., local, acumulaçao de metabólitos no-cm h1p x1.1 , d - d , 
1 • conduzindo a re uçao a smt~se de civos e ,01, . 
•1·· ar;-10 de m1crocorrentes, ao restabe-ATP. A ut1 ,z. Y' 
, t ~ de ATP, pode devolver a cura nestes lcccr a s111 ese 
2 ~.,,. 1r, 
casos. · S d M kl ) h Segundo Robinson e ny ~r- ac , ~r- ou-
li de fadiga muscular pos-exerc1c10s, uti-ve me 1ora . , 
. d microcorrente em cima dos musculos ltzan o-se a , . 
durante 20 minutos após os exerc1c10s. . 
Acreditamos que a cura de certos tipos 
d Sta, significativamente acelerada por de anos e. 
1. - apropriada de microcorrente, e mui-ap 1caçao _ 
d. ta' associado ao aumento da produçao to ISSO es ' 
de ATP ( energia) e à síntese de protemas dentro 
das células. 
-TÉCNICA DE APLICAÇAO ■ 
Como dissemos anteriormente, não é ideal 
utilizar os aparelhos de microcorrentes do mes-
mo modo que se utilizam os aparelhos de TENS. 
Pois, por exemplo, o TENS pode ser aplicado 
sobre o segmento contralateral de um coto do-
loroso, objetivando tratar uma "dor fantasma". 
Isso tende a não funcionar com as microcorren-
tes, que devem ser aplicadas, preferencialmente, 
sobre o local da dor, em virtude do seu caráter 
subsensorial. Além disso, segundo Stanish, 8 em 
comparação o TENS, a microcorrente, além de 
diminuir ou eliminar o processo álgico, acelera 
o processo curativo. 
Eletrodos de borracha de silicone têm uma 
resistência de cerca de 200 ohms, enquanto elé-
trodos de prata têm uma resistência de cerca de 
20 ohms. Os elétrodos de prata trabalham mais 
efetivamente com microcorrentes. 10 
Segundo Kirsch e _Lerner,28 os efeitos das 
microcorrentes são acumulativos e normalmente 
devem ser tomadas muitas doses para que se_jam 
alcançados os resultados finais de cura, embora rc-
sultados iniciais possam ser vistos durante ou ,1pos 
as primeiras sessões. 
---{> As técnicas de aplicações variam como 
na maioria das modalidades eletroterapêuticas. 
Entretanto, na fisioterapia dermato-funcional, 
as microcorrentes podem ser utilizadas basica-mente de duas formas: ...-{f) 
• utilizando eletrodos convencionais (borracha 
de silicone, autoadesivo e de prata). 
• utilizando eletrodos tipo sonda ou caneta 
(bastonetes, cotonetes etc). 
Normalmente, nas técnicas eletroterapêu-
ticas da microcorrente, verificamos, nas diversas 
~íreas da Fisioterapia, uma maior utilização dos 
eletrodos convencionais do tipo borrachade sili-
cone. Na Fisioterapia dermato-funcional também 
~ comum esta prática (variando com o uso de ele-
trodos autoadesivos), principalmente na técnica 
corporal, onde os eletrodos permanecem estáticos, 
permitindo a passagem de corrente pelos tecidos 
~ a 8.1'2 a-b Uso de ~letrados tipo sonda-nas 
ap_gf~laciais . 
Microcorrentes 
durante certo período. A técnica utilizando eletro-
dos tipo sonda (bastão) normalmente é emprega-
da nas aplicações faciais (Figura 8.12), por meio de 
movimentos sincronizados, de maneira a esqua-
dri11har todã a face, ora com estímulos seguindo o 
caminho dos vasos linfáticos, ora realizando "be-
lli~ões" no-intuito de estimular a epiderme, derme 
e até os mú_s_çulos.--
Observamos na prática clínica de alguns 
profissionais da área de estética a veiculação de 
informações sem nenhum tipo de fundamenta-
ção científica, apregoando que estes movimentos 
faciais realizados com os eletrodos tipo sonda se-
riam capazes de prover efeitos de lifting, ou seja, 
haveria algum tipo de "levantamento" das estrutu-
ras faciais, que provocariam grande efeito visual, 
mas que não teriam objetivo terapêutico, já que 
não perdurariam a ponto de servir como resultado 
estético permanente. 
