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Resenha Ilha das flores

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
CURSO DE ENFERMAGEM
Patrick Kelton Sousa Silva
ATIVIDADE RESENHA CRÍTICA DE PROCESSO SAÚDE-DOENÇA E
CUIDADOS DA ENFERMAGEM
2021.2
Resenha crítica – Ilha das flores
A curta-metragem Ilha das Flores, de Jorge Furtado, retrata a relação
humana, o capitalismo adjunto de suas consequências das quais a desigualdade
socioeconômica que a acarreta. Ilha das Flores, do nome, é um lugar com poucas
flores com uma realidade assustadora, mas o começo do curta começa em outra
situação, se inicia na colheita de tomates como todo seu processo de plantação,
colheita, venda, transporte, consumo residencial e seu descarte. Esse tomate
descartado no lixo é levado para ilha junto com outros alimentos e lixos que foram
descartados por milhões de pessoas da cidade (na Cidade de Porto Alegre
habitada por mais de um milhão de habitantes produz mais de 500 toneladas de
lixo diário), alimento esses que são descartados posteriormente em lixões a céu
aberto, em um local teoricamente longe de onde habita alguma população para
que essa população não seja prejudicada de nenhuma forma, pois, esses
descartes de matéria orgânica acabam levando a contaminação, proliferação de
germes e bactérias que são organismo causadores de doenças que afetam
diretamente o funcionamento do organismo dos seres humanos, doenças que
geralmente são comuns por consequência do lixo, a leptospirose, peste bubônica,
(causadas pelos ratos), além de febre tifóide e cólera (causadas por baratas),
malária, febre amarela, dengue, leishmaniose e elefantíase, transmitidas por
moscas, mosquitos e pernilongos. Esses “restos” de alimentos são destinados
posteriormente a porcos, animais de donos de terrenos/terras que possui dinheiro,
em seguida as sobras desses alimentos que já está em forma de higiene precária
são destinados a pessoas que vivem em situação de extrema pobreza para uso e
consumo próprio, para distribuição o dono faz tipo um rodízio de pessoas, o
número de pessoas pode entrar no ambiente, mas só pode coletar por no máximo
dez minutos, ao encerrar o tempo entra outro grupo de pessoas e coletam por
mais dez minutos. Essa realidade infelizmente não acontece apenas na parte
citada específica do curta-metragem, é bastante comum no Brasil inteiro, desde
antes até os dias após a divulgação desse material, o mínimo não é feito para
mudar a situação em que vivem essas pessoas que acabam sendo invisíveis para
todos os governos, no qual não cumprem a lei que está prevista na Constituição
Federal do Brasil, ao qual cita “Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição”.
Essa situação deixa extremamente evidente a ausência de
saúde e bem estar nessa complexa situação de desamparo em definição
seguindo essa linha mais abrangente, a Organização Mundial da Saúde
(OMS), em 1946, definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico,
mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade. O
que é claro que não está ocorrendo no ambiente familiar de todas essas
famílias que além de viver nesse ambiente insalubre (quando se tem residência
para viver) ainda passar por questões que afetam diretamente a sua saúde
física (água potável contaminada por lixo e metais pesados, doenças que foram
citadas acima) e mental (pela situação extremamente sensível de não ter o
mínimo que seja para uma alimentação adequada e decente para si mesmo ou
seus filhos), passando por situação totalmente constrangedor-humilhantes.
Essas e mais outras problemáticas são decorrente principalmente pelo o
capitalismo no qual o social e a classe operária pobre que sentem na pele seus
efeitos (péssimo acesso à saúde, educação de qualidade, acesso a cultura e
outros), pois, no mundo a produção em grande escala com o auxílio do avanço
da tecnologia em geral é mais que suficiente, mais que possível alimentar
todos os seres humanos que habitam na terra, mas pelo sistema capitalista que
apenas visa o lucro e nada mais, muito menos a vida humana de trabalhadores
preferem serem egoístas ao invés de alimentar quem realmente tem fome mas
isso não gera lucro, e é uma causa social. A ausência de políticas públicas
governamentais também é um agravante sério a ser levado em conta pois
como citado anteriormente a qualidade de vida de todos os seus habitantes
que é direito previsto em leis nacionais e internacionais, a prestação de saúde
pública a essas pessoas também tem que vim de forma preventiva antes que
se torne um caso clínico bastante grave por não terem o mínimo necessário
para viver de forma digna perante a sociedade, o acesso a saneamento básico,
alimentação adequada, alimentos com a higiene adequada para consumo, a
educação a essas pessoas para que possam se tornar pessoas com
oportunidades iguais outras que não são excluídas da sociedade. E por fim,
fica a crítica a sociedade atual movida pelos sistema capitalista que os fazem
serem seres humanos extremamente egoístas e consumistas pois, nesse
processo ocorre uma grande produção de lixo que demoram anos e anos para
sua decomposição completa se perpetuando por anos na natureza que sofre
por anos por causa da ação antropológica.
Para última reflexão o deixo uma citação do geógrafo brasileiro Milton
Santos, “Existem apenas duas classes sociais, a dos que não comem e a dos
que não dormem com medo da revolução dos que não comem.”

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