Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nariz externo e cavidades nasais Amanda Gonçalves M2 2020.2/UFRJ - Vias aéreas superiores: cavidades nasais, faringe, laringe e parte superior da traquéia (na direção da clavícula) - Vias aéreas inferiores: parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos - Surfactante: reduz a tensão superficial dos alvéolos, impedindo que haja o colabamento de sua parede - Ar que preenche os alvéolos também impede seu colabamento - Ventilação pulmonar: 2 fases ● Fase de inalação do ar, quando ele entra pelas vias aéreas (cavidades nasais) - inspiração ● Expiração - Diferença de pressão intra e extrapulmonar + retração da parede elástica dos pulmões contribui para a expiração - Espaço morto anatômico: estruturas das vias aéreas que não participam da hematose (faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos). - Espaço morto fisiológico: conjunto de alvéolos não capilarizados/vascularizados. No entanto, o exercício físico estimula células a produzirem o VEGF (fator de crescimento de vaso), o que aumenta a capilarização de alvéolos antes não vascularizados, o que aumenta a capacitação aeróbica. DPOCs, no entanto, podem aumentar o espaço morto fisiológico ao espessarem a parede dos alvéolos, reduzindo sua capacidade de realizar permuta gasosa NARIZ EXTERNO - Forma o arcabouço ósseo e cartilaginoso do nariz - Na raiz do nariz (parte superior), há o osso nasal esquerdo e direito, ligados pela sutura internasal - Lateralmente a cada osso nasal há o processo nasal do osso maxilar e o processo nasal do osso frontal, que contribuem para a formação da parte súpero lateral do nariz - O ápice do nariz é essencialmente cartilagíneo (cartilagem septal, que contém 2 partes: o processo lateral direito e esquerdo da cartilagem septal), formado por uma pele que contém glândulas sebáceas. - As cartilagens alares direita e esquerda (e menor e maior) permitem que a narina fique aberta - Na união das cartilagens alares com a septal, forma-se a narina (o buraco onde passa o ar) - A pele que cobre o nariz externo continua na narina e forma o vestíbulo do nariz (região de entrada da cavidade nasal esquerda e direita) CAVIDADES OU FOSSAS NASAIS - Separadas pelo septo nasal (parede medial da cavidade) - O septo nasal é formado por uma parte cartilaginosa (cartilagem septal), que se articula/se encaixa na lâmina perpendicular do osso etmóide e na parte anterior do osso vômer - Ou seja, a parede medial é formada pela cartilagem septal, pelo osso etmóide e pelo osso vômer - Região do vestíbulo possui pelos ou vibrissas (umidificados, permitem a filtragem do ar) - A parede lateral é formada pelas conchas (nasal superior, nasal média e nasal inferior) - Entre as conchas, há os recessos (de cima para baixo: esfeno etmoidal, meato nasal superior, meato nasal médio, meato nasal inferior) - O teto da cavidade nasal é formado pelo osso nasal, osso frontal, etmoidal e esfenoidal - O assoalho da cavidade nasal é formado pelo processo palatino do osso maxilar de cada lado e por uma lâmina horizontal do osso palatino - As paredes nasais são revestidas por mucosas e submucosas, que estão aderidas às conchas e à parte cartilagínea - A mucosa é umedecida pelo muco, produzido a partir de seios (frontal, esfenoidal, maxilares e etmoidais) - Esses seios contém células que secretam muco, que é liberado em óstios de ductos dos meatos - A mucosa umidificada retém partículas mais finas do ar (fuligem, fumaça, poeira) - Essas partículas, ao entrarem na cavidade nasal, encontram as conchas, que aumentam a superfície de contato do ar com a mucosa - A mucosa é ricamente vascularizada, aquecendo as cavidades nasais - Os seios paranasais são cavidades ocas em torno das cavidades do nariz. Eles produzem o muco, tornam a região da face mais leve (o que não aconteceria se os ossos fossem maciços), além de permitir que o som sofra ressonância (ficando anasalado) - As conchas nasais média e superiores fazem parte do osso etmóide, enquanto a concha nasal inferior é um osso independente - Límen: região entre o término da pele do vestíbulo e o início da cavidade nasal - Os seios etmoidais encontram-se muito próximos do bulbo ocular e do nervo óptico. Então, numa condição de sinusite etmoidal, essa infecção pode progredir, distender e romper as células etmoidais que, por sua vez, podem comprometer a bainha do nervo óptico, causando a neurite óptica, que pode levar o paciente à cegueira - Os seios maxilares liberam muco no meato nasal médio, por meio do