Além disso, ressaltamos a importância de 
priorizar o uso dos eletrodos estáticos na face 
(borracha de silicone, autoadesivo e outros) (Figu- . 
ra 8.13 e 8.14) ou no corpo (Figura 8.15), tendo 
em vista que estes tipos de eietrodos são-capazes 
de concentrar maior quantidade de corrente nos 
tecidos, promovendo maior eficácia terapêutica. 
Quanto aos eletrodos tipo sonda, alertamos que, 
visando ao seu constante movimento, a concentra-
ção da corrente nas áreas alvo é prejudicada em 
virtude da inconstância da permanência do eletro-
do na área a tratar. 
Para a prática clínica de Fisioterapia derma-
to-funcional, recomendamos o uso de aparelhos 
que apresentem vários canais de saída de corrente, 
pois isso facilitaria a distribuição de corrente na 
estrutura a tratar, principalmente nas aplicações 
faciais (Figura 8.13 e 8.14). Encontramos no mer-
cado uma variedade de opções de quantidades de 
canais de saída de .corrente por aparelho, podendo 
variar entre seis a dez canais, mas verificamos tam-
bém modelos que fornecem apenas um ou dois 
canais de saída; esses tipos de aparelho tendem a 
limitar O uso da MENS e, consequentemente, co~-
ter a eficácia do tratamento em algumas s1-prome 
tuações clínicas. 
Alguns aparelhos oferecem a~~da outras 
_ de eletrodos como luvas de silicone con-opçoes ' 
d l·oli·nhos metálicos, máscaras, pregadores utoras, 
auriculares etc. 
1 )l>r111:11 n-f 1111r i1 ,n;rl 
8 
13 Técmca de aplicação passiva, util izando 
Ftgura . .. 
e etrooos de borracha de s11tcone. 
figura 8.14 Tecnica de aplicação utilizando eletrodos 
autoades1vos. 
As Figuras de 8.16 a 8.19 mostram o trabalho 
real izado em úlcera de pressão com uso de MENS e te-
rapia convencional, onde foram empregados eletrodos 
de borracha de silicone. Verificamos inicialmente que 
a úlcera permitia a colocação de 60 mi de soro fisioló-
gico em seu interior. Após cinco sessões de aplicação 
de M ENS, ela somente permitia a colocação de 45 
ml de soro. Após 60 aplicações, a regeneração da lesão 
mostrou que ela comportava somente 25 mi de soro. 
Atualmente são utilizados também eletrodos 
autoadesivos do tipo patch (Figura 8.20). Estes eletro-
dos ~ão constituídos de superfície autoadesiva e bate-
ria produtora de corrente com intensidade no nível de 
microamperes. Algumas baterias possuem autonomia 
de até 500 horas de uso, permitindo ao paciente o uso 
contínuo durante o dia e à noite. 
O alongamento de grupos musculares encur-
tados ou o "encurtamento" de grupos estII· ad / 
fl , ·d os e ou 
a~1 os podem ser realizados por técnicas de e ti. -
laçao s mu 
. que _usam a mão do terapeuta com o eletrodo de 
est1mulaçao em forma de lu e . vas, con1ecc1onadas com 
. de apl icação em sequela de 
F. ra 815 Técnica d • 1gu , tilizando eletrodos autoa es1vos. 
queimadura na perna u 
.,. .. : ~,-:.is-
·s ., 
i :. . 
,.. l· .. : 
~: *~":• 
Figura 8.16 Úlcera em reg ião sacra!, com volume de 60 mi 
de soro em seu interior. 
material emborrachado contendo partículas de carbo-
no (Figura 8.21). 
