Biomecânica das Próteses Fixas - Parte II

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Prótese Fixa | Larissa Primo | UFPE
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Parte II
❖ Princípio mecânico
Estão relacionadas a tudo que afeta a durabilidade e integridade da restauração. Estão
relacionados à resistência do trabalho restaurador como: toque, perfurações, fraturas,
distorção e flexão, deslocamento: forças horizontais e verticais.
A resistência está relacionada com:
- Retenção: É a característica do preparo em impedir o deslocamento da
restauração no sentido contrário à sua via de inserção. É a resistência às forças
de tração (alimentos pegajosos).
● A retenção é diretamente proporcional ao número de pontos de contato e
paralelismos das paredes axiais.As superfícies que tem uma coroa clínica
mais altas, possuem uma maior superfície de contato, consequentemente
terá uma maior retenção.
● Em relação ao grau de inclinação ou conicidade, superfícies e paredes
axiais mais paralelas entre si, vão ter uma maior possibilidade de retenção,
vão ter uma retenção friccional entre a restauração e o dente mais efetiva,
quando comparadas com coroas que tenham paredes axiais inclinadas
ou seja, o preparo vai ter uma maior conicidade, pois dessa forma diminui
a retenção. No entanto, não podemos ter paredes axiais totalmente
paralelas entre si já que dificulta o escoamento do cimento e como
consequência, não permite um assentamento correto da restauração no
momento da cimentação, podendo apresentar falhas marginais no
assentamento dessa coroa e também problemas oclusais. Dessa forma,
coroas curtas necessitam de um paralelismo maior (6°) e coroas longas
admite-se uma convergência de até 20°
● Além do paralelismo, a retenção é provida pela textura superficial
apresentada tanto pela própria restauração como também pelo preparo.
O jateamento de óxido de alumínio pode aumentar em até 64% a retenção
Obs: quanto maior a rugosidade do preparo, maior a dificuldade de
moldagem.
● Meios de retenção adicional: sulcos, canaletas, caixas
● Fatores que influenciam a retenção:
- Grau de inclinação ou conicidade
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- Área da superfície preparada
- Textura da superfície preparada
- Meios auxiliares para retenção
- Estabilidade: Característica do preparo de evitar o deslocamento frente às forças
oblíquas, ou seja movimento de deslocamento e rotação do preparo.
● Quanto maior a altura, maior a resistência e maior estabilidade em relação
a rotação da restauração.
● Quanto maior a conicidade, menor a estabilidade e resistência frente a
uma força oblíqua.
● Se a largura for maior que a altura do preparo, a estabilidade ficará
comprometida.
● Largura deve ser pelo menos do mesmo tamanho da altura.
Obs: Meios adicionais de retenção:
1. Sulcos: O sulco ou caixa deve distanciar num arco maior ou igual a 180°, um do
outro, para conferir maior estabilidade à peça.
2. Canaletas
3. Caixas
Obs: Fatores que influenciam a estabilidade:
1. Altura do preparo
2. Diâmetro do dente
3. Conicidade
4. Inclinação da parede pulpar
5. Término cervical
- Rigidez: Qualidade da restauração para não apresentar deformação permanente
sob a ação das forças mastigatórias.
Fatores dependentes:
● Espessura do metal
● Tipo de liga empregada
● Espessura da porcelana
● Qualidade do preparo dentário
● Tipo de término cervical
A rigidez estrutural pode estar relacionada:
● Redução oclusal e axial suficientes;
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● Promover espaço suficiente para o metal e a porcelana;
● Espessura uniforme da porcelana;
● Biselamento das cúspides funcionais;
Obs: Se o profissional não realizar a espessura do preparo de forma eficiente para
receber sua futura coroa, ele vai promover situações de sobrecontorno, favorecendo o
acúmulo de biofilme e, com isso, a inflamação dos tecidos periodontais.
- Integridade marginal: Haverá durabilidade no meio oral se suas margens
estiverem perfeitamente adaptadas à linha de contorno marginal do preparo. A
localização da margem influi diretamente na facilidade de confecção e no
sucesso da restauração.
- Tipos de término cervical
● Ombro ou degrau
➔ Parede axial 90° com a parede cervical.
➔ Indicação: Coroas de porcelana pura 1,0 - 1,2 mm
➔ Maior desgaste dentário
➔ Dificuldade no escoamento do cimento
● Ombro ou degrau biselado
➔ Parede axial 90° com a parede cervical, com biselamento da aresta
cavosuperficial.
➔ Indicação: Coroas MTC com ligas áureas nas faces vestibular e metade
vestíbulo-proximais.
➔ Desgaste acentuado
➔ Bisel em 45° (colar de reforço)
● Chanfrado
➔ Junção entre a parede axial e cervical segmento de círculo
➔ Espessura adequada para metal e porcelana.
➔ Indicação: Coroas MTC ou MTP com ligas não nobres e restauração MOD
com proteção de cúspide.
➔ Facilidade na adaptação.
● Chanferete
➔ Junção entre a parede axial e cervical segmento de círculo de pequena
dimensão.
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➔ Indicação: Coroa total metálica, faces lingual e linguoproximal de coroas
MTC E MTP.
● Lâmina de faca
➔ Praticamente sem preparo
➔ Gera sobrecontorno
➔ Em desuso
❖ Princípio estético
Fatores relacionados:
- Saúde periodontal
- Contorno
- Forma da restauração
- Cor