hiato semilunar - O teto do seio maxilar corresponde é o assoalho da órbita ocular, enquanto o assoalho é o teto da cavidade oral (na direção dos dentes molares) - A inervação do assoalho do seio maxilar (e do teto da cavidade oral) é feita pelo nervo alveolar superior, que deriva do nervo maxilar do trigêmeo (então uma sinusite maxilar pode fazer com que a pessoa ache que está com dor de dente, e vice versa) - O ápice do osso maxilar se volta para o osso zigomático - Os seios frontais encontram-se posteriormente aos arcos superciliares - Os seios maxilares drenam o muco superomedialmente, ou seja, para que eles liberem o muco, precisam estar cheios (pro muco “vazar”) - A inervação das células etmoidais e frontais é feita pelo ramo oftálmico do nervo trigêmio - O muco do seio esfenoidal é liberado no recesso esfeno etmoidal - Células etmoidais posteriores liberam o muco no recesso esfeno palatino, e as anteriores e médios liberam no meato nasal médio - O óstio faríngeo da tuba auditiva permite a comunicação da nasofaringe com a orelha média (onde fica o tímpano), então podemos desenvolver uma otite média devido a uma rinite infecciosa - O teto do seio esfenoidal se relaciona intimamente com o canal óptico, com a fossa hipofisária (sela túrsica), além de por cada lado dele passarem o seio cavernoso direito e esquerdo, e por onde passam os nervos oculomotor, troclear e abducente (processos traumáticos da parede desses seios, que são muito finas, podem causar várias complicações ) - MACROADENOMA DE HIPÓFISE: ● Tumor geralmente benigno ● Glândula aumenta e desloca a parede do seio esfenoidal inferiormente, além do quiasma óptico ● Isso leva a pessoa a ter dores de cabeça e visão turva ● O aumento dos níveis plasmáticos de prolactina indicam o macroadenoma SUPRIMENTO ARTERIAL DAS CAVIDADES NASAIS - Carótida interna origina a artéria oftálmica, que origina as artérias etmoidais anteriores e posteriores - A carótida externa origina a artéria maxilar, que passa pelo forame esfenopalatino, passando a ser a artéria esfenopalatina, que se ramifica em ramos laterais e mediais - Esses ramos se anastomosam com os ramos das artérias etmoidais anteriores e posteriores, formando uma rede anastomótica - Os ramos mais inferiores da artéria esfenopalatina passam pelo forame palatino maior, originando a artéria ou ramo palatino maior, que se desloca para frente na região do palato - Essa artéria palatino maior passa pelo canal incisivo e se anastomosa com os ramos mais inferiores com os ramos da artéria esfenopalatino - Os ramos nasais da artéria facial também contribuem para essa rede anastomótica - Área de Kiesselbach: área que sofre frequentemente ruptura, originando um quadro de rinorréia ou epistaxe, que pode ocorrer em função de um quadro de hipertensão arterial que podem causar a ruptura pela tensão, ou em função do calor excessivo, que gera dilatação das artérias INERVAÇÃO - A inervação sensitiva das cavidades nasais é feita pelos ramos oftálmico (se distribui pelo terço ântero superior da cavidade, que também apresenta inervação especial do nervo olfatório) e maxilar (se distribui pelos dois terços póstero inferiores) - Uma rinite alérgica ou edema da mucosa nasal podem dificultar a ligação de moléculas do ar aos quimiorreceptores, o que gera hiposmia ou anosmia (redução ou perda do olfato) - A inervação autonômica simpática é feita por fibras nervosas que saem do corno lateral da coluna intermédia, passam pelo gânglio simpático e seguem a carótida interna,entrando no crânio e indo em direção à região nasal - Os neurônios pré ganglionares parassimpáticos localizam-se no núcleo do trato solitário, termina num gânglio pterigopalatino, onde há neurônios pós ganglionares que ganham a cavidade nasal a partir do forame esfenopalatino, regulam o tônus vasomotor das artérias e veias presentes na mucosa da parede medial e lateral, podendo causar vasodilatação e vasoconstrição, assim como a liberação de muco - Tanto a cavidade nasal quanto a oral se comunicam com a faringe - Coana ou coano: divisão entre a cavidade nasal e a nasofaringe (onde termina uma e começa outra) - A cavidade oral se comunica com a orofaringe por meio do istmo das falsis ou istmo da garganta ou garganta (é uma cavidade, uma abertura) - O palato mole forma o teto da fossa tonsilar e o assoalho da nasofaringe - A úvula é a extremidade distal do palato mole Referências: NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª ed. RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019.
Compartilhar