As técnicas de eletromassagem exigem que 
o terapeuta coloque eletrodos em seu corpo, assim 
como no corpo do paciente, para que haja o fecha-
mento do circuito elétrico. Isso é feito usualmente 
colocando-se um eletrodo no dorso da mão do te-
rapeuta e o outro eletrodo no paciente, em um lo-
cal distante da massagem. O fechamento do circuito 
elétrico é realizado pelo contato da mão umedecida 
do fisioterapeuta com o paciente durante a massa-
gem. Há pouca ou nenhuma sensação, tanto para o 
paciente quanto para o fisioterapeuta. Quanto aos 
eletrodos em forma de máscara (Figura 8.22), estes 
são especialmente indicados para aparelhos fabr ica -
dos com poucos canais, pois estes tipos de eletrodos, 
normalmente, necessitam apenas de dois cabos par,1 
a transmissão da corrente elétrica, favorecendo assim 
uma maior distribuição de microcorrentes na fa..:l\ 
em con -1paraçao ao uso de eletrodos tipo "ba:-ti o''. 
Figura 8.17 Aplicação da MENS 
borracha de silicone. com eletrodos de 
Figura 8.18 Aspecto da úlcera após cinco dias d 
aplicação de MENS (cabendo volume de 45 mi). ª 
Encontramos também, eletrodos com forma-
tos especiais para a adaptação em áreas específicas. 
Na Figura 8.23 verificamos eletrodos com formato 
apropriado para uso em mamas, especialmente indi-
cados para pós-operatório de mamaplastia. 
Quanto aos parâmetros de modulação, ve-
rificamos cornumente, em nossa prática clínica, o 
uso de frequências que giram em torno de 100 Hz 
a 200 Hz quando o objetivo for tratar áreas mais 
superficiais (pele, músculos superficiais, tendões 
etc.) . Entretanto, quando o objetivo for atingires-
truturas mais profundas, recomendamos 
O 
us~ ~e 
600 Hz a 1.000 Hz, com os eletrodos em posiçao 
transversal ao local de tratamento. 
Quanto à intensidade de corrente, de acor-
d 
. 'fi s aliados à nossa 
o com alguns achados oentl co , , d so de 80 a 100 
pratica clínica, recomen amos 
O 
u 
. . . d fecções dennato-
m1croamperes na mawna as ª 
funcionais. 
Minocom'ntes 
Figura s_. 19 Resultado de 60 dias de tratamento 
convencional e MENS ( cabendo agora um volume 25 mi) . 
Figura 8.20 Patch de microcorrente usado por 24 horas 
no tratamento de queimadura na pele. 
Figura 8.21 ~ Eletrodos em forma de luvas condutoras, para 
associação da terapia manual e microcorrente. 
1 \
'í111:llil-h
lllli111l.il 
,. 
f,gu,a B
 ~Z flel!l'd,l i,11 ,,nlJ d,' n\JsCJf<I. usada nom1a1mente em aparelhos coni um ou dois canais de sa1da de corrente: 
itl',ilt, ~
•• ,91ç;o entn' ,,s meios de contato para QUe haja a dislribuiçáo de corrente elétrica em
 toda a tace. 
,. 
Figura 8.23 Eletrodo em
 form
a especial para uso em
 
região de m
am
a (a); posicionam
ento do eletrodo na 
m
am
a (b) 
,., 
INDICAÇOES ■
 
A
s prin
cipais indicaçúcs na llsioterapia ge-
ral são ,1s cic
1trizes l'l\l rcgcnl'raçü
o; rupturas m
io
-
lendinosas (visando ao reparo tccidual);
11. 1:-
pro-
cesso inflam
atório (tendinites, tenossinovites etc.); 
pós-operatório de um
a m
aneira geral (visando a 
acelerar a recupcraç,io l' dim
inuir cdc111a, dor, e in
-
llam
aç,in); úlceras de decúbito (prom
oção de ação 
_. _. :l·,)··'~.r.- 1~
 síndrom
es doloro-
.. i 1 .. 1 e b,1cte11l 1<. , , 
rep,u ,H
. l 1' 
1 .1•1.,11. ~1.,c._;_. ..,s·tados de ten
-
. .. 
aera ; 
'-• 
-
-n, dt' um
,1 m
,rneu a.::, 
-
d 
. 
• • · 
. 
.. , .. ,-1._;, recup
eraçao 
e queim
a-
.. -
111scular; tr.1tu1 ,1., 
-
s,1
0
 n 
· 
-eo -tina -o~s-
. 
, ;-
.. _ E
 nbora ocorram
 P
1 
e 
r 
l..-
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duras-~· 
eout1,1s. 
1 
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l 
_ t"pos de expos1çoes a cam
po
s 
a respeito dt' a guns 
1 
. 
. 
_. 
, . _ _ 
-oniz,rndo que esta expos1
-
e\ctrom
agnt't1L0~
, preL 
, 
-
,· 
. 
_ 
. 
1 
. . .1 eoplasias, ha um
a tarte e\ 1den
-
ç,w
 possa 
ev.11 ,1 1 
,, 
. 
. 
__ 
''e\etrom
aanético 
provid
o pela 
o
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.
. 
. 
l --
d 
b·11·xa am
peraaem
 possa nornuli-
estunu ª\ªº 
e 
' 
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' 
( 
:
:
,
 
• 
. 
t 
-eltilar inibindo o cresrnnento da 
zar o cresc1111en o L. 
' 
_ ,1 h m
10rm
al, e, após esta inibição, apressando o 
~:~~:sso de divisão celtilar da céltila norm
aJ.38.,-i."º _s,e 
um
a célula estiver em
 w
n
 estado nom
1al de equ1h-
brio fisiológico, cm
npos elétricos externos parecem
 
não afetú-la.
1' 1 
Seatm
do W
ino/ até esta data, a m
elhor evi-
.::, 
::, 
dência de pesquisa em
 favor da estim
L
ilaçào com
 
m
icrocorrentes apoia a utilização do polo negativo 
( cútodo) com
o sendo o m
ais efetivo para o reparo e 
regeneração de ossos e nervos, enqu..m
to a estim
ula-
ção com
 m
icro,m
1peres no polo positivo (ânodo) apa-
rece com
 m
ais efetividade na cura de lesões de pele. 
N
a Fisioterapia derm
ato-funcional, encon-
tram
os algum
as situações clínicas em
 que a m
icro-
corrente possui papel preponderante na resolução 
das m
ais diversas afecções. E
ntre elas, o pós-peeli11g 
(quím
ico ou m
ecânico), na busca de um
a norm
a-
lização da cam
ada da pele que foi desbastada pela 
técnica abrasiva do peeling, estim
ulando sua rege-
neração; no pós-operatório im
ediato de cirurgi,1 
phística visando à rápida resolução do edem
a, dn 
hem
atom
a, da dor, da inflam
açào, e acelerar a ci-
catr_izaçào (alertam
os cuidado no pós-o
per~1tóril) 
d: ~ipoaspiraçüo); na acne, com
 açào anti-intbm
,1-
to
rn
 
b·1et 
· ·d 
· 
. 
', 
' 
enc1 
a e o
catn
zante; na prew
111.,·~il1 lk 
envelhecim
ento cut,1neo etc. 
figura 8.24 Normalmente, inicia-se uma . . 
reah:ando urna higienização com loça· h'drev1taliza~ão facial 0 1 roalcoól1ca. 
Figura 8.25 Pode-se buscar, de alguma forma, influenciar 
o !ônus muscular e as linhas de tensão da pele, realizando 
movimentos com os eletrodos, acompanhando o sen!ido 
das fi bras musculares faciais com maior grau de tensão 
(buscando uma possível "normalização"). 
Figura 8.26 Pocle ser rea lizada uma lubrificação com gel 
neutro ou com ativos cosméticos. 
Mícr1,c1,rrcnlt11 
Figura 8.27 Com o suposto obíetívo de melhorar a 
circulação e a nutrição da derme papilar e reticular, os 
eletrados podem ser movidos em toda face no sentido 
diStoproximal , realizando-se movimentos em "S". 
Figura 8.28 Com outro modelo de eletrodo, comumente 
empregado na região do pescoço, podemos tratar esta 
região deslizando os eletrodos, buscando atingir toda 
musculatura. 
Figura 8.29 Pode-se realizar também o "encurtamento" 
ou a aproximação das extremidades dos músculos com 
ptose, intencionando melhora na irrigação sanguínea 
1 )l' íl 11., 1 o-F, 111l·i1111; 1 I 
Figura 8.30 Pode-se repetir o movimento anterior na 
reg1M 01b1cular dos olhos com bastante suavidade. 
Figura 8.31 Pode-se realizar um pinçamento em toda 
sobrancelha e em toda face de distal para proximal , 
buscando proporcionar um leve eritema (sinal de estfmulo 
circulatorio) . 
Figura 8.32 Finaliza-se com deslizamenlo bilateral no 
senlido ascendenle próximo a região nasal. 
O aumento da produi·ào da Al'P t d . . T e en e a 111 -d um a uma verdadeira rcvit'lliz .... ça-0 t .d I . , • . • « , ec1 ua , pois ac1escenta tonte extra de energia d1·spo , 1 ' , nive para os 
1 
,
1 
. . 
11
., c. clularc.,, L' 111 ,,0 " L' h;11,c 1. 1 11 . 1ncla ) O ll · prnLc:-,.-.o:-. , ir c ., l l' 11l l 'lod o na lul:1 , 11111 r,1 . · . lt' i11IL'l'l' ,',',l p< 
crcsLLl 1 . ·onológico e lnl o111 d11z1do d,1, •l)VL'lll CLi lll l'll lO CI ,, . .. ·. 1. M . . ll L , . 1 . f" · noll tjlll' ;1 IL 1Jp1.t ( (. 1(.1()(.C)í '1 1 . ,,; ( l"I li • l li 1 
Ll' LI ;is . . ' ' . . _. tecido:-. ..,cm dcix;i r c1c.: al ri:t.c, , e(· 
l'L'lllL'S l'l'Jll Vl'l1LSLl.: · ' ' 1 f 1 " .. 1 1. L'. LIJ"ar 111.JI', rap1c. a ( () lllllll ( () /\ i l l<Jl"lll;t llilllll ., ( L . . . 
1 
. 1, ·i ·i do cdcm.:t , o ,1u111c11lo da u r n:du~·Jo 1111 a111,1 OI ' . • . . . , •• 
1 nzcndo sub..,ta11c,.1 .., de dt:i l:,:t culaç,io ,.;c1 ngu111c,1 , , . . , . 
1 
. •hx ·urn:nlo ele mw,culm apn.:,sJm J;1r;1 o loca e o , e • . , . , . 1 . . . rn:nlc é cxccpc1onal 111cntc ui d crn il cura. A ,nic1 oco . . • 
1 
. ,,olcs como fenda~ , traumas, p( ,, danos de 1cc.: 1c os 1 · ' 
• . • 
1
• darmcntc, nos tratamentos ele dor -cirurgia e, par 1cL • . ., . . 
1 Prazo por causa das cicatrize, residual cm ongo · ' , , . , • . • . 7.211 Segundo Cruz ct al. ," 2 este mcloclo pos-c1ru1g1cc1s. , , . . de ser aplicado no pos-operator10, de trnt:c1111ento po ' . . . . 
1 d Llll,a aceleração c1catnc1al apm qual resu tan o em e e 
quer cirurgia. . Lembramos mais uma vez que o encam1 
1 t do Pac iente para terapia com mi cro 11 ,amen O ' 
t , prove,1iente de procedi mento cirúrgico, corren es, 
deve ocorrer, se poss ível, 24 horas após a cirurgi a 
pois, como a microest imulação não oferece ne-
nhum tipo de sensação desconfortável e não causa 
contração muscular, não haverá riscos de compl i-
cação pós-cirúrgica e o paciente somente se bene-
ficiará de efeitos do tipo anti -inflamatório, antie-
dematoso e cicatrizante. 
O efeito da eletroestimulação é a base que 
sustenta os tratamentos de eletrolifting, que, como 
seu nome já diz, estão indicados a produzir um 
"levantamento" das estruturas cutâneas em pro-
cesso de envelhecimento, é usado para combater 
os sinais de cansaço e estresse sobre a pele. Neste 
tipo de eletroterapia, utiliza-se uma agulha fina , 
introduzida até a epiderme, sendo então ligada ao 
cátodo da rnicrocorrente de corrente contínua. 63 
Guirro e Guirro 2-1 relataram que os fibro -
blastos, células derivadas do mesênquima, pos-
suem uma capacidade de replicação baixa nas 
estrias, mas que esta replicação pode ser modi -
ficada em resposta aos estímulos controlados do 
eletrolifting, por meio da introdução da agulh .:ts 
com microcorrente. 
- - A microcorrente também pode ser usada 11 ~1 
eletrolipólise (eletrolipoforese) , que se constitui de 
uma técnica terapêutica, onde são introduzidos, na 
camada adipos·1 SL1bcL1ta' 1 1 d - J e I ea, e etro os em forma u t' 
agulhas. A corrente passa através de duas agulh.b. sendo capaz d · • ' e e ongmar uma neuroestimuL1çClo qul' 
levaria à promoção da lip , 1. 0 ise no territó · d e, consequentemente .' . no trata o . , a que11na de gordura. ~.1 Apesar de contraindic . aimosousod 1 dos do tipo sonda (b ·t· ) ' os e etro-as ao n·1 te,· . d . • • ' ap,a ermato-fun -nonal, pnnc1palmente, quand . . . , . , . o ., 11111::nçao e prover concentraçao de corrente en d , , . . . . - . . 1 eh:i mmadas árc·,s n~nhcamos, amda, nos nro -c.'d ' ' ' . . , r L uncntos puramente estetJCos, o uso desse tipo de cl ,1 . d N . l: 10 o. as F1guns S.2-1 a 8.32, relatamos a senuênc,· . d, ' · .. . , . , . "' ª t: um exemplo de t1<1t,11nc.::nto esktKo L·omumcnt . . . . . . e emp1egado nos Ll)mtiltónos de estética, intencio . d " . . . . . .. nan o uma rev1-1,1ltzaçao t·ac1al , empregando .1 111 -, 1crocorrente com 
1J uso dos eletrodos tipo sonda R l • essa tamos que l'mbor-..1 este protocolo seja basta t d'f d' . . n e I un ido e l' rnprl.'gado, nao há comprovaça·o c· t'fi d ~ 1en I ca e que ek promova resultados confiáve· • . . is para aquilo a que . se propoe, devendo, portanto, ser melhor in-
H~st1gado antes de ser colocado em prática. 
CONTRAINDICAÇÕES ■ 
São poucas as contraindicações da MENS, 
dentre elas a osteomielite e a dor de origem des-
(Onhecida. 3 
Pode ocorrer ainda alergia ou irritação à 
corrente elétrica, principalmente quando for utili-
zado microcorrente de corrente contínua. 
Alguns autores1·6·'º relataram que devemos 
nos preocupar quanto à aplicação sobre útero 
grávido, pois a excitação elétrica poderia afetar, 
teoricamente, os sistemas de controle endócrinos, 
podendo até provocar aborto. Entretanto, os auto-
res que relataram este fato não sustentaram cien-
tifi camente esta informação. Caso haja aplicaçãono eixo do marca-passo, poderá ocorrer influência 
em seu funcionamento. 
Segundo Starkey,3 podemos tomar como 
precaução as seguintes situações: o uso de micro-
correntes em pacientes desidratados pode causar 
náuseas, tontura e/ou dores de cabeça; e o pacien-
te pode se queixar de "choques" elétricos quando a 
microcorrente for aplicada em um tecido cicatricial, 
isso ocorre em virtude da corrente emitida "forçar" 
a resistência elétrica da cicatriz. Neste caso, deve-se 
diminuir a intensidade da corrente. 
Microcorrcntrs